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MATERIAL DO CURSO

AUXILIAR DE INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA

APOSTILA

TRATAMENTO CIRÚRGICO
TRATAMENTO CIRÚRGICO

TERMINOLOGIA CIRÚRGICA

Os termos que compõem a terminologia cirúrgica são formados por uma raiz e
um sufixo.

 A RAIZ: identifica a estrutura corpórea que está relacionada com a


intervenção cirúrgica.
 O SUFIXO: indica a intervenção cirúrgica a ser realizada.

EXEMPLOS

 Histero + ectomia = “histerectomia” extirpação do útero


 Rino + plastia = “rinoplastia” reparação plástica do nariz
 Tráqueo + tomia = “traqueotomia” abertura da traqueia
 Cisto + pexia = “cistopexia” fixação da bexiga
 Laparo + scopia = “laparoscopia” visualizar o interior do abdome
PREPARO DA ÁREA OPERATÓRIA

PINÇAS DE CAMPO

Pinças de campo: destinam-se a fixação dos campos cirúrgicos. O mais


conhecido e usado é o Backhaus.

TEMPOS CIRÚRGICOS OU OPERATÓRIOS

 Diérese
 Hemostasia
 Cirurgia propriamente dita ou exérese
 Síntese cirúrgica

DIÉRESE

Consiste na separação dos planos anatômicos ou tecidos para possibilitar a


abordagem de um órgão ou região.

Instrumental para diérese compreendem os bisturis e as tesouras.

HEMOSTASIA

A hemostasia é o processo através do qual se previne, detém ou impede o


sangramento.

Métodos utilizados para a realização da hemostasia são:

 Hemostasia prévia ou pré-operatória;


 Hemostasia temporária;
 Hemostasia definitiva.
HEMOSTASIA PRÉVIA OU PRÉ-OPERATÓRIA

Este método de hemostasia é realizado antes da intervenção cirúrgica, visa


interromper, em caráter temporário, o fluxo de sangue para a ferida cirúrgica e,
com isso prevenir ou diminuir a perda sanguínea.

 Faixa de esmarch,
 Compressão digital de artéria.

HEMOSTASIA TEMPORÁRIA

É aquela efetuada durante a intervenção cirúrgica, com a finalidade de deter ou


impedir, temporariamente, o fluxo de sangue ao campo operatório.

 Pinça Bulldog atraumática

HEMOSTASIA DEFINITIVA

É o método pelo qual se obtém a obliteração do vaso sanguíneo em caráter


permanente.

A hemostasia por laqueadura e pinçamento é o método mais utilizado no ato


cirúrgico e obtido por meio da utilização de pinças hemostáticas do tipo kelly,
halstead e rochester, e fios de sutura.

TIPOS DE HEMOSTASIA DEFINITIVA

 Por pinçamento;
 Por cauterização;
 Por transfixação;
 Por ligadura;
 Por tamponamento
 Por produto químico.

CIRURGIA PROPRIAMENTE DITA

Trata-se do principal tempo de cirurgia, pois é nessa fase que pode ocorrer a
retirada total ou parcial de um órgão ou tecido. Nesse tempo são utilizados
instrumentos cirúrgicos específicos de acordo com a cirurgia.
INSTRUMENTAL DE PREENSÃO

São aqueles destinados a prender vísceras e a manipular tecidos. Os dois tipos


básicos são as pinças elásticas e os instrumentos com anéis e cremalheiras.

INSTRUMENTAIS DE PREENSÃO

 Elásticas
 Pinça anatômica
 Pinça dente de rato
 Duval
 Allis
 Collin oval

INSTRUMENTAL DE SEPARAÇÃO

 São os afastadores ou separadores. Classificam-se em auto-estáticos e


dinâmicos.
 Afastadores auto-estáticos: são aqueles que se mantém abertos e na
posição por si sós. Exemplo: Gosset e Balfour.
 Afastadores dinâmicos: são aqueles manuseados pelos auxiliares e com
possibilidade de mudarem de posição sempre que a necessidade do campo
cirúrgico a isso obrigar.

AFASTADORES DINÂMICOS

 Afastador Farabeuf
 Afastador de Doyen

INSTRUMENTAL DE SEPARAÇÃO

ESPÁTULAS: outro tipo de afastador de uso diverso, também conhecidas


como sapatas (forma de sola de sapato) ou as laminares, rígidas ou maleáveis.

SINTESE

PORTA-AGULHAS: instrumentos através dos quais se manuseiam agulhas e


fios na síntese dos tecidos.
Os dois tipos básicos são o porta-agulhas de Hegar e o Mathieu.

