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Unigranrio Afya

Vivian Gottgtroy de Souza Santos

Jaqueline Rangel Medeiros de Sousa

Julia Belchior de Lima

João Victor Santana de Carvalho

Rayane Ingrid Antunes de Almeida

Fabrício Barros Ximenes

Maria Luiza Monteiro Barreto

Jaciara Santos Vieira Correia.

Gabriella Sousa do Vale

Isabela Batista de Andrade

Miguel Gabriel de Oliveira Vieira

Sandro Rodrigo Da Silva

MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS

Classificação científica

Reino: Monera

Filo: Actinobacteria

Classe: Actinomycetes

Ordem: Actinomycetales

Família: Mycobacteriaceae

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Género: Mycobacterium

Espécie: M. tuberculosis

Nome binomial

Mycobacterium tuberculosis

Zopf, 1883

O patógeno escolhido foi a Mycobacterium tuberculosis também conhecida


como bacilo de Koch (BK), é uma bactéria em forma de bacilo. É um bacilo
sensivel à luz e a circulção de ar, possibilitando assim, a dispersão das partículas
infectantes. M. tuberculosis é fino, ligeiramente curvo e mede de 0,5 a 3 μm. É um
bacilo álcool-ácido resistente (BAAR), aeróbio, com parede celular rica em lipídios
(ácidos micólicos e arabinogalactano), o que lhe confere baixa permeabilidade,
reduz a efetividade da maioria dos antibióticos e facilita sua sobrevida nos
macrófagos. Descoberta pela primeira vez em 1882 por Robert Koch, M.
tuberculosis tem uma camada incomum de cera em sua superfície celular
(principalmente ácido micólico), o que torna as células impermeáveis à coloração
de Gram. Este patógeno é causador da Tuberculose, uma doença que afeta
prioritariamente os pulmões (forma pulmonar), embora possa acometer outros
órgãos e/ou sistemas. A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o
pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas vivendo com HIV,
especialmente aquelas com comprometimento imunológico (mas não é uma
regra). OBS: A forma pulmonar, além de ser mais frequente é a principal
responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença.

Apesar de ser uma enfermidade antiga, a tuberculose continua sendo um


importante problema de saúde pública. O patógeno ainda apresenta alta taxa
transmissibilidade e contágio.

Pesquisamos informações gerais da doença e dados epidemiológicos, em

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www.gov.br e wikipedia. Diretrizes e normas pesquisamos no Manual de
Recomendçõesb Para o Controle da Tuberculose no Brasil e pesquisamos no
Manual de Recomendações para o Diagnóstico Laboratorial. de Tuberculose e
Micobactérias nao Tuberculosas de Interesse em Saúde Pública no Brasil manejos
clínicos em relação à bacteria.

A transmissão da tuberculose acontece por via respiratória, pela eliminação


de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com
tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), sem tratamento; e a inalação de
aerossóis por um indivíduo suscetível. No mundo, a cada ano, cerca de 10
milhões de pessoas adoecem por tuberculose. A doença é responsável por mais
de um milhão de óbitos anuais. No Brasil são notificados aproximadamente 70 mil
casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose.
Calcula-se que, durante um ano, em uma comunidade, uma pessoa com
tuberculose pulmonar e/ou laríngea ativa, sem tratamento, e que esteja eliminando
aerossóis com bacilos, possa infectar, em média, de 10 a 15 pessoas. Patógeno
com alto grau de transmissibilidade até os dias atuais, por isso é de extrema
importância as políticas públicas com estratégias de enfrentamento e metas para a
prevenção, atenção e controle da disseminação da Mycobacterium tuberculosis.

Até o final de 2015, a Organização Mundial da Saúde classificou os 22


países com maior carga da doença no mundo e dentre eles estava o Brasil. Para o
período de 2016 a 2020, uma nova classificação de países prioritários foi definida,
segundo características epidemiológicas. O Brasil está entre os 30 países de alta
carga para TB e TB-HIV considerados prioritários pela OMS para o controle da
doença no mundo. Em 2015, o percentual de detecção da tuberculose no país,
segundo a OMS, foi de 87,0% (WHO, 2017). Nos últimos 10 anos, foram
diagnosticados, em média, 71 mil casos novos da doença. Em 2017, o número de
casos notificados foi de 72.770 e os coeficientes de incidência variaram de 10,0 a
74,7 casos por 100 mil habitantes entre as Unidades Federadas (UF). No ano de
2016, foram notificados 4.483 óbitos por TB, o que corresponde ao coeficente de
mortalidade de 2,2 óbitos por 100.000 habitantes.O percentual de sucesso de

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tratamento reportado para os casos novos com confirmação laboratorial foi de
74,6%, em 2016, com 10,8% de abandono de tratamento, e 4,1% dos registros
com informação ignorada quanto ao desfecho. Dos casos de TB notificados em
2017, 77,8% foram testados para HIV, apresentando 9,5% de coinfecção.

