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Slide 1: Título

 "Avaliação Primária do Paciente: Abordagem XABCDE"

Slide 2: Introdução – imagem do mnêmico XABCDE igual na ITO 23

 Breve explicação da importância da avaliação primária em situações de


emergência.

A avaliação primária do paciente tem por objetivo a identificação e tratamento de condições


potencialmente fatais. Deve ser realizada rapidamente e em ordem lógica, para que todos os
componentes da avaliação sejam analisados e nenhuma condição crítica deixe de ser
percebida.

Slide 3: impressão geral do paciente pegar tópicos na ito 23

– Hemorragia exsanguinante (X)

A hemorragia é uma característica caracterizada pela perda de sangue do


sistema circulatório para o ambiente externo ou para dentro do próprio corpo.
Ela pode ocorrer como resultado de lesões, traumas, condições médicas
subjacentes ou complicações cirúrgicas. A gravidade da hemorragia pode variar
desde pequenos sangramentos superficiais até condições que representam
risco iminente à vida.

Existem dois tipos principais de hemorragia:

1. Hemorragia Externa:
 Superficial: Perda de sangue visível na superfície da pele, como cortes
ou abrasões.
 Profunda: Sangramento de estruturas mais profundas do corpo, como
músculos ou órgãos internos, muitas vezes não visíveis externamente.
2. Hemorragia Interna:
 Pode ocorrer dentro do corpo, onde o sangue está perdido para
cavidades, tecidos ou órgãos internos. Pode não ser invisível.
No caso da avaliação X estamos buscando pela Hemorragia externa

A hemorragia é de acordo com a sua origem:

 Arterial: O sangue é geralmente de cor vermelha brilhante e é expelido em


jatos pulsantes. As hemorragias arteriais podem ser particularmente graves e
requerem intervenção rápida.
 Venosa: O sangue é de cor mais escura e flui de maneira constante. As
hemorragias venosas podem ser menos evidentes externamente, mas ainda
assim representam um risco significativo.
 Capilar: Geralmente resulta de lesões menores, com sangramento lento e
contínuo.

A avaliação e gestão corretas da hemorragia são específicas. Em situações de


emergência, o controle do sangramento pode ser alcançado por meio de
pressão direta, elevação da extremidade afetada e aplicação de torniquetes
quando protetora. A administração de fluidos intravenosos pode ser necessária
para compensar a perda de volume sanguíneo em casos mais graves.

A hemorragia descontrolada pode levar a complicações graves, incluindo


choque hipovolêmico, órgãos isquêmicos e até a morte. Portanto, uma resposta
rápida e eficaz é essencial para minimizar os riscos associados a essa
preocupação.

 Objetivo da avaliação:
 controle do sangramento externo grave
 Avaliação Inicial:
 Identificar a fonte da hemorragia externa grave
 Intervenção:
 Pressão direta com o uso de compressas, ataduras e gazes;
 preenchimento de feridas profundas que seja compatível com a
aplicação de tecido (gazes, ataduras) no interior da cavidade da
ferida, realizando pressão mecânica sobre o vaso que está
sangrando;
 curativo compressivo realizado como finalização de outras
medidas, utilizando atadura seca sobreposta às compressas ou
outros materiais já utilizados,
 torniquete de extremidade (dispositivo específico comercial ou
esfigmomanômetro) utilizado para hemorragias exsanguinantes
em membros inferiores e superiores, que não puderam ser
contidas pelas medidas acima; deve ser aplicado na axila ou virilha
suficientemente apertado para bloquear o fluxo arterial e ocluir o
pulso distal; o torniquete deve ser mantido até que o paciente seja
entregue na unidade de saúde;
 torniquete juncional utilizado para contenção de hemorragias
exsanguinantes em articulações do corpo, nos locais onde não há
possibilidade de utilização do torniquete de extremidade.

(Ilustrações de exemplo conforme explicação)


Vias aéreas com controle da coluna cervical: (A)

 Descrição da avaliação inicial da via aérea.


Ilustrações ou gráficos sobre posicionamento adequado da cabeça e pescoço

Anatomia das Vias Aéreas: As vias aéreas são compostas por uma série de
estruturas anatômicas que começam no nariz e na boca e se estendem até os
pulmões. Essas estruturas incluem a cavidade nasal, a faringe, a laringe, a
traqueia, os brônquios e os bronquíolos.

