Você está na página 1de 44

INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO KAFUXI

II CICLO SECUNDÁRIO GERAL E TÉCNICO PROFISSIONAL DE SAÚDE


AVENIDA DR. ANTÓNIO A. NETO-VILA DAS ACÁCIAS
BENGUELA

TRABALHO DE FIM DE CURSO PARA OBTENÇÃO DE TÍTULO DE


TÉCNICO DE ENFERMAGEM 2019-2024

TEMA:
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM TRAUMA
NO TÓRAX

AUTORES:
 TERESA LUCIANA
 TERESA KATENGUE
 ROSA NEUSA NGANDAVITA
 ROSA GARCIA

Professor Orientador
_____________________________
Zacarias kayunga

Presidente de Jurado
_____________________________

Membro da Mesa
_____________________________

Data da defesa _____/______/_____

Nota da Defesa ________________

Benguela, ______/_______/________
DEDICATÓRIA
Aos nossos familiares, de modo particular, pelo grande apoio prestado,
conselhos e apreços nos momentos mais difíceis do percurso académico.

iv
AGRADECIMENTOS
Aos nossos pais, pelo incentivo e por todo o amor que nos deram, além da
educação, ensinamentos e todo apoio. Mas principalmente a nossa querida mãe que
nunca me deixou desistir, desanimar, que me deu alguns puxões de orelha quando não
me dedicava o suficiente nos estudos e que sonhou em me ver formada e esse sonho
vou realizar para ela e por ela também.
A esta Instituição, e todo seu corpo docente, além da direcção e psicologia que
me proporcionaram as condições necessárias para que eu alcançasse os nossos
objectivos. Ao nossos orientador Zacarias Kayunga, por todo o tempo que dedicou a
nos ajudar durante o processo de realização deste trabalho.
E enfim, a todos que contribuíram para a realização deste trabalho, seja de
forma directa ou indirecta, fica registado aqui, o nosso muito obrigado.
RESUMO

Atendendo ao facto de actualmente se tratar de um problema relevante, o


presente trabalho tem como objectivo analisar os cuidado de enfermagem ao doente
com trauma no tórax, o problema de investigação é como melhorar os cuidado de
enfermagem ao doente com trauma no tórax? Sendo o trauma é definido como lesão
física ou ferido de intensidade variada, causada por acção violenta, de natureza física
ou química, externa ao organismo, podendo ser intencional ou não intencional. Sua
relevância epidemiológica e social está atrelada com aos seus altos índices de morte
no país, pois suas principais por acidentes de trânsito, violência e agressão física,
considerado como agravos à saúde pública. Este trabalho foi realizado por meio da
abordagem qualitativa, através de revisão bibliográfica.

Palavra chave: Cuidados, enfermagem, pacientes, trauma, tórax.


ABSTRAT

Given the fact that this is currently a relevant problem, the present work aims to analyze
nursing care for patients with chest trauma. The research problem is how to improve
nursing care for patients with chest trauma? Trauma is defined as a physical injury or
injury of varying intensity, caused by violent action, of a physical or chemical nature,
external to the body, and may be intentional or unintentional. Its epidemiological and
social relevance is related to its high death rates in the country, mainly due to traffic
accidents, violence and physical aggression, considered serious to public health. This
work was carried out using a qualitative approach, through a bibliographic review.

Keyword: care, nursing, patients, trauma, chest.


SIGLAS
ÍNDICE
DEDICATÓRIA.........................................................................................................................................2
AGRADECIMENTOS...............................................................................................................................3
RESUMO...............................................................................................................................................4
ABSTRAT..............................................................................................................................................5
SIGLAS..................................................................................................................................................6
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................9
PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO....................................................................................................10
HIPÓTESES........................................................................................................................................10
OBJECTIVO DO ESTUDO................................................................................................................11
OBJECTIVO GERAL:.........................................................................................................................11
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:............................................................................................................11
CAPITULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................12
1.1. DEFINIÇÃO DE TERMOS.....................................................................................................13
1.1.1. CUIDADOS DE ENFERMAGEM..................................................................................13
1.1.2. TRAUMA NO TÓRAX.....................................................................................................13
1.2. ANATOMIA DO TOXAR.........................................................................................................14
1.2.1. DIVISÃO DA CAIXA TORÁCICA:.................................................................................14
1.2.2. LIMITES DO TÓRAX:.....................................................................................................15
1.2.3. Componentes Anatómicos:............................................................................................16
1.3. FUNÇÃO DO TÓRAX.............................................................................................................21
1.4. BREVE HISTORIAL DO TRAUMA DO TÓRAX.................................................................22
1.4.1. INÍCIO DO SÉCULO XX:...............................................................................................22
1.4.2. DÉCADAS DE 1940 A 1960:.........................................................................................22
1.4.3. DÉCADA DE 1980:.........................................................................................................22
1.4.4. DÉCADA DE 1990:.........................................................................................................23
1.4.5. SÉCULO XXI:..................................................................................................................23
1.4.6. PESQUISA CONTÍNUA:................................................................................................23
1.4.7. CUIDADOS MULTIDISCIPLINARES:..........................................................................23
1.5. ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA........................................................................................23
1.6. DIAGNÓSTICO E COMO TRATAR EM UTI.......................................................................25
1.7. SINAIS E SINTOMAS.............................................................................................................26
1.8. TRATAMENTO........................................................................................................................27
1.9. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE TRAUMAS NO TÓRAX............................................28
1.9.1. QUANTO AO TIPO DE LESÃO:........................................................................................28
1.9.2. QUANTO AO AGENTE CAUSAL......................................................................................28
1.9.3. QUANTO À MANIFESTAÇÃO CLÍNICA..........................................................................28
1.9.4. OS PRINCIPAIS TIPOS DE TRAUMA SÃO:...................................................................29
1.10. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TRAUMA........................................................31
1.11. CUIDADO DE ENFERMAGEM AO DOENTE COM TRAUMA NO TÓRAX..............32
CAPÍTULO II- METODOLOGIA, ANALISE E DISCUSSÃO DE DADOS......................................35
2.1. TIPOS DE ESTUDO..................................................................................................................36
2.1.1. MÉTODO DESCRITIVO.........................................................................................................36
2.1.2. MÉTODO BIBLIOGRÁFICO...................................................................................................36
2.1.3. PESQUISA QUALITATIVA,....................................................................................................36
2.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA......................................................................................................37
2.3. INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS.......................................................................37
2.3. OBSERVAÇÃO:..........................................................................................................................37
III CAPÍTULO ESTUDO DE CASO......................................................................................................39
CONCLUSÃO......................................................................................................................................42
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................43
INTRODUÇÃO

A enfermagem desempenha um papel fundamental no cuidado integral ao


doente com trauma no tórax, uma vez que é responsável por proporcionar assistência
específica, humanizada e segura para promover a recuperação e prevenir
complicações nesse contexto de saúde tão delicado. Diante disso, este trabalho de
Trabalho de Conclusão de Curso, tem como objectivo analisar e aprofundar os
conhecimentos relacionados ao cuidado de enfermagem nessa população,
considerando as diferentes etiologias, manifestações clínicas, exames diagnósticos,
abordagens terapêuticas e estratégias de prevenção de complicações. Além disso,
buscaremos identificar as melhores práticas e evidências científicas actualizadas que
possam contribuir para aprimorar a assistência enfermeira ao doente com trauma no
tórax, visando proporcionar um atendimento de qualidade, eficiente e seguro neste
contexto desafiador.

