Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TRABALHO DE I.E.C
TEMA:
TUBERCULOSE
TURMA: F
PERÍODO: MANHÃ
10ª CLASSE
ESPECIALIDADE: ENFERMAGEM GERAL
O DOCENTE
__________________________
MARGARETY DA SILVA
BENGUELA, 2024.
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO WILIETE
TRABALHO DE I.E.C
TEMA:
TUBERCULOSE
BENGUELA, 2024.
DEDICATÓRIA
Com bastante amniverdade dedicamos este humilde, sincero e árduo trabalho, a Deus o
ser supremo que nos da força para fazer sempre o melhor que podemos na vida, e aos nossos
amigos e familiares.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradecemos á Deus, por nos dar vida e esta sempre presente
para nos dar força, coragem em todos os momentos da vida.
“Emerson Cardoso”
ÍNDICE
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
PENSAMENTO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................7
IMPORTÂNCIA DO TEMA...................................................................................................8
OBJECTIVOS..........................................................................................................................8
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................................9
TUBERCULOSE NO MUNDO...................................................................................................9
TIPOS DE TUBERCULOSE.......................................................................................................9
TRANSMISSÃO.......................................................................................................................10
INFECÇÃO PELO BACILO.....................................................................................................11
EVOLUÇÃO DA DOENÇA......................................................................................................11
DIAGNOSTICO........................................................................................................................12
EXAMES DA TUBERCULOSE...............................................................................................13
EXAME DE BACILOSCOPIA..............................................................................................13
EXAME CLINICO................................................................................................................13
EXAME FISICO....................................................................................................................13
EXAME RADIOLOGICO.....................................................................................................14
TRATAMENTO DISPONÍVEIS...............................................................................................15
TRATAMENTO PARA TUBERCULOSE LACTENTE......................................................15
TRATAMENTO PARA TUBERCULOSE ATIVA..............................................................15
PREVENÇÃO DA TUBERCULOSE........................................................................................16
A TUBERCULOSE EM ANGOLA...........................................................................................17
CONCLUSÕES.........................................................................................................................19
BIBLIOGAFIA..........................................................................................................................20
INTRODUÇÃO
No intricado tecido da saúde global, a tuberculose emerge como uma entidade
multifacetada que transcende as fronteiras geográficas, desafiando não apenas os limites
físicos dos organismos humanos, mas também as fronteiras conceituais da compreensão
médica. Esta doença milenar, cuja presença se entrelaça com a história da humanidade,
continua a ser um enigma complexo, resistente às tentativas de erradicação e
persistentemente enraizado nas dinâmicas sociais, económicas e epidemiológicas que
permeiam as sociedades contemporâneas.
À medida que navegamos pelos intricados meandros da tuberculose, somos
confrontados não apenas com a ameaça biológica representada pelo bacilo
Mycobacterium tuberculosis, mas também com as intricadas teias de desigualdades
sociais, desafios económicos e questões de saúde pública que envolvem esse mal
silencioso. Assim, esta exploração busca desvendar os véus que envolvem a
tuberculose, lançando luz sobre suas complexas ramificações que ecoam além do
âmbito clínico, delineando um panorama abrangente que transcende os limites
tradicionais da pesquisa médica e nos convida a contemplar as intricadas interconexões
entre a doença e a condição humana.
Tendo em vista que a tuberculose é uma doença infectocontagiosa e um grande
problema de saúde pública, principalmente a partir da década de 80, agravando-se mesmo em
países onde se encontrava sob controle, é de fundamental importância que a busca de maior
conhecimento a seu respeito se configure como possibilidade de realização de acções que
minimizem sua incidência no nosso território nacional. Este trabalho se justifica, por
conseguinte, pela necessidade de conhecer as dificuldades que os profissionais de saúde
enfrentam no que tange à adesão ao tratamento de tuberculose, quais estratégias usam para
melhorar as acções de controle da tuberculose e para a obtenção de uma nota académica.
