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ESTÉTICA
E COSMETOLOGIA
2
CIRURGIA PLÁSTICA E
REPARADORA
3
SUMÁRIO
Equimose............................................................................................................................. 36
Infecção ............................................................................................................................... 37
Dor....................................................................................................................................... 37
Limitação de movimento ...................................................................................................... 37
Retrações cicatriciais ........................................................................................................... 38
Hipoestesia .......................................................................................................................... 38
Excessos de gordura corporal ............................................................................................. 39
Lipodistrofia localizada......................................................................................................... 40
Cirurgia plástica ................................................................................................................... 42
Lipoaspiração e lipoescultura............................................................................................... 42
Histórico............................................................................................................................... 44
Indicações para a lipoaspiração ........................................................................................... 45
Cuidados para a realização da lipoaspiração ....................................................................... 46
Trauma cirúrgico .................................................................................................................. 51
Cuidados pós-operatórios .................................................................................................... 52
Complicações ...................................................................................................................... 55
Resultados........................................................................................................................... 58
Disfunções físico-funcionais decorrentes das lipoaspirações ............................................... 59
Edema ................................................................................................................................. 60
Linfedema ............................................................................................................................ 61
Seroma ................................................................................................................................ 62
Equimose............................................................................................................................. 63
Hematoma ........................................................................................................................... 64
Dor....................................................................................................................................... 65
Fibroses e aderências teciduais ........................................................................................... 65
Alterações de sensibilidade ................................................................................................. 65
MAMOPLASTIAS REPARATIVAS: TÉCNICAS CIRÚRGICAS, INDICAÇÕES E
PROCEDIMENTOS ............................................................................................................. 66
DISFUNÇÕES ESTÉTICAS DAS MAMAS .......................................................................... 66
ASSIMETRIAS..................................................................................................................... 68
Reconstrução do mamilo e da aréola................................................................................. 120
Ginecomastias ................................................................................................................... 123
CIRURGIA FACIAL ............................................................................................................ 129
Pele ................................................................................................................................... 131
Tela subcutânea ................................................................................................................ 131
Estrutura óssea.................................................................................................................. 131
Nervos ............................................................................................................................... 132
Vascularização .................................................................................................................. 138
Ligamentos retentores ....................................................................................................... 138
5
Cirurgia plástica
Fases da cicatrização
Características clínicas
Fase 01 – Inflamatória Alterações vasculares;
Exsudação celular;
Formação de coágulo;
Atividade fibroblástica inicial.
Fase 02 – Proliferação Neo-angiogênese;
Intensa migração celular;
Proliferação de fibroblastos.
Fase 03 – Maturação Maturação do tecido conectivo;
Contratura do tecido cicatricial;
Alinhamento do colágeno às sobrecargas.
diretamente à ferida).
São fatores extrínsecos: idade (quanto mais idoso é o indivíduo, mais lento é o
processo de reparo); estado nutricional (indivíduos mal nutridos têm dificuldade em
formar cicatriz pela ausência de certas proteínas, metais e vitaminas importantes para
a síntese de colágeno); estado imunológico (a imunidade baixa prolonga a fase
inflamatória e predispõe a ocorrência de infecções); diabetes (a síntese do colágeno
está diminuída, assim como a oxigenação local); uso de medicamentos (sobretudo
esteroides que retardam e alteram a cicatrização); realização de quimioterapia (leva à
neutropenia, predispondo à infecção); tabagismo (a nicotina induz à isquemia tissular).
São fatores intrínsecos: tipo de tecido lesado; localização da lesão, ocorrência
de reações imunológicas ou auto imunes locais; infecção local (dano tecidual
constante e reação inflamatória persistente); oxigenação local (em caso de anóxia, as
células inflamatórias têm dificuldade de chegar à zona lesada, dificultando a
proliferação dos fibroblastos e a síntese de colágeno); tensão na ferida (vômitos,
tosse, atividade física em demasia, produzem tensão e interferem na cicatrização das
feridas); hemorragia (o acúmulo de sangue cria espaços mortos que interferem na
cicatrização); presença de corpos estranhos (inflamação e infecção persistente);
técnica de sutura inadequada; hematoma (SCHMITT, 2008).
