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AUX – Cirurgias Torácica, Endócrina e Oftalmológica.

Considerações iniciais:
Drenos: são tubos ou materiais colocados no interior de uma ferida ou cavidade,
visando permitir a saída de fluído ou ar.
Cateteres: são tubos de diversos materiais e calibres inseridos no organismo, tendo
como função a infusão de líquidos, sua retirada ou o acesso a instrumentos cirúrgicos. O
processo de inserção de um cateter é denominado de cateterização.
Deiscência: É a abertura de suturas, detectada pelo extravasamento de secreção
serosa ou sanguinolenta pela ferida e pode evoluir com evisceração (que é a expulsão ou
visualização de estruturas internas).
FO: É uma ferida classificada como quanto ao tempo de cicatrização como AGUDA,
quanto ao grau de contaminação é LIMPA (ou potencialmente contaminada), quanto ao agente
causador é CIRÚRGICO (ou intencional) e traumática por incisão (ou excisão) mecânica.

Drenagem torácica
É a inserção de drenos no espaço pleural para coletar (drenar) líquido seroso, pus,
sangue ou ar de modo que a função cardiopulmonar possa ser restaurada e mantida a
estabilidade hemodinâmica. Os fluidos que ficam nesta cavidade podem ser: o ar
(pneumotórax), sangue (hemotórax), pus (empiema) ou liquido pericárdico (hidrotórax), na
maioria dos casos são resultantes de processos infecciosos, trauma ou procedimentos
cirúrgicos.
Existem dois sistemas de drenagem, por gravidade e por aspiração (ou subaquática). O
sistema de drenagem por gravidade consiste na colocação de um frasco abaixo do nível dos
pulmões, já no sistema de drenagem subaquática são utilizados 2 ou 3 frascos, onde o
segundo frasco vai determinar a força de sucção, nos dois casos o primeiro frasco deve conter
um selo d’água (de 300 a 500ml) de SF 0,9% para verificar a quantidade e tipo de fluido
drenado.
Os cuidados de Enfermagem relacionados são: controle rigoroso do fluido drenado,
quantidade, aspecto, oscilações e borbulhamento; manipulação adequada (NÃO pinçar o dreno
para transporte, somente em caso de troca da extensão e nunca deixa-lo acima do nível
pulmonar ou diafragmático); manter curativo aberto; realizar troca do sistema a cada 24 horas
ou sempre que aberto ou desconectado e do selo d’água a cada 12 horas; e se necessário
realizar ordenha ou massagear a tubulação na direção do frasco coletor.

Tireoidectomia
A glândula tireoide é uma parte do sistema endócrino que desempenha um papel
importante na regulação do metabolismo corporal, a tireoidectomia é a cirurgia para retirada
total ou parcial desta glândula por incisão na parte frontal do pescoço de 3 a 15 cm enquanto o
paciente está sob anestesia geral.
As indicações para esta cirurgia são: suspeita de malignidade tumoral, compressão
cervical, desvio de traqueia, aumento ou diminuição de sua função. O preparo deve contar com
8h de jejum além dos cuidados gerais; e no pós-operatório é comum a sensação de inflamação
na garganta, orientar quanto a evitar a tosse.
Geralmente o paciente permanece apenas um dia internado, normalmente é colocado
um dreno a vácuo para retirar solução sanguinolenta aumentando o tempo de internação para
2 ou 3 dias. O curativo desta região deve ser oclusivo e somente retirado após 7 a 14 dias ao
retorno médico.
Os principais riscos para quem se submete a esta cirurgia são: alteração da voz (1/10
temporária e 1/250 definitiva), hipocalemia (menos Ca no sangue) e reposição hormonal
permanente.

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