7
IMPORTÂNCIA DO TEMA
A escolha do tema "Tuberculose" é crucial, pois essa doença não se limita
apenas a um desafio médico, mas também se revela como um fenómeno complexo que
transcende fronteiras históricas, geográficas e sociais. Ao explorar essa temática,
podemos desvendar não apenas os aspectos biológicos do bacilo Mycobacterium
tuberculosis, mas também compreender as dinâmicas sociais, económicas e de saúde
pública que contribuem para sua persistência.
OBJECTIVOS
Gerais
Estudar a tuberculose.
Específicos:
Descrever a tuberculose
Classificar os tipos de tuberculoses
Saber como é feito o tratamento e a prevenção da tuberculose
8
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
CONCEITO:
TUBERCULOSE NO MUNDO
A Tuberculose desde 1993 é considerada uma emergência global pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) devido à reincidência da doença nos países
desenvolvidos (FAÇANHA 2005). De acordo com (FOCCACIA 2009 pg. 1265) a
tuberculose ainda permanece como a maior causa de morbidade e mortalidade entre as
doenças infecto contagiosa do mundo, sendo que 98% das mortes pela doença se deram
em países pouco desenvolvidos como é o caso de Moçambique. A situação que se
pontua no continente africano demonstra ser esta a região de maior contribuição para o
peso da doença a nível global. De acordo com (FOCCACIA 2009) dos 22 países que
são considerados como maiores responsáveis pelo peso mundial dessa patologia, nove
deles são da região africana. Dos quinze países que apresentam a mais alta incidência
estimada da tuberculose no mundo, somente três deles nao estao no continente africano.
TIPOS DE TUBERCULOSE
Existem diferentes formas de tuberculose, classificadas com base em vários
critérios, como localização no corpo, extensão da infecção e resposta imunológica do
hospedeiro. Aqui estão alguns dos principais tipos de tuberculose:
9
Ocorre quando a infecção latente se reativa, levando a sintomas mais
pronunciados.
Pode envolver múltiplos lóbulos pulmonares.
Os sintomas incluem tosse persistente, febre, sudorese noturna e perda de
peso.
3. Tuberculose Extrapulmonar:
Acomete órgãos fora dos pulmões, como rins, ossos, articulações, sistema
nervoso central, entre outros.
Pode ocorrer isoladamente ou em conjunto com a tuberculose pulmonar.
4. Tuberculose Miliar:
7. Tuberculose Latente:
TRANSMISSÃO
A tuberculose é transmitida pelos bacilos expelidos por um indivíduo
contaminado quando tosse, fala, espirra ou cospe. A tuberculose se dissemina através de
aerossóis no ar que são expelidas quando pessoas com tuberculose infecciosa tossem,
espirram. Contactos próximos (pessoas que tem contacto frequente) têm alto risco de se
10
infectarem. A transmissão ocorre somente a partir de pessoas com tuberculose
infecciosa activa (e não de quem tem a doença latente).
EVOLUÇÃO DA DOENÇA
Entretanto, em algumas pessoas, o bacilo da tuberculose supera as defesas do
sistema imunológico e começa a se multiplicar, resultando na progressão de uma
simples infecção por tuberculose para a doença em si. Isto pode ocorrer logo após a
infecção (tuberculose primária – 1 a 5% dos casos), ou vários anos após a infecção
(reactivação da doença tuberculosa, ou bacilo dormente – 5 a 9 %).
Entre seus sintomas, pode-se mencionar tosse com secreção, febre (mais
comumente ao entardecer), suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento, cansaço
fácil e dores musculares. Dificuldade na respiração, eliminação de sangue (Hemoptise)
e acúmulo de secreção na pleura pulmonar são características em casos mais graves.
Os sintomas incluem tosse prolongada com duração de mais de três semanas, dor
no peito e hemoptise.