Distúrbios da cicatrização
Cicatriz hipertrófica
Figura – Queloide
Hipertrófica Queloidiana
Geralmente dolorosas; Dolorosas ou não;
Grossa e avermelhada; Muito grossa e escura;
Desenvolve-se após a cirurgia; Pode aparecer tardiamente;
Geralmente involui em até 2 anos; Raramente involui;
Não ultrapassa a incisão cirúrgica; Invade a pele normal;
13
A abdominoplastia
Exatamente na linha média existe uma linha vertical que passa pela cicatriz
umbilical onde os grupamentos musculares do lado direito e do lado esquerdo fundem-
se. Quando ocorre o aumento intra-abdominal gestacional, esta linha pode sofrer um
processo de afastamento.
Esse esgarçamento faz com que, na linha média, possam aparecer hérnias.
Hérnias são zonas de fragilidade da parede muscular que permitem a saída de
porções de intestino de dentro da cavidade para o exterior. Essas hérnias podem
tornar-se mais ou menos volumosas, dependendo do grau de pressão intra-
abdominal e do grau de alteração da parede muscular. Essas modificações internas
manifestam-se na porção externa da parede abdominal com alterações mais ou
menos volumosas. Sabe-se que mulheres que têm gestações sucessivas apresentam
mais facilidade para o aparecimento desse quadro.
No homem também ocorrem alterações da parede abdominal,
fundamentalmente por conta de flacidez da musculatura e devido ao acúmulo
gorduroso na porção abdominal inferior abaixo da cicatriz umbilical.
A abdominoplastia visa à correção funcional e estética da parede abdominal.
Dependendo do tipo de anormalidade, pode ser necessária a correção dos elementos
profundos, musculares, ou os da superfície, com a retirada dos excessos gordurosos.
Incorre na remoção de gordura localizada no abdômen, assim como da flacidez de
pele ao redor da região umbilical e das estrias situadas entre a linha horizontal que
passa pelo umbigo e pêlos pubianos. Não se consegue eliminar as estrias localizadas
nos flancos e tronco, nem os excessos de gordura dessas regiões. Igualmente,
pacientes com muita gordura na região do "estômago" ou com projeção excessiva
dele não conseguem, com a abdominoplastia, melhora absoluta na estética dessa
região. A lipoaspiração poderá ser um tratamento adjuvante.
Histórico
Indicações e contra-indicações
+ AMRA
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C- ABD vertical
Cicatrizes/ ou Invertida
hérnias/
eventrações
Período pré-operatório
Hospitalização e anestesia
A abdominoplastia necessita no mínimo de 24 horas de internação. O ato
operatório, dura em torno de 2 horas. Deve-se levar em conta o tempo necessário à
preparação para a anestesia e o de recuperação. O tempo total costuma ser de 4
horas aproximadamente.
A anestesia pode ser geral ou peridural. A escolha dependerá do procedimento
que será realizado. Para as cirurgias feitas mais baixas no abdômen, uma peridural é
a melhor opção, e é a mais freqüentemente realizada. Para procedimentos que
trabalharão os músculos e regiões mais altas do abdômen, pode ser necessária uma
anestesia geral. Essa anestesia pode ser prolongada por 6 horas ou mais após o
término da operação, evitando sintomatologia dolorosa nesse período.
Técnicas cirúrgicas
Incisão
Com um bisturi, realiza-se a incisão cutânea previamente desenhada. O
comprimento da incisão depende da quantidade de pele que precisa ser retirada.
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Descolamento
Onfaloplastia
Lipoaspiração
Caso necessário, para melhorar o contorno corporal, pode ser realizada uma
lipoaspiração complementar, sobretudo da região dos flancos em área não descolada.
