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TURMA: F, 1º GRUPO
Nampula, Julho
2021
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTANCIA
Nampula, Julho
2021
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Índice
Introdução.............................................................................................................................. 3
1. TUBERCULOSE ............................................................................................................... 4
1.4. Prevenção........................................................................................................................ 6
2.5. Prevenção...................................................................................................................... 10
Conclusão ............................................................................................................................ 12
Bibliografia .......................................................................................................................... 13
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Introdução
O trabalho tem como objectivo geral compreender a Tuberculose e Hepatites Virais. De forma
específica pretende-se: (i) descrever os conceitos da tuberculose e hepatites virais; (ii)
explicar os sintomas, diagnostico, tipologia e formas de tratamento da tuberculose e hepatites
virais; (ii) demonstrar os resultados e conclusões em torno do tema proposto,
É de salientar que para a sua efectivação, foi possível com base a consulta bibliográfica de
obras e pensamentos de alguns autores que ressaltam sobre as temáticas em questão. Porém,
este trabalho encontra-se estruturado em introdução, desenvolvimento, conclusão e a
respectiva bibliografia. Em fim, esta tarefa de carácter avaliativa e científica na se traduz num
dogmatismo, visto que está aberto para que se faça a apreciação, expondo correcções, críticas
e sugestões com vista a sua melhoria.
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TUBERCULOSE E HEPATITES VIRAIS
1. TUBERCULOSE
A Tuberculose (TB) é uma doença infecciosa, que tem como agente etiológico o
mycobacterium tuberculosis. É uma doença infecciosa e transmissível que afecta
prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A doença é
causada pelo bacilo de Koch (OMS, 2006).
Apesar da tuberculose ser uma doença registada há seis mil anos, somente nos últimos
cinquenta anos a ciência pôde ajudar os doentes no que concerne ao tratamento. Seis décadas
depois de encontrada a cura para a doença, a tuberculose ainda mata anualmente milhões de
pessoas.
1.1. Sintomas
O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso,
recomenda-se que todo sintomático respiratório, que é a pessoa com tosse por três semanas ou
mais, seja investigado para tuberculose.
Na tuberculose pulmonar activa, mesmo na doença moderada ou grave, o paciente pode não
ter nenhum sintoma, excepto “não se sentir bem” junto com anorexia, fadiga e perda ponderal,
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que se desenvolvem gradualmente ao longo de várias semanas, ou ter sintomas mais
específicos. Tosse é muito comum. A princípio, ela pode ser minimamente produtiva de
escarro amarelo ou verde, frequentemente ao levantar de manhã, mas a tosse pode ficar mais
produtiva com a evolução da doença. Hemoptise só ocorre com tuberculose cavitária (devido
a danos granulomatosos nos vasos, mas às vezes por causa de crescimento fúngico na
cavidade).
De acordo com a OMS (2009), “há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como:
Febre vespertina;
Sudorese nocturna;
Emagrecimento;
Cansaço/fadiga”.
1.2. Diagnostico
Bacteriológicos;
Baciloscopia;
Teste rápido molecular para tuberculose;
Cultura para micobactéria;
Por imagem (Radiografia de tórax).
A radiografia de tórax deve ser realizada em todas as pessoas com suspeita clínica de
tuberculose pulmonar. Juntamente com as radiografias de tórax, sempre devem ser realizados
exames laboratoriais (baciloscopias e/ou teste rápido molecular e cultura) na tentativa de
buscar o diagnóstico bacteriológico (OMS, 2006).
1.3. Tratamento
O TDO deve ser realizado, idealmente, em todos os dias úteis da semana. O local e o horário
para a realização do TDO devem ser acordados com a pessoa e com o serviço de saúde. A
pessoa com tuberculose necessita ser orientada, de forma clara, quanto às características da
doença e do tratamento a que será submetida. O profissional de saúde deve informá-la sobre a
duração e o esquema do tratamento, bem como sobre a utilização dos medicamentos,
incluindo os benefícios do seu uso regular, as possíveis consequências do seu uso irregular e
os eventos adversos associados.
Todas as pessoas com tuberculose devem fazer o tratamento até o final. Logo nas primeiras
semanas do tratamento, o paciente se sente melhor e, por isso, precisa ser orientado pelo
profissional de saúde a realizar o tratamento até o final, independentemente da melhora dos
sintomas. É importante lembrar que o tratamento irregular pode complicar a doença e resultar
no desenvolvimento de tuberculose drogar resistente (Paula et al, 2008).
1.4. Prevenção
A vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada no Sistema de Saúde, protege a criança das
formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea. A vacina
está disponível nas salas de vacinação das unidades básicas de saúde e maternidades. Essa
vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29
dias.
O tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB) é uma importante estratégia de
prevenção para evitar o desenvolvimento da tuberculose activa, especialmente nos contactos
domiciliares, nas crianças e nos indivíduos com condições especiais, como imunossupressão
pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), comorbidades associadas ou uso de alguns
medicamentos.
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Para isso, é importante que a equipe de saúde realize a avaliação dos contactos de pessoas
com tuberculose e ofereça o exame para diagnóstico da ILTB aos demais grupos
populacionais, mediante critérios para indicação do tratamento preventivo (OMS, 2009).