Função das Vias Aéreas:

1. Filtração e Aquecimento: As vias aéreas superiores, incluindo o nariz, atuam


como filtros, retendo partículas indesejadas e aquecendo o ar inspirado antes
que ele atinja os pulmões.
2. Umidade e Umectação: O revestimento mucoso presente nas vias aéreas ajuda
a umectar e umedecer o ar, prevenindo a proteção das membranas
respiratórias.
3. Proteção: Os presentes nas vias aéreas movem-se em uma direção coordenada
para ajudar a transportar partículas retidas para fora do sistema respiratório,
contribuindo para a proteção contra infecções.

Importância Clínica: O estado das vias aéreas é crucial na manutenção da


função respiratória. Qualquer obstrução ou comprometimento das vias aéreas
pode causar dificuldades respiratórias, hipoxemia (baixos níveis de oxigênio no
sangue) e, em casos graves, infecções respiratórias. Manter a permeabilidade
das vias aéreas é uma prioridade em situações de emergência e é parte
integrante da avaliação primária de pacientes em cuidados de saúde.

Portanto, a compreensão da anatomia, fisiologia e importância clínica das vias


aéreas é essencial para profissionais de saúde, socorristas e qualquer pessoa
envolvida em situações de atendimento de emergência.

 Objetivo da avaliação:
 Garantir a via aérea pérvia.
 Avaliação Inicial:
 Verifique se o paciente está respirando.
 Avaliar a presença de obstrução das vias aéreas.
 Fazer RMC caso necessário
 Intervenção:
 Se houver interferência, remova-a imediatamente. Seja
mecânico ou fluido.
 abra as vias aéreas superiores e, se RMC é
recomendada, mantenha a coluna manualmente
estabilizada em posição neutra durante toda a
avaliação;
 se paciente irresponsivo, assuma as seguintes
manobras de liberação de vias aéreas: − pacientes
clínicos: manobra de hiperextensão da coluna cervical
(head tilt) e elevação do mento (chin lift);
 pacientes de trauma ou natureza de lesão
desconhecida (necessidade RMC ainda não foi
descartada): estabilize a coluna cervical, realizando a
anteriorização da mandíbula (jaw thrust) e a elevação do
mento (chin-lift).
 insira a cânula orofaríngea (COF) em pacientes
irresponsivos ou se já é possível saber que ECG ≤ 8; −
se paciente apresenta reflexo de vômito, retire a cânula
e não tente inserila novamente enquanto paciente não
apresentar maior rebaixamento do nível de consciência..

B – Respiração

A respiração é um processo fisiológico complexo que envolve a troca de gases


entre um organismo e seu ambiente, envolvendo a coleta de oxigênio (O2) e a
eliminação de dióxido de carbono (CO2). Essa função é vital para a
sobrevivência dos organismos aeróbicos, incluindo os seres humanos, e é
crucial para o fornecimento adequado de oxigênio às tecidos e órgãos do
corpo.

Componentes do Processo Respiratório:

1. Inalação (Inspiração): Durante a inspiração, o diafragma e os músculos


intercostais contraem-se, expandindo a cavidade torácica. Isso cria uma pressão
negativa nos pulmões, permitindo a entrada de ar rico em oxigênio.
2. Troca Gasosa: O oxigênio inspirado é transportado pelos pulmões para os
capilares circulantes circulantes, onde ocorre a troca gasosa. O oxigênio é
absorvido pela hemoglobina nos glóbulos vermelhos e transportados para os
tecidos, enquanto o dióxido de carbono é liberado pelos tecidos e transportado
de volta para os pulmões.
3. Exalação (Expiração): Durante a expiração, o diafragma e os músculos
intercostais relaxam, conduzindo o volume da cavidade torácica. Isso cria uma
pressão positiva nos pulmões, resultando na expulsão de ar rico em dióxido de
carbono para o ambiente.

Regulação da Respiração:

A respiração é regulada por centros perigosos no tronco encefálico, que


respondem aos níveis de oxigênio e dióxido de carbono no sangue. Esses
centros ajustam automaticamente a taxa e a profundidade da respiração para
manter um equilíbrio adequado desses gases no corpo.

Importância Clínica:

Qualquer interferência significativa no processo pode levar a complicações


graves, como hipoxemia e acidose respiratória). Condições como doenças
pulmonares, insuficiências cardíacas, trauma torácico e distúrbios
neuromusculares podem afetar a respiração e exigir intervenções médicas.

