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Com muita disciplina e determinação chegamos a mais uma aula do nosso curso.
Nessa aula, iremos abordar os conteúdos referentes ao tema Tuberculose.
Primeiramente, faremos uma abordagem teórica do tema proposto e, em seguida as questões
cobradas em concursos anteriores com os comentários.
Boa aula!
BUSCA ATIVA
A infecção pode ocorrer em qualquer idade, mas no Brasil, geralmente acontece na infância. Nem todas
as pessoas expostas ao bacilo da tuberculose se infectam, assim como nem todas as pessoas infectadas
desenvolvem a doença. A probabilidade de que a TB seja transmitida depende de alguns fatores:
• O potencial de contágio do caso índice: o doente bacilífero, isto é, com baciloscopia direta positiva, é
a principal fonte de infecção;
• A concentração de bacilos no ar contaminado: determinada pelo tipo de ambiente em que a
exposição ocorreu: ambientes fechados, escuros ou com pouca ventilação;
• Duração da exposição: o tempo que o doente e seus contatos respiram nesse ambiente;
• A suscetibilidade genética ou predisposição dos contatos.
O Ministério da Saúde disponibilizou, gratuitamente, na rede pública, um teste rápido para diagnóstico
de tuberculose, o Teste Molecular Rápido da Tuberculose (TRM-TB), com capacidade de detectar a presença
do bacilo causador da doença em apenas duas horas. O Gene Xpert utiliza técnicas de biologia molecular para
identificar o DNA do Mycobacterium tuberculosis e também identifica se a pessoa tem resistência ao
antibiótico Rifampicina, usado no tratamento da doença.
EXAME RESULTADO
TRM-TB 2hs
Baciloscopia “1 DIA”
Positivo: 5 a 12 dias
Cultura líquida
Negativo: 42 dias
TRATAMENTO DA TUBERCULOSE
Em 1979, o Brasil preconizou um sistema de tratamento para a TB composto pelo Esquema I (2RHZ/4RH)
para os casos novos; Esquema I reforçado (2RHZE/4RHE) para retratamentos; Esquema II (2RHZ/7RH) para a
forma meningoencefálica; e Esquema III (3SZEEt/9EEt) para falência.
Em 2009, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, juntamente com o seu comitê técnico
assessor, reviu o sistema de tratamento da TB no Brasil. Com base nos resultados preliminares do II Inquérito
Nacional de Resistência aos Medicamentos antiTB, que mostrou aumento da resistência primaria a isoniazida
(de 4,4% para 6,0%), introduz o etambutol como quarto fármaco na fase intensiva de tratamento (dois
primeiros meses) do esquema básico
A Segunda etapa do esquema básico do tratamento da tuberculose (4 meses) continua sendo composta
de comprimidos de doses fixas pela administração da Rifampicina e Isoniazida (RH). Todavia, esses
medicamentos passaram a ser administrados em associação na seguinte dosagem: R 300mg e H 200mg ou R
150mg e H 100mg. Segue um esquema básico para facilitar a fixação do conteúdo.
• Casos novos adultos e adolescentes (> 10 anos), de todas as formas de tuberculose pulmonar e
extrapulmonar (exceto a forma meningoencefalica), infectados ou não por HIV; e
• Retratamento: recidiva (independentemente do tempo decorrido do primeiro episódio) ou
retorno após abandono com doença ativa em adultos e adolescentes (> 10 anos), exceto a
forma meningoencefalica.
GRAVEM ISSO: Em todos os esquemas de tratamento da tuberculose, a medicação é de uso diário e deverá
ser administrada em uma única tomada.
Meses do
Regime Fármacos e doses (mg) Faixa de peso Unidades/dose
tratamento
Até 20 kg 10/10/35 mg/kg peso
2RHZ 20 a 35 kg 300/200/1.000 mg/dia
R/H/Z 2
Fase intensiva 36 a 50 kg 450/300/1.500 mg/dia
> 50 kg 600/400/2.000 mg/dia
Até 20 kg 10/10 mg/kg/dia
4RH 20 a 35 kg 300/200 mg/dia
R/H 4
Fase de manutenção 36 a 50 kg 450/300 mg/dia
> 50 kg 600/400 mg/dia
Fonte:http://www.saude.rs.gov.br/upload/1339785771_Nota%20T%C3%A9cnica%20sobre%20as%20Mudan%C3%A7as%20no%
20Tratamento%20da%20Tuberculose%20no%20Brasil%20para%20Adultos%20e%20Adolescentes%20%20Vers%C3%A3o%202.pdf
Os medicamentos para tratamento dos pacientes com diagnóstico de TB deverão ser administrados
preferencialmente em jejum (uma hora antes ou duas horas após o café da manhã), em uma única tomada;
ou em caso de intolerância digestiva, com uma refeição.
Segue um esquema do tratamento da TB para vocês memorizarem.
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Anvisa, disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/precaucoes_a3.pdf.
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CONTATO
Toda pessoa que convive no mesmo ambiente com o caso índice no
momento do diagnóstico
Contatos com Com quaisquer resultados da PT não devem ser tratados para ILTB.
história prévia de
TB tratada
2
Disponível em: http://goo.gl/6lSCkB.
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Não esqueçam: Sintomáticos Respiratórios (SR) são indivíduos com tosse por tempo igual ou superior a
três semanas.
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3. (HU-UFMA/EBSERH/IBFC/2013) Você é enfermeiro de uma unidade básica de saúde e recebe uma paciente
do sexo feminino, 10 anos, acompanhada da mãe, que refere os seguintes sinais e sintomas: irritação, febre
baixa, sudorese noturna e inapetência. Com essas queixas, suspeita-se de:
a) Gripe.
b) Doença gastrointestinal.
c) Bronquite.
d) Asma crônica.
e) Tuberculose.
