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120 Coleção Pedagógica 12 | Condutas em Cirurgias do HUOL

X MANUSEIO DE DRENOS, SONDAS E FIOS

Marília Daniela Ferreira de Carvalho


Clarice Matias de Medeiros
Heitor Giovanni Lopes
Marcelo Gallo
Mayara Rayssa Dantas Borges

1. DRENOS

1.1. Introdução

Drenagem é o ato de retirada de líquido de uma cavidade (abscessos)


ou prevenção de complicações em diversas cirurgias, nos grandes deslo-
camentos ou ressecções de tecidos.

1.2. Tipos de drenos

Drenos mais utilizados pelo serviço:

 Dreno de Penrose – É uma lâmina de látex, oca, flexível, macia,


com vários tamanhos e larguras. Funciona por capilaridade;
 Dreno tubulolaminar de Waterman – Dreno que combina as
características dos tubulares e laminares. Pode ser confecciona-
do através da introdução de um dreno tubular (Foley, Nelaton,
Malecot etc.), mais rígido, através de um dreno laminar (Penro-
se). É um tipo de dreno que oferece mais eficácia na drenagem
ao realizar a retificação do trajeto ao mesmo tempo em que ofe-
rece proteção às vísceras e vasos.
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1.3. Indicações

 Quando o fluxo do vazamento for maior que a absorção espon-


tânea;
 Processos infecciosos ou necróticos não passíveis de remoção
integral (abscessos hepáticos ou necroses teciduais);
 Em geral, os drenos túbulo-laminares são mais indicados para a
drenagem de secreções espessas;
 Os drenos podem ser utilizados de forma profilática como
“sentinelas”, em situações de anastomoses que possuem chance
razoável de deiscência. Ex.: anastomose pancreato-jejunal, na
gastroduodenopancreatectomia.

Observação:

 Não se deve drenar de rotina cirurgias como: colecistectomia,


colectomias, esplenectomia, histerectomia, anastomoses gástri-
cas e intestinais em que não se espera a drenagem de secreções,
salvo em complicações vigente ou risco destas.

1.4. Cuidados gerais e manutenção da drenagem

 O cirurgião deve prescrever os cuidados com o dreno, como


nível de pressão negativa indicada, necessidade de irrigação e
trocas de curativo no ponto de saída;
 É fundamental que seja anotado o volume e o aspecto da secre-
ção drenada;
 Os drenos podem ser cobertos por curativos com gaze ou com-
pressa ou exteriorizados em bolsas adesivas à pele ou recipientes
de diferentes formatos;
 A largura e o comprimento do dreno devem ser proporcionais
à loja a ser drenada;
 Deve ser escolhido um ponto de declive para uma drenagem
eficaz;
 Observar e mobilizar o dreno evitando depósitos de fibrina que
possam ocluir seu lume;
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 O orifício de passagem do dreno deve ser amplo e o dreno deve


ser posicionado à menor distância da loja a ser drenada;
 Ao longo de seu trajeto, deve-se evitar que o dreno esteja em
contato com alças intestinais e vasos sanguíneos;
 A extremidade distal do dreno deve ser fixada à borda do ori-
fício cutâneo com o fio inabsorvível, evitando escapes internos
ou externos;
 Os recipientes aos quais os drenos estão ligados devem ser es-
vaziados sempre que estiverem com metade de sua capacidade.
Tal fato deve ser explicado à equipe de enfermagem responsável
pelo paciente;
 Os drenos terapêuticos devem ser removidos assim que a dre-
nagem cessar ou quando o volume de 24h for menor que 20 a
50 mL. Algumas vezes o dreno persiste drenando e é mantido
por mais tempo para orientar a formação de uma fístula;
 O dreno pode ser removido de uma só vez, quando da conclu-
são do processo de drenagem.

