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Semiologia Respiratória

Profª Claudine Diovana Dias


Patricia Aparecida Antunes Alves
FUNORTE-ICS
Sistema Respiratório
Vias respiratórias e Pulmões
 As vias respiratórias
são divididas em :
 1- Vias superiores:

nasofaringe (nariz),
orofaringe (boca),
Laringofaringe, laringe
 2- Vias inferiores:

Traquéia, brônquios,
bronquíolos, ductos
alveolares e alvéolos.
Vias respiratórias e Pulmões
 O pulmão direito é
maior que o esquerdo
e possui 3 lobos:
Superior
Médio
Inferior
 O pulmão esquerdo

tem apenas 2 lobos:


Superior
Inferior
Vias respiratórias e Pulmões
 O pulmão direito é
maior que o esquerdo
e possui 3 lobos:
Superior
Médio
Inferior
 O pulmão esquerdo

tem apenas 2 lobos:


Superior
Inferior
Tórax
Tórax
 Ângulo de Louis:Localiza-se na junção do
manúbrio com o corpo do esterno,identifica o
2º espaço intercostal e corresponde a
bifurcação da traquéia e ao arco da aorta.

 Ângulo de Charpy: serve para caracterizar o


biotipo
Ângulo Louis
Dinâmica Respiratória
Ventilação x Respiração
 Ventilação pulmonar: Inspiração + expiração

 Respiração pulmonar:Troca gasosa


Avaliação clínica do Sistema Respiratório

Parte 1: Manifestações Clínicas


Manifestações pulmonares primárias

 As manifestações primárias são as que se


originam na própria estrutura do órgão
 Manifestações das vias aéreas: tosse,

hemoptise, expectoração e chieira torácica


 Manifestação pleural: dor torácica
 Manifestações funcionais: dispnéia e cianose
Manifestações secundárias

 São manifestações associadas a


pneumopatias sem serem específicas e
exclusivas das doenças pulmonares.Podem
ser gerais, mediastinais e extratorácicas;

 Febre, anorexia, emagrecimento, astenia,


baqueteamento digital,síndromes
paraneoplásicas e da veia cava superior(CA
pulmonar lobo superior direito)
Síndromes Paraneoplásicas
 Definidas como efeitos do tumor que
ocorrem em sítios distantes da doença
primária ou de suas metástases
 Comumente associadas aos tumores de

pulmão, estômago e mama


 Podem ocorrer antes do diagnóstico do

câncer,coexistir com ele ou surgir meses ou


anos.
 Síndrome de Cushing(secreção ectópica de

ACTH),hipercalcemia, Secreção inapropriada


de hormônio antidiurético
Síndrome da Veia Cava Superior
 Conjunto de sinais e sintomas que
acompanham invasão, compressão ou tração
da veia cava superior(com ou sem trombose
venosa)

 Caracteriza-se por edema e pletora da face,


pescoço e membros superiores, ortopnéia,
tosse,dispneia, telangiectasias e circulação
colateral
Síndrome Veia Cava Superior
Baqueteamento Digital
Baqueteamento Digital:Sinal de
Schammroth
Baqueteamento Digital: Sem Sinal de
Schammroth
Caso clínico
 Paciente, 55 anos, sabidamente diabética e
com diagnóstico recente de hipertensão, em
uso de captopril e hidroclorotiazida com bom
controle dos níveis pressóricos, vem ao PSF
para consulta, com relato de aparecimento há
30 dias de quadro de tosse seca frequente
durante todo o dia.Nega coriza, febre e falta
de apetite.Nega quadro gripal nos últimos
dias. Informa vacina anual contra influenza.
 Exame físico normal. ACV E Respiratório,sem

alterações
Caso clínico
A) Como você abordaria a queixa da paciente?

B) Qual provável causa da tosse da paciente?

C)Como você conduziria o caso acima?


MANIFESTAÇÕES DAS VIAS
AÉREAS: TOSSE
 Expiração explosiva, acompanhada de ruído
característico