A presente monografia está constituído por 3 capítulos, antecedidos por um


resumo, a parte introdutória desenvolvida, problema de investigação, objectivos geral e
objectivo específico, justificativa.

O primeiro capítulo está versado na fundamentação teórica da abordagem,


através das conceptualizações e enquadramentos científicos, por meio de explorações
bibliográficas dos mais variados autores, Cuidados de Enfermagem ao Paciente com
trauma no tórax, como pressuposto de trabalho nas práticas de enfermagem.

O Segundo capítulo corresponde ao enquadramento metodológico da


abordagem, o que fundamenta a essência académico-cientifica deste trabalho, que
encerra os tipos de pesquisa, instrumentos utilizados para o mesmo bem como da
população e critérios de escolha da amostra constituindo o caminho científico
percorrido.

O Terceiro capítulo circunscreve-se na apresentação, análise, interpretação e


discussão de resultados obtidos durante o percurso investigativo, e posteriormente
seguem-se as conclusões, recomendações, referências bibliográficas e anexos.
A justificativa para este trabalho reside no fato de que o enfermeiro exerce papel
essencial durante a assistência pré-hospitalar, devendo ter amplo conhecimento
técnico-científico, da biomecânica do trauma, além de raciocínio lógico, realizando uma
avaliação sequencial e sistematizada em tempo hábil, a fim de identificar e conter os
agravos e risco iminente de morte, conduzindo o paciente ao atendimento hospitalar.

PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO

Como melhorar os cuidado de enfermagem ao doente com trauma no tórax?

HIPÓTESES

Pressupondo do problema de investigação criou-se as seguintes hipóteses:


 A criação e implementação de protocolos específicos para o tratamento de
trauma torácico podem melhorar a eficiência e a eficácia dos cuidados de
enfermagem.
 Oferecer treinamentos avançado em técnicas específicas de cuidados para
enfermeiros pode melhorar a resposta imediata e a qualidade do atendimento a
pacientes com trauma torácico.
OBJECTIVO DO ESTUDO

Em um contexto de pesquisa objectivos são metas ou propósitos específicos que


um estudo visa alcançar, no entanto, segundo Kerlinger (1980): Ele define os objetivos
como "declarações precisas e claras do que o investigador pretende alcançar ao
terminar o estudo". Ou seja, são as metas específicas que orientam a pesquisa e
indicam o que o pesquisador espera alcançar ao final do estudo.

Para a realização deste estudo elaborou-se os seguintes objectivos:

OBJECTIVO GERAL:
 Analisar os cuidado de enfermagem ao doente com trauma no tórax.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Apresentar teoricamente os conceitos que darão sustentabilidade sobre os
cuidado de enfermagem ao doente com trauma no tórax;
 Descrever os cuidado de enfermagem ao doente com trauma no tórax;
CAPITULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1. DEFINIÇÃO DE TERMOS
1.1.1. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Segundo Madeleine Leininger (1991). "O cuidado de enfermagem transcultural
é a provisão culturalmente congruente e adequada de auxílio humano e cuidado
nursingculturalmente baseado nas responsabilidades profissionais e éticas do
conhecimento e das práticas de enfermagem."

Para Patricia Benner (1984) "O cuidado de enfermagem é visto como um


envolvimento com o paciente e como uma resposta eficaz às necessidades do
paciente, com amor, compaixão, sensibilidade e competência."

E já Jean Watson (1979) define o cuidado de enfermagem como um processo


interpessoal e transpessoal que envolve um envolvimento moral e ético de cada
enfermeira que cria uma relação humanística com o paciente, promovendo a cura e a
saúde.

1.1.2. TRAUMA NO TÓRAX

O traumatismo torácico pode ser resultante de uma lesão isolada ou em


combinação com múltiplas lesões e estes podem ser classificados como fechado ou
penetrante. O traumatismo torácico fechado ocorre devido a compressão súbita ou por
pressão positiva infringida a parede torácica. No traumatismo torácico penetrante um
objecto estranho penetra na parede torácica (SMELTEZER & BARE, 2009).

As feridas podem ser classificadas de acordo com a velocidade. Assim, as


feridas por arma branca são consideradas de baixa velocidade, pois destrói uma
pequena área ao redor da ferida, geralmente resultantes de facas e canivetes, mas
podem gerar hemotórax, contusão pulmonar e tamponamento cardíaco, em conjunto
com hemorragia grave e continuada. No que diz respeito às feridas por arma de fogo,
estas classificam-se como baixa, média e alta velocidade, variando de acordo com a
distância em que a arma foi disparada, o calibre, tamanho da bala e sua constituição
(SMELTEZER & BARE, 2009).
O traumatismo torácico fechado ocorre devido a colisões com veículos
motorizados, quedas e colisões de bicicleta. Os mecanismos do trauma incluem a
aceleração quando um objecto em movimento colide com tórax do paciente ou o
paciente e arremessado contra um objecto; desaceleração através da diminuição súbita
na velocidade; cisalhamento quando há forças de alongamento nas áreas do tórax que
causam lacerações, rupturas ou dissecções; e compressão quando o impacto é
directamente no tórax do indivíduo, como por exemplo nos esmagamentos (MCSWAIN,
FRAME, SALOMONE, 2012).

As lesões derivadas de traumas torácicos fechados são de difícil identificação,


nos quais os sintomas podem ser generalizados e vagos, resultando em pacientes que
podem não procurar os serviços de imediato, porém tais lesões comportam risco de
morte devido a probabilidade de desenvolvimento de hipóxia, hemorragia maciça,
pulmão colapsado, pneumotórax, hipovolemia, insuficiência cardíaca (MCSWAIN,
FRAME, SALOMONE, 2012).

1.2. ANATOMIA DO TOXAR


O tórax pertence ao grupo do esqueleto axial situado entre o pescoço e o
abdome. Sua estrutura é dada pela parte superior mais estreita e aumenta
inferiormente, tendo o que chamamos de formato de cone truncado.

Tem como componentes: doze pares de costelas, esterno e cartilagens costais,


e em seu assoalham está o diafragma. Tem como função proteger estruturas
anatómicas como os órgãos vitais da respiração e circulação.

O intuito desse artigo é demostrar de uma forma dinâmica e sucinta a divisão e


limites do Tórax e seus Componentes Anatómicos.

1.2.1.DIVISÃO DA CAIXA TORÁCICA:


Por conta de seu tamanho a divisão de sua estrutura em compartimentos, facilita
o estudo e auxilia na localização.

