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Tuberculose:
Causas: a Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch) e mais raramente pelo Micobacterium bovis.
Fatores de risco: contato com pessoas infectadas, ambientes fechados, imunodepressivos, exposição
profissional.
Sinais e sintomas:
Pode se manifestar em 3 formas: primária progressiva, pós-primária e extrapulmonar
Tosse
Febre abrupta
Adenomegalia hilar, mediastinal, cervical ou em outras cadeias
Comprometimento pulmonar segmentar ou lobar
Consolidação em cavitação
Derrame pleural
Dispneia
Sudorese noturna
Hemoptise
Fadiga
Exame Físico
Inspeção: emagrecido, dispneia, tosse crônica
Palpação: Frêmitos toracovocais diminuídos em área de derrame pleural e aumentados em área de
consolidação
Percussão: submacicez em área de inflamação e timpanismo em área de cavitação.
Ausculta: Diminuição do murmúrio vesicular, roncos, estertores finos
Diagnóstico:
Prova tuberculínica: a prova tuberculínica (PT) é utilizada para diagnóstico de TB latente e pode
também auxiliar no de tuberculose ativa em crianças.
Testes rápidos moleculares (TRM): detecta o DNA do M. tuberculosis e se há resistência à
rifampicina. São utilizadas amostras diretas de escarro, escarro induzido, lavado broncoalveolar,
lavado gástrico, líquido cefalorraquidiano (LCR), linfonodos e outros tecidos.
Baciloscopia direta (pesquisa de bacilos álcool acidorresistentes – BAAR) em duas amostras de
escarro ou qualquer fluido corpóreo. Duas coletas matinais de escarro, espontâneo ou induzido por
aerossol com solução de cloreto de sódio ou em lavado broncoalveolar
Cultura. Realizar cultura quando o teste molecular for positivo, e mesmo quando negativo,
persistindo a suspeita clínica e/ou radiológica de tuberculose. Na indisponibilidade do teste
molecular, a cultura deve ser sempre realizada.
Radiografia de tórax: alterações dependem da fase da doença
Tuberculose primária: linfonodomegalia mediastinal e hilar, consolidações, opacidades homogêneas ou
algodonosas, de distribuição unifocal, segmentar ou lobar. (mais comum em lobos médios e inferiores.
Tuberculose pós-primária: consolidações com predomínio nos lobos superiores e segmentos superiores, com
alta frequência de escavação; na doença ativa, observam-se micronóduos que caracterizam a disseminação
broncogênica.
DPOC:
Causas: a principal causa é o tabagismo, pode ser por poluentes atmosféricos, inalação de gases
provenientes de combustíveis fósseis, solventes.
Definição: pode gerar uma bronquite crônica: espessamento das paredes brônquicas, aumento da
quantidade de muco intraluminal, disfunção mucociliar e aumento da tonicidade da musculatura lisa
brônquica. O Enfisema pulmonar é a destruição dos septos alveolares e de suas fibras elásticas,
perda de força da retração elástica pulmonar e consequentemente colapso expiratório precoce.
Sinais e sintomas:
Dispneia
Tosse crônica produtiva ou não
Tórax em tonel (grave)
Taquipnéia
Tempo expiratório aumentado
Uso da musculatura acessória
Cianose
Sudorese
Retração da fúrcula
Exame físico:
Inspeção: tórax insuflado, taquipneia, respiração com lábio semicerrado, tiragem e tórax em tonel
Percussão: enfisema: timpanismo
Palpação: enfisema: expansibilidade diminuída
Ausculta: Enfisema: diminuição do MV. Bronquite: sibilos, roncos, estertores crepitantes e subcrepitantes
e diminuição do MV
Diagnóstico:
Espirometria é o principal meio que diagnóstica a DPOC.
Um clipe nasal é colocado no paciente, somente pela boca o ar sai por onde sopra. A espirometria visa
estudar o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) relacionado com a Capacidade vital
forçada expiratória. VEF1/CVF usado broncodilatador em segunda instância. Se a razão for maior que 70%
o paciente poderá estar normal ou com algum problema restritivo. Para diferenciara, usa-se o CVF, se maior
que 80% o paciente está normal, se menor, trata-se de síndrome restritiva. Quando a razão é menor que 70%
temos uma doença obstrutiva ou mista.
Raio X: mostra-se com hiperinsuflação, aumento do espaço retroesternal (posteroanterior), rebaixamento das
cúpulas diafragmáticas.
Asma:
Definição: ocorre devido a resposta
inflamatória frente a um estímulo (antígenos,
calor, exercícios), caracteriza-se por hipertrofia e hiperplasia dos músculos lisos dos brônquios.