1.5. Técnica geral

 O dreno deve ser exteriorizado por contra-abertura e não ser


colocado através da incisão principal;
 A incisão da pele deve propiciar uma cicatriz estética, através
das linhas de força;
 O dreno deve ser longo o necessário para não ficar comprimido
e pequeno o suficiente para não haver evisceração;
 Deve-se evitar a abertura nas paredes laterais e posterior do ab-
dome, devido a dificuldade de manipulação, espessura da parede
abdominal e desconforto ao paciente;
 A distância entre o local a ser drenado e a contra-abertura na
parede abdominal deve ser direta e menor possível, evitando
trajetos sinuosos e desnecessários;
 A sutura e a fixação na parede, com fio inabsorvível, evitarão a
saída ou a perda do dreno.
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1.6. Complicações

Os drenos não são isentos de complicações, podendo produzir uma


série de situações desagradáveis, como:

 Erosões para intestinos ou vasos sanguíneos, fístulas, hemorra-


gias e aderências, que podem levar a obstrução intestinal;
 Hematomas, retração da ferida ou herniação pelo orifício de
drenagem;
 Contaminação intra-abdominal e da ferida operatória.

2. SONDAS

2.1. Introdução

Sondas ou cateteres são instrumentos em forma de tubo introduzidos


nas cavidades naturais do corpo com finalidade exploratória, diagnóstica
ou terapêutica. São vários os tipos de sondas e/ou cateteres, assim como
as funções que desempenham.

2.2. Cateteres Vasculares (CV)

2.2.1. Tipos:

 Periféricos (CVP): cateteres curtos introduzidos nas veias das


extremidades;
 Centrais (CVC): cateteres que são introduzidos em vasos cali-
brosos que se dirigem à veia cava superior ou inferior.

2.2.2. ISRC (Infecção sanguínea relacionada ao cateter):

 É a principal causa de infecções nosocomiais;


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 Principais microorganismos: Staphylococcus epidermidis e Sta-


phylococcus aureus. Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans
em imunosuprimidos;
 Diagnóstico definitivo é realizado através da identificação do
microorganismo na cultura da ponta do cateter e hemocultura.

2.2.3. Fatores de risco para ISRC:

 Cateterização por períodos prolongados;


 Cateter de material trombogênico;
 Manipulação frequente do cateter;
 Técnica de antissepsia inadequada durante inserção e manuten-
ção do cateter;
 Localização inapropriada do cateter;
 Uso de cateteres de múltiplos lumes.

2.2.4. Estratégia de melhoria contínua  Anvisa:

 Higienização das mãos;


 Precauções de barreira máxima: higienização das mãos, uso
gorro, máscara, avental, luvas e campos estéreis que cubram o
paciente;
 Preparo da pele com clorexidina;
 Seleção do sítio de inserção de Cateter Venoso Central (CVC):
utilização da veia subclávia como sítio preferencial para CVC
não tunelizado;
 Revisão diária da necessidade de permanência do Cateter Ve-
noso Central (CVC), com pronta remoção quando não houver
indicação.

2.2.5. Cuidados gerais CVs:

 Anotar a data e hora da inserção do cateter;


 Obedecer às regras de antissepsia na inserção e manutenção do
cateter;
 Usar luvas estéreis quando inserir ou trocar o curativo de um cateter;
Seção II - Procedimentos 125

 Aplicar curativo seco e estéril e trocá-lo diariamente ou quando


necessário;
 Inspecionar o local da inserção do cateter e removê-lo se houver
suspeita de infecção;
 Em caso de suspeita de ISRC;

§ Ao retirar o cateter, observar se este se encontra íntegro, pois pode


ocorrer quebra, permanecendo resíduos de fragmentos dentro da veia;

§ Não administrar antimicrobianos de rotina antes da inserção ou


durante o uso de um CVC para prevenir colonização ou ISRC.

2.3. Cateteres Nasogástricos (CNG)

São utilizados na nutrição gastroenteral ou descompressão gástrica.