Outros locais do corpo que são afetados incluem a pleura, o sistema nervoso
central (meninges, o sistema linfático, o sistema geniturinário, ossos e articulações, ou
pode ser disseminada pelo corpo (tuberculose miliar - assim chamada porque as lesões
que se formam parecem pequenos grãos de milho). Estas são mais comuns em pessoas
com supressão imunológica e em crianças. A tuberculose pulmonar também pode
evoluir a partir de uma tuberculose extrapulmonar.
DIAGNOSTICO
Uma avaliação médica completa para a tuberculose ativa inclui um histórico
médico, um exame físico, a baciloscopia de escarro, uma radiografia do tórax e culturas
microbiológicas. A prova tuberculínica (também conhecida como teste tuberculínico ou
teste de Mantoux) está indicada para o diagnóstico da infecção latente, mas também
auxilia no diagnóstico da doença em situações especiais, como no caso de crianças com
suspeita de tuberculose.
Toda pessoa com tosse por três semanas ou mais é chamada sintomática
respiratória (SR) e pode estar com tuberculose.
12
EXAMES DA TUBERCULOSE
EXAME DE BACILOSCOPIA
A baciloscopia é um exame realizado com o escarro do paciente suspeito de
tuberculose, colhido em um potinho estéril. Para o exame são necessárias três amostras.
Uma amostra deve ser colhida no momento da identificação do sintomático respiratório
e na manhã do dia seguinte, duas com o paciente ainda em jejum a segunda antes de
lavar a boca e a terceira após enxaguar a boca com água. É importante orientar o
paciente a não cuspir, mas sim escarrar. Em Angola, esse exame está disponível nas
UDT (unidades de tratamento directamente observado) e pode ser solicitado por
enfermeiros e médicos.
EXAME CLINICO
O histórico médico inclui a obtenção de sintomas da tuberculose
pulmonar:
Tosse intensa e prolongada por três ou mais semanas;
Dor no peito;
Hemoptise.
Sintomas sistêmicos incluem:
Febre;
Calafrios;
Suores noturnos;
Perda de apetite e peso e cansaço fácil.
Outras partes da história clinica incluem:
Exposição anterior à tuberculose, na forma de infecção ou doença;
Tratamento anterior de Tuberculose;
Fatores de risco demográficos para a Tuberculose;
Condições médicas que aumentem o risco de infecção por tuberculoses, tais
como a infecção por HIV.
Deve-se suspeitar de tuberculose quando uma doença respiratória persistente -
num indivíduo que de outra forma seria saudável - não estiver respondendo
aos antibióticos regulares.
EXAME FISICO
Um exame físico é feito para avaliar a saúde geral do paciente e descobrir outros
factores que podem afectar o plano de tratamento da tuberculose. Não pode ser usado
como diagnosticador da Tuberculose.
13
EXAME RADIOLOGICO
A tuberculose cria cavidades visíveis em radiografias como esta, na parte
superior do pulmão direito.
14
TRATAMENTO DISPONÍVEIS
Os tratamentos recentes para a tuberculose activa incluem uma combinação de
drogas e remédios, às vezes num total de quatro, que são reduzidas após certo tempo, a
critério médico. Não se utiliza apenas uma droga, pois, neste caso, todas as bactérias
sensíveis a ela morrem, e, três meses depois, o paciente sofrerá infecção de bactérias
que conseguiram resistir a esta primeira droga. Alguns medicamentos matam a bactéria,
outros agem contra a bactéria infiltrada em células, e outros, ainda, impedem a sua
multiplicação. Ressalve-se que o tratamento deve seguir uma continuidade com
acompanhamento médico, e não deve ser suspenso pelo paciente após uma simples
melhora. Com isto, evita-se que cepas da bactéria mais resistentes sobrevivam no
organismo, e retornem posteriormente com uma infecção mais difícil de curar.
Isoniazida;
Rifampicina;
Etambutol;
Pirazinamida.