 Mecanismo de defesa

 Não há tosse normal


MANIFESTAÇÕES DAS VIAS
AÉREAS: TOSSE
Mecanismo da tosse:
1- Fase nervosa (estímulo > receptor > centro
da tosse)
2- Fase inspiratória (abertura da glote e
inspiração rápida)
3- Fase compressiva (fechamento da glote e
contração da musculatura expiratória)
4- Fase explosiva (abertura súbita da glote com
fluxo aéreo explosivo em alta velocidade com
ruído característico)
TOSSE
 Classificação: aguda (menos de 3
semanas) ,subaguda(3 a 8 semanas) e
crônica(mais de 8 semanas); seca ou
produtiva
 Causas de tosse: IVAS, rinites e rinossinusites

alérgicas, asma, DRGE, medicamentos (IECA),


DPOC, tabagismo, Insuficiência cardíaca,
infecções pulmonares, câncer de pulmão.
 Manifestação mais comum
Complicações da tosse
 Fratura de costelas(incomum)>>osteoporose,
hiperparatireoidismo
 Ruptura do reto abdominal
 Tosse>manobra de valsalva>redução do

débito cardíaco e hipotensão arterial


EXPECTORAÇÃO

 Escarro:mistura de secreções eliminadas pela


boca
 Não existe expectoração normal(as secreções

produzidas são removidas pelo aparelho


mucociliar e levadas a faringe onde são
deglutidas sem haver consciência do fenômeno).
 Composição do escarro: material proveniente do

trato respiratório inferior, boca e nasofaringe


(sem secreções do trato respiratório inferior não
pode ser chamado de escarro).
Expectoração/Escarro
 Produção de muco em condições normais:
100ml/dia(deglutido reflexamente na faringe).
O exame clínico do escarro deve considerar
aspecto, odor e quantidade.
 Características:
 seroso:aspecto líquido (água, eletrólitos,

pobre em células),
 mucóide:translúcido como clara de ovo (água,

mucoproteínas, celularidade baixa),


 purulento (rico em piócitos, celularidade alta),
 hemoptóico (“rajas ou raias de sangue”).
Expectoração
 O escarro purulento pode assumir cor
esverdeada devido a enzima
verdoperoxidase eliminada pelos piócitos
degradados

 O escarro purulento ou mucopurulento


traduz infeção por germes piogênicos.Mas
podem ser decorrentes de inflamação
eosinofílica não significando infecção.
Expectoração
 Volume escarro:pode ser avaliado pela
quantidade diária.Volume igual ou superior a
30 ml/dia é considerado como de médio
volume.

 Cheiro:Escarro fétido significa infecção por


germes anaeróbios.
Hemoptise
 Definição: qualquer sangramento proveniente
do trato respiratório inferior (abaixo da glote)

 Falsa hemoptise (sangue do nariz, nasofaringe,


boca, laringe ou trato digestivo).

 Decorre de sangramento dos vasos da parede


brônquica(principal origem) e do parênquima
pulmonar.
Hemoptise
 Mecanismos:distúrbio da integridade do vaso
ou da coagulação.
 Causas: bronquiectasias, câncer laringe,

câncer brônquico,TBC, PNM, abscesso,


traumas, neoplasias metastáticas, vasos
pulmonares (infarto pulmonar), iatrogênicas
(broncoscopia, punção torácica). Estenose
mitral:sangramento proveniente da ruptura
de veias brônquicas secundário a hipertensão
pulmonar
Hemoptise
 Hemoptise pequena: menor que 30 ml(Rx
tórax normal)
 Hemoptise moderada:30-200 ml (Rx tórax

normal)
 Hemoptise grave:maior que 200 ml(Rx tórax

alterado)
 Hemoptise maciça: maior que 500 ml
 Quando nenhuma causa for identificada a

hemoptise é rotulada de idiopática(10 a 20%


dos casos)
Vômica
 Eliminação brusca através da glote, de uma
quantidada abundante de pus ou líquido
de outra natureza

 Causas:abscesso pulmonar, empiema


pleural(pus na cavidade pleural),
mediastinites supuradas, abscesso subfrênico
CHIEIRA TORÁCICA
 Manifestação das vias aéreas que traduz
obstrução brônquica
 Quanto mais central(ao nível de grandes vias

aéreas) a obstrução, mais perceptível é a


chieira. No DPOC, obstrução periférica resulta
em respiração difícil e silenciosa.
 Causas de obstrução: broncoespasmo, edema,

inflamação, fibrose, tumores ou corpo


estranho.
CHIEIRA TORÁCICA

 Obstrução brônquica pode ser fixa (tumores,


corpo estranho) ou variável (secreção,
inflamação).