2.3.1. Cuidados gerais

 Optar pelo cateter mais fino e de paredes macias, sempre que


possível;
 Lubrificar o cateter com geléia anestésica ou vaselina antes da
sua inserção;
 Confirmar o posicionamento correto;
 Mantê-lo durante o menor tempo possível, respeitando as in-
dicações;
 Em caso de longa permanência, utilizar cateter de fino calibre,
consistência flexível e material inerte;
 Em caso de permanência prolongada, fazer uso de inibidores da
secreção gástrica;
 Irrigar com 30 mL de solução salina a cada 4h para mantê-lo
pérvio;
 Toda queixa apresentada pelo paciente em relação ao tubo deve
ser investigada e tratada adequadamente;
 Evitar a troca do esparadrapo de fixação;
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 Avaliar adequadamente as perdas hidroeletrolíticas do doente e


fazer uma reposição proporcional. Registrar todo líquido admi-
nistrado e drenado do cateter;
 Manter a higiene oral e nasal do paciente;
 Retirar o cateter, diante de qualquer complicação a ele relacionada.

2.3.2. Precauções

 Após a instalação, o paciente deve ficar pelo menos 4h em jejum


para não haver náuseas ou vômitos;
 Manter a cabeceira do leito elevada a 30o para diminuir o risco
de broncoaspiração;
 Manter o paciente sempre recostado, evitando o decúbito dorsal;
 Nunca colocar o paciente na posição de Trendelenburg;
 Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-
-la para evitar a entrada de ar, fechá-la ou conectá-la ao coletor;
 Fixar a sonda não tracionando a narina;
 Evitar muitos adesivos que possa prejudicar a visão do paciente;
 Dar preferência ao uso de “bomba de infusão” para um melhor
controle da dieta;
 Utilizar as sondas de fino calibre que reduzem o risco de refluxo
gástrico e previnem as pneumonias aspirativas;
 Administrar antiácidos e bloqueadores da secreção ácida do
estômago a fim de prevenir o agravamento de uma esofagite
prévia ou causada pela presença do cateter;
 Em pacientes comatosos, preferir cateteres enterais em detri-
mento dos gástricos;
 Utilizar tubos de 2 ou 3 vias, quando necessária aspiração de
conteúdo gástrico.

2.3.3. Retirada dos tubos

 Explicar o procedimento ao paciente;


 Avaliar as funções intestinais pela ausculta da peristalse e pre-
sença de flatos;
 Lavar as mãos, calçar luvas de procedimento e auxiliar o pacien-
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te a ficar em Fowler alto, proteger o tórax com um campo;


 Com uma seringa na extremidade do cateter, provocar um fluxo
na sonda de 10 ml de água;
 Retirar os adesivos que fixam a sonda, com auxílio das gazes
umedecidas em água;
 Pedir que paciente segure a respiração;
 Fechar a sonda com auxílio de gazes, retirar a sonda de forma
firme, mas delicada (quando passar a orofaringe, puxá-la mais
rapidamente);
 Quando possível, cubra e remova imediatamente a sonda.

2.4. Cateteres vesicais transuretais

São introduzidos da uretra à bexiga por diversas razões, entre elas


aliviar retenção urinária, evitar funcionamento da bexiga após cirurgia e
monitorizar o débito urinário em pacientes críticos.

2.4.1. Tipos mais usados na prática

 Cateteres de Nelaton – utilizadas principalmente para aliviar


retenção urinária;
 Cateteres de Foley – possuem balão e devem ser usados nos ca-
teterismos de demora.

2.4.2. Cuidados gerais

 Avaliar indicação do cateter;


 Adotar técnica rigorosa de antissepsia: Higienizar glande ou
intróito vaginal com povidine degermante ou clorexidina a 2%;
 Utilizar luvas, gazes e compressas esterilizadas;
 Aplicar geleia anestésica de lidocaína na uretra e no cateter an-
tes de introduzí-lo;
 Observar cateter vesical e urina diariamente;
 Encher o balonete com 5mL de água destilada;
 Usar sistema de drenagem fechada com válvula antirrefluxo;
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 Em caso de diminuição do volume urinário ou drenagem de uri-


na pelo lado de fora do cateter, considerar obstrução do cateter;
 Evitar irrigações da bexiga, exceto quando necessário, nos casos
de obstruções por coágulos sanguíneos  por exemplo;
 Trocar o tubo de acordo com a formação de incrustações pró-
prias do paciente.

2.4.3. Retirada do cateter vesical

 Desinsuflar o balão;
 Retirar o cateter delicadamente.