A lipoaspiração é uma técnica que permite a remoção às cegas de gordura
subcutânea através de uma pequena incisão na pele. Seu uso mais freqüente é
cosmético, na remoção de gordura subcutânea indesejada, como “escultura corporal”.
Curativos
Cicatrizes
Cicatrizes de operações anteriores abaixo do umbigo podem ser eliminadas
durante o ato operatório. As cicatrizes de operações, acima do umbigo, não são
removidas; na verdade, são deslocadas para baixo. A cicatriz da abdominoplastia
tende a se caracterizar por uma linha arqueada: é baixa na região pubiana e alta
lateralmente em direção às espinhas ilíacas. Com esse formato, pode ficar escondida
sob um biquíni. Essa cicatriz evolui para um aspecto bastante aceitável. Normalmente,
apresenta cor avermelhada nos seis primeiros meses, levando outros seis meses para
ficar natural.
Pacientes com tendência a má cicatrização podem sofrer um alargamento da
cicatriz, resultando num aspecto pouco aceitável. Nesse caso, recomenda-se, entre
seis meses a um ano após a operação, um retoque da cicatriz para melhorar o seu
aspecto. Essa é uma operação do tipo ambulatorial, que não requer internação. Com
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o passar dos anos, a cicatriz tende a ficar pouco perceptível e com melhor aspecto
estético.
Cuidados pós-operatórios
A maioria dos pontos de sutura permanece por baixo da pele e não precisam
ser retirados. O próprio organismo se encarregará de absorvê-los após algumas
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semanas. Como serão dezenas de pontos ao longo da cicatriz e abaixo dela, pode
acontecer de alguns deles serem eliminados através da linha de sutura. Os pontos do
umbigo normalmente são retirados, entre o 10º e 15º dia após a cirurgia.
É freqüente o relato de dor temporária de intensidade variável, normalmente
controlada por analgésicos e antiinflamatórios. Edemas, falta de sensibilidade na
região abdominal, equimoses e sensação de fadiga podem durar algumas semanas.
Se a pele do abdômen se apresentar ressecada, é permitido usar óleos ou cremes
exceto nas cicatrizes, após contato com o médico.
Durante as primeiras semanas de pós-operatório, o paciente não deve realizar
esforços físicos, pois existe o risco de abertura das suturas realizadas na musculatura.
Depois desse tempo, gradualmente, o paciente vai voltando à sua vida normal, e os
esforços podem tornar a fazer parte da sua rotina. A depender da conduta adotada
pelo cirurgião, as atividades sociais e esportivas estarão liberadas em torno do 15º ao
30º dia do pós-operatório.
Considerações importantes
Complicações
Resultados
O resultado das abdominoplastias depende de muitos fatores como a condição
estética anterior do paciente, qualidade da pele, escolha adequada da técnica a ser
empregada, habilidade do cirurgião, além de a realização de um pós- operatório
adequado. Quando bem indicado, o procedimento proporciona resultados
satisfatórios, atendendo às expectativas de médicos e pacientes.
Figura – Resultados de abdominoplastias
Miniabdominoplastia
Edema
Linfedema
Irregularidades cutâneas
Seroma
Equimose
Hematoma
Infecção
Dor
Limitação de movimento
Retrações cicatriciais
Hipoestesia
Diminuição da sensibilidade local nas áreas operadas. Esse sintoma decorre
do trauma tissular, da presença do edema e das alterações químicas inerentes ao
processo de cicatrização e reparo tecidual.
Os autores relatam que a sensibilidade local retorna gradativamente e
normaliza após cerca de seis meses da intervenção cirúrgica.
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Lipoaspiração e lipoescultura
Lipodistrofia localizada
Cirurgia plástica
Lipoaspiração e lipoescultura
Histórico
Técnicas cirúrgicas
Figura – Lipoaspirador
A escolha é feita pelo cirurgião, já que esses métodos possuem vários estudos
comprovando suas qualidades, vantagens e desvantagens. Os métodos possuem
diferenças entre si de aparelhagem e tempo de cirurgia (GOMES, 2003).