 Exemplos: asma (paroxística), DPOC, viroses da


infância e insuficiência cardíaca (“asma
cardíaca”)
MANIFESTAÇÃO PLEURAL
DOR TORÁCICA
 Dor torácica Parietal(maioria das causas
de dor no tórax: Bem localizada.Pode
ser ventilatório- dependente.Divide-se
em:
 1- Dor Parietal muscular: acometimento

dos grandes músculos.História de


trauma prévio, exercício incomum ou
tosse intensa.Bem localizada e não
ventilatório -dependente
MANIFESTAÇÃO PLEURAL
DOR TORÁCICA
 2-Dor Parietal costal(relativo as
costelas):Superficial, bem localizada,
ventilatório dependente e acompanhada de
hiperestesia local.Decorrente de trauma
local,tosse intensa com fratura de costelas
 3-Dor Parietal nervosa: Superficial ou

profunda,difusa e acompanhada de
hiperestesia local com irradiação para área de
distribuição cutânea do nervo e relato de
queimação(nevralgia pós
herpética,radiculopatia)
MANIFESTAÇÃO PLEURAL: DOR TORÁCICA
 Dor torácica Pleural(Somente pleura parietal
tem inervação sensitiva) : bem localizada,
ventilatório-dependente, percebida como
pontada ou facada, inexiste hiperestesia local
ou esta é mínima(PNM,Pleurites,infarto
pulmonar).
 Dor torácica Mediastinal: Profunda, mal

definida,normalmente retroesternal(Dissecção
aguda de aorta,esofagite,espasmo
esofágico,tumores)
 Dor torácica Visceral: profunda, mal

definida(Reações emocionais).
PAREDE TORÁCICA
TRAQUÉIA, BRÔNQUIOS, PULMÕES E
PLEURA
CORAÇÃO E PERICÁRDIO
MANIFESTAÇÕES FUNCIONAIS:
DISPNÉIA

 Definição: dificuldade para respirar, podendo o


paciente ter ou não consciência deste estado.

 Pode ser subjetiva ou objetiva.

 Pode acompanhar-se de taquipnéia ( aumento


da frequência) ou hiperpnéia (amplitude).

 Bradipnéia:respiração lenta
Caso Clínico

Paciente J.A.Z, masculino, 13 anos é levado


pelos pais à Unidade Básica de Saúde (UBS) de
seu bairro pois estes referem que a criança
apresenta crises de dispneia e sibilância
noturnas associadas à precordialgia há cerca
de um ano, em que, desde então a situação
tem se agravado, com o prolongamento destas
crises até os primeiros horários da manhã em
conjunto com tosses secas há mais de 10
semanas.
Exame físico geral/ectoscopia
REG, anictérico, hipocorado(+/4+), acianótico,
afebril, eupneico, cooperativo e orientado.
Sinais vitais
FC: 70 bpm. FR: 19 irpm. PA: 100 x 84 mmHg.
PESO e IMC: 50 kg, 21 kg/cm². Tax: 36,8°C.
Exame da cabeça e pescoço
Ausência de alterações em olhos, ouvidos, nariz e
garganta. Ausência de turgência jugular e
linfonodomegalias cervicais.
Exame do sistema cardiovascular
Ritmo cardíaco regular em dois tempos, com bulhas
normofonéticas. Ausência de sopros. Pulsos periféricos
palpáveis e simétricos.
Exame do tórax e aparelho respiratório
Tórax sem abaulamentos ou retrações, cicatrizes ou lesões
cutâneas. Expansibilidade pulmonar preservada, FTV
presentes e simétricos bilateralmente. Som claro pulmonar a
percussão e sibilos presentes em ambos hemitórax.
Exame abdominal
Abdome plano, flácido, ruídos hidroaéreos presentes, indolor à
palpação superficial e profunda. Ausência de visceromegalias
ou massas. Traube timpânico
Perguntas
 De acordo com o quadro clínico deste
paciente, qual seria a principal hipótese
diagnóstica?

 Quais dados apresentados no caso clínico te


fizeram pensar neste diagnóstico?
MANIFESTAÇÕES FUNCIONAIS:
DISPNÉIA

 Ortopnéia:Dispnéia em decúbito dorsal que


melhora em posição ereta>> impede o paciente
de ficar deitado (ICC, Asma, DPOC)

 Dispnéia paroxística noturna:variação da


ortopnéia.Comum em cardiopatas e na Asma
mas pode ocorrer no DPOC
MANIFESTAÇÕES FUNCIONAIS:
DISPNÉIA

-Trepopinéia:dispnéia em decúbito lateral.


