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Local de aquisição
Tempo de evolução
Típica e Atípica
1.1 PAC
Crianças hígidas possuem entre 4-6 episódios infecciosos quaisquer por ano. A pneumonia
corresponde à complicação de 2-3% das IVAS, 80%das mortes por infecções respiratórias
agudas e 15% das mortes em menores de 5 anos no mundo.
Fatores de risco: desnutrição, baixa idade, comorbidades, baixo peso ao nascer, desmame
precoce, esquema vacinal incompleto (cobertura vacinal completa protege), pneumonias
prévias, condições ambientais precárias, permanência em creches (comum episódio após
entrada), poluição, tabagismo, sibilância associada.
3 primeiros dias de vida: predomínio de germes do canal de parto (S. agalactie e Listeria)
>3 dias: germes da pele (S. aureus e S. epidermidis) além de gram negativos.
Etiologia das PAC de acordo com a idade (faixa pediátrica) - (mostrado em aula).
Allana Karine L. Ribeiro (80ª Turma de Medicina UFPI) 3
Manifestações clínicas: Taquipneia, tosse seca ou produtiva, febre, dispneia, dor torácica,
dor abdominal, queda do estado geral, irritabilidade, cefaleia, queda da aceitação oral,
vômitos, meningismo (PAC com acometimento de segmentos posteriores); Evolução
abrupta do quadro: o agente costuma ser o pneumococo ou S. aureus. Evolução insidiosa:
pensar no Haemophilus.
SUSPEITA CLÍNICA: TOSSE, TAQUIPNEIA SEM SIBILÂNCIA E FEBRE (INDICADO INÍCIO DO TTO). RX
é DISPENSÁVEL.
Broncopneumonia
Allana Karine L. Ribeiro (80ª Turma de Medicina UFPI) 4
Exames de imagem
Raio X nas pneumonias (Achados): confirma e avalia a extensão da pneumonia e identifica
complicações, mas tem baixa sensibilidade para diagnóstico etiológico.
Figura 03. Pneumatocele em Pulmão Esquerdo // Figura 04. Extenso Derrame Pleural.
Exames Laboratoriais
Hemograma (Sensibilidade 4 -35%): Leucocitose com desvio à esquerda e neutrofilia;
A coqueluche dá leucocitose intensa (30 mil) com linfocitose. A eosinofilia é encontrada
comumente em pneumonia por Clamídia;
Leucopenia, anemia e plaquetopenia são sinais sugestivos de gravidade.
Proteína C reativa: Marcador inespecífico (não é rotina).
PCR: Apenas em casos selecionados (inespecífica).
EAS: Rotina (inespecífico).
LCR: Realizado em quadros de meningismo.
Análise do líquido pleural: Realizado na presença de derrame pleural. Critérios de Light
são fundamentais para a avaliação do derrame pleural.
Relação entre proteína do líquido pleural e sérica: E >0,5 / T< ou igual a 0.5
DHL pleural/ DHL sérica : E>0.6 / P < ou igual a 0.6.
DHL pleural >2/3 do limite superior sérico: Exsudato (sim)/ T (não).
Indicações de Internação:
<2 meses (Apneia e Sepse)
Insuficiência Respiratória Aguda.
Recusa oral
Falha tto ambulatorial
Critérios da OMS de gravidade.
Sinal radiológico de gravidade (abcesso)
Hipoxemia (SO2 < 92% em ar ambiente).
Imunodeprimidos
Indicações de UTI
SO2 < 92% com FIO2< 0.6.
Hipotensão Arterial
Falência Respiratória.
Apneia recorrente ou respiração irregular
TRATAMENTO
Idade <2 meses: <1sem (ampicilina +aminoglicosídeos); >1sem(ampicilina + cefalosporina).
Idade >2 meses: Ambulatorial (amoxicilina) = 48/72h. Não melhorou? (amoxicilina
+clavulonato)
Hospitalar: Iniciar com Penicilina Cristalina. Paciente muito grave? Oxacilina +
cefalosporina de 3°geração ou cloranfenicol. Persistência de complicações – associar
Vancomicina.
CONTROLE EVOLUTIVO:
Reavaliação clínica em 48-72h
RX apenas em piora.
COMPLICAÇÕES:
DP: 40% dos casos hospitalizados. Etiologia – S. pneumoniae (64%), H. influenzae (7%), S.
aureus (15%).