A laserlipólise é um método recente que possui poucas publicações,
necessitando de estudos futuros para avaliar seus benefícios e riscos. Outras técnicas
que incluem o uso de soluções que promovem a lise do lipócito e o uso de ultrassom
externo prévio à lipoaspiração para facilitar o procedimento, também
precisam de estudos adicionais para validar sua eficácia.
Após a decisão da técnica cirúrgica e avaliação cuidadosa prévia do paciente,
o médico estabelece qual procedimento anestésico adotará. Existem diferentes
técnicas anestésicas para a realização de lipoaspiração. Ela pode ser realizada com:
anestesia local, geral ou bloqueio peridural.
Quando o procedimento a ser realizado é muito prolongado ou a quantidade de
gordura localizada a ser retirada é grande, a maioria dos cirurgiões prefere a anestesia
geral. Nesta técnica, o paciente é mantido, pelo anestesista, sem consciência e sem
dor. Quando o procedimento cirúrgico termina o paciente é acordado e mantido com
analgésicos para evitar a dor pós-operatória imediata.
Quando as zonas a serem lipoaspiradas são pequenas e o paciente tem
condições psicológicas de tranquilidade para suportar o procedimento cirúrgico, este
pode ser realizado sob anestesia local com sedação.
Alguns cirurgiões preferem à anestesia do tipo bloqueio peridural. Nestas
circunstâncias, o paciente é submetido a um tipo de anestesia que permite que ele
fique consciente ou com sedação, sem nenhum tipo de sensibilidade em certas zonas
que deverão ser trabalhadas pela lipoaspiração.
Como mencionado anteriormente, existem técnicas associadas à infiltração de
soluções (técnica tumescente) ou não associadas a nenhum tipo de infiltração (seca).
Na técnica seca, o sangramento varia de 20 até 50% do líquido aspirado.
Nos últimos anos, as técnicas tumescentes avançaram muito no cenário da
lipoaspiração, sendo associadas a um menor número de complicações no período
intra e pós-operatório e menor sangramento. O cirurgião injeta uma grande quantidade
de fluido (cinco vezes a quantidade de tecido a ser removido) nas áreas contendo
depósitos de gordura. O fluido contém anestésicos locais, drogas que contraem os
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A cânula se move rapidamente para frente e para trás para retirar as células
gordurosas, que são sugadas para fora. Devem ser realizados movimentos de
varredura na área a ser tratada, de preferência se cruzando perpendicularmente para
evitar ondulações e irregularidades.
realizada (por exemplo, o dorso tem maior perda sanguínea que o culote);
A superfície corporal aspirada. Quanto mais extensa a área, maior será o
dano. Não é recomendável aspirar mais que 40% da superfície corporal.
Trauma cirúrgico
para combater a infecção, como leucócitos, linfócitos, macrófagos, entre outros. Vão
para o local também as plaquetas, cuja função é vedar os locais que foram invadidos
pela cânula. O organismo libera fibrina, que é uma proteína polimerizada insolúvel,
que forma uma rede de fibras ao redor das plaquetas que se fixaram nas bordas do
ferimento umas as outras. A rede envolve-se nas células sanguíneas e se contrai,
expulsando o soro e deixando o coágulo mais ou menos sólido.
Desta forma, quanto maior a quantidade de gordura retirada, maior será a
agressão e, consequentemente, maior será a reação do organismo. Neste caso, tem
início um processo de cicatrização irregular, que tende a formar uma fibrose
subcutânea, fazendo aderências que prendem a pele ao músculo. As depressões,
ondulações e assimetrias, em alguns pacientes, ficam visíveis logo na primeira
semana, em outros, após duas ou três semanas devido ao edema.