Sintomas: Tosse por 3 semanas ou mais, febre vespertina, sudoreses noturna e


emagrecimento. O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse. Essa
tosse pode ser seca ou produtiva (com catarro).

Diagnóstico Bacteriológico: a pesquisa bacteriológica é de importância


fundamental em adultos, tanto para o diagnóstico quanto para o controle de
tratamento da TB (BRASIL, 2008).

Resultados bacteriológicos positivos confirmam a tuberculose ativa em pacientes


com quadro clínico sugestivo de TB e em sintomáticos respiratórios identificados
através da busca ativa.

A seguir estão descritos os métodos bacteriológicos utilizados no país.

Exame microscópico direto – baciloscopia direta

Por ser um método simples e seguro, deve ser realizado por todo
laboratório público de saúde e pelos laboratórios privados tecnicamente
habilitados. A pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente – BAAR, pelo método de
Ziehl-Nielsen, é a técnica mais utilizada em nosso meio.

A baciloscopia do escarro, desde que executada corretamente em todas as


suas fases, permite detectar de 60% a 80% dos casos de TB pulmonar em
adultos, o que é importante do ponto de vista epidemiológico, já que os casos com
baciloscopia positiva são os maiores responsáveis pela manutenção da cadeia de
transmissão. Em crianças, a sensibilidade da baciloscopia é bastante diminuída
pela dificuldade de obtenção de uma amostra com boa qualidade.

A baciloscopia de escarro é indicada nas seguintes condições:


No sintomático respiratório, durante estratégia de busca ativa; em caso de

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suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar, independentemente do tempo de
tosse; para acompanhamento e controle de cura em casos pulmonares com
confirmação laboratorial.

A baciloscopia de escarro deve ser realizada em duas amostras: uma por


ocasião do primeiro contato com a pessoa que tosse e outra, independentemente
do resultado da primeira, no dia seguinte, com a coleta do material sendo feita
preferencialmente ao despertar. Nos casos em que houver indícios clínicos e
radiológicos de suspeita de TB e as duas amostras de diagnóstico apresentarem
resultado negativo, podem ser solicitadas amostras adicionais. A baciloscopia de
outros materiais biológicos também está indicada na suspeição clínica de TB
extrapulmonar. Os resultados dos exames diretos são descritos abaixo.
Baciloscopia positiva e quadro clínico compatível com TB fecham o diagnóstico e
autorizam o início de tratamento da TB. É importante lembrar, contudo, que outros
microrganismos podem ser evidenciados na baciloscopia direta e essa
possibilidade deve ser considerada na interpretação de casos individualizados.
Diagnóstico de certeza bacteriológica só é obtido com a cultura (que é o padrão
ouro) e/ou testes moleculares.

Leitura e interpretação dos resultados de baciloscopia de escarro:

Não são encontrados BAAR em 100 campos observados - resultado NEGATIVO

1 a 9 BAAR em 100 campos observados - relata-se a quantidade de bacilos


encontrada

10 a 99 BAAR em 100 campos observados - resultado POSITIVO +

1 a 10 BAAR por campo em 50 campos observados - resultado POSITIVO ++

Em média mais de 10 BAAR por campo em 20 campos observados - resultado


POSITIVO +++

Leitura e interpretação de resultados de baciloscopias de outros materiais:


Não são encontrados BAAR no material examinado - resultado Negativo

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São encontrados BAAR em qualquer quantidade no material examinado -
resultado Positivo

Teste rápido molecular para tuberculose (TRMTB)

O TRM-TB está indicado, prioritariamente, para o diagnóstico de


tuberculose pulmonar e laríngea em adultos e adolescentes.

Em alguns municípios brasileiros, o teste rápido molecular para TB


(TRM-TB, GeneXpert®) encontra-se disponível na rede pública de saúde e deve
ser utilizado de acordo com algoritmos previamente estabelecidos.

O TRM-TB é um teste de amplificação de ácidos nucleicos utilizado para


detecção de DNA dos bacilos do complexo M. tuberculosis e triagem de cepas
resistentes à rifampicina pela técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR)
em tempo real (WHO, 2011). O teste apresenta o resultado em aproximadamente
duas horas em ambiente laboratorial, sendo necessária somente uma amostra de
escarro.

