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Cirurgias do Sistema

Respiratório
Professora Bianca Mota Penteado
Cirurgias do Sistema
Respiratório Superior
Conduta pré-operatória

 Os procedimentos das vias aéreas superiores são executados para remover,


reparar ou ultrapassar as áreas de obstrução, lesão ou doença.
 Os animais acometidos podem apresentar dispneia leve a moderada.
 A respiração com a boca aberta, a abdução dos membros torácicos, a respiração
laboriosa e a inquietude indicam dispneia moderada a grave, e o tratamento de
emergência pode ser necessário.
 Deve ser feita uma contenção mínima nos pacientes gravemente dispneicos, e
deve-se permitir que fiquem na posição na qual se sintam mais confortáveis.
Conduta pré-operatória

 OXIGENAÇÃO:
 Sonda nasal
 Tubo ou cateter de traqueostomia
 Intubação endotraqueal
 Fluxo contínuo
 Máscara – colar elizabetano com um invólucro de plástico
 Gaiola
 Os corticosteroides, a sedação e/ou o resfriamento podem ajudar
Conduta pré- a aliviar um pouco do desconforto.
 A sedação leve pode ser benéfica em pacientes ansiosos
operatória (especialmente aqueles com obstrução de via aérea superior), com
dispneia moderada a grave.
Sedação em pacientes gravemente dispneicos

 Reconsiderar a necessidade de sedar um paciente gravemente dispneico.


 Oxigenioterapia
 Fornecer um quarto calmo, quieto e bem ventilado que não seja quente nem
úmido. Dependendo da raça, uma temperatura mais baixa pode ser necessária.
 Permitir que o cão e o gato assuma a postura que achar mais condutiva para
respiração. Se o cão tiver dificuldades, retire-se e deixe que o paciente se acalme.
Sedação em pacientes gravemente dispneicos

 Tenha equipamentos de intubação disponíveis e verificados antes de fornecer


qualquer sedativo. Não hesite em intubar se a dificuldade respiratória não
melhorar ou piorar.
 Benzodiazepinas podem tornar um gato ansioso e dispneico mais difícil de
manusear.
 Sedação em gatos: Butorfanol 0,2-0,4 mg/kg IV, IM, SC ou Buprenorfina 0,005-
0,02 mg/kg IV, IM, SC. Acepromazina e Diazepam
 Sedação em cães: Butorfanol, 0,2-0,4 mg/kg IV, IM, SC ou Midazolam, 0,1-0,2
mg/kg IV, IM ou Diazepam, 0,1-0,2 mg/kg IV
 Histórico e sintomas
Diagnóstico da  Exame físico

doença  Exames de sg: hemgrama, bioquímico, gasometria

respiratória  Exames de imagem: Rx, endoscopia


 Outros: citologia, cultura, biópsia.
 Sons respiratórios anormais (tosse, estridor inspiratório e sons
sibilantes), intolerância ao exercício, hipertermia, taquipneia,
dispneia, cianose, inquietação e/ou colapso.
 Náusea e regurgitação de secreções são comuns em algumas
Sintomas alterações traqueais, nasofaringeais e laringeais.
 Secreções nasais mucopurulentas ou sanguinolentas são comuns
no caso de doença nasal infecciosa ou obstrutiva. Pode ocorrer
mudança da voz nos casos de paralisia laringiana
Antibióticos
Trato
Respiratório
Superior
 Alto risco anestésico.
 Fase mais crítica é durante a indução e durante a recuperação da
anestesia
 Evitar fármacos depressores respiratórios
 Oxigenação prévia + oximetria