2. HEPATITES VIRAIS
Segundo Barreto (2000), “as hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes
etiológicos, com tropismo primário pelo fígado, que apresentam características
epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas”.
As hepatites virais são doenças causadas por diferentes agentes etiológicos, de distribuição
universal, que têm em comum o hepatotropismo. Possuem semelhanças do ponto de vista
clínico-laboratorial, mas apresentam importantes diferenças epidemiológicas e quanto à sua
evolução. As últimas décadas foram de notáveis conquistas no que se refere à prevenção e ao
controle das hepatites virais.
A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude vária de região para
região, de acordo com os diferentes agentes etiológicos. As hepatites virais têm grande
importância para a saúde pública e para o individuo, pelo número de indivíduos atingidos e
pela possibilidade de complicações das formas agudas e crónicas (Barreto, 2000).
2.1. Diagnostico
2.1.1. Diferencial
Temos também outras causas de hepatite como hepatite alcoólica, hepatite medicamentosa,
hepatite auto-imune, hepatites reacionais ou transinfecciosas (acompanham infecções gerais,
como sepse), icterícias hemolíticas (como anemia falciforme) e colestase extra-hepática por
obstrução mecânica das vias biliares (tumores, cálculo de vias biliares, adenomegalias
abdominais).
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2.1.2. Laboratorial
Bilirrubinas – elevam-se após o aumento das aminotransferases e, nas formas agudas, podem
alcançar valores 20 a 25 vezes acima do normal. Apesar de haver aumento tanto da fracção
não-conjugada (indirecta) quanto da conjugada (directa), esta última apresenta-se
predominante. Na urina pode ser detectada precocemente, antes mesmo do surgimento da
icterícia.
Proteínas séricas – normalmente, não se alteram nas formas agudas. Nas hepatites crónicas e
cirrose, a albumina apresenta diminuição acentuada e progressiva.
Fosfatase alcalina – pouco se altera nas hepatites por vírus, excepto nas formas colestáticas,
quando se apresenta em níveis elevados. Devido à presença normalmente aumentada da
fracção osteoblástica dessa enzima durante o período de crescimento, esse aspecto deve ser
considerado no acompanhamento de crianças e adolescentes.
2.2. Tipos
Trata-se da infecção causada por um vírus RNA classificado como sendo da família
Picornavirus, transmitida por via fecal-oral e que atinge mais frequentemente crianças e
adolescentes. O vírus A é a causa mais frequente de hepatite viral aguda no mundo. A faixa
etária na qual o diagnóstico foi mais frequente foi dos 5 aos 9 anos de idade. O vírus tem
distribuição universal e é transmitido basicamente pela via fecal-oral (Daber, 1993).
A água e os alimentos contaminados com fezes com vírus A são os grandes veículos de
propagação da doença. Água contaminada pode provir de esgotos e, de alguma maneira,
entrar em contacto com os alimentos. Sabe-se que o vírus A pode sobreviver longos períodos
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(de 12 semanas até 10 meses) em água e que moluscos e crustáceos podem reter e acumular o
vírus até 15 vezes mais do que o nível original da água.
2.2.2. Hepatite B
O vírus da hepatite B está classificado na família HepaDNA. Devido à sua alta especificidade,
o VHB infecta o homem, que constitui o reservatório natural. O risco de desenvolver doença
aguda ictérica aumenta com a idade do paciente, inversamente à possibilidade de
cronificação. Quando os recém-nascidos entram em contacto com os vírus B há 90% de
chance de se tornarem cronicamente infectados; quando a infecção ocorre aos cinco anos, a
possibilidade cai para 30-50%, sendo a taxa reduzida para 5-10% se a infecção ocorre em
adultos (Barreto, 2000).
2.2.3. Hepatite C
Embora o vírus C (VHC) seja transmitido por contacto directo, percutâneo ou através de
sangue contaminado, em percentual significativo de casos não se identifica a via de infecção.
Pertence ao género Hepacivirus da família Flaviridae, e seu genoma é constituído por uma fita
simples de RNA. Há uma grande variedade na sequência genômica do VHC. Os diferentes
genótipos foram reunidos em seis grupos principais e vários subtipos, por Simmonds e
colaboradores (Barreto, 2000).
2.4. Tratamento
A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por no mínimo
seis meses. Medicamentos não devem ser administrados sem a recomendação médica para
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que não agravem o dano hepático. As drogas consideradas “hepatoprotetoras”, associadas ou
não a complexos vitamínicos, não têm nenhum valor terapêutico.
2.5. Prevenção
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Hepatite C: Apesar das múltiplas tentativas, ainda não há vacina contra a hepatite C, e
tampouco uma profilaxia eficaz pós-exposição. A redução da infecção (e das doenças a ela
relacionadas) requer a implementação de actividades de prevenção primárias e secundárias.
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Conclusão
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Bibliografia
Barreto ML, Hage EC. (2000). Determinantes das condições de saúde e problemas
prioritários no país. Cadernos da 11a Conferência Nacional de Saúde. Brasília: Conselho
Nacional de Saúde.
Daher RR. (1993). Hepatite por outros vírus hepatotróficos. In: Dani R, Castro LP.
Gastroenterologia clínica. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Paula, Samo Gudo et al. (2008). Resultados Finais do Estudo de Prevalência da Resistência
aos Medicamentos Antituberculose de Primeira Linha em Moçambique. Maputo.
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