1. Objetivo da avaliação:
 Garantir a via aérea pérvia.
2. Avaliação Inicial:
 Exponha o tórax, faça a inspeção visual e avalie a qualidade de:
 − profundidade - superficial, normal ou profunda;
 − frequência - lenta, normal ou rápida;
 − esforço - presente ou ausente;
 − bilateralidade - expansão simétrica ou assimétrica.
 Verifique a presença de cianose (coloração azulada) nos lábios e
extremidades.
3. Intervenção:
 caso haja alguma alteração nos parâmetros, apalpe o tórax (se trauma avalie a
presença de ferimentos graves no tórax, caso haja, trate conforme imagem) e, na
sequência, realize ausculta pulmonar conforme MABOM-APH; (coloca imagem)
 Administre oxigênio, se necessário.

C - Circulação

A circulação, no contexto fisiológico e médico, refere-se ao movimento


contínuo e controlado do sangue pelo sistema circulatório do corpo. Este
sistema, composto pelo coração, vasos sanguíneos e sangue, desempenha um
papel central no transporte de nutrientes, oxigênio, produtos residuais e
hormonais para e de todas as células do organismo.

Componentes do Sistema Circulatório:


1. Coração: O órgão central do sistema circulatório, responsável por bombear o
sangue para todo o corpo. Ele possui quatro câmaras - átrios e ventrículos - que
funcionam em conjunto para manter o fluxo sanguíneo.
2. Vasos Sanguíneos: Inclui as artérias, veias e capilares. As artérias transportam o
sangue rico em oxigênio do coração para os tecidos. As veias trazem o sangue
pobre em oxigênio de volta ao coração. Os capilares são pequenos vasos
sanguíneos que permitem a troca de substâncias entre o sangue e os tecidos.
3. Sangue: Uma mistura complexa de células sanguíneas (glóbulos vermelhos,
glóbulos brancos e plaquetas) e plasma. O plasma contém nutrientes,
hormônios, eletrólitos e resíduos metabólicos.

Função da Circulação:

1. Transporte de Oxigênio e Nutrientes:


2. Remoção de Resíduos
3. Distribuição de Hormônios:.
4. Resposta a Lesões e Infecções:

Importância Clínica:

1. Avaliação da Circulação: Profissionais de saúde monitoram sinais específicos


como pressão arterial, frequência cardíaca e perfusão periférica para avaliar o
estado circulatório dos pacientes.
2. Distúrbios Circulatórios: Problemas como hipertensão, insuficiência cardíaca,
doença arterial coronariana e trombose podem afetar a circulação e
intervenções médicas específicas.

A circulação eficaz é essencial para manter a homeostase e a vitalidade do


organismo, garantindo que todos os tecidos recebam o fornecimento adequado
de oxigênio e nutrientes para funcionar especificamente.

1. Objetivo da avaliação:
 Garantir que nada está interferindo na boa circulação sanguínea.
2. Avaliação Inicial:
 controle hemorragias externas, se houver
 Observe sinais de choque, como palidez, sudorese e extremidades frias
 - qualidade da circulação: • pulso – radial (adultos e crianças) e braquial (lactente e
neonato); avalie presença, qualidade (cheio e forte ou filiforme e fraco) e regularidade;
• perfusão – avalie se tempo de enchimento capilar dos dedos é maior que 2
segundos;

3. Intervenção:
b) caso suspeite de hemorragia interna, conforme sinais e sintomas definidos em P 508 : −
apalpe: tórax, abdome, pelve e fêmur; − se paciente clínico, apenas a palpação e inspeção
visual do abdome deve ser realizada.

c) se suspeita de choque circulatório, conforme P 601 : − reavalie quanto ao fornecimento de


oxigênio; − se clínico, mantenha os membros inferiores do paciente elevados para priorizar a
circulação nos órgãos nobres; − se choque anafilático, o paciente poderá fazer aplicação de
epinefrina intramuscular na face lateral da coxa, caso tenha disponível.

− considere a antecipação da aferição pressão arterial

D - Avaliação Neurológica (Deficiência)

A Escala de Coma de Glasgow, frequentemente abreviada como Glasgow Coma


Scale (GCS), é uma ferramenta clínica utilizada para avaliar o nível de
consciência de um paciente. Desenvolvida por Graham Teasdale e Bryan Jennett
em 1974, essa escala é particularmente útil em situações de emergência, como
traumas cranianos, acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e outras condições
que podem afetar o estado mental do paciente.