Anestesia  Indução: Propofol, etomidato ou cetamina com benzodiazepínico


 Manutenção: isoflurano
 Analgesia transoperatoria: Fentanil, buprenorfina, cetamina
(baixa dose)
 Anestesia local: permite a colocação de um tubo de
traqueostomia quando o paciente está comatoso ou não pode
tolerar anestesia geral
 Pacientes com doença respiratória devem ser abordados com extrema
cautela até que a intubação esteja completa e a ventilação possa ser
assistida.
 A pré-medicação com qualquer fármaco que provoca hipoventilação é
contraindicada em pacientes dispneicos moderados a graves.
 Devem ser feitos todos os esforços para minimizar o estresse do paciente
Anestesia antes da indução.
 O suporte de oxigênio, mesmo durante a colocação de um cateter
intravenoso, pode ser necessário.
 Não se recomenda a indução por máscara em pacientes dispneicos.
 A saturação de oxigênio ou a gasometria (ou ambos) deve ser monitorada
desde a indução até a recuperação e até que as anormalidades tenham
sido corrigidas.
 Síndrome braquicefálica
 Devocalização
 Colapso de laringe
 Trauma laringotraqueal
Indicações para  Paralisia de laringe

cirurgia – Trato  Colapso de traqueia

Respiratório  Massas laríngeas


 Massas traqueais
superior  Massas ou infecção nasal
 Trauma nasal
 Corpos estranhos
 Anormalidades congênitas
 Grupo de anomalias congênitas e adquiridas
que resultam em obstrução das vias aéreas
superiores
Síndrome das  Estenose de narina
 Prolongamento de palato mole
Vias Aéreas dos  Hipoplasia de traquéia
Cães  Secundárias
Braquicefálicos  Edema e espessamento do palato mole
 Eversão dos sacos laríngeos
 Edema de faringe e laringe
 Disfunção laríngea evoluindo para colapso
laríngeo
Estenose de
Narina
Estenose de narina
Estenose de
Narina
Prolongamento
de Palato
Traqueostomia
Traqueotomia
 nervos laríngeos recorrentes
 artéria carótida
Cuidado com  tronco vago simpático

as estruturas:  veia jugular


 vasos tireoidianos
 esôfago
Cirurgias do Tórax
 Lesões traumáticas que dificultam a respiração precisam de
estabilização de emergência - toracocentese e administração de
oxigênio antes da cirurgia.

Conduta pré-  O equipamento para toracocentese e inserção de um dreno deve


estar prontamente disponível, e os médicos devem estar
operatória familiarizados com essas técnicas
 O tórax é uma das regiões mais comumente lesadas após trauma
 Lesões abdominais e no peito concorrentes foram encontrados
em 50% dos animais feridos.
Toracotomia

 Toracotomia intercostal ou lateral


 Esternotomia mediana

 A cavidade torácica é aberta havendo a necessidade de ventilação com pressão


positiva intermitente (incluindo os animais com hérnia diafragmática)
Lobectomia
Pulmonar
Parcial
Lobectomia
Pulmonar
Total
Sutura da
parede
torácica
 Fios de sutura absorvíveis e não absorvíveis podem ser usados
para a lobectomia completa; entretanto, fios de sutura
multifilamento, não absorvíveis, não devem ser usados na
Materiais de presença de infecção.

sutura e  Os afastadores de Finochietto, pinças de Satinsky (para prender o


brônquio) e pinças em ângulo reto (como a pinça Mixter [também
instrumentos chamada de pinça de vesícula biliar, pinça de ducto biliar ou pinça
torácica]) são úteis na cirurgia torácica
especiais  Dispositivos de sucção a vácuo facilitam a remoção do líquido
colocado na cavidade torácica para identificar a presença de
vazamento de ar.
 A hipotermia é uma ocorrência comum após a cirurgia torácica
 Em alguns animais a ventilação inadequada pode ser uma
consequência da dor.
 Complicações: Pneumotórax, hemotórax e edema pulmonar
Cuidados pós-  Complicações pós-operatórias são relatadas para ocorrer em 39%
operatórios dos casos de cirurgia torácica, em sua maioria composta de
complicações da ferida e problemas com o dreno torácico
 Se um animal apresentar hipoventilação no pós-operatório,
radiografias de tórax são indicadas para descartar a presença de
pneumotórax, hemotórax e edema pulmonar

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