Mediastino: compartimento central, onde está presente as vísceras torácicas,


delimitado lateralmente pelas cavidades pulmonares. Tem como divisão cavidades
mediastinais superior e inferior. O último compartimento, por sua vez, é dividido em
compartimento, posterior, anterior e médio.

Cavidades Pulmonares: laterais ao Mediastino, alojam os pulmões.

Imagem 1: Ilustração da cavidade pulmonar.

1.2.2.LIMITES DO TÓRAX:

Imagem 2 – Ilustração dos limites do tórax.

Face Posterior: formado pelas 12 vértebras torácicas e partes posteriores das


costelas.

Face Anterior: formada pelo esterno e cartilagens costais.


Faces Laterais: formadas pelas costelas separadas pelos espaços intercostais,
ocupados por músculos e membranas.

Abertura Superior: formada pela primeira vértebra torácica, atrás, pelo bordo
superior do esterno, adiante, e pela primeira costela de ambos os lados.

Abertura Inferior: formada pela 12˚ vértebra torácica, atrás, pela 11˚ e 12˚
costelas, lateralmente e a frente pelas cartilagens da decima, nona, oitava e sétima
costelas.

1.2.3.Componentes Anatómicos:
1.2.3.1. Esterno:

O esterno está localizado na parede anterior do tórax, tem como característica


ser um osso alongado e achatado. É dividido em três partes de cima para baixo:
Manúbrio, Corpo e Processo Xifoide.

Manúbrio: tem formato quadrangular e em sua junção com o corpo é estreita, mas
se alonga em cima.

 Face Anterior: origem ao Músculo Peitoral e ao Músculo


Esternocleidomastóideo.
 Face Posterior: inserção de cada lado ao Músculo Esterno-hioideo e ao
Músculo Esternotireóideo.
 Bordos Superior: é o mais espesso e apresenta em seu centro a chanfradura
jugular ou pré-esternal.
 Bordo Inferior: é oval e áspero e articulado com o Corpo do esterno.
 Bordos Laterais: marcados em cima por uma depressão e em baixo por uma
pequena faceta
 Corpo do Esterno: é a parte mais longa do esterno, além de ser estreito e
delgado.
 Face Anterior: orientada para cima e para frente dando inserção à porção
esternal do Músculo Peitoral Maior.
 Face Posterior: ligeiramente côncava e dá origem, em sua parte inferior, ao
Músculo Transverso do Tórax.
 Bordo Superior: é oval e articulado com o Manúbrio o que resulta no Ângulo
Esteral.
 Bordo Inferior: estreito e articula-se com o Processo Xifóide.
 Bordo Lateral: cada bordo lateral apresenta seu ângulo superior uma pequena
faceta que forma uma cavidade para a cartilagem da segunda costela. Abaixo
existem quatro depressões angulares que recebem as cartilagens da terceira à
sexta costela.

Imagem 3: Referente ao osso Esterno

1.2.3.2. Costelas

As costelas são ossos arqueados e compõe a maioria do tórax sendo em


número doze pares. Podem ser divididas entre: verdadeiras, falsas e flutuantes.

Costelas Verdadeiras: articulam-se posteriormente com a coluna vertebral e


anteriormente ligadas diretamente ao externo pelas cartilagens costais. As que fazem
parte desse grupo são do primeiro ao sétimo par de costelas.

Costelas Falsas: O oitavo, nono e decimo par não se ligam diretamente ao


esterno e sim a cartilagem do sétimo par. Por conta de não estarem conectadas
diretamente ao esterno classificam-se como Costelas Falsas.

Costelas Flutuantes: Já os dois últimos pares, décimo primeiro e décimo


segundo par, são livres nas suas extremidades anteriores.
Características comuns entre as costelas: Tendo em mente que cada costela
possui as extremidades vertebral e esternal (ou posterior e anterior), e o corpo que é
uma porção intermédia entre os extremos do osso, podemos descrever:

Extremidade Posterior ou Vertebral: apresenta as porções cabeça, colo e


tubérculo.

Cabeça: marcada por superfície articular reniforme e dividia por uma depressão
e duas facetas. A faceta inferior é a maior enquanto a superior a menor, para que na
crista o ligamento interarticular se insira.

Colo: é a porção achatada do osso, sendo que sua face anterior é achatada e
lisa enquanto a posterior é áspera servindo de inserção ao Ligamento do Colo. Seu
Bordo Superior apresenta uma crista para a inserção do Ligamento Costotransverso
Anterior ,e seu Bordo Inferior possui a característica de ser arredondado. Já na Face
Posterior apresenta o Tubérculo com porção articular e não articular.

Corpo: é composto por face interna e externa e dois bordos (superior e inferior),
tendo como característica ser delgado e chato.

Extremidade Anterior ou Esternal: apresenta uma depressão que recebe a


Cartilagem Costal.

Imagem 4: Ilustração das Costelas

´´´´
Imagem 5: Arcabouço Ósseo do tórax, demonstrando a posição das costelas

1.2.3.3. Cartilagens Costais:

As cartilagens costais são compostas por cartilagem hialina, o que permite certo
grau de movimento para a respiração, no sentido latero-lateral quanto no sentido
antero-posterior (se não existisse esse tipo de cartilagem, a única movimentação que
nosso pulmão poderia fazer seria no sentido crânio-caudal).

Assim como as costelas, as cartilagens variam em comprimento, largura e


direção. Lembrando do tópico anterior, as cartilagens aumentam em comprimento do
primeiro ao sétimo par e em seguida decrescem a partir do oitavo par até o décimo
segundo par. Já sobre a largura o mesmo modo dos intervalos entre as cartilagens, vai
diminuindo do primeiro até o décimo segundando par. Outra variante é a direção sendo
que o primeiro par é um pouco para baixo, o segundo é horizontal, o terceiro é
angulado pouco para cima e os outros pares seguem o curso das costelas para depois
se unirem à cartilagem precedente e seguir para o esterno.
Cada cartilagem costal possui duas faces, dois bordos e duas extremidades:

Faces:

 Face Anterior: tem forma convexa com sua face para cima e adiante.
 Face Posterior: tem forma côncava com sua face para trás e ara baixo.
Bordos:

 Bordo Superior: tem forma côncava.


 Bordo Inferior: tem forma convexa. Sendo esses bordos inferiores da sexta,
sétima, oitava e nona cartilagens apresentam pontos de projeções tuberosas
nos pontos de maior convexidade.

Extremidades:

Extremidade Lateral: de cada cartilagem sua extremidade lateral é contínua


com tecido ósseo da costela a que pertence.

Extremidade Medial: a extremidade medial da primeira cartilagem é continua


com o esterno, já as seis seguintes encaixam-se em concavidades dos bordos do
esterno. Já as cartilagens sexta até a décima se ligam a cartilagem superior e a décima
primeira e décima segunda são livres e pontiagudas.