Componentes da Escala de Glasgow:

O GCS avalia três parâmetros principais:

1. Abertura Ocular (AO): Avalia a capacidade do paciente de abrir os olhos,


variando de não responsivo (1 ponto) a abertura espontânea (4 pontos).
2. Resposta Verbal (RV): Avalia as respostas verbais do paciente, variando de não
responsivo (1 ponto) a orientado e capaz de se comunicar normalmente (5
pontos).
3. Resposta Motora (RM): Avalia a resposta motora do paciente, variando de não
responsivo (1 ponto) a obedecendo comandos simples (6 pontos).

Pontuação Total da Escala de Glasgow: A pontuação total da escala varia de 3


a 15, sendo 3 a pontuação mínima (indicando coma profunda ou ausência de
resposta) e 15 a pontuação máxima (indicando responsividade total).

Interpretação da Pontuação:

 GCS 13-15: Geralmente indica um estado de consciência normal ou


ligeiramente alterado.
 GCS 9-12: Indica um comprometimento moderado do estado de consciência.
 GCS 3-8: Indica um comprometimento grave do estado de consciência,
indicando um estado de coma.

Importância Clínica:

1. Avaliação Rápida: A GCS permite uma avaliação rápida e objetiva do estado de


consciência, sendo útil em ambientes de emergência.
2. Monitoramento: Pode ser usado para monitorar mudanças no estado mental
ao longo do tempo e em resposta a intervenções médicas.
3. Comunicação Clínica: Facilita a comunicação entre profissionais de saúde,
sendo uma ferramenta padronizada para descrever o nível de consciência de
um paciente.

A Escala de Glasgow é uma ferramenta poderosa no cenário médico,


fornecendo uma avaliação inicial do estado neurológico do paciente e
orientando decisões clínicas subsequentes, especialmente em situações agudas
que exigem uma resposta rápida e precisa.

1. Avaliação Inicial:
 Avaliar o estado de consciência do paciente.
 Confira a resposta pupilar.
2. Intervenção:
 caso ainda não tenha sido feito, insira a cânula orofaríngea (COF) se ECG ≤ 8 e
não exista reflexo de vômito;
 se ECG < 15, verifique e corrija glicemia capilar conforme imagem
 verifique envolvimento de substâncias tóxicas, drogas ou medicamentos na
redução do nível de consciência;
 verifique se o paciente perdeu a consciência em algum momento desde a
ocorrência da lesão ou início dos sintomas;
 se suspeita de TRM, verifique sensibilidade e motricidade dos 4 membros,
conforme
 se suspeita de AVE: − avalie motricidade dos 4 membros e realize ainda os
testes da Escala de Cincinnati, conforme tabela (insira tabela)

E - Exposição e Ambiente

Objetivo: bem estar do paciente

1. Avaliação Inicial:
 Exponha o paciente para verificar lesões, hemorragias ou queimaduras.
 Avaliar a temperatura ambiente.
2. Intervenção:
 Cubra o paciente conforme necessário para manter a temperatura.
 Trate as lesões identificadas durante a exposição.
 esteja atento aos demais casos de load and go presvitos. ( são muitos acho que vale
uns prints da ITO.
 − se necessário, antecipe etapas da avaliação secundária para localizar riscos à vida;
 trate todo paciente irresponsivo como Load and Go.

Esta abordagem XABCDE é fundamental em cenários de emergência e ajuda a


priorizar as ações, garantindo que as condições que ameaçam a vida sejam
identificadas e tratadas rapidamente. Vale ressaltar que a segurança do
socorrista e a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
adequados também são aspectos importantes durante o atendimento
emergencial.

A avaliação secundária de um paciente vítima de trauma é uma parte


fundamental da abordagem sistemática usada por profissionais de saúde, como
socorristas, paramédicos e médicos de emergência, para avaliar e tratar
pacientes com lesões traumáticas. A avaliação segunda ocorre após a avaliação
primária, que é focada na identificação e tratamento imediato de ameaças à
vida.

