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ABCDE do Trauma

vemos realizar inspeção, palpação, ausculta e percussão.

OBS: alterações detectadas nessa etapa podem indicar


pneumotórax ou hemotórax.

C – CIRCULAÇÃO

Nessa etapa devemos identificar choque e manter a circulação avaliando


4 parâmetros: pele, pulso, perfusão e hemorragias (sangramentos
externos). Identificar principais locais de sangramento: tórax, pelve,
abdome e ossos longos. Em caso de sangramento externo devemos
imediatamente pará-lo com compressão direta.
Para avaliar sangramentos abdominais é utilizado o USG FAST
observando a janela subxifóide, hepatorrenal, esplenorrenal e pélvica.

Em caso de identificação de choque devemos realizar reposição


volêmica por meio de dois acesso periféricos calibroso (de 500 em 500
mL) com SF a 0,9%.

D – AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA

A avaliação neurológica é feita através da escala de coma de Glasgow e


avaliação das pupilas.
https://www2.ufjf.br/neurologia/2018/12/11/escala-de-coma-de-glasgow-
importancia-e-atualizacao-de-2018/

E – EXPOSIÇÃO

Por fim, devemos expor o paciente (retirar roupas e objetos) para avaliar
possíveis fraturas e palpar pulsos.

3. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

Na avaliação secundária, com o paciente estável, deve ser feito uma


história direcionada seguindo o mnemônico:
Resumo 2
O QUE É TRAUMA?
 No contexto da enfermagem, define-se o Trauma como um evento nocivo que advém
da liberação de formas específicas de energia ou de barreiras físicas ao fluxo normal de
energia.
 

VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DO XABCDE DO TRAUMA?


 

Em 1976, ao sofrer um acidente com sua família, o cirurgião ortopédico Jim Styner
pôde perceber as fragilidades dos cuidados em primeiros socorros de vítimas de
traumas. Depois dessa experiência, o médico desenvolveu o protocolo ABCDE do
trauma, que passou a ser empregado em diversas regiões do mundo a partir de 1978,
sendo ministrado neste ano o primeiro curso sobre o tema.

A importância do método desenvolvido por Jim Styner não demorou a ser reconhecida
pelas autoridades médicas, uma vez que só com esses cuidados é possível realmente
estabilizar o paciente, deixando-o mais seguro para o transporte e para quaisquer outras
intervenções que se façam necessárias.
 
Mudança (a entrada do X):
 
O famoso mnemônico do trauma “abcde” ganhou na 9ª edição do PHTLS 2018, no
capítulo 6 , mais uma letra. O “x’ de hemorragia exsanguinante ou seja hemorragia
externa grave. Ainda não publicado oficialmente e não traduzido, mas já nos
atualizamos.
 
O APH sofreu uma substancial alteração, dando mais ênfase às grandes hemorragias
externas, antes mesmo do controle cervical ou da abertura das vias aéreas!
 

O QUE É O ABCDE DO TRAUMA?


 

O XABCDE é um mnemônico que padroniza o atendimento inicial ao paciente


politraumatizado e define prioridades na abordagem ao trauma, no sentido de padronizar
o atendimento. Ou seja, é uma forma rápida e fácil de memorizar todos os passos que
devem ser seguidos com o paciente em politrauma.
 
Ele foi pensado para identificar lesões potencialmente fatais ao indivíduo, e é aplicável
a todos as vítimas com quadro crítico, independentemente da idade. O protocolo tem
como principal objetivo reduzir índices de mortalidade e morbidade em vítimas de
qualquer tipo de trauma.
 
 

 
 E como o método funciona?
 

QUAIS CONDUTAS DE SEGURANÇA NA FASE PRÉ-HOSPITALAR?


 

Antes de iniciar a abordagem XABCDE ao paciente vítima de trauma é necessário


atentar-se a itens essenciais para salvaguardar a vida da equipe, como: avaliação da
segurança da cena segura, uso de EPI’s, sinalização da cena (Ex. dispor cones de
isolamento na pista).

Significado das Letras ABCDE


 

(X) – Exsanguinação
 
 Contenção de hemorragia externa grave, a abordagem a esta, deve ser antes mesmo do
manejo das vias aérea uma vez que, epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias
aéreas ser responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais mata no
trauma são as hemorragias graves.
 
 (A) – Vias aéreas e proteção da coluna vertebral
 
No A, deve-se realizar a avaliação das vias aéreas. No atendimento pré-hospitalar, 66-
85% das mortes evitáveis ocorrem por obstrução de vias aéreas. Para manutenção das
vias aéreas  utiliza-se das técnicas: “chin lift”: elevação do queixo, uso de aspirador de
ponta rígida, “jaw thrust”: anteriorização da mandíbula, cânula orofaríngea (Guedel).
 
No A também, realiza-se a proteção da coluna cervical. Em vítimas conscientes, a
equipe de socorro deve se aproximar da vítima pela frente, para evitar que mova a
cabeça para os lados durante o olhar, podendo causar lesões medulares.
 
A imobilização deve ser de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical. Para isso,
uma prancha rígida deve ser utilizada.
 
Considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com traumatismos
multissistêmicos!
 
(B) – Boa Ventilação e Respiração
 
No B, o socorrista deve analisar se a respiração está adequada. A frequência
respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traqueia e
observação da musculatura acessória são parâmetros analisados nessa fase.
 
Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação, ausculta e
percussão. Verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado.
 
(C) – Circulação com Controle de Hemorragias
 
No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise.
A maioria das hemorragias é estancada pela compressão direta do foco. A Hemorragia é
a principal causa de morte no trauma.
 
A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se refere a hemorragias externas, grandes
hemorragias. Já o “C” refere-se a hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas
de volume sanguíneo não visível, analisando os principais pontos de hemorragia interna
no trauma (pelve, abdomem e membros inferiores), avaliando sinais clínicos de
hemorragia como tempo de enchimento capilar lentificado, pele fria e pegajosa e
comprometimento do nível e qualidade de consciência.

Classificando o Choque Hipovolêmico


 

 
QUAIS SOLUÇÕES EMPREGAR NA REPOSIÇÃO VOLÊMICA?
 

O Soro Ringer com Lactato é a solução isotônica de escolha, contudo, soluções


cristaloides não repõem hemácias, portanto, não recupera a capacidade de carrear O2 ou
as plaquetas necessárias no processo de coagulação e controle de hemorragias.
 
(D) – Disfunção Neurológica
 
No D, a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, presença de
hérnia cerebral, sinais de lateralização e o nível de lesão medular são medidas
realizadas.
 
Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela
manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral. Importante aplicar a escala de
goma de Glasgow atualizada.
 
(E) – Exposição Total do Paciente
 
No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da
hipotermia são as principais medidas realizadas. O socorrista deve analisar sinais de
trauma, sangramento, manchas na pele etc.
A parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais grave que acomete o
paciente.

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