3. FIOS

3.1. Introdução

Na prática cirúrgica os fios de sutura são melhores classificados com


base em três características básicas: permanência nos tecidos, estrutura e
origem do material. A permanência separa os fios em absorvíveis e não
absorvíveis, além disso, no caso dos absorvíveis, é importante saber com
quanto tempo em média os fios perdem sua força tênsil e suscetibilidade
a degeneração precoce na presença de ácidos, líquidos endógenos ou
provenientes de infecções. Neste caso a escolha do fio será dependente
do tipo de tecido que será suturado.

Entre os fios absorvíveis, o categute cromado perde metade da sua


força tênsil em cerca de 20 dias, adequado para suturar o subcutâneo e
entre os não absorvíveis tem-se o polipropileno, adequado para a reali-
zação de anastomoses vasculares.

Em termos de estrutura, os fios dividem-se em monofilamentares,


como o categute simples e multifilamentares, como o algodão. Obser-
vando apenas o aspecto estrutural, os monofilamentares são mais vanta-
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josos em relação aos multifilamentares, pois estes facilitam a infecção da


ferida cirúrgica, pois sua conformação propicia o alojamento de colônias
bacterianas nos espaços entre os filamentos.

Por fim, a origem do material pode ser sintética ou natural. Embora


os materiais orgânicos venham sendo utilizados com sucesso no coti-
diano, são responsáveis por uma maior resposta inflamatória, enquanto
os sintéticos possuem resposta inflamatória mínima e em alguns casos
inertes.

Outras características que o cirurgião deve levar em conta no mo-


mento do planejamento operatório são: força tênsil, risco de ruptura,
memória, segurança dos nós e a elasticidade.

Durante o planejamento, deve-se considerar o calibre dos fios utili-


zados, que varia de 12-0 (mais fino) até 7 (mais grosso). Embora tenha
relação com o diâmetro do fio, esse parâmetro na realidade mede a re-
sistência à tração, portanto, em termos de calibre, essa escala é relativa a
cada tipo de fio.

Nas microcirurgias são utilizados fios delgados, entre 7-0 e 12-0.


Para sutura de pele, cirurgia vascular e reconstrução de estruturas delica-
das 6-0 e 4-0. Nas operações abdominais e ginecológicas são utilizados
fios entre 3-0 e 1. Já na parede abdominal ou torácica sob tensão e sutura
de músculos são utilizados fios de 1 a 3, que possuem elevada resistência
a tração.

Maior diâmetro Menor diâmetro

3–2–1–0–2.0–3.0–4.0–5.0–6.0–7.0–8.0– 9.0–10.0–11.0–12.0
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3.2. Tipos de fios

3.2.1. Absorvíveis

 Categute
 Apresentação: simples (amarelo) ou cromado(amarelo-escuro);
 Orgânico;
 Multifilamentar;
 Perde metade da resistência com 5 a 7dias(simples) ou 19
a 20 dias (cromado);
 100% reabsorvido com 3-4 semanas(simples) ou 5 sema-
nas (cromado);
 Absorção ocorre por digestão enzimática;
 Produz resposta inflamatória;
 Pequena força tênsil;
 Adequado para sutura de peritônio, bolsa escrotal, perí-
neo, reaproximação do plano muscular e do tecido celular
subcutâneo;
 Inadequado para o trato gastrointestinal, tendões e fáscias.

 Ácido poliglicólico (dexon)


 Apresentação: amarelo;
 Sintético;
 Multifilamentar;
 Perde resistência com 28 dias;
 100% absorvido com 60 dias;
 Absorvido por hidrólise;
 Produz pouca reação inflamatória;
 Adequado para sutura de músculos, fáscias e tecido celular
subcutâneo;
 Alto custo.

 Poliglactina 910 (vicril)


 Apresentação: cor violeta ou branca;
 Sintétitico;
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 Multifilamentar;
 Perda de 50% da resistência com 28 dias;
 100% absorvido em torno de 70 dias;Absorvido por hidrólise;
 Pouca reação inflamatória;
 Pequena taxa de infecção;
 Pode vir impregnado com substâncias antimicrobianas;
 Adequado para suturas do peritônio, parede abdominal, ci-
rurgias urológicas e ginecológicas.