Objetivos da Avaliação Secundária:

1. identificar lesões Não Evidentes: Durante a avaliação secundária, o objetivo é


identificar lesões que podem não ser evidentes durante a avaliação primária.
Isso inclui lesões internas, fraturas não óbvias, lesões na cabeça, no abdômen,
etc.
2. Coletar informações importantes: A equipe de socorro busca obter
informações mais detalhadas sobre a história do trauma, mecanismo de lesão,
sintomas e qualquer outra informação relevante que possa ajudar no
diagnóstico e tratamento.
3. Avaliar Sinais Vitais e Estabilidade: Durante a avaliação secundária, é essencial
verificar novamente os sinais incorretos (frequência cardíaca, frequência
respiratória, pressão arterial, temperatura) e avaliar a estabilidade do paciente.
Isso pode revelar alterações que não eram aparentes na avaliação primária.
4. Exame Completo da Cabeça aos Pés: A equipe realiza um exame detalhado,
verificando cada parte do corpo em busca de lesões. Isso inclui cabeça, pescoço,
pescoço, abdômen, pelve, extremidades e costas.

Procedimento Geral da Avaliação Secundária Trauma:

1. Exame Físico Detalhado (EFD) da cabeça aos pés consiste na avaliação de todas as partes do
corpo, verificando a existência de qualquer alteração, conforme o mnemônico DCAP-QELS:
D – deformidades. Q – queimaduras
C – contusões. E – edema.
A – abrasões.. L – lacerações.
P – pulsão/penetração S – sensibilidade.

Avalie na Cabeça:
a) tecidos moles por baixo dos cabelos;
b) deformidades nos ossos da face e nos demais ossos do crânio

Avalie nos olhos:


a) pupilas alteradas;
b) presença de corpos estranhos;
c) presença de sangue. Avalie no nariz: saída de líquor e/ou sangue.

Avalie na boca:
a) dentes fraturados;
b) presença de corpos estranhos causando obstruções;
c) edema e/ou laceração na língua;
d) odores;
e) descoloração. Avalie na orelha: saída de líquor e/ou sangue.

Avalie no pescoço:
a) distensão das veias jugulares;
b) crepitação;
c) desvio de traqueia;
d) dor na coluna cervical.

Avalie no tórax:
a) crepitação;
b) movimento paradoxal;
c) avalie ruídos respiratórios anormais ou ausentes no ápice e base do tórax, nas regiões
hemiclaviculares e hemiaxilares, bilateralmente;
d) abaulamentos ou retrações intercostais, supraesternais ou supraclaviculares;
e) enfisema subcutâneo (ar nos tecidos moles).

Avalie no abdome:
a) rigidez;
b) distensão;
c) dor;
d) equimose.
Avalie na pelve:
a) crepitação;
b) instabilidade;
c) hipersensibilidade

Avalie na genitália:
a) sangramento;
b) priapismo em homens;
c) fluido claro (líquido amniótico) em gestantes.

Avalie nas quatro extremidades:


a) cada osso e articulação;
b) pulso distal;
c) sensibilidade;
d) motricidade;
e) perfusão capilar.

Avalie no dorso:
a) alinhamento da coluna e deformidades;
b) dor e sensibilidade.
2. 2 Avaliação dos Sinais Vitais Avaliar as funções vitais do corpo do paciente: pressão arterial,
pulso, respiração e temperatura, (colocar prints do apêndice 1 bem como uma imagem
explicando como usar esfigno esteto.
3. Obtenção da História do Paciente: Pergunte sobre a história do trauma,
mecanismo de lesão, sintomas, histórico médico prévio e quaisquer alergias ou
medicamentos que o paciente possa estar tomando, através do SAMPUM.
(Colocar uma imagem do mnemônico SAMPUM
4. Monitoramento Contínuo dos Sinais Vitais: Continuar monitorando os sinais
periódicos para detectar qualquer interferência na condição do paciente.
5. Prover Tratamento Adequado: Com base na avaliação secundária, iniciar ou
ajustar o tratamento conforme necessário. Isso pode incluir imobilização de
fraturas, controle de dor, através do metro achou tratou.

A avaliação secundária é um processo abrangente e sistemático que visa


garantir a identificação precisa de lesões e o início do tratamento adequado. É
essencial que os profissionais de saúde envolvidos sejam treinados e sigam
protocolos específicos para garantir uma abordagem eficaz e segura para
pacientes vítimas de trauma.
Avaliação Secundária do Paciente Clínico

A avaliação secundária de uma vítima de condição clínica é uma parte essencial


do processo de atendimento médico. Ao contrário do trauma, que envolve
lesões físicas, as condições clínicas podem estar relacionadas a problemas
médicos não traumáticos, como doenças cardíacas, respiratórias, neurológicas,
entre outras. A avaliação secundária em um contexto clínico é crucial para
identificar condições médicas subjacentes, avaliar a gravidade da situação e
determinar o tratamento adequado.

