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Tópico 1
XABCDE da vida em Primeiros Socorros

XABCDE da vida em primeiros socorros

O XABCDE é uma padronização do atendimento inicial ao paciente politraumatizado e


define prioridades no atendimento ao trauma, ou seja, é uma forma rápida e fácil de
memorizar todo o passo a passo que deve ser seguido com o paciente em politrauma
(FREITAS, 2020).

O que cada letra significa e como proceder?

X – Exsanguinação: É a contenção de hemorragia externa grave. Ela deve ser feita antes
mesmo do manejo das vias aéreas, uma vez que, epidemiologicamente, apesar da
obstrução de vias aéreas ser responsável pelos óbitos em um curto período de tempo,
o que mais mata no trauma são as hemorragias graves.

A - Vias aéreas e proteção da coluna vertebral: deve-se realizar a avaliação das vias
aéreas, bem como a proteção da coluna cervical. Em vítimas conscientes, a equipe de
socorro deve se aproximar da vítima pela frente, para evitar que o paciente mova a
cabeça para os lados durante o olhar e cause lesões medulares. A imobilização deve ser
de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical. Para isso, uma prancha rígida deve
ser utilizada. Considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com traumatismo
que atinja todo o sistema corporal.

B - Boa Ventilação e Respiração: o socorrista deve analisar se a respiração está


adequada, se ela está frequente e se a vítima está bem oxigenada; inspecionar os
movimentos torácicos, se o paciente está cianótico (com uma coloração azulada),
desvios da traqueia e, por última, a musculatura acessória ( músculos que não estão
ligados diretamente a respiração). Para verificar todos esses parâmetros, é necessário
expor o tórax da vítima, realizar a inspeção, apalpar, auscultar e apurar o tato e audição.

Formação Noções Básicas em Primeiros Socorros


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C - Circulação com Controle de Hemorragias: a circulação e a pesquisa por hemorragia


são os principais parâmetros de análise. A maioria das hemorragias é estancada pela
compressão direta do foco. A hemorragia é a principal causa de morte no trauma. Essa
parte refere-se a hemorragias internas, em que perdas de volume sanguíneo não visível
são investigadas. Para isso, deve-se analisar os principais pontos de hemorragia interna
no trauma (pelve, abdômen e membros inferiores) e avaliar sinais clínicos de
hemorragia, como tempo de enchimento capilar lentificado, pele fria e pegajosa e
comprometimento do nível e qualidade de consciência.

D - Disfunção Neurológica: aqui a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade


das pupilas, presença de hérnia cerebral, sinais de lateralização e o nível de lesão
medular são medidas realizadas. Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances
de lesão secundária pela manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral.

E - Exposição Total da vítima: deve-se investigar a extensão das lesões e o controle do


ambiente com prevenção da hipotermia, essas são as principais medidas realizadas. O
socorrista deve analisar sinais de trauma, sangramento, manchas na pele etc. A parte
do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais grave que acomete a vítima,
por isso é necessário sempre expor partes que cobertas que possam ter sido afetadas.

Referências bibliográficas:
FREITAS, Guilherme Barroso Langoni de. Trauma e Emergência. 1ªed. 2.vol. Irati:
Pasteur, 2020.

Formação Noções Básicas em Primeiros Socorros

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