Imagem 6: Ilustração das Articulações Esternocostais, demostrando as Cartilagens


1.3. FUNÇÃO DO TÓRAX
O tórax é uma região anatômica localizada entre o pescoço e o abdômen,
abrigando órgãos vitais e desempenhando funções essenciais para o corpo humano.
Aqui estão algumas das principais funções do tórax:

 Provteção de Órgãos Vitais: O tórax abriga e protege órgãos vitais, como o


coração e os pulmões. A caixa torácica, composta por costelas e esterno, age
como uma estrutura protectora que ajuda a evitar lesões directas a esses órgãos
fundamentais para a vida.

 Suporte para a Respiração: Os pulmões estão localizados no tórax e


desempenham um papel crucial no processo de respiração. A expansão e
contracção da caixa torácica durante a inspiração e expiração são essenciais
para permitir a entrada e saída de ar nos pulmões.

A respiração, um processo essencial à vida, é facilitada pela expansão e


contracção da caixa torácica, permitindo a entrada e saída de ar nos pulmões
(Jones, 2015). Além disso, a região torácica desempenha um papel significativo
no suporte postural, contribuindo para a estabilidade e equilíbrio do corpo
durante actividades diárias (Brown, 2018).

 Circulação Sanguínea: No que diz respeito à circulação sanguínea, o coração,


situado no tórax, atua como o principal órgão do sistema circulatório,
bombeando sangue para todo o corpo (Johnson et al., 2012). Essa função é
crucial para fornecer oxigénio e nutrientes essenciais às células e remover
produtos metabólicos.

 Suporte Postural: A estrutura óssea do tórax, incluindo as vértebras torácicas,


costelas e esterno, contribui para a sustentação postural do corpo. Isso é
fundamental para manter a estabilidade e o equilíbrio durante várias actividades
quotidianas.

 Participação na Fala: O tórax desempenha um papel importante na produção


da fala. Os pulmões e as estruturas associadas ajudam na modulação do ar que
passa pela laringe, permitindo a articulação de sons para a comunicação verbal.
 Termorregulação: A região torácica também está envolvida na regulação da
temperatura corporal. Durante a respiração, ocorre a troca de ar que pode
influenciar indirectamente a dissipação de calor do corpo.

 Armazenamento de Energia: Algumas estruturas do tórax, como os músculos


intercostais e os músculos respiratórios, armazenam energia que é utilizada
durante atividades físicas, como a respiração profunda.

Essas funções ilustram a importância vital do tórax para a manutenção da vida e


o funcionamento adequado do corpo humano.

1.4. BREVE HISTORIAL DO TRAUMA DO TÓRAX

O trauma torácico refere-se a lesões físicas causadas por eventos como


acidentes automobilísticos, quedas, ferimentos a bala, lesões esportivas ou acidentes
industriais, que afectam a região do tórax. Um breve histórico do entendimento e
abordagem do trauma torácico pode ser delineado da seguinte forma:

1.4.1. INÍCIO DO SÉCULO XX:


 No início do século XX, a compreensão e a gestão do trauma torácico

estavam em um estágio inicial. A cirurgia torácica era limitada, e muitos


casos de lesões graves no tórax resultavam em altas taxas de
mortalidade.

1.4.2. DÉCADAS DE 1940 A 1960:


 Durante este período, avanços significativos foram feitos na compreensão

da anatomia e fisiologia torácicas. A introdução de técnicas cirúrgicas


aprimoradas, como a toracotomia, começou a melhorar as taxas de
sobrevivência em casos de trauma torácico grave.

1.4.3. DÉCADA DE 1980:


 A utilização generalizada de exames de imagem, como a tomografia

computadorizada (TC) e a radiografia torácica, tornou-se mais comum na


avaliação de lesões torácicas. Isso permitiu uma melhor identificação e
caracterização de lesões, influenciando positivamente o planejamento do
tratamento.
1.4.4. DÉCADA DE 1990:
 Os protocolos de atendimento pré-hospitalar foram aprimorados, com

ênfase na rápida estabilização e transporte de pacientes com trauma


torácico. As equipes médicas de emergência passaram a adoptar
estratégias agressivas de ressuscitação e intervenção precoce.

1.4.5. SÉCULO XXI:


 Tecnologias avançadas, como a videotoracoscopia, têm sido
incorporadas no tratamento de algumas lesões torácicas, permitindo
procedimentos menos invasivos e uma recuperação mais rápida.

1.4.6. PESQUISA CONTÍNUA:


 A pesquisa continua a explorar novas abordagens para o trauma torácico,

incluindo métodos de ressuscitação inovadores, terapias farmacológicas e


avanços na gestão de lesões específicas, como contusões pulmonares e
fracturas costais.

1.4.7. CUIDADOS MULTIDISCIPLINARES:


 Actualmente, o tratamento do trauma torácico envolve uma abordagem

multidisciplinar, com a colaboração de cirurgiões torácicos, intensivistas,


radiologistas, paramédicos e outros profissionais de saúde. A abordagem
integrada visa minimizar complicações e melhorar os resultados para os
pacientes.

Em resumo, ao longo do tempo, o entendimento e a gestão do trauma torácico


evoluíram significativamente, resultando em melhores estratégias de prevenção,
atendimento pré-hospitalar, diagnóstico e intervenção terapêutica. Esses avanços têm
contribuído para uma melhoria nas taxas de sobrevivência e na qualidade de vida dos
pacientes afetados por lesões no tórax.

1.5. ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA


O trauma torácico pode ser causado por traumas contusos (acidentes
automobilísticos, quedas e impactos em geral), penetrantes (lesões por arma de fogo
ou arma branca) ou pela associação dos anteriores (por exemplo, acidente
automobilístico com contusão e lesão penetrante associadas).

A fisiopatologia do trauma torácico está relacionada com três alterações básicas:


a hipóxia, a hipercarbia e a acidose.

A hipóxia tecidual é definida como a oferta inadequada de oxigênio aos tecidos. A


hipovolemia é condição associada à hipóxia, não só no trauma torácico, mas em
qualquer tipo de trauma que origine sangramento importante. Entretanto, o trauma
torácico pode ainda gerar ou mesmo agravar a hipóxia tecidual por outros dois fatores:
a alteração na relação ventilação–perfusão ou pela alteração nas relações pressóricas
dentro da cavidade torácica

Mecanismos geradores de hipóxia tecidual no trauma torácico e suas


respectivas causas

Mecanismos geradores de
hipóxia Causas
Hipovolemia Sangramento
Alteração na relação ventilação–
perfusão Contusão, hematoma, colapso alveolar etc.
Alterações pressóricas na cavidade Pneumotórax hipertensivo, Pneumotórax
torácica aberto, hemotórax, etc.

A hipercarbia definida como o acúmulo de CO2 ocorre em virtude de uma


ventilação inadequada. Esta pode ser ocasionada por alterações nas relações
pressóricas da cavidade torácica, que podem gerar colapso pulmonar, ou pelo
rebaixamento do nível de consciência, com queda do estímulo respiratório, podendo
levar inclusive à parada respiratória.
A acidose metabólica é gerada pelo estado de hipoperfusão tecidual (choque) e
também está presente em outras modalidades de trauma que não o torácico. Porém,
no trauma torácico, esta pode ser agravada em virtude da associação com acidose
respiratória devida a estado de hipoventilação.