Objetivos da Avaliação Secundária em Contexto Clínico:

1. identificar a Natureza da Condição: O objetivo primordial é determinar a


natureza da condição clínica da vítima. Isso pode incluir uma variedade de
problemas, como problemas cardíacos, respiratórios, neurológicos, metabólicos,
entre outros.
2. Avaliar Sinais e Sintomas Específicos: Uma abordagem detalhada é necessária
para avaliar os sinais e sintomas específicos apresentados pela vítima. Isso pode
incluir dor no peito, dificuldade respiratória, confusão, perda de consciência,
entre outros.
3. Reavaliação dos Sinais Vitais: Assim como na avaliação secundária de trauma,
é crucial reavaliar os sinais causados pela vítima, incluindo frequência cardíaca,
frequência respiratória, pressão arterial, temperatura e nível de consciência.
4. História Clínica anterior: Obtenha uma história clínica detalhada é essencial.
Isso inclui perguntas sobre histórico médico preexistente, medicamentos em
uso, alergias conhecidas, eventos anteriores semelhantes e qualquer fator
desencadeante percebido.
5. Exame Físico Completo: Realizar um exame físico completo, concentrando-se
na área afetada pela condição e também avaliando sistematicamente outros
sistemas do corpo. Por exemplo, no caso de dor no peito, o exame cardíaco e
respiratório é crucial.
6. Avaliação Psicossocial: Considerar fatores psicossociais, como o contexto
emocional e social da vítima, que influenciam a condição ou o tratamento. O
apoio psicológico adequado também pode ser necessário.
7. Prover Tratamento Adequado.
Procedimento Geral da Avaliação Secundária em Contexto Clínico:

1. Avalie sinais e sintomas do paciente aplicando o mnemônico OPQRST


Origem ou O início:
Provocado por ou Paliação:
Qualidade
Referida OU iRradiação:
Severidade
Tempo

2. História Clínica e Entrevista com o Paciente: Obtenha informações


atualizadas sobre a história clínica da vítima e entrevistá-la sobre os sintomas
atuais e eventos relacionados através do Sampum.
3. Exame Físico Detalhado: Realizar um exame físico abrangente, focando na
área afetada e avaliando outros sistemas.
Cabeça e pescoço Observe:
a) nos olhos: − cor amarelada; − olho fundo; − lacrimejamento (nos casos de
suspeita de acidente com animais peçonhentos e cefaleia); − ptose palpebral
(uni ou bilateral).
b) no nariz: − sangramento; − secreção (uni ou bilateral).
c) na boca: − edema de lábios ou língua; − sangue ou vômito na cavidade; −
hemorragia gengival; − mucosa desidratada, seca.
d) na face: − vermelhidão; − edema.
e) no pescoço: − desvio de traqueia; − turgência jugular com o paciente deitado a
45º
Tórax Realize ausculta pulmonar. Observe:
a) padrão respiratório anormal;
b) presença de tórax de "barril".
Abdome Observe:
a) rigidez ou dor à palpação;
b) massa pulsátil (aneurisma de aorta abdominal);
c) equimoses (hemorragias).

Membros inferiores Observe:


a) dor ao toque na panturrilha (em edemas ou no trajeto venoso);
b) edema unilateral com aspecto de pasta (edema depressivo);
c) edema bilateral;
d) sinal de cacifo*;
e) perfusão capilar menor que 2 segundos bilateralmente;
f) pulso pedioso ou tibial (avalie bilateralmente e de forma comparativa): − regularidade; −
frequência; − volume (cheio ou filiforme?); − força.
4. Diante das seguintes queixas, realize exame físico direcionado, além do exame físico geral,
conforme protocolos específicos:
• dor torácica tem quandro pag 148/149 do pdf com o OPQRST focado para dor torácica que
pode ser IAM.
• dispneia ( P 302) tabela 7 pag 170 do pdf
• cefaleia, tontura e/ou déficit neurológico (P 303) tabela pag 195 e 197
• crise convulsiva () pag 205 do pdf imagens e tabelas.
5. SINAIS VITAIS Quantifique e anote os sinais vitais:
a) temperatura;
b) respiração - incursões respiratórias por minuto (IRPM);
c) pulso - batimentos por minuto (BPM);
d) pressão arterial;
e) saturação de oxigênio
6. Avaliação Contínua: Manter uma avaliação contínua da vítima para detectar
mudanças na condição e ajustar o tratamento conforme necessário.

