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07/02/2024

ROTEIRO PRÁTICAS HOSPITALARES EMERGÊNCIAIS - CCPA


Procedimentos semi e invasivos da conduta cirúrgica

− INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Procedimento frequente em emergências e na terapia intensiva, sendo o maior objetivo a manutenção da patência
das vias aéreas, aspiração de coleções, permite anestesia, mantém adequada ventilação e oxigenação quando outros
métodos não respondem de forma adequada.

• Principais indicações para a realização:

Parada cardiorrespiratória

Instabilidade hemodinâmica

Aspiração de secreções

Obstrução de vias aéreas superiores

Proteção de vias aéreas (TCE)

Necessidade de ventilação controlada

• Técnica de intubação

Estar presente equipe treinada

Preparar o material – saber selecionar traqueotubo adequado ao tamanho do paciente

Testar o cuff

Testar luz do laringoscópio

Posicionar a cabeça do paciente: decúbito ventral ou lateral, coluna cervical estendida em direção anterior, com
cabeça sustentada ou apoiada, com auxílio de material para abrir a boca posicionado caudal aos caninos superiores.
Facilitando a visualização das estruturas da via aérea superior.
Introduzir a lâmina do laringoscópio, expor a abertura glótica
e introduzir o tubo orotraqueal, visualizando a sua passagem
pelas pregas vocais.

Insuflar o cuff.

Checar o posicionamento do tubo: ventilar e auscultar.


Visualizar a expansão torácica a cada ventilação. Avaliar a
Domínio público oximetria de pulso e se possível a capnografia.

− TRAQUEOSTOMIA EMERGÊNCIAL
Última tentativa para a obtenção e o controle da via respiratória, dentre as técnicas, deve ser dada prioridade para
as mais simples e fisiológicas, deixando as mais complicadas e invasivas para os casos em que as primeiras não forem
eficazes. Traqueostomia - procedimento cirúrgico que consiste de abertura de um estoma na traquéia comunicando
com o meio externo, é realizada rapidamente e com o material e condições disponíveis nos casos emergenciais para
manutenção da via aérea.
• Principais indicações para a realização:

Comprometimento das vias respiratórias superiores - paralisia laríngea, lesões graves, lacerações e/ou avulsões.

Ventilação mecânica por mais que 12 h de permanência

Intervenção cirúrgica de laringe ou traqueia proximal

• Técnica

Estar presente equipe treinada preferencialmente em bloco cirúrgico

Tricotomia e antissepsia na região ventral

Aproximadamente dois dedos abaixo da cartilagem aritenoide, se efetua uma incisão longitudinal

Subcutâneo divulsionado, músculos esternoióideos visibilizados e dissecados.


A traqueia se apresenta abaixo dos músculos

É levemente dissecada com uma pinça hemostática curva para


não haver lesões em nervos (laríngeo recorrente), vasos e esôfago.

Exteriorização da traqueia, incisão entre 4-5 anel, não ultrapassar 50% do diâmetro da traqueia

Colocação de ponto de reparo

Tubo de 2/3 do diâmetro traqueal, é introduzido

O tubo é fixado ao redor do pescoço por fita ou bandagem para


evitar o seu deslocamento.

Indica-se proteção com uma atadura, de preferência estéril,

in: Fossum

− DISSECÇÃO DE VASOS PRINCIPAIS


Principais indicações para a realização:

Procedimento utilizado nas instabilidades hemodinâmicas quando não for possível realizar a cateterização pela via
percutânea, recorre-se à dissecação cirúrgica do vaso sanguíneo

Veias Jugular e cefálica

Localização, realiza-se tricotomia e antissepsia da região.

feita incisão cutânea de ±2,0cm sobre o vaso no sentido longitudinal. Após divulsão do subcutâneo, o vaso é
localizada e exposto por dissecação cuidadosa.

Realiza-se dois reparos com fio preferencial macio

Uma pinça anatômica sem dente ou hemostática é colocada sob o vaso e este é puncionado e canulado
Posteriormente, devem ser fixados à pele de animal por meio de sutura com fio não-absorvível ou com adesivo
sintético de metil-2 cianoacrilado ou N-butil cianoacrialato, evitando possível saída do interior do vaso sanguíneo

Domínio público

− MASSAGEM CARDÍACA INTERNA


A massagem cardíaca direta é mais efetiva,quando comparada com o procedimento efetuado com tórax fechado em
animais com parada por Fibrilação Ventricular. Porém, essa técnica envolve a necessidade de mais recursos, além de
uma equipe multidisciplinar altamente qualificada. Em pacientes com doença intratorácica, como o pneumotórax
hipertensivo, flail chest ou efusão pericárdica, a RCP com o tórax aberto é a mais indicada devido as comorbidades.

• Técnica:

Realiza-se toracotomia no quarto-quinto espaço intercostal ao lado esquerdo, seguida de periocardiotomia, no


menor tempo possível para iniciar as manobras de massagem cardíaca. Afastador Finochietto. Fechamento de rotina
da toracotomia e possibilidade de passagem de dreno temporário.
TORACOCENTESE EMERGÊNCIAL

Procedimento para drenar conteúdo que tampona a cavidade torácica ou reestabelecer a pressão negativa da mesma

Principais indicações para a realização em emergências:

Pneumotórax e Hemotórax

• Técnica:

Previamente o material é separado e montado um sistema de drenagem fechado.

Com o animal em decúbito ventral, após tricotomia e antissepsia local é palpado

no 6-8° Espaço Intercostal e realizada punção com cateter calibroso.

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