-Platipnéia:dispnéia na posição
ortostática(Forma rara).Doenças hepáticas
avançada,fístula arterio-venosa pulmonar.
-Apnéia: ausência de respiração
 Mecanismos:

1- Demanda excessiva de ventilação


2- Distúrbio ventilatório
Mecanismos de Dispnéia

1- Demanda excessiva de ventilação:


Pode ser:

1.1:Fisiológica (gravidez, exercício, altitude)

1.2:Patológica (anemia, hipertireoidismo, acidose


metabólica, ansiedade)
Mecanismos de Dispnéia
2- Distúrbio ventilatório:
2.1:Neuromuscular (ELA, Esclerose
Múltipla,Miastenia gravis)
2.2:Restritivo :levam a perda da elasticidade
pulmonar (Fibrose pulmonar, pneumotórax,
Derrame Pleural, Cifoescoliose)
2.3:Obstrutivo: maior resistência de vias aéreas
(Asma e DPOC)
2.4:Misto:Restritivo e Obstrutivo (Sequela de
tuberculose,DPOC)
Dispnéia
 Nem sempre a dispnéia guarda relação com a
gravidade do distúrbio

 Classifica-se em aguda e crônica

 A dispnéia é a manifestação clínica que


traduz um distúrbio da ventilação enquanto a
cianose repercute as dificuldades de trocas
gasosas.
CAUSAS DE DISPNÉIA:
Causas atmosféricas: altitude.
CAUSAS DE DISPNÉIA:
 Causas parenquimatosas (ex. Pneumonias)
CAUSAS DE DISPNÉIA:
 Causas Pleurais
CAUSAS DE DISPNÉIA:
 Causas cardíacas
CAUSAS DE DISPNÉIA:
 Embolia pulmonar
Cianose
Cianose
 Definição: coloração azulada da pele e da
superfície mucosa devido ao aumento de
hemoglobina não saturada
 Mecanismos

1- Central:Provocada por problemas


pulmonares ou cardíacos: hipoventilação
alveolar; problemas com trocas gasosas;
shunt arteriovenoso.
2- Periférica: diminuição fluxo sanguíneo
para os tecidos
Cianose
 Manifestação tardia (saturação no sangue
arterial cai abaixo de 88%)

 Hipóxia:carência de oxigênio ao nível


tissular

 Hipoxemia: carência de oxigênio no


sangue
Cianose
 Sinais clínicos da Hipóxia e Hipoxemia
 Resposta cardiocirculatória : aumento do pulso

e do débito cardíaco. Dilatação dos vasos


periféricos. Vasoconstrição das arteríolas
pulmonares, aumento da pressão na artéria
pulmonar.
 Resposta ventilatória: Aumento da FR (Efeito

tardio.Ocorre apenas quando a Pao2 atinge 50


mmHg).
Cianose

 Resposta tecido hematopoiético: aumento


eritropoetina pelos rins levando a policitemia
secundária nos casos de hipoxemia crônica

 Resposta do SNC: Cefaléia, confusão mental,


incoordenação motora e da fala
SEMIOLOGIA MÉDICA
Exame Físico do Tórax
Caso Clínico
 LBS, 40 anos, procurou o serviço médico com
queixa de falta de ar ao levantar-se com
melhora ao permanecer em decúbito dorsal.O
quadro iniciou-se há 10 dias e vem evoluindo
com piora há um dia. Nega tabagismo ou
etilismo. Era previamente hígido até o relato
da história atual.O exame dos aparelhos
respiratório, digestório e cardiovascular não
apresentou alterações exceto por uma queda
de 5% da saturação arterial quando o paciente
assumiu a posição em pé.
Frente ao quadro exposto qual o sinal semiológico
apresentado e qual relação clínica é aceitável?

a)ortopnéia, pode ser explicada por ICC


b)Trepopnéia, pode ser explicada por derrame pleural
c)Platipnéia, pode ser explicada por fístula arterio-
venosa pulmonar
d)bradpnéia,pode ser explicada por intoxicação
medicamentosa
e)Dispnéia paroxística noturna,pode ser explicada
por Asma
Exame Físico do Tórax

 O Exame físico do tórax é um estudo


comparativo

 Para inspeção, percussão, palpação e


ausculta, cada região deve ser comparada
com a mesma região do hemitórax oposto.
Regiões do Tórax
Inspeção do Tórax
Linhas e Regiões:
Inspeção do Tórax
Linhas e Regiões:
Inspeção do Tórax
Linhas e Regiões:
Inspeção do Tórax
Forma do Tórax

 O tórax anterior é observado com o


paciente em decúbito dorsal e a região
posterior com o paciente sentado, em pé
ou em decúbito lateral

 Inspeção estática(forma do tórax)

 Inspeção dinâmica (movimentos


respiratórios)
Inspeção do Tórax
Alterações da parede torácica

 Cicatrizes

 Inflamações

 Tumores
Circulação colateral tipo cava superior
Inspeção do Tórax
Forma do Tórax

 O tórax sem alterações mantém uma


relação entre AP/L de 1:2 (diâmetro lateral
duas vezes o valor do diâmetro ântero-
posterior)