Causas: genética, inalantes, alimentos, infecções virais respiratórias, mudanças climáticas
Sinais e sintomas:
Dispneia
Tosse
Sibilância
Exame físico:
Inspeção: cianose, dispneia, tiragem
Palpação: frêmitos toracovocais diminuídos
Ausculta: diminuição do murmúrio vesicular e presença de sibilos principalmente em expiração
Diagnóstico:
Espirometria: obstrução ao fluxo aéreo (relação VEF1/CVF menor que o limite inferior), prova
broncodilatadora positiva (aumento do VEF1 em 200 ml e 12% em relação ao basal, em adultos)
Diferencial: O cenário comum para asma é um paciente que é jovem, atópico, não tabagista, com obstrução
ao fluxo de ar variável e significativa reversibilidade ao uso de broncodilatador. Já na DPOC, a apresentação
comum é um paciente de meia idade ou idoso, tabagista de longa data, com tosse produtiva crônica, dispneia
progressiva e evidência de obstrução ao fluxo de ar mais fixa, injúria parenquimatosa e alteração da difusão
pulmonar.
Derrame Pleural
Causas: Transudato: ICC, cirrose hepática, insuficiência renal, doenças renais, hipoproteinemia.
Exsudato: derrame pleural parapneumônico (empiema, tuberculose, neoplasia primária ou
metastática), tromboembolismo pulmonar, trauma, quilotórax, doenças do pâncreas, vasculites, pós-
operatório cardiológica.
Definição: líquido pleural entre as pleuras na cavidade pleural aumentado.
Sinais e sintomas:
Tosse seca
Dispneia progressiva
Dor torácica que aumenta na inspiração
Exame físico:
Inspeção: abaulamento expiratório intercostal (lemos torres), desvio contralateral do mediastino,
alargamento intercostal
Palpação: redução do frêmito toracovocal
Percussão: macicez (signorelli 7° ao 12° espaço intercostal), rebaixamento
Ausculta: murmúrio vesicular diminuído e sopro pleurítico
Diagnóstico:
Radiografia de tórax: velamento do seio costofrênico, parábola de damoiseau (forma de menisco). Em caso
de suspeita de derrame pleural é usada a técnica de decúbito lateral com raios horizontais (incidência de
Laurell).
Ultrassonografia e tomografia de tórax são complementares.
Caso confirmado o Derrame pleural, a toracocentese é indicada com punção do tórax com agulha fina no
caso de derrame pleural clinicamente significativo (mais de 1 cm de espessura no decúbito lateral com raios
horizontais ou ultrassonografia sem causa conhecida). O líquido retirado, além de promover alívio, é
analisado para tratar a causa, uma vez que o derrame pleural é causa secundária.
Pneumotórax
Causas: pode ser espontâneo mais comum em homens longilíneos, por perfuração externa ou interna,
tensão, DPOC, ASMA, fibrose cística.
Definição: acúmulo de ar na cavidade pleural que tenta igualar a pressão atmosférica com a pleural.
Sinais e sintomas:
Dor torácica intensa
Dispneia súbita
Taquipneia
Em casos de pneumotórax hipertensivo: turgência jugular, desvio traqueal, sinais de choque,
enfisema subcutâneo, desvio do ictus cordis e do mediastino.
Exame físico:
Inspeção: dispneia, taquipneia, fáceis de dor
Palpação: expansibilidade diminuída no local acometido, frêmito toracovocal diminuído no local
Percussão: timpanismo no local acometido
Ausculta: murmúrio vesicular abolido ou diminuído o local acometido
Diagnóstico:
Raio x de tórax: retificação diafragmática, desvio do mediastino (hipertensivo), linha branca que
representa a pleura visceral.
Pneumonia
Causas: aspirações de secreções da orofaringe, inalação de aerossóis expelidos por espirro, tosse e
fala, disseminação hematogênica, disseminação a partir de um foco contínuo e reativação local,
especificamente em indivíduos imunodeprimidos.
Definição: é ima inflamação no parênquima pulmonar, por agentes infecciosos que promovem
inflamação levando à lesão tissular (pressão intensa ou prolongada com evolução rápida)
Classificação: adquirida na comunidade, ou no hospital podendo ser típica: Streptococcus
pneumoniae, atípica: Mycoplasma pneumoniae.
Pneumonia lobar: disseminação uniforme, PAC por Streptococcus pneumoniae, gram+
Pneumonia lobular ou broncopneumonia: focos inflamatórios múltiplos que acometem lóbulos
pulmonares. (vias aéreas distais)
Pneumonia intersticial: inflamação do interstício pulmonar (com abscesso)
Sinais e sintomas:
Tosse: mais presente na fase inicial, caracterizada por ser seca, mas pode evoluir para uma purulenta
Dor torácica pleurítica: piora com a tosse e com inspiração profunda
Febre: muito alta em jovens e menos comum em idosos
Dispneia: no estágio mais grave
Astenia
Exame físico:
Inspeção: expansibilidade pulmonar diminuída, observar a frequência respiratória (pode estar taquipneica)
Palpação: frêmitos toracovocais aumentados
Percussão: prestar atenção se tem macicez ou submacicez
Ausculta: murmúrio vesicular diminuído, estertores finos (creptantes), sopro tubário, pectoriloquia
(exagerada ressonância que promove o entendimento da fala pela ausculta)
Diagnóstico:
Confusão mental
Ureia aumentada
Respiração maior que 30/min
Baixa pressão
Maior que 65 anos