1.6. DIAGNÓSTICO E COMO TRATAR EM UTI

Como dito anteriormente, os traumas torácicos são lesões no peito que podem
ser resultantes de traumas fechados ou penetrantes.

As lesões torácicas mais comuns são:

 Ruptura aórtica;
 Lesão cardíaca fechada;
 Tamponamento cardíaco;
 Tórax instável;
 Hemotórax;
 Pneumotórax;
 Contusão pulmonar.

O agravamento se dá quando as lesões prejudicam a respiração, circulação


ou ambas.

A respiração pode ser comprometida tanto por lesão direta nos pulmões (contusão
pulmonar e ruptura traqueobrônquica) ou nas vias respiratórias (hemotórax,
pneumotórax e tórax instável), quanto por mecanismos alterados da respiração.

A circulação, por sua vez, pode ser prejudicada por:

 Sangramentos que levam ao choque;


 Diminuição do retorno venoso, prejudicando o enchimento cardíaco e causando
hipotensão;
 Lesão cardíaca directa, que pode resultar em insuficiência cardíaca e/ou
distúrbios de condução.
O trauma pode gerar lesões sobrepostas umas às outras, além de lesões em outras
regiões, como, por exemplo, no abdômen.

Por este motivo, o atendimento à vítima de trauma deve seguir regras e orientações
de maneira que o diagnóstico seja rápido e ordenado, com tratamento igualmente
apropriado.

1.7. SINAIS E SINTOMAS

Os sintomas principais são a dor, que geralmente piora com a respiração e, às


vezes, falta de ar.

Também é comum o paciente sentir dor à palpação do tórax, além de equimoses e


desconforto respiratório.

Os pacientes com sintomas de obstrução parcial ou completa das vias


respiratórias, após sofrer um trauma fechado, devem ser imediatamente intubados para
controlar a respiração.

O atendimento a uma vítima de trauma torácico deve cumprir todos os passos


do atendimento ao politraumatizado, propostos pelo ATLS do Colégio Americano de
Cirurgiões. Isso garante diagnóstico rápido e um ganho de tempo fundamental.

O ATLS categoriza a avaliação do trauma em duas abordagens: primária, que é


baseada no exame clínico para identificar e corrigir lesões de risco imediato e a
secundária, feita quando há tempo para fazer exames complementares.

É importante ressaltar que, no trauma torácico, todos os sinais e sintomas dependem


do grau da lesão. Por exemplo, um pneumotórax pequeno é menos sintomático que um
maior.
1.8. TRATAMENTO
O objectivo do tratamento baseia-se na restauração e manutenção do sistema
cardio pulmonar. Após a avaliação dos pulsos periféricos é inserido acesso venoso
calibroso, cateterismo vesical de demora para monitorar débito urinário, sondagem
nasogástrica em sinfonagem para evitar aspiração, minimizando o extravasamento de
conteúdo gástrico e descomprimindo o trato gastrointestinal (SMELTEZER & BARE,
2009).

As drenagens são procedimentos frequentemente empregados na prática


médica diária, em situações selectivas e de emergência. Considerado como ato
relativamente simples, porém podendo levar a complicações devido à falta de cuidados
que precisam ser respeitados durante o controle do dreno (CIPRIANO; DESSOTE,
2011).

Souza e Mozachi (2007) complementam esta ideia afirmando que procedimento


realizado precocemente reduz os risco de fibrotórax e de empiema devido o sangue na
cavidade funcionar como meio de cultura. E explicam que se o volume drenado se
apresentar maior que 200ml/hora, sem sinais de redução no volume, deve ser
considerado a toracotomia.

A drenagem torácica é realizada através da inserção de um dreno dentro do


espaço pleural com a finalidade de reexpansão rápida e contínua dos pulmões, a
drenagem resulta geralmente na evacuação completa de sangue e ar, além de permitir
o reconhecimento precoce de sangramentos intratorácicos contínuos, que sugestiona a
exploração cirúrgica do ferimento (SMELTEZER & BARE, 2009).

Nem todos os líquidos que devem ser drenados, os líquidos límpidos e estéreis
podem ser realizadas punções, no entanto colecções purulentas e o sangue
(hemotórax), implicam obrigatoriamente na realização de drenagem, independente do
seu volume, com o intuito de conter tanto o quadro infeccioso como para prevenção de
complicações, relacionadas com a irritação e consequente espessamento pleural, com
possível encarceramento pulmonar no futuro. Outros líquidos que devem ser drenados
são: a linfa (quilotórax), e os derrames neoplásicos (PERFEITO, 1998).
Com relação as contraindicações ao procedimento, são poucas de causa
absoluta, entretanto as relativas compreendem as desordens de coagulação como o
aumento do tempo de protrombina (TP), tempo de tromboplastina parcial (TTP), ou
trombocitopenia, que devem ser corrigidas anteriormente a drenagem (SOUZA;
MOZACHI, 2007).

Segundo (Cipriano e Dessote 2011) o sistema de drenagem torácica é composto


por dreno de tórax, conexões intermediárias e extensões, frasco selo de água.

1.9. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE TRAUMAS NO TÓRAX


O trauma de tórax pode ser classificado quanto ao mecanismo de trauma
(contuso ou penetrante) ou ainda em fechado ou aberto.

Essas lesões podem ser causadas por traumas penetrantes, ou seja, quando há
perfuração e rompimento da pele; ou traumas contusos, termo usado quando não há
laceração.

Essa classificação já indica se o trauma foi aberto ou fechado. Cada lesão exige uma
terapia específica para a melhora do paciente e evolução positiva do seu quadro médico-
hospitalar.

1.9.1. QUANTO AO TIPO DE LESÃO:


● Aberto: São, grosso modo, os ferimentos. Os mais comuns são os causados
por arma branca (FAB) e os por arma de fogo (FAF).
● Fechado: São as contusões. O tipo mais comum dessa categoria de trauma é
representado pelos acidentes automobilísticos.

1.9.2. QUANTO AO AGENTE CAUSAL


● FAF
● FAB
● Acidentes Automobilísticos
● Outros

1.9.3. QUANTO À MANIFESTAÇÃO CLÍNICA


● Pneumotórax (hipertensivo ou não)
● Hemotórax
● Tamponamento Cardíaco
● Contusão Pulmonar
● Lesão de Grandes Vasos (aorta, artéria pulmonar, veias cavas)
● Outros

1.9.4. OS PRINCIPAIS TIPOS DE TRAUMA SÃO:


1- Fractura de costela,
2- Tórax instável,
3- Contusão pulmonar,
4- Pneumotórax,
5- Hemotórax,
6- Contusão miocárdica,
7- Tamponamento cardíaco,
8- Ruptura traumática de aorta,
9- Ruptura traqueobrônquica
10- Ruptura diafragmática (SMELTEZER & BARE, 2009).