 As deformidades torácicas representam


variações na relação entre estes diâmetros.
Inspeção do Tórax
Forma do Tórax
 Tórax Globoso
Inspeção do Tórax
Tórax Globoso ou em Tonel
*Aumento do diâmetro ântero- posterior:rela
ção:1:1
*Presente em doenças que cursam com
obstrução ao fluxo aéreo ou com perda da
força elástica pulmonar (bronquite
crônica,DPOC,Asma, bronquiequitasias)
*Decorre da hiperinsuflação pulmonar
*Pode estar associada a alterações
degenerativas que acompanham o
envelhecimento
Inspeção do Tórax:Tórax em Peito de
Pomba ou Pectus carinatum
Tórax em Peito de Pombo
 Relação 1:1 em virtude somente da
proeminência do esterno
 Pode ser congênito ou adquirido
 Maioria dos pacientes é assintomática
 Forma congênita(alteração vai se

pronunciando a medida que a criança cresce


 Forma adquirida acompanha defeitos

congênitos do septo interatrial ou


interventricular
 A decisão de tratar depende da severidade do defeito e do
grau de comprometimento psicossocial. Para os casos leves,
a utilização de órteses torácicas que servem para comprimir
por tempo prolongado a parte protuberante, deve ser utilizado
nos pacientes mais jovens, com menos calcificação óssea e
com arcabouço mais flexível. Os resultados podem ser muito
bons quando todo o protocolo de uso é seguido
corretamente.
Para os casos mais graves, naqueles refratários ao uso de
órteses e em pacientes na idade adulta (devido a menor
flexibilidade do arcabouço ósseo), o tratamento cirúrgico
pode ser uma opção. Neste caso, consiste na retirada das
cartilagens defeituosa e no reposicionamento do esterno. Os
resultados são ótimos e com alto grau de satisfação relatados
em mais de 90% dos pacientes.
Inspeção do Tórax:Tórax em Peito
Escavado ou Pectus excavatum
Tórax em Peito escavado

 Relação menor que 1:2 em virtude da


retração do esterno para dentro
 Congênito
 Repuxamento excessivo das fibras anteriores

do diafragma que se prendem ao esterno


inferior e ao apêndice xifóide
 Geralmente não há repercussão clínica
 Indicação cirúrgica de natureza estética
Tórax plano ou chato

 Parede anterior perde sua convexidade


normal
 Redução do diâmetro ântero-posterior.
 Musculatura pouco desenvolvida:Indivíduos

longilínios, doenças consuptivas


Cifoescoliose
Cifoescoliose
 Além da cifose um desvio da coluna para o
lado.
 Relação:1:1 pela proeminência posterior da

coluna vertebral(85% dos casos tem causa


idiopática
 Principal complicação é o cor pulmonale

crônico(a partir da quarta ou quinta


décadas)
Inspeção

Dinâmica
 Tipo respiratório
 Ritmo respiratório
 Freqüência respiratória
 Amplitude dos movimentos
 Presença ou não de tiragem
 Expansibilidade dos pulmões
Frequencia Respiratória
 Variável em uma pessoa saudável
 Adulto em repouso:
 12 a 20irpm(incursões respiratórias por

minuto) eupnéico
 > que 20irpm Taquipnéia
 <12irpm bradpnéia
 Apnéia : ausência total de ventilação
 Frequência respiratória maior que 35

representa um dos critérios de gravidade


Inspeção do tórax: ritmos
respiratórios
 Cheyne-Stokes

 Biot

 Kussmaul
Tórax – Alterações do ritmo
respiratório

 Cheyne-Stokes

Períodos variáveis de incursão respiratória


cada vez mais profunda intercalada com
apnéia (hiperpnéia e apnéia)

Insuficiência cardíaca, IRenal, depressão respiratória


por medicamento(MORFINA),Tumor cerebral
Tórax – Alterações do ritmo
respiratório

 Kussmaul
Inspirações profundas e ruidosas seguidas
de pausas e expirações rápidas e breves
Acidose metabólica – eliminação de CO2
Tórax – Alterações do ritmo
respiratório

Suspirada

Movimentos respiratórios interrompidos por


suspiros

-Traduz tensão emocional e ansiedade


Tórax – Alterações do ritmo
respiratório
Tórax – Alterações do ritmo
respiratório