O tratamento deve ser continuado mesmo depois dos sintomas terem
desaparecido, para garantir a completa eliminação das bactérias. Assim, é essencial
respeitar a duração do tratamento indicada pelo médico, devendo-se tomar o remédio
todos os dias, sempre na mesma hora e até que o médico diga que já pode parar.
PREVENÇÃO DA TUBERCULOSE
A prevenção da tuberculose envolve uma abordagem abrangente que abarca
estratégias de saúde pública, educação, diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Aqui estão algumas medidas-chave para prevenir a tuberculose:
1. Vacinação (BCG):
16
A tuberculose não conhece fronteiras. A colaboração entre países,
organizações e pesquisadores é essencial para enfrentar a doença em escala
global.
A TUBERCULOSE EM ANGOLA
Em Angola, segundo o programa nacional do controlo da tuberculose, os casos
novos têm aumentado nos últimos anos. A tuberculose é desde 2015 a terceira causa de
morte em Angola, depois da malária e dos acidentes de viação, com 1.373 óbitos de um
total de 58.619 casos, dos quais 51.805 são novos registados em 2017.
Na sua intervenção, José da Cunha referiu que a luta contra a tuberculose é uma
das prioridades de saúde pública em Angola, razão por que as autoridades sanitárias têm
17
feito esforços para assegurar o abastecimento regular de medicamentos de qualidade e
eliminar a situação de roturas frequentes que o país enfrentou.
18
CONCLUSÕES
Em conclusão, a tuberculose emerge como uma entidade intricada, cujas raízes
penetram profundamente na tessitura histórica e contemporânea da saúde global. Além
de sua natureza infecciosa, a tuberculose revela-se como um fenómeno social,
económico e epidemiológico complexo, desafiando esforços de erradicação e exigindo
abordagens holísticas. A persistência da tuberculose, tanto nas formas pulmonares
quanto extrapulmonares, destaca a necessidade urgente de estratégias abrangentes de
prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz.
Ao final, a tuberculose não é apenas uma questão médica, mas um reflexo das
complexas interacções entre a saúde humana, os determinantes sociais e os desafios
globais. Em nossa jornada contínua para erradicar essa doença, é imperativo que
unamos esforços, transcendo as barreiras disciplinares e geográficas, em busca de um
futuro onde a tuberculose não seja mais uma ameaça à saúde pública.
19
BIBLIOGAFIA
Báguena MJ. La tuberculosis y su historia. Barcelona: Fundación Uriach 1838; 1992.
119 p.
Sauret J. La cura sanatorial de la tuberculosis. Enferm Emerg. 2001;3(4):199-205.
Blinn V. Blood, Coughs and Fever: Tuberculosis and Working Class of Buenos Aires,
Argentina, 1885-1915.
The Society for the Social History of Medicine. 1999; (1):73-100.
Molero J. La muerte blanca a examen: nuevas tendencias en la historiografía de la
tuberculosis. DYNAMIS.1991;11:345-59.
Porto A. Representações sociais da tuberculose: estigma e preconceito. Rev. Saúde
Pública 2007;41(Supl 1):43-9.
Robbins JM. Class Struggle in the Tubercular World: Nurses, Patients, and Physicians,
1903-1915. Butlletin of the History of Medicine. 1997;71:412-34.
Gofman E. Estigma: La identidad deteriorada. 2a.ed. Buenos Aires: Amorrortu; 2008.
183 p.
Carbonetti A. Discurso y práctica en los sanatorios para tuberculosos en la provincia de
Córdoba 1910-1947. Asclepio.2008;60(2):167-86.
Kirby S. Sputum and the Scent of Walflowers: Nursing in Tuberculosis Sanatoria 1920-
1970. Soc History Med.2010;23(3):602-20.
Kirby S, Madsen W. Institutionalised isolation: tuberculosis nursing at Westwood
Sanatorium, Queensland, Australia 1919-1955. Nurs Inquiry. 2009;16(2):122-32.
20