A fractura de costela constitui o tipo mais comum de trauma torácico, ela ocorre
quando uma pressão é aplicada sobre a costela com força suficiente para romper a sua
resistência tensil, neste momento a ponta quebrada da costela pode perfurar as
estruturas adjacentes como o pulmão e lesá-lo. O local mais acometido é em nível das
costelas 3 a 8, por estas serem mais finas, longas e pouco protegidas. As lesões
associadas incluem contusão pulmonar, laceração de artéria e/ou veias intercostais
que podem gerar hemotórax, pneumotórax, hemotórax e hematomas de parede
torácica ou ao nível de alvéolos (MCSWAIN, FRAME, SALOMONE, 2012).

Smeltezer & Bare (2009) complementam que a maioria das fraturas de costela
evoluem para tratamento conservador caso não haja complicações ao quadro, e citam
como sintomatologia a presença de dor intensa, hipersensibilidade puntiforme,
espasmo muscular sobre a área fraturada que se agrava com a tosse, respiração
superficial. Sobre este último sintoma eles comentam que na tentativa de imobilização
do tórax para reduzir a dor o paciente passa a respirar de forma superficial, evitando
suspiros, respiração profunda, tosse, resultando em ventilação diminuída, atelectasia,
pneumonite e hipoxemia.

O tórax instável geralmente é resultante de impacto no esterno ou na parede


torácica lateral, fraturando duas ou mais costelas adjacentes em pelo menos dois
lugares. O segmento fraturado torna-se instável, pois perdeu o suporte ósseo e a
fixação a caixa torácica, resultando em respirações paradoxais (MCSWAIN, FRAME,
SALOMONE, 2012).

A contusão pulmonar geralmente está associada a forças de compressão e


descompressão rápida na caixa torácica, ao tórax instável ou como resultado de um
trauma penetrante. Caracteriza-se pela lesão dos tecidos pulmonares que resulta em
hemorragia, edema local e graus variados de disfunção respiratória, e as vezes
insuficiência respiratória (SMELTEZER & BARE, 2009).

O pneumotórax é o trauma torácico caracterizado pelo acúmulo de ar no espaço


pleural e pode ser classificado como simples, traumático ou aberto e hipertensivo. No
primeiro caso, o ar penetra o espaço pleural através da ruptura de uma bolha ou fistula
bronco pleural, caracterizando o pneumotórax simples (SMELTEZER & BARE, 2009).

No pneumotórax aberto o pulmão afetado colaba à medida que a separação das


pleuras se expande através do aumento da pressão no espaço pleural e geralmente
está associado ao hemotórax (MCSWAIN, FRAME, SALOMONE, 2012).

O pneumotórax hipertensivo caracteriza-se pelo recrutamento do ar a cada


inspiração na cavidade torácica por não haver passagens aéreas ou aberturas no tórax,
ocorrendo um efeito de válvula unidirecional, aumentando a pressão positiva no espaço
pleural afetado (SMELTEZER & BARE 2009).

O hemotórax é objetivamente definido como a presença de sangue na cavidade


pleural. De acordo com Souza e Mozachi (2007) as principais causas incluem: trauma
torácico aberto ou fechado, iatrogênico, perfuração de veias centrais durante a
instalação de cateteres, lesões de aorta durante arteriografias, após toracocentese,
biopsia pleural ou aspirado pulmonar transcutâneo, dentre outras.

Porém o hemotórax é mais comum nas feridas penetrantes do que nas lesões
não penetrantes do tórax. E nos casos de hemorragias severas ocorrem choques
hipovolêmicos e dificuldade respiratória devido a compressão do pulmão no lado
afetado (WILKINSON; SKINNER, 2000).

Pode haver contusão miocárdica e ruptura da parede do coração produzindo


tamponamento cardíaco (MCSWAIN, FRAME, SALOMONE, 2012).

O tamponamento cardíaco ocorre quando o sangue entra no espaço pericárdico


através do rompimento por trauma fechado ou penetrante ao coração, porém é mais
frequente nos ferimentos penetrantes. (SMELTEZER & BARE, 2009).

A ruptura traumática de aorta geralmente ocorre por cisalhamento, através da


força de desaceleração rápida do coração e do arco da aorta, onde a força tensil entre
estas estruturas é excedida causando a separação desses dois componentes, porém
cerca de 80 a 90% dos casos evoluem a exsanguinação completa, a correcção
cirúrgica oportuna e tratamento da hipotensão podem evitar as mortes daqueles que
chegam vivos aos serviços hospitalares (MCSWAIN, FRAME, SALOMONE, 2012).

O mesmo autor supracitado ainda cita as rupturas traqueobrônquicas e


diafragmáticas, a primeira causada por traumas penetrantes ou fechados que causam
ruptura da árvore traqueobrônquica permitindo a passagem rápida de ar para o espaço
pleural gerando um pneumotórax hipertensivo. E na ruptura diafragmática uma forte
compressão do abdómen ou ferimentos perfurantes rompem o diafragma permitindo o
movimento dos órgãos abdominais para a cavidade torácica, que restringem a
expansão pulmonar e reduz a ventilação.

1.10. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TRAUMA

É sabido que o trauma se tornou um problema de saúde pública, com números


crescentes nos acidentes e violência urbana. Segundo o Ministério da Saúde, no ano
de 2016, o número de vítimas em estado grave hospitalizadas por acidentes de trânsito
chegou a mais de 200.000 (BRASIL, 2017).
Diante desse cenário, viu-se a necessidade de aprimorar os serviços de
atendimento pré-hospitalar com a adoção de protocolos e aperfeiçoamento dos
profissionais envolvidos no atendimento às vítimas. A normatização e funcionamento
dos serviços de APH móvel no Brasil ocorreu somente no ano de 2002, lançando o
primeiro regulamento a respeito de temas, conteúdos, carga horária, e capacitação
específica de enfermeiros em APH (GENTIL; RAMOS; WHITAKER, 2008).
Destaca-se nesse estudo a actuação do enfermeiro nesse tipo de atendimento.
A Portaria GM Nº. 2048 de 5 de Novembro de 2002, em seu capítulo IV, menciona os
requisitos que o enfermeiro necessita para actuar no serviço, onde o mesmo deve
dispor de equilíbrio emocional, autocontrole, conhecimento técnico-científico na área
para prestar cuidados de enfermagem de alta complexidade ao paciente em estado
grave e em risco de vida, além de capacidade de tomar decisões imediatas (BRASIL,
2002).
De acordo com Adão e Santos (2012), o enfermeiro, juntamente com a equipe, é
responsável pela assistência, que tem como meta a reanimação e a estabilização do
paciente no local da ocorrência e durante o transporte para unidade de atendimento
fixo. Desse modo, é possível caracterizar a atuação do enfermeiro no APH, por meio da
avaliação das necessidades das vítimas, das definições de prioridades, das
intervenções, e reavaliação durante todo o atendimento e remoção do doente até o
tratamento definitivo.
Ainda segundo Adão e Santos (2012), o uso de protocolos no atendimento pré-
hospitalar torna-se imprescindível, já que permite ao enfermeiro, juntamente com a
equipe, actuar com maior grau de dependência e interdependência, gerando
optimização da assistência prestada. Para tanto, é preciso que nesses protocolos
hajam acções que visem a estabilização nos quadros de distúrbios circulatórios,
respiratórios, neurológicos, seguidos de imobilização e transporte ágil e seguro para o
centro de referência adequado.