Biot
 Irregularidade imprevisível
 Incursões superficiais ou profundas
 Períodos irregulares
 Depressão respiratória e lesão bulbar,meningite
Tórax – Alterações do ritmo
respiratório
Palpação
 Áreas dolorosas

 Pesquisa de linfonodos (Linfonodo de


Virchow:supra clavicular esquerdo aumentado em
neoplasias abdominais: estômago, pâncreas e
fígado

 Expansibilidade

 Avaliar alterações observadas na inspeção

 Pesquisa do FTV
Expansibilidade dos lobos
superiores
Expansibilidade do lobo Médio e Língula(estrutura
análoga ao lobo médio do pulmão direito)
Expansibilidade dos lobos inferiores
Frêmito Toracovocal

- Sensação tátil do examinador na parede torácica


produzida pela voz do paciente quando o mesmo
fala lentamente uma palavra de tonalidade grave

- Aumenta na consolidação e diminui ou é abolido


no derrame pleural, atelectasia e pneumotórax

- A palpação do frêmito deve ser sempre


comparativa

-A transmissão das ondas sonoras é melhor nos


meios sólidos,depois líquidos e finalmente no ar
Frêmito toracovocal
Aumentado:condensação
Diminuído:Derrame pleural,atelectasia
Percussão
 Comparação do dois lados
Normalidade
 Área pulmonar – som claro pulmonar
 Cardíaca e hepática – macicez
 Espaço de Traube - timpanismo
Percussão

Hipersonoridade
Aumento de ar nos alvéolos( enfisema )

 Submacicez e macicez
Redução ou inexixtência de ar nos alvéolos
(Derrame pleural, consolidação, massa e infarto
pulmonar,Atelectasia)

 Timpanismo
Aprisionamento de ar no espaço pleural ou intrapulmonar
(Pneumotórax ou cavidade tuberculosa)
Percussão
AUSCULTA RESPIRATÓRIA
Classificação e origem

 Som bronquial
 Som broncovesicular
 Som vesicular
 Sons respiratórios fisiológicos
 Som bronquial no tórax
 Sons respiratórios reduzidos
AUSCULTA RESPIRATÓRIA
Classificação e origem

Som bronquial
Auscultado com o estetoscópio sobre o
pescoço.
Originado na faringe, laringe e traquéia.
Caracterizado por inspiração rude, uma pausa e
uma expiração também rude, bem audíveis.
Som puro, sem interferência do parênquima
pulmonar
AUSCULTA RESPIRATÓRIA
Classificação e origem

Som broncovesicular
Audível nas regiões do tórax correspondentes às
zonas apicais dos pulmões.
Regiões infra e supra claviculares, supra-
escapulares e interescapulovertebrais.
Menor densidade de parênquima (menor
interferência).
Maior proximidade da traquéia (expiração melhor
audível).
Som intermediário entre o bronquial e o vesicular.
AUSCULTA RESPIRATÓRIA
Classificação e origem

 Som vesicular
Há progressiva desaceleração do fluxo aéreo à
medida em que o ar se distancia da traquéia.
O fluxo aéreo deixa de ser turbulento.
Durante a inspiração existe um maior número
de vibrações.
Inspiração de intensidade e duração maior,
bem audível, suave e uma expiração curta e
pouco audível.
Som predominante em todo o tórax
(predominância do parênquima pulmonar).
AUSCULTA RESPIRATÓRIA
Classificação e origem

Sons respiratórios fisiológicos:


características
Apenas 3: bronquial, broncovesicular e
vesicular.
Sons com mesma intensidade em cada
hemitórax.
Sons encontrados em seus respectivos locais
de ausculta.
Obs :
Som bronquial apenas no pescoço; está no
tórax traduz anormalidade.
AUSCULTA RESPIRATÓRIA
Classificação e origem

Som bronquial no tórax


Consolidação de espaços aéreos: substituição do
ar por transudato, exsudato ou células (líquido).
Parênquima deixa de funcionar como filtro
(assume densidade sólida); por ex. PNM.
O som se transmite melhor no meio sólido; sons
ficam mais puros.
Pode acontecer também em cavitações.
Pode ser confirmado através da broncofonia e
pela pectorilóquia afônica.
Ausculta da voz
 Exame da voz auscultada: pede-se ao
paciente que fale uma frase,uma palavra ou
número, enquanto o examinador ausculta sua
parede torácica.
 Normalmente não é possível distinguir

nenhuma sílaba da fala do paciente.