Quando se faz a lipoaspiração, a retirada da gordura do subcutâneo
inicialmente desencadeia uma zona de excesso de pele. Entretanto, com o tempo,
este excesso vai sofrendo uma retração progressiva. Depois de 30, 60 ou 90 dias
observa-se que a pele não apresenta mais as dobras características do excesso. Às
vezes, são necessários de 6 meses a 1 ano para que ocorra esta acomodação da
pele. A sucção não deve ser aplicada superficialmente ao nível da camada profunda
da derme, porque a pele fica endurecida, nem ao nível da fáscia profunda, porque se
criam áreas de adesão de pele.
Cuidados pós-operatórios
Complicações
Infecções locais como abscessos ou linfangites podem ser vistas, bem como,
as dermatites infecciosas ou alérgicas.
Além dessas complicações, existem duas mais raras e muito mais graves: a
perfuração da parede abdominal, que causa danos ao nível de órgãos intraabdominais
(cólon, baço), realçando a necessidade de exames abdominais à procura de hérnias
e eventrações; e as necroses cutâneas, devido a um mecanismo venenoso pela
injeção exagerada de solução hipertônica ou a qualquer componente gangrenoso que,
não levando o paciente ao óbito, causam resultados estéticos dramáticos.
Nas complicações gerais da lipoaspiração predominam as hemorragias
internas e hipovolemia com risco de parada cardiorrespiratória. Os acidentes com
anestésicos participam da gravidade das complicações, relacionados à anestesia
geral, ou à utilização de grandes quantidades de anestésicos locais. Frequentemente,
são mencionadas as tromboflebites com o risco de embolia pulmonar ou gordurosa.
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Resultados
Uma vez que os adipócitos atingidos pela lipoaspiração, nos adultos, não
voltam a acumular gordura, os resultados da intervenção são em princípio, definitivos.
Porém, caso uma dieta equilibrada não seja mantida, novos acúmulos de gordura
podem ser gerados, comprometendo a harmonia corporal.
As imagens a seguir ilustram o resultado de uma cirurgia de lipoaspiração na
região abdominal antes (A) e 30 dias após (B) o procedimento.
Edema
persistentes.
Recursos fisioterapêuticos como a drenagem linfática, crioterapia e
eletroterapia auxiliam na reabsorção dos edemas, porém ele persistira durante todo o
processo de cicatrização. O controle precoce do edema é importante por permitir
maior concentração de oxigênio e nutrientes na área afetada, facilitando,
consequentemente, o processo de cicatrização e prevenindo disfunções funcionais
como a presença de fibrose intersticial.
Linfedema
Seroma
Figura – Seroma
Equimose
Figura – Equimose
Hematoma
Figura - Hematoma
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Dor
Alterações de sensibilidade
ALTERAÇÕES DE TAMANHO
PTOSE MAMÁRIA
ASSIMETRIAS
evidente e passa a provocar na mulher uma visão distorcida do seu próprio corpo e
da feminilidade, especialmente na adolescência. A assimetria pode ser de origem
congênita ou adquirida, apresentar-se em diferentes graus e afetar o tamanho, a forma
e a posição das mamas (Arquero, 2010).
FIGURA – ASSIMETRIA MAMÁRIA
MAMOPLASTIAS
Mamoplastias de aumento;
Mamoplastias de redução;
Mastopexias.
Com o avanço das técnicas cirúrgicas para o aumento das mamas, esse
procedimento tornou-se um dos mais procurados no consultório da maioria dos
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HISTÓRICO
INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
Tamanho
Textura
dobras. Utilizada geralmente após contratura capsular intensa com prótese de silicone
texturizada.
Prótese texturizada: prótese desenvolvida na década de 80 e que é a
mais utilizada atualmente. Possui superfície com microrrugosidades, visando
“quebrar” a formação da cápsula. Apresenta índices menores de contratura capsular
do que as próteses lisas (2 a 3%).
Perfil
Baixo: possuem uma base mais larga e são mais baixas, sendo mais
indicadas quando se deseja uma maior projeção do colo mamário e pouca projeção
para frente.
Alto: possuem uma base menor e são mais altas, sendo indicadas
quando se deseja maior projeção dos seios para frente sem tanta necessidade de
preenchimento do colo mamário. São as mais requisitadas pela maioria das pacientes.