A avaliação secundária em uma vítima de condição clínica é um processo


abrangente que exige habilidades clínicas, conhecimento médico e uma
abordagem sistemática. É importante que os profissionais de saúde estejam
bem treinados para conduzir uma avaliação eficiente, garantindo o melhor
atendimento possível à vítima.

O trauma musculoesquelético refere-se a lesões que afetam os músculos, ossos,


ossos, tendões, ligamentos e outras tecidos relacionados ao sistema
musculoesquelético do corpo humano. Essas lesões resultam de eventos
traumáticos, como acidentes, quedas, contusões, esforços excessivos, entre
outros. A avaliação e o tratamento adequado são fundamentais para garantir a
recuperação eficaz e a prevenção de complicações a longo prazo.

Tipos comuns de trauma musculoesquelético:

1. Fraturas: Quebra nos ossos, podendo ser abertas (com a exposição do osso) ou
fechadas.
2. Entorses: Lesões nos ligamentos que conectam os ossos, geralmente causadas
por movimentos bruscos ou torções.
3. Luxações: Deslocamento de uma articulação de sua posição normal.
4. Lesões Musculares: Incluindo contusões (hematomas), distensões
(alongamento excessivo do músculo) e rupturas musculares.
5. Lesões de Tecidos Moles: Ferimentos em tecidos como tendões e ligamentos.

Avaliação Inicial

1. Avaliação Primária: Proceder Normalmente conforme instrução

Avaliação Secundária: Proceder normalmente seguindo o sistema “achou


tratou”
Fratura:

Sinais e sintomas de fraturas:

• hemorragia em fraturas abertas;

• dor;

• deformidade;

• hematoma; 294 ITO 23 –

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

• edema;

• crepitação;

• perda da motricidade, da sensibilidade e da perfusão capilar nas extremidades;

• ausência de pulso periférico. Sinais e sintomas da síndrome compartimental:

• dor contínua e severa;

• ausência de pulso;

• palidez, paresia (fraqueza) e/ou parestesia (formigamento) no membro afetado;

• paralisia do membro;

• hipoestesia (perda ou diminuição da sensibilidade);

• edema e enrijecimento da região acometida.

Tratamento:

1. trate hemorragia, se presente; não faça excessiva compressão; .


2. remova joias e relógios para que não impeçam a circulação quando ocorrer um edema
adicional;
3. avalie pulso distal, perfusão capilar, sensibilidade e motricidade distais antes de aplicar talas
de imobilização;
4. se o osso está angulado, tente alinhar o membro aplicando tração manual antes de imobilizar
com talas; se houver resistência ao movimento ou presença de dor significativa, imobilize na
posição encontrada.
5. Cubra a fratura aberta com um curativo estéril, caso haja exposição óssea visível, umidifique
com soro fisiológico apenas a parte da compressa que estará sobre o osso exposto, e imobilize
na posição encontrada.
6. meça a tala e a aplique, imobilizando o membro e a articulação acima e abaixo do local
lesionado;
7. mantenha o pé e a mão em posição neutra
8. PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
9. reavalie pulso distal, perfusão capilar, sensibilidade e motricidade depois de aplicar talas de
imobilização.

Complicações e Seguimento:

1. Complicações Agudas: Monitore sinais de complicações agudas, como


hemorragias internas, síndrome compartimental, ou lesões vasculares ou
nervosas.
2. Acompanhamento Médico: O paciente deve ser acompanhado para garantir a
cicatrização adequada, monitorar a recuperação funcional e ajustar o plano de
tratamento conforme necessário.

O tratamento de trauma musculoesquelético requer uma abordagem


multidisciplinar envolvendo profissionais de emergência, ortopedistas,
fisioterapeutas e outros especialistas, dependendo da gravidade e da natureza
da lesão. A rapidez na avaliação e intervenção adequadas desempenha um
papel fundamental na melhoria do prognóstico e na prevenção de
complicações a longo prazo.

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