 Modificações patológicas podem

ser:Broncofonia, pectorilóquia, egofonia


Ausculta da voz
 Broncofonia: refere-se aos sons vocais que
são mais altos e mais claros do que o normal
quando ouvidos através da parede
torácica.Mas a voz ainda é confusa e só é
possível a identificação de algumas sílabas da
fala do paciente.
 Pectorilóquia: é semelhante a broncofonia,

mas se distingue bem todas as


sílabas.Compreende-se perfeitamente a fala
do doente.
Ausculta da voz
 Egofonia: apresenta qualidade anasalada,
caprina. Compreende a broncofonia com a
interposição de liquido entre a condensação e
a parede torácica (Derrame pleural de médio
volume)
Ausculta da voz cochichada

 Pectorilóquia afônica: é a pectorilóquia na


ausculta da voz sussurada.
AUSCULTA RESPIRATÓRIA
Classificação e origem

 Sons respiratórios reduzidos


Ocorrem em 3 situações:
 Redução ou interrupção da ventilação em

determinada área (obstrução brônquica,


atelectasia)
 O sons perdem energia ao atravessar meios

diferentes – barreira (derrame pleural,


pneumotórax).
 Obstrução/redução fluxo aéreo (DPOC).
AUSCULTA RESPIRATÓRIA
Ruídos adventícios

 Termo estertores não é mais usado.


 Existem 2 tipos de sons estranhos à

respiração:
1- Sons descontínuos, explosivos e de curta
duração (crepitações).
2- Sons contínuos, musicais e de longa
duração (sibilos,roncos).
AUSCULTA RESPIRATÓRIA
Ruídos adventícios: Crepitações
 Sons descontínuos, explosivos e de curta
duração.
 Produzidas por 2 mecanismos:

1- presença de secreções nas grandes vias


aéreas;
2- reabertura súbita de brônquios previamente
colapsados.
AUSCULTA RESPIRATÓRIA
Ruídos adventícios: Crepitações

1- Secreções em grandes vias aéreas


Ocorrem nas duas fases do ciclo respiratório
(ins e expiração)
São variáveis (se modificam com a tosse)
Encontradas em pacientes com retenção de
secreções em vias respiratórias altas (coma,
edema pulmonar, bronquite, fase de
resolução de PNM).
AUSCULTA RESPIRATÓRIA
Ruídos adventícios: Sibilos
 Sons contínuos, musicais.
 Também têm sua origem nas vias aéreas.
 São uma vibração das paredes brônquicas

impulsionadas por um jato de ar.


 Sibilos graves de baixa tonalidade = roncos.
 Sibilos ins e expiratórios ou intensos sugerem

maior grau de obstrução ao fluxo aéreo.


 Tórax silencioso = obstrução muito intensa

(crises graves de asma; traduz mau


prognóstico).
HD: crise asmática (broncoespasmo)
Síndromes Pleuropulmonares...

Afinal, qual o conceito


de SÍNDROME?
Síndrome: conceito
 Uma síndrome é o conjunto de sinais e
sintomas que caracterizam uma doença ou
o conjunto de fenômenos característicos
de uma determinada situação.

 São exemplos de síndromes:


Síndrome da Abstinência Alcoólica
AIDS
Síndrome de Down
Síndromes Pleuropulmonares
 Síndromes brônquicas (doenças das vias
aéreas)
 Síndromes pulmonares (consolidação,

atelectasia)
 Síndromes pleurais (derrame pleural e

pneumotórax)
Anamnese e exame físico minuciosos possibilitam
o diagnóstico sindrômico correto.
O diagnóstico sindrômico restringe as
possibilidades de diagnósticos diferenciais.
Doenças das vias aéreas
 Manifestações clínicas: tosse, expectoração,
hemoptise e chieira torácica; infecções
respiratórias de repetição.
 Comprometimento de vias aéreas superiores:

obstrução nasal, coriza, gotejamento nasal


posterior e espirros.
 Quando há obstrução do fluxo aéreo:

dispnéia e chieira. Em casos extremos,


cianose.
Doenças das vias aéreas
 Sintomas proeminentes como tosse e
obstrução nasal com exame físico do tórax
normal faz pensar em acometimento de vias
aéreas superiores.
 Comprometimento de vias aéreas inferiores

revela ausculta pulmonar com crepitações


e/ou sibilos (ex. asma, DPOC).
Doenças das vias aéreas: DPOC
 Comprometimento de pequenas vias aéreas e
parênquima pulmonar, curso crônico, sendo
o agente agressor quase sempre a fumaça do
cigarro.
 DPOC: obstrução crônica e irreversível ao

fluxo aéreo.
 Nem todo fumante desenvolve DPOC.
 Maioria dos tabagistas desenvolve síndrome

hipersecretora de muco (bronquite não


obstrutiva – grandes vias aéreas).
Doenças das vias aéreas: DPOC
 Quadro clínico: dispnéia de graus variáveis,
tosse crônica e chieira (se houver
componente de broncoespasmo).