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Tipo de preenchimento
mesmo que ocorra uma ruptura traumática da prótese, o silicone não irá vazar. À
palpação, esse tipo de implante é imperceptível por apresentar densidade e textura
similar às do tecido mamário.
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS
Vias de acesso
Há três vias principais de acesso para a colocação das próteses de mama
(Arquero, 2010):
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Axilar: opta-se por esta via quando se implanta próteses de solução salina ou
quando a paciente não quer uma incisão areolar. Esta via exige um cuidado especial,
não só para não prejudicar as estruturas nobres desta região como também por
apresentar certa dificuldade para liberar inserções musculares e hemostasia.
Através do sulco mamário: essa via de acesso produz uma cicatriz de boa
qualidade, porém, mais visível que nas duas vias anteriores. Em alguns casos pode
ocorrer uma cicatrização hipertrófica ou queloide. Normalmente é utilizada em
pacientes com aréolas muito pequenas ou em que as próteses escolhidas são
demasiado grandes.
FIGURA – ACESSO PELO SULCO MAMÁRIO
Anestesia
A anestesia para a cirurgia de implante de prótese de mama pode ser local com
sedação venosa, peridural ou anestesia geral. Cada um dos tipos de anestesia
apresenta suas vantagens e desvantagens. O médico e o anestesista discutem com
a paciente qual a mais conveniente para o caso, de acordo com os resultados dos
exames pré-operatórios (Sabiston e Iyerly, 1999).
Orientações pré-operatórias
Cuidados pós-operatórios
alteram.
CICATRIZES
RESULTADOS
MAMOPLASTIAS DE REDUÇÃO
A mamoplastia de redução figura como uma das mais usuais cirurgias plásticas
eletivas de médio e grande porte. Este procedimento vai além da indicação estética
em muitos casos. Mulheres com mamas grandes ou gigantes frequentemente
apresentam síndromes álgicas como dor nos ombros, pescoço e dorso e alterações
da pele como sulcos e dermatites. Ocorrem ainda sintomas psicológicos relacionados
com a diminuição da autoestima, levando a dificuldade de relacionamento e
isolamento (Costa, 2010).
O grande desafio dessa cirurgia reparadora é moldar o tecido mamário de
forma harmônica com a estrutura corporal da paciente, respeitando seus desejos e as
limitações cirúrgicas, proporcionando boa estética e cicatrizes pequenas. Quando
bem executada, a mamoplastia redutora melhora o formato das mamas pela remoção
de tecido mamário, dos excessos de pele e do reposicionamento da aréola. Em casos
de mamas caídas e pequenas, o cirurgião pode optar pela inclusão de uma prótese
de silicone para aumentar o volume e melhorar a aparência geral (Costa, 2010).
HISTÓRICO
INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS
1999).
FIGURA – CICATRIZES RESULTANTES DE MAMOPLASTIAS
Cicatriz em T invertido Cicatriz em T (vertical)
Cicatriz em L
Cicatriz periareolar
As pacientes indicadas para esta técnica são aquelas em que há muito pouca
pele para ser retirada, ou em casos de pequenas quedas, onde é possível a elevação
das aréolas. As cicatrizes ficarão somente ao redor das aréolas.
É realizada a demarcação dos pontos de reparo para realização da intervenção
e são realizadas as incisões.
em relação à satisfação do paciente que pode não contentar-se com o resultado final
do procedimento ou com as cicatrizes resultantes. Também podem correr assimetrias
de forma e tamanho, persistência da ptose, alterações do sulco mamário e do
complexo aréolo-papilar (Arquero, 2010).
Como nas mamoplastias de aumento há o risco da ocorrência de deiscência de
suturas, necrose tecidual, infecções, hematomas e equimoses intensas, presença de
seroma intersticial e perda da sensibilidade transitória ou definitiva (Arquero, 2010).