ARRUMAÇÃO NA MESA DE INSTRUMENTAIS

FIOS DE SUTURA

Os fios de sutura são utilizados para obtenção de hemostasia (ligadura


vascular) e para aproximação de tecidos. Surgiram e foram desenvolvidos ao
longo dos séculos em função da necessidade de controlar hemorragias e
também de favorecer a cicatrização de ferimentos ou incisões.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO A CATEGORIA

ABSORVÍVEIS

 Origem animal: EX: Catgut


 Origem sintético

NÃO ABSORVÍVEL OU INABSORVÍVEIS

Origem animal: seda cirúrgica


Origem vegetal: algodão e linho cirúrgico
Origem sintética: nailon, perlon, poliester, polipropileno
Origem mineral: aço cirúrgico
FIOS CIRÚRGICOS - ABSORVÍVEIS

São aqueles que, após colocados nos tecidos, sofrem a ação dos líquidos
orgânicos, sendo absorvidos após algum tempo.

CATGUT: fabricado de colágeno puro, extraído da camada serosa do intestino


delgado dos bovinos, a qual passa por processo de limpeza manual e
purificação química.

CATGUT SIMPLES: Ao ser preparado não houve alteração no seu tempo de


absorção quando em contato com os tecidos orgânicos.

 Perda da resistência tênsil nos tecidos se dá em torno de 5 a 6 dias


 Absorção total, em 2 a 3 semanas.
 Indicado para tecidos de rápida cicatrização

CATGUT CROMADO: É preparado com sais de ácidos crômico ou tânico, o


que lhe confere maior tempo para ser absorvido.

 Perda da resistência se dá em torno de 2 a 3 semanas, e a absorção


total, em 6 meses.

FIOS CIRÚRGICOS – NÃO ABSORVÍVEIS OU INABSORVÍVEIS

São aqueles que, mesmo sofrendo a ação dos líquidos orgânicos, não são
absorvidos e permanecem envolvidos por tecidos fibroso (encapsulados)
quando utilizados em estruturas internas, ou necessitam ser removidos, se
utilizados nas suturas da pele.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESTRUTURA FÍSICA

De acordo com a Estrutura Física, os cirúrgicos podem ser monofilamentares


ou multifilamentares.

DIÂMETRO: do ponto de vista do diâmetro, a numeração dos fios de sutura


varia de 1 a 5 e de 0 a 12-0 (doze-zero). É importante destacar que quanto
maior for o nº. De zeros, menor será o calibre do fio de sutura. Por outro lado, o
nº. 5 constitui o calibre mais grosso.
FIOS CIRÚRGICOS

CARACTERÍSTICAS GERAIS

 COR: as cores dos fios de sutura contribuem para facilitar a identificação;


 APRESENTAÇÃO: quase todos os tipos de fios de sutura, absorvíveis ou
não absorvíveis, são encontrados com ou sem agulhas, ou seja, atraumáticos e
traumáticos.

AS UNIDADES ELETROCIRÚRGICAS

Eletrocauterização (também chamada de cirurgia elétrica ou eletrocirurgia) é o


processo de destruir tecido com a eletricidade. O procedimento é
frequentemente usado para parar o sangramento de pequenos vasos ou para
cortar um tecido corporal.

FINALIDADES

 COAGULAÇÃO: A eletrocoagulação consiste na oclusão dos vasos


sanguíneos, através da solidificação das substâncias proteicas e retração dos
tecidos.
 DISSECAÇÃO: consiste na secção dos tecidos. Para o CORTE, as
células são aquecidas tão rapidamente que o fluido celular vaporizado causa a
ruptura da mesma, produzindo o efeito de corte.
 FULGURAÇÃO: consiste na coagulação superficial, e seu uso está
indicado para eliminar pequenas proliferações celulares cutâneas e remover
manchas.

CUIDADOS OBSERVADOS NO USO DA UNIDADE DE ELETROCIRURGIA

 É responsabilidade do circulante;
 Colocar a placa em local que o contato regular e homogêneo com o corpo
do paciente, ou seja, em região de grande massa muscular como a panturrilha,
face posterior da coxa e glúteos;
 Utilizar substância gelatinosa condutora, para aumentar a eficiência do
contato da placa com o corpo do paciente;
 Fazer a colocação da placa sempre após o posicionamento do paciente
para a cirurgia;
 Manter o paciente sobre uma superfície seca e isento de contato com
partes metálicas da mesa cirúrgica;
 Verificar no pré-operatório se o paciente faz uso de alguma prótese
metálica.

OS RISCOS ELETROCIRÚRGICOS

 Choques;
 Queimaduras;
 Fumaça cirúrgica;
 Incêndios;
 Interferência eletromagnética em outros equipamentos.
 Fatores de riscos associados às unidades eletrocirúrgicas:
 Mau funcionamento do equipamento (operacional);
 Mau funcionamento do equipamento (falta de manutenção e/ou calibração
adequada);
 Mau uso do equipamento (desconhecimento do usuário);Desatenção do
usuário.

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