A sensibilidade do TRM-TB em amostras de escarro de adultos é de cerca


de 90% sendo superior à da baciloscopia. O teste também detecta a resistência à
rifampicina, com uma sensibilidade de 95%.

O TRM-TB está indicado nas seguintes situações: diagnóstico de casos


novos de TB pulmonar e laríngea em adultos e adolescentes; diagnóstico de
casos novos de TB pulmonar e laríngea em adultos e adolescentes de populações
de maior vulnerabilidade; diagnóstico de TB extrapulmonar nos materiais
biológicos já validados; triagem de resistência à rifampicina nos casos de
retratamento; triagem de resistência à rifampicina nos casos com suspeita de
falência ao tratamento da TB.

Além do diagnóstico laboratorial, a avaliação clínica é de suma importância


para o diagnóstico da TB e a realização da radiografia do tórax é indicada como
um método complementar para esse diagnóstico.

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Concluímos que os pilares e componentes da Estratégia pelo Fim da
Tuberculose são de extrema importância para conter o avanço da doença.

É de extrema importância o diagnóstico laboratorial do agente patólogico M.


tuberculosis. Sendo possível através da rede de laboratórios vinculada ao controle
da TB, no qual oferece dois tipos de exames para a detecção do patógeno, com
exames realizados através de amostras de escarro. A identificação do patógeno
desta forma, é de uma grande eficiência, pois identificado na amostra, o paciente
contaminado inicia imediatamente o tratamento específico. Temos conhecimento
deste patógeno, pelas literaturas desde 1720, porém só sendo possível a
descoberta do agente causador em 1882 por Robert Koch. Ou seja, é um
patógeno muito antigo e que até os dias de hoje é de difícil controle devido a
diversos fatores, principalmente pelo alto poder de transmissibilidade de um
indivíduo para outro, problemas sociais como por exemplo, moradias pouco
ventiladas e pequenas para o número de pessoas, má qualidade de alimentação,
difícil adesão ao tratamento por ser longo e complexo, são fatores muito
relevantes para a disseminação do patógeno em questão. É um patógeno
causador de uma doença que desde muito tempo é um problema de saúde pública
com difícil controle.

Com a identificação correta do patógeno, conseguimos início imediato do


tratamento e com isso, a transmissão tende a diminuir gradativamente, e em geral,
após 15 dias, o risco de transmissão da doença é bastante reduzido. Reduzindo
assim o contágio e evolução da doença.

O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está


disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). E consiste no uso específico de
combinações de drogas capazes de matar esse agente patógeno. São utilizados
quatro medicamentos para o tratamento dos casos de tuberculose que utilizam o
esquema básico: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Essas são as
drogas mais eficientes em ação a esse patógeno.

Visto tudo isso, vale ressaltar que a tuberculose tem cura quando o

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tratamento é feito de forma adequada, até o final. Devendo ser focado pelas
políticas públicas, a importância de fazer o exame de escarro ao apresentar sinais
e sintomas, da aderência do tratamento até o final e a importância da população
ao tossir e espirrar colocar a mão na frente, pois assim evita a proliferação do
patógeno. E ainda, vacinar crianças com a BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada
no Sistema Único de Saúde (SUS), para a proteção das formas mais graves da
doença, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea. A vacina está
disponível nas salas de vacinação das unidades básicas de saúde e em algumas
maternidades. Esse patógeno é muito antigo e resiste até os dias de hoje, com
altos números de infectados e considerado um problema de saúde pública até os
dias atuais.

Referências:

Ministério da Saúde. Tuberculose. Disponível em


<https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/t/tuberculose>. Acesso
em 13 de mar. de 2024.

Ministério da Saúde. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose


no Brasil. Brasília, DF. 2019. Disponível em:
<https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/tuberculos
e/manual-de-recomendacoes-e-controle-da-tuberculose-no-brasil-2a-ed.pdf>.
Acesso em 13 de mar. de 2024.

Ministério da Saúde. Manual de Recomendações para o Diagnóstico Laboratorial


de Tuberculose e Micobactérias nao Tuberculosas de Interesse em Saúde Pública
no Brasil. Brasília, DF, 2022. Disponível em:
<https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/tuberculos
e/manual-de-recomendacoes-e-para-diagnostico-laboratorial-de-tuberculose-e-mic
obacterias-nao-tuberculosas-de-interesse-em-saude-publica-no-brasil.pdf>.
Acesso em 13 de mar. de 2024.

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