1.11. CUIDADO DE ENFERMAGEM AO DOENTE COM TRAUMA NO TÓRAX


De acordo com a Lei nº 7.498/86, de 25 de Junho de 1986 que dispõe sobre a
regulamentação do exercício da Enfermagem, no seu artigo 11º é privativo ao
Enfermeiro o planeamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos
serviços da assistência de enfermagem; consulta de enfermagem; prescrição da
assistência de enfermagem; cuidados directos de enfermagem a pacientes graves com
risco de vida; cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam
conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas (BRASIL,
1986).
E como integrante da equipe de saúde o mesmo artigo define a sua participação
na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde, prevenção e
controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral,
prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela
durante a assistência de enfermagem.
Além do cuidado prestado ao paciente, a enfermagem é responsável pelo registo
apropriado das acções e da evolução do quadro clínico do paciente para garantia dos
cuidados iniciados, para isso são utilizados instrumentos de registo de enfermagem
como a sistematização da assistência de enfermagem que contêm diagnósticos de
enfermagem voltados as intercorrências clínicas decorrentes do procedimento e
prescrição de cuidados a serem adoptados pela equipe. Outro registo importante é a
evolução de enfermagem que propicia informações sobre o estado geral do paciente,
problemas novos identificados, e um resumo sucinto dos resultados dos cuidados
prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequentes (COFEN,
2009).
A assistência de enfermagem ao paciente com dreno de tórax permeia vários
cuidados, desde o ato de comunicar e preparar o doente para o procedimento de
drenagem torácica aos cuidados peri e pós operatórios (LÚCIO; ARAÚJO, 2011).
A equipe de enfermagem é responsável por orientar e prestar esclarecimentos
ao doente e familiares, auxiliar o médico durante a inserção do dreno de tórax, garantir
que a experiência seja segura e confortável para o paciente, prevenir intercorrências
clínicas, realizar curativos pós-cirúrgicos, monitorar circuito de drenagem e o seu
débito, além de manter-se capacitado e actualizado acerca das novas técnicas e
avanços científicos para garantir uma assistência de enfermagem de qualidade aos
pacientes com dreno de tórax (LÚCIO; ARAÚJO, 2011).
Segundo os autores supracitados as prescrições de enfermagem são de papel
fundamental neste processo, pois reduz a ansiedade do paciente e promove a
colaboração destes e dos seus familiares durante o período de internação, focando no
retorno as actividades de vida diária o mais breve possível.
Logo, alguns cuidados de enfermagem serão empregados na forma de um
protocolo, onde de forma padronizada e sistematizada a equipe possa garantir uma
melhor assistência aos pacientes com dreno de tórax.
Esse protocolo esta baseado em técnicas e condutas reconhecidas
cientificamente a serem adotadas pela equipe de enfermagem como por exemplo a
troca de solução do conjunto de drenagem selo de água a cada 24 horas ou quando
ultrapassar 2/3 do frasco colector.
No estudo Menezes et al. (2003) foi investigado o líquido de 54 drenagens
torácicas de 44 pacientes, divididos em dois grupos de acordo com o tempo de
intervalo na substituição do frasco colector e do seu conteúdo por solução estéril de
soro fisiológico a cada 12 e 24 horas respectivamente. Na análise deste estudo
observou-se que independente do tempo de troca da solução com 12 e 24 horas, com
ou sem o uso de antibióticos, houve colonização bacteriana. Dessa forma
padronizaremos a troca a cada 24 horas diminuindo a manipulação do sistema.
CAPÍTULO II- METODOLOGIA, ANALISE E DISCUSSÃO DE
DADOS
2.1. TIPOS DE ESTUDO
Sendo esta investigação científica um processo onde pretende-se investigar e
descrever a abordagem integrada ao cuidados de enfermagem ao paciente com
trauma no tórax. Caso clínico no Hospital Geral da Baia farta...

2.1.1. MÉTODO DESCRITIVO


Reto e Nunes (1999), consiste em identificar os principais factores ou variáveis
que existem numa dada situação ou comportamento. Para a nossa pesquisa serviu
para descrever os factores predisponentes sobre os cuidados o trauma no tórax.

2.1.2. MÉTODO BIBLIOGRÁFICO


Segundo Marconi e Lakatos (2007), quando elaborada a partir de material já
publicado, constituído principalmente de: livros, revistas, artigos científicos,
monografias, internet.

2.1.3. PESQUISA QUALITATIVA,


Definida por Minayo (2001 como citado em Pinto, 2013, p.93) como uma
pesquisa que responde a questões muito particulares e se preocupa, nas ciências
sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado.
Esse tipo de método, além de permitir desvelar processos sociais ainda pouco
conhecidos, referentes a grupos particulares, propicia a criação de novas abordagens,
revisão e criação de novos conceitos e categorias durante a investigação (Turato, 2005
apud PINTO, 2013, p. 93).
Para Mattar (2001 apud Oliveira, 2011, p. 25), a pesquisa quantitativa busca a
validação das hipóteses mediante a utilização de dados estruturados, estatísticos, com
análise de um grande número de casos representativos, recomendando um curso final
da acção. Ela quantifica os dados e generaliza os resultados da amostra para os
interessados.
A modalidade de pesquisa quali-quantitativa “interpreta as informações
quantitativas por meio de símbolos numéricos e os dados qualitativos mediante a
observação, a interação participativa e a interpretação do discurso dos sujeitos
(semântica)”. (Knechtel, 2014)
Segundo Malhotra (2001 apud Oliveira, 2011, p. 26), “a pesquisa qualitativa
proporciona uma melhor visão e compreensão do contexto do problema, enquanto a
pesquisa quantitativa procura quantificar os dados e aplica alguma forma da análise
estatística”. A pesquisa qualitativa pode ser usada, também, para explicar os resultados
obtidos pela pesquisa quantitativa.

2.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA


Entende-se por população ou universo o conjunto constituído por todos os
indivíduos que representam pelo menos uma característica comum, cujo
comportamento interessa analisar/inferir (Pinheiro et al, 2009 como apud WIMA, 2013,
p. 67).
Amostra pode ser definida como um subconjunto, uma parte selecionada da
totalidade de observações abrangidas pela população, através da qual se faz inferência
sobre as características da população (Pestana & Gageiro, 2005; Pinheiro et al, 2009
apud WIMA, 2013, p. 67).
De acordo com estas definições, a população da nossa pesquisa é constituída
pelos Pacientes do HG da Bai Farta, e a amostra foi constituída pelos doentes com
trama de tórax, na qual categorizamos 1 paciente como amostra.