COMENTÁRIOS:
Vamos verificar os sintomas presentes nas afecções citadas para chegarmos à resposta correta:
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A apresentação farmacológica da fase intensiva (dois primeiros meses) passa a ser em comprimidos de
doses fixas combinadas dos quatro medicamentos (R - Rifampicina, H - Isoniazida, Z - Pirazinamida, E -
Etambutol), na seguinte dosagem: R 150mg, H 75mg, Z 400mg e E 275mg.
A segunda etapa do esquema básico do tratamento da tuberculose (4 meses) continua sendo composta
de comprimidos de doses fixas pela administração da Rifampicina e Isoniazida (RH). Todavia, esses
medicamentos passaram ser administrados em associação na seguinte dosagem: R 300mg e H 200mg ou R
150mg e H 100mg.
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Fonte: Manual de Recomendações para o Manejo da Coinfecção TB-HIV em Serviços de Atenção Especializada a Pessoas Vivendo
com HIV/AIDS. Brasília-DF, 2013.
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ATENÇÃO!
Para melhor compreensão desta questão, orientamos assistir ao comentário na videoaula deste curso.
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10. (Pref. São Mateus – ES/ FUNCAB/2015) Dentre as precauções padrões recomendadas no atendimento ao
indivíduo com tuberculose, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O paciente com suspeita ou confirmação de tuberculose é inserido no quadro de precaução respiratória por
aerossóis.
b) A coleta de escarro deve ser realizada em local arejado, claro e longe de outras pessoas e dos profissionais
da unidade de saúde.
c) Higienização das mãos, uso de luvas de procedimento e quarto privativo.
d) Higienização das mãos, uso de máscara PPF2 e luvas estéreis.
e) Higienização das mãos, uso de máscaras N95/PFF2 e quarto privativo.
COMENTÁRIOS:
O paciente com suspeita ou confirmação de tuberculose é inserido no quadro de precaução respiratória
por aerossóis. A coleta de escarro deve ser realizada em local arejado, claro e longe de outras pessoas e dos
profissionais da unidade de saúde. A higienização das mãos deve ser feita sempre, além do uso de luvas de
procedimento, máscaras N95/PFF2 e quarto privativo.
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12. (EBSERH Nacional/AOCP/2015) Após o início do tratamento correto para Tuberculose, quando o paciente
não tem história de tratamento anterior nem outros riscos conhecidos de resistência e havendo melhora
clínica, pode-se considerar que após quantos dias de tratamento o paciente pode ser considerado não
infectante?
a) 04 dias.
b) 06 dias.
c) 07 dias.
d) 12 dias.
e) 15 dias.
COMENTÁRIOS:
Com o início do tratamento adequado e o uso correto de medicamentos anti-TB em pacientes infectados
com cepas sensíveis, a transmissibilidade diminui rapidamente em duas a três semanas, ou seja, 15 dias.
Portanto, a prioridade na instituição das ações preventivas deve ser dada aos pacientes com maior risco de
transmissibilidade, que são aqueles não diagnosticados (sintomático respiratório - SR) ou nos primeiros dias de
tratamento.
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra E.
13. (EBSERH/HE – UFSCAR/AOCP/2015) Dos medicamentos citados a seguir, assinale a alternativa que
apresenta aquele que NÃO faz parte do esquema básico para tratamento de tuberculose em adultos.
a) Rifampicina.
b) Estreptomicina.
c) Isoniazida.
d) Etambutol.
e) Pirazinamida.
COMENTÁRIOS:
O único medicamento que não faz parte do esquema básico para o tratamento da tuberculose é a
Estreptomicina.
Veja o esquema básico do tratamento da TB abaixo:
Esquema Básico do Tratamento da Tuberculose:
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Bons Estudos!
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1. C
2. D
3. E
4. D
5. D
6. D
7. A
8. E
9. B
10. D
11. D
12. E
13. B
14. C
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Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de
Recomendações para o Manejo da Coinfecção TB-HIV em Serviços de Atenção Especializada a Pessoas Vivendo com
HIV/AIDS. Brasília-DF, 2013. Disponível em:
http://www.suvisa.ba.gov.br/sites/default/files/vigilancia_epidemiologica/doencas_transmissiveis/arquivo/2013/05/28/
Manual%20de%20coinfec%C3%A7%C3%A3o%20TB-HIV.pdf
Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de
doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso – 8. ed. rev. Brasília- DF, 2010. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf
Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de
recomendações para o controle da tuberculose. Brasília- DF, 2011. Disponível em:
http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/TB/mat_tec/manuais/MS11_Manual_Recom.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Centro de Referência Professor Hélio Fraga. Projeto MSH.
Tuberculose Multirresistente - Guia de Vigilância Epidemiológica – 1ª edição. Rio de Janeiro-RJ, 2007. Disponível em:
http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_670024370.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Programa
Nacional de Controle da Tuberculose. Nota técnica sobre as mudanças no tratamento da tuberculose no Brasil para
adultos e adolescentes – Versão 2. Brasília-DF, 2009. Disponível em:
http://www.saude.rs.gov.br/upload/1339785771_Nota%20T%C3%A9cnica%20sobre%20as%20Mudan%C3%A7as%20no%
20Tratamento%20da%20Tuberculose%20no%20Brasil%20para%20Adultos%20e%20Adolescentes%20-
%20Vers%C3%A3o%202.pdf
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