Este documento discute o manejo do dreno torácico pelo enfermeiro, incluindo: 1) Avaliação da drenagem pleural e cuidados com o sistema, 2) Tipos de drenagem torácica e suas características, 3) Complicações possíveis.
Este documento discute o manejo do dreno torácico pelo enfermeiro, incluindo: 1) Avaliação da drenagem pleural e cuidados com o sistema, 2) Tipos de drenagem torácica e suas características, 3) Complicações possíveis.
Este documento discute o manejo do dreno torácico pelo enfermeiro, incluindo: 1) Avaliação da drenagem pleural e cuidados com o sistema, 2) Tipos de drenagem torácica e suas características, 3) Complicações possíveis.
Prof. M1 Ádila Thais Drenos O uso de drenos em feridas é frequente em situações de pós- operatórios ou em casos nos quais a drenagem se faz necessária devido à presença de processos infecciosos ou pelo acúmulo de líquidos intracavitários. A drenagem cirúrgica é a técnica para remoção de coleções liquidas ou gasosas de uma cavidade por meio de uma simples abertura ou por meio da inserção de um dreno que assegure a saída dos fluidos. • Drenos são tubos que se projetam da área peri-incisional, seja para dentro de um dispositivo de aspiração de ferida portátil (sistema fechado), seja para dentro de um curativo (sistema aberto). • Geralmente são inseridos no ato operatório. • Podem ou não ser suturados à pele. • O principal objetivo é possibilitar o extravasamento de líquido que poderiam servir como meio de cultura para bactérias. • Adicionalmente, se a drenagem não for realizada adequadamente, pode ocorrer edema. • Dessa forma, o excesso de exsudato encarcerado em uma ferida pode levar a um aumento da pressão e dano ao tecido adjacente. Drenos passivos • Agem pelo mecanismo da capilaridade, gravidade ou pela flutuação da pressão intracavitária. • Sendo assim, são usados quando o fluido da drenagem é tão viscoso que não consegue ser drenado através de drenos tubulares. O dreno de Penrose é o representante mais conhecido dessa classe.
• Possui formato laminar, paredes finas, é maleável,
radiopaco e feito de látex ou silicone, estando disponível em diversos diâmetros. • Destaca-se por ser atóxico, adaptar-se bem às vísceras e ser de fácil manipulação e remoção. • Por ser um sistema de drenagem aberto, é mais frequentemente utilizado em feridas supurativas. Drenos Ativos
São drenos que possuem sistema tubular de silicone de
drenagem fechado e conectados a um reservatório/coletor que se assemelha a uma granada ou bulbo (ex. dreno de Jackson Pratt) ou a um dispositivo baseado em mola (ex. Hemovac e Portovac) Dreno de Sucção Drenagem torácica Consiste na introdução de um dreno em uma das três cavidades do tórax (pericárdio, mediastino ou espaço pleural), para retirada de coleções líquidas e/ou gasosas. Dreno Torácico A drenagem torácica é um procedimento importante para promoção da homeostase cardiorrespiratória e hemodinâmica, tendo em vista que restabelece a pressão negativa do espaço pleural ou mediastinal, permitindo a retirada de conteúdos anormais na cavidade pleural ou mediastinal. • O enfermeiro e sua equipe são fundamentais na correta manipulação, manutenção da perviedade do dreno, prevenção de infecções e promoção do conforto do paciente. • A avaliação da drenagem deve ser reavaliada a cada 12-24horas, sendo registrado o volume (volume total – volume do selo d’água) e as características do conteúdo. Manejo do dreno de tórax • Verificar se todos os tubos de conexão estão desobstruídos e funcionantes; • Avaliar o selo d’água e verificar qual sistema de sucção utilizado; • Monitorar as características do conteúdo drenado, incluindo cor, volume e consistência; • Avaliar se há aumentos ou diminuições significativas na produção de drenagem •Verificar se há flutuações na câmara de selo d’água; •Manter sistema abaixo do nível do tórax do cliente; Complicações • Reação tecidual; • Tempo de cicatrização prolongado; • Infecção e/ou contaminação da FO; • Prejuízo estético da cicatrização; • Dor; • Obstrução ou perda acidental do • Retardo no retorno da dreno; funcionabilidade; • Perda de fluidos, eletrólitos e • Retenção de corpo estranho; proteínas • Necrose tecidual; • Migração do dreno; erosão ou perfuração de vísceras. • Herniação intestinal; • Hemorragia; Cuidados gerais • Registrar o tipo de dreno; • Observe a segurança do dreno e sua localização a respeito da ferida; • Observe a quantidade, cor, odor e a consistência da drenagem; Drenagem de Pericárdio • Mediastino é um espaço virtual Drenagem situado no centro do tórax e limitado: mediastinal • superiormente, pelo estreito superior do tórax; • inferiormente, pelo diafragma; • anteriormente, pelo esterno; • posteriormente, pelos corpos vertebrais; e, • lateralmente, por ambas as pleuras mediastinais. Drenagem Pleural Espaço pleural é o espaço virtual entre as pleuras parietal e visceral: no indivíduo sadio há uma fina lâmina líquida. Composição do sistema de drenagem torácica Características do sistema de drenagem para adultos/idosos • Dreno tubular multiperfurado, siliconizado, de consistência firme, com a presença de uma linha radiopaca para verificar posicionamento; • Calibre de acordo com a indicação: 20 a 40 French (5 a 11 mm); • Conector: peça tubular transparente que une o dreno à extensão intermediária; • Extensão intermediária: peça tubular, látex, que une o frasco coletor com o restante do sistema; • Frasco coletor: plástico ou vidro, graduado para controle do aspecto e volume drenado; • Comunica-se: • com o ambiente, por meio do respiro, para a saída de ar do interior do frasco; • com o sistema por um tubo longo, cuja extremidade fica imersa 2 cm dentro do selo d´água (água destilada). Tipos de drenagem: Espontânea A drenagem é feita pela ação da gravidade Tipos de drenagem: Aspiração reduzida • Frasco regulador; • Volume de água determina o nível de pressão no sistema (15 a 25 cm H2O) e por consequência, no interior da cavidade torácica. T.S.S., 53 anos, sexo feminino, no 3º dia de pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio. Encontra-se na enfermaria, com FR = 12 mov/min, expansibilidade pulmonar simétrica, murmúrios vesiculares presentes em toda extensão pulmonar, e apresenta dreno pleural a D em drenagem espontânea. Recebe soro glicofisiológico a 28 gts/min em acesso venoso periférico na fossa anticubital D. Paciente refere insegurança para sair do leito e realizar higiene corporal e dor intensa em hemitórax D (8 na escala de 0 – 10) à movimentação. Relata ainda que não recebeu explicações de como manusear o dreno de tórax. 1) Quais os diagnósticos de enfermagem relacionados às pistas? Quais as intervenções de enfermagem? 2) Quais os cuidados específicos para manuseio e manutenção do dreno pleural?