2.3. INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS


De modo a fundamentar a pesquisa, numa primeira fase, explorou-se os dados
secundários existentes (obras, artigos, teses) existentes nas bibliotecas e nas bases de
dados científicas (Scielo). E os outros instrumentos basearam-se em:
 Observação participante.

2.3. OBSERVAÇÃO:
Segundo Cervo e Bervian (2002 apud Oliveira, 2011, p. 37), observar é aplicar
atentamente os sentidos físicos a um amplo objecto, para dele adquirir um
conhecimento claro e preciso.
A observação também é considerada uma colecta de dados para conseguir
informações sob determinados aspectos da realidade. Ela ajuda o pesquisador a
identificar e obter provas a respeito de objectivos sobre os quais os indivíduos não têm
consciência, mas que orientam seu comportamento (Marconi & Lakatos, 1996 apud
OLIVEIRA, 2011, p. 38).
Na observação participante, o observador entra em contacto com o grupo, a
comunidade ou a realidade estudada, porém, envolve-se, se integra a ela; permanece
dentro. O observador presencia o fato, e participa dele (Marconi & Lakatos, 1996 apud
OLIVEIRA, 2011, p. 39).
Efetuou-se 1 observação participante, nos dias (27-11-2022).
III CAPÍTULO ESTUDO DE CASO
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

Foi realizada uma recolha de dados de um caso clínico no Hospital Geral da


Baia farta.

Paciente: Paciente DHJC de 24 anos de idade , masculino, natural da Baia,


bairro da Camunda, trabalha como Pedreiro de Profissão, vem ao Banco de Urgência
acompanhado de seus colegas de serviço.

Queixa principal: Dificuldade em respirar, dor intensa que piora ao respirar

História da doença actual: Paciente de raça negra, de procedência urbana,


que aparentava bom estado de saúde quando a mais ou menos horas atrás, quando
durante o seu trabalho desequilibrou se do Andaime e caiu ao solo, posteriormente um
bloco cai do andaime e atingiu no tórax anterior e foi trazido em nossos serviços pelos
seus colegas para melhor seguimento.

Condições de Moradia: Casa com 2 compartimento, sendo 1 um quarto


dormitório e um quadro de banho.

Antecedentes pessoais: Não refere.

Antecedente familiares: Não refere.

Nega reacções alérgicas bem como medicamentos, traumatismo e


hemotransfusao .

EXAME FÌSICO:

Estado geral, mucosa normocorada, esclerotic anicterica

Sistema Cardiovascular: Tons cardíacos rítmicos, hiperfonetico e sem sopro

Sistema Respiratrio: Tórax assimétrico, dispneico, com equimose e com


redução do murmúrio vesicular, diminuição da expansibilidade torácica, com aumento
do volume e dor palpação do hemitorax direito e timpanismo a percussão.
Sistema Digestivo: Abdómen plano segue os movimentos respiratório,
ausência de massa palpável .

Membros inferiores sem edema

Sistema nervoso: Desperta, face ansiosa, orientada em tempo , espaço e


pessoa.

Exame Laboratoriais: P.P : N.O.P , HB: 12g/dl

Raio x simples do tórax: Revela radiotransparencia no hemitorax direito

Sinais vitais :

 T.A: 128/74 mmhg


 Pulso:110b/min
 Respiração: 34c/min

Hipótese Diagnostica: Trauma fechado do tórax do tipo Pneumotorax .

Intervenção de Enfermagem:

 Repouso no leito
 Sinais vitais de 6/6 horas
 Dieta livre

Intervenção Médica:

 Oxigeno terapia 8l/min


 Dipirona (2,5g/5ml) 2,5 ml IM 8/8h
 Toracocentese com agulha e inserir um dreno torácico conectado um
sistema de selo de agua.
CONCLUSÃO

Portanto depois de uma pragmática pesquisa concluímos que Trauma


torácico é qualquer lesão física que ocorre no peito (incluindo costelas, coração e
pulmões) podendo levar à morte. Ele é responsável por 25% de todas as lesões
traumáticas.

Assim sendo, os cuidado prestado ao paciente, a enfermagem é responsável


pelo registo apropriado das acções e da evolução do quadro clínico do paciente para
garantia dos cuidados iniciados, para isso são utilizados instrumentos de registo de
enfermagem como a sistematização da assistência de enfermagem que contêm
diagnósticos de enfermagem voltados as intercorrências clínicas decorrentes do
procedimento e prescrição de cuidados a serem adoptados pela equipe.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 BRASIL. Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986. Regulamenta o exercício
profissional de enfermagem e outras providências. Brasília (DF). Publicada no
Diário Oficial da União (DOU) em 26.06.86. Seção I - fls. 9.273 a 9.275.
 CIPRIANO, F.G.; DESSOTE, L.U. Drenagem Pleural. Medicina (Ribeirão Preto)
v.44, n.1, p.70-78, 2011. Disponível em: URL:
www.fmrp.usp.br/revista/2011/vol44n1/Simp8_ Drenagem%20Pleural.pdf.
Acesso em: 18 Nov. 2013.
 DATASUS. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde – CID- 10[Internet]. Brasília, DF: OMS/DATASUS,2013.
Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index. php?area=020.
Acesso em: 30 Jan. 2014.
 MCSWAIN, N. E.; FRAME, S.; SALOMONE, J. P. PHTLS - Atendimento Pré-
Hospitalar ao Traumatizado. 7ª ed. Elsevier, 2012.
 MENEZES, F.C. et al. Sistema de drenagem torácica e uso de antimicrobianos:
avaliação bacteriológica após troca do frasco coletor com seu conteúdo com 12
e 24 horas. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões [online]. v.30, n.6, pp.
429-435, 2003 . ISSN 0100-6991. Disponível em: URL:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-
9912003000600005&script=sci_abstract&tlng= pt. Acesso em: 18 Nov. 2013.
 PERFEITO, J.A. Punção e drenagem pleural. Diagnóstico & Tratamento, v.3,
n.3, p.45-52, 1998.Disponível em:
http://www.sbct.org.br/pdf/livro_virtual/puncao_drenagem_pleural.pdf. Acesso
em: 18 Nov. 2013.
 PIRES, M.; STARLING, S. Manual de Urgência e Emergência em Pronto-
socorro. 7.ed. Rio de Janeiro: Médica e Científica, 2002.
 PIZZOLATO, Aline Cecília. Construção do registro de enfermagem no
atendimento móvel de urgência em Curitiba. 2015. Dissertação (Mestrado
Profissional) – Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde,
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. 2015. Disponível em: <
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/41312/R%20-%20D%20-
%20ALINE%20CECILIA%20PIZZOLATO.pdf?sequence=2&isAllowed=y>
Acesso em: 20 out.2018
 SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem
medicocirúrgica. 2. vol. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
 SOBOTTA, J. e BECHER, H. – Atlas de anatomia humana. 21ª ed., Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan, 2000, Vol. 1

Você também pode gostar