CICATRIZES
RESULTADOS
Período imediato: até o 30º dia. Neste período, apesar das mamas
apresentarem-se com seu aspecto bem melhorado, sua forma ainda está aquém do
resultado planejado, pois, para que se atinja a forma definitiva, os edemas e
hematomas devem desaparecer por completo.
MASTOPEXIA
RESULTADOS DE MASTOPEXIAS
CÂNCER DE MAMA
MAMOPLASTIAS ABLATIVAS
(Diógenes, 1999).
RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA
abaixo da pele pela qual se preenche o expansor com soro durante dois ou três meses
a fim de alcançar um estiramento relativo da pele. Após este período, quando a mama
reconstruída já adquiriu tamanho semelhante ao da mama preservada, o expansor é
retirado e substituído por uma prótese mamária definitiva. Em uma segunda etapa faz-
se a reconstrução da aréola e do mamilo (Micali, 2010).
EXPANSOR DE PELE
A seta aponta para a área onde a pele e a Transferência do retalho pelo túnel até a
gordura, ficarão presas ao músculo. região da mama.
A seguir, todo o tecido isolado é transferido para cima na área torácica onde,
com pontos, monta-se uma nova mama. O abdômen é tratado para que tenha o
resultado de uma abdominoplastia. Onde antes ficava o músculo, coloca-se uma tela
de polipropileno. As cicatrizes resultantes serão na mama reconstruída e no abdômen
inferior (cicatriz horizontal e ao redor da cicatriz umbilical).
Quando a mama sadia é muito grande ou apresenta ptose, será necessário
realizar em um segundo momento a redução e/ou o levantamento desta mama
preservada, para deixá-la semelhante à mama reconstruída. Em outro momento
115
Aspecto final
Enxerto de tecido que vem do mamilo da mama sadia: caso a mulher tenha
um mamilo saliente do lado bom, pode-se retirar sua metade superior e a enxertar no
lado a ser reconstruído).
FIGURA – GINECOMASTIA
GINECOMASTIA GLÂNDULAR
GINECOMASTIA GORDUROSA
GINECOMASTIA MISTA
126
Procedimentos cirúrgicos
Resultados de ginecomastia
RESULTADOS DE GINECOMASTIA
CIRURGIA FACIAL
Anatomia da Face
Pele
A pele não é uma estrutura de sustentação, é um órgão de cobertura que
participa do resultado de ritidoplastia na razão direta de sua qualidade e elasticidade.
Atualmente, tratamentos estéticos têm contribuído no aprimoramento da qualidade da
pele reduzindo a elastose, melhorando a quantidade, qualidade e disposição de fibras
elásticas e colágenas, assim como promovendo renovação da epiderme e camada
cornea com os diferentes peelings.
Tela subcutânea
Na face, a tela subcutânea desempenha um importante papel funcional, por
conter em seu interior uma rede de fibras de tecido conjuntivo denso que conecta os
músculos da mímica facial à pele. Sendo separada em planos superficial e profundo
pelo sistema músculo aponeurótico da face (SMAS). A gordura subcutânea, é de
espessura variável e envelopa, além do SMAS, os músculos da mímica facial, vasos
superficiais e nervos. E distribuição do tecido adiposo na face é determinada por
grandes grupamentos de gordura que compõem unidades individuais do ponto de
vista do tratamento estético e volumização da face.
Estrutura óssea
O esqueleto da face naturalmente será o grande responsável pelo contorno da
mesma e também sofre alterações volumétricas com o avanço da idade. O relevo do
esqueleto facial compõe muitos dos padrões de juventude como malares bem
projetados e ângulo da mandibular aparente. Ainda são fundamentais na harmonia da
face a projeção do mento e deformidades crânio maxilo faciais que podem ser
submetidas a tratamentos específicos no esqueleto para melhora estética.
132
Nervos
Os primeiros elementos anatômicos a gerar preocupações entre os cirurgiões
plásticos foram os ramos motores do nervo facial.
Nervo Facial
Vascularização
Ligamentos retentores
Região cervical
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