 Poliglecaprone (Monocril)
 Apresentação: transparente;
 Sintético;
 Monofilamentar;
 100% absorvido entre 3 e 4 meses;
 Mínima reação tecidual;
 Resistência mínima durante a passagem dos tecidos;
 Facilidade de manuseio;
 Resistência adequada à tensão;
 Adequado para suturas intestinais e do sistema urinário e
fechamento de plano dérmico e subdérmico.

 Polidioxanona (PDS)
 Apresentação: violeta;
 Sintético;
 Monofilamentar;
 100% absorvido com 180 dias;
 Pouca reação inflamatória;
 Adequado para suturas de tendões, cápsulas articulares e
síntese de parede abdominal.

 Poligliconato (Maxon)
 Apresentação: verde;
 Sintético;
 Monofilamentar;
 Absorção muito lenta;
 Reação tecidual mínima;
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 Nó firme;
 Grande resistência à tensão;
 Alto custo;
 Adequado para qualquer tipo de tecido.

3.2.2. Inabsorvíveis

 Algodão
 Apresentação: azul marinho;
 Orgânico;
 Multifilamentar;
 Reação tecidual elevada;
 Alta capilaridade;
 Baixo custo;
 Fácil infecção;
 Adequado na ligadura de vasos, anastomoses intestinais.

 Seda
 Apresentação: Preto;
 Orgânico;
 Multifilamentar;
 Degradado após dois anos;
 Reação inflamatória elevada;
 Inibe macrófagos;
 Baixo custo.

 Polipropileno (Prolene, Surgiliene)


 Sintético;
 Monofilamentar;
 Pouca reação tecidual;
 Fácil manuseio;
 Nó firme;
 Resistência e elasticidade mantidas por longo período;
 Possui resistência química à enzimas, ácidos e bases;
 Adequado para anastomoses vasculares, fixação de telas em
herniorrafias inguinais, fechamento de aponeuroses e sutu-
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ras gastrointestinais.

 Poliéster (Dacron, Mersilene)


 Sintético;
 Multifilamentar;
 Elevada força tênsil;
 Alto coeficiente de atrito;
 Difícil manuseio;
 Nós de baixa qualidade mecânica;
 Alta reação tecidual;
 Risco de infecção elevado;
 Adequado para sutura de aponeuroses e tendões;
 Pode vir associado a outras substâncias como teflon ou po-
libutilato.

 Poliamida (Nylon)
 Apresentação: Preto;
 Sintético;
 Mono ou multifilamentar;
 Mínima reação inflamatória;
 Difícil manejo;
 Não produz nó firme;
 Adequado para suturas da pele e tecido celular subcutâneo.

 Aço (aciflex)
 Mono ou multifilamentar;
 Maior força tênsil;
 Reduzida flexibilidade;
 Índice de infecção elevado;
 Adequado para cirurgias ortopédicas e esternorrafias.

 Polibuster (Novafil)
 Sintético;
 Monofilamentar;
 Flexibilidade, elasticidade e resistência à tensão elevadas;
 Adequado para anastomoses vasculares.
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 Politetrafluoretileno (PTFE)
 Sintético;
 Monofilamentar;
 Pouca reação tecidual;
 Adequado para cirurgia plástica facial.

LEITURA COMPLEMENTAR

Araújo ID, Barbuto RC. Tipos e Características dos Tubos, Sondas e


Drenos. In: Pohl FF, Petroianu A. Tubos, Drenos e Sondas. Rio de Ja-
neiro: Guanabara Koogan; 2000. p.3-7.

Pohl FF, Teixeira Filho G, Costa MG. Drenos e drenagens – Como,


Quando e Onde? In: Pohl FF, Petroianu A. Tubos, sondas e drenos. Rio
de janeiro: Guanabara Koogan; 2000. p.37-41.

Cesaretti IUR, Saad SS. Drenos ares e tubulares em cirurgia abdominal:


fundamentos básicos e assistência. Acta Paul Enf. 2002;15(3):97-106.

Cesaretti IUR, Saad SS, Leite MG. Cuidados Com Drenos, Cateteres e
Drenagens na Cavidade Peritoneal. Rev Estima. 2006;4(4);33-9.

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