Pneumatocele
2. INFLUENZA
O vírus influenza é o responsável por infecções sazonais – que acomete o trato respiratório,
causando gripe sazonalmente (nos meses de inverno); responsável por grandes pandemias - alta
mortalidade.
VÍRUS INFLUENZA
O agente etiológico da gripe é o Myxovirus influenzae, também denominado vírus
influenza. Os vírus influenza são partículas envelopadas de RNA de fita simples
segmentada e subdividem-se nos tipos A,B e C, sendo que apenas os do tipo A e B têm
relevância clínica em humanos.
A e B: epidemias respiratórias sazonais; A - grandes epidemias (proteínas virulentas). C
-brandas;
Reservatórios
Modo de transmissão: Transmissão ocorre através das secreções das vias respiratórias de
uma pessoa contaminada ao falar, espirrar ou tossir. Transmissão também pode ocorrer
por meio das mãos, que após contato com superfícies contaminadas por secreções
respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o agente infeccioso diretamente
para a boca, nariz e olhos.
Período de incubação: 1 a 4 dias
Período de transmissibilidade: criança dura em média 10 dias;
Manifestações clínicas: febre em criança (até 40 graus), tosse, dispneia, mialgia, coriza,
cefaleia, diarreia, artralgia, hipoxemia, linfonodomegalias, etc.
Susceptibilidade e risco de complicações: todos suscetíveis à infecção.
Risco para complicações graves: gestantes, >60 anos, <2 anos, portadores de doença
crônica, obesidade mórbida (IMC> ou = a 40), população indígena.
Complicações frequentes: Síndrome de Reye (encefalopatia não inflamatória aguda e
grave com severa esteatose hepática), Pneumonias bacterianas 2º, Pneumonia viral
primária pelo influenza, miosite, miocardite, pericardite, síndrome do choque tóxico,
Guillain barré e encefalite.
Diagnóstico Diferencial: Clínico! Laboratório é inconclusivo; Rx apresenta infiltrado
intersticial, pode haver condensação (não usual). As síndromes gripais são inespecíficas.
TRATAMENTO
3. BRONQUIOLITE
Infecção do trato respiratório inferior mais frequente até 2 anos; principal motivo
de internação por causas respiratórias em lactentes; mais frequente em até um
ano de idade; casos mais graves ocorrem nos primeiros meses de vida,
principalmente em prematuros. Sexo masculino associado a pior prognóstico.
Os vírus envolvidos: Vírus sincicial respiratório, parainfluenza;
Infecção respiratória aguda de etiologia viral, com comprometimento de
bronquíolos através de um processo inflamatório agudo, ocasionando um quadro
respiratório obstrutivo,
Aumento de secreção: muco, edema e necrose do epitélio da mucosa (infecção
viral que chega até os bronquíolos e lá desencadeia um novo processo).
Dificuldade de expiração (sibilo expiratório).
Diagnóstico Clínico: idade entre 0 e 2 anos; início agudo com coriza, tosse, espirros
precedidos ou não de febre; taquipneia com ou sem dispneia.
Presença de sinais clínicos de obstrução das vias aéreas inferiores: lactentes, neonatos.
Diagnóstico: a oximetria deve ser realizada para os pacientes atendidos em hospitais; a
presença de estertores difusos à ausculta pulmonar é um achado frequente, não sendo
patognomônico de bronquiolite. Rx não é rotina (clínica mandatória), exceto em evolução
desfavorável.
Evolução desfavorável: uti.
Tratamento
Domiciliar: limpeza nasal, inalação com soro fisiológico e antitérmico (sem
broncodilatador - está cheia de secreções).
Critérios de admissão hospitalar: sinais clínicos de IRA, hipoxemia (Sat<92%), letargia,
incapacidade de ingerir líquidos;
Considerar admissão em pacientes de alto risco: lactentes jovens <3 meses, prematuros
<35sem, doença pulmonar grave (displasia), cardiopatias congênitas graves cianóticas,
repercussão hemodinâmica e imunodeprimidos.
Não realizar broncodilatadores; menores de 2anos sibilando? Não é asmático ! Lava com SF! Pode
-se realizar teste terapêutico (casos de dispneia, antecedentes pessoais ou familiares de atopia).