 Exacerbação aguda: acentuação da tosse, da


dispnéia e o aparecimento de escarro
purulento e de maior volume. Geralmente
causada por infecções respiratórias.
Doenças das vias aéreas: DPOC

Sinais físicos de obstrução crônica ao fluxo


aéreo
Tórax globoso
Movimento paradoxal do tórax inferior
Uso da musculatura inspiratória acessória
Expiração ativa e prolongada
Sons respiratórios reduzidos
Movimento paradoxal do tórax
inferior

 Hiperinsuflação pulmonar grave>>diafragma


retificado e rebaixado.Durante a inspiração a
contração de suas fibras promove
paradoxalmente diminuição do diâmetro
latero-lateral do tórax inferior levando à
inspiração a retração do terço inferior do
tórax e não sua expansão como esperado
Doenças das vias aéreas: DPOC
 Não se usa mais a denominação soprador
róseo e pletórico azul

 Soprador róseo: magro, “combatente”,


consegue lutar contra a hipercapnia às custas
de hiperventilação; consome energia o
paciente tende ao emagrecimento.

 O soprador róseo não desenvolve cianose,


hipertensão pulmonar e policitemia.
Doenças das vias aéreas:DPOC

 Pletórico azul: oposto do soprador róseo.É


um não combatente.Existem as complicações
da hipoxemia crônica: cianose, hipertensão
pulmonar(consequente a vasoconstrição
hipóxica),policitemia secundária a uma maior
produção de eritropoetina
Doenças das vias aéreas: DPOC
Soprador róseo e pletórico azul
Tabagismo

 Identificados mais de 4000 substâncias no


cigarro;
 Diretamente relacionado ao CA de pulmão,

DPOC, bronquite crônica;


 Carcinogênese química secundária ao

tabagismo requer tempo e é dose


dependente. Quase sempre trata-se de
fumantes com tempo maior ou igual a 20
anos e 20 ou mais cigarros/dia(20
anos/maço)
Tabagismo
 Carga tabágica: Multiplica-se o número de
maços/dia pelo número de anos
 01cigarro artesanal equivale a 7 cigarros

industriais
 01 maço:20 cigarros
 Fumante passivo:maior incidência de afecções

respiratórias e asma na infância bem como


DPOC e CA pulmão na idade adulta
 Suspensão do tabagismo reduz o risco de CA de

pulmão após 3-5 anos embora continue maior


que nos não fumantes até 10 anos após
cessação do tabagismo
Tabagismo

 No DPOC a suspensão do tabagismo significa


em desacelerar a queda anual da função
pulmonar(VEF1).O paciente passa a sofrer a
queda natural da idade como acontece
naturalmente.
Síndromes pulmonares:
Consolidação de espaços aéreos

 Consolidação de espaços aéreos significa


substituição do ar dentro dos alvéolos por
um produto patológico (Transudato,
exsudato, sangue,material estranho, células
inflamatórias ou neoplásicas).
 Os espaços aéreos adquirem a densidade de

um órgão sólido.
 Causas:PNM,Infarto pulmonar
Síndromes pulmonares:
Consolidação de espaços aéreos

 Os espaços aéreos ao adquirirem


densidade de órgão sólido transmitem
melhor os sons: som bronquial,
broncofonia, pectorilóquia e aumento do
frêmito toracovocal.
 Há preservação do volume pulmonar

(substituição de ar por outro fluido).


 Som bronquial e crepitações são os

principais sinais clínicos de consolidação.


Síndromes pulmonares:
Consolidação de espaços aéreos

 Exame físico do tórax:


Inspeção: Tórax simétrico (volume pulmonar
preservado), expansibilidade diminuída
Palpação: expansibilidade diminuída e FTV
aumentado
Percussão: submacicez ou macicez
Ausculta: Respiração brônquica(som bronquial)
substituindo o murmúrio vesicular;
broncofonia, pectorilóquia e crepitações
finas.
Síndromes pulmonares:
Consolidação de espaços aéreos
Radiografias frontal (PA) e perfil mostram consolidação
(pneumonia pelo Streptococcus pneumoniae) de lobo superior
direito. Observar o limite cissural nítido (setas) e a presença de
broncogramas aéreos(visualização de ar no interior dos
brônquios.
Síndromes pulmonares:
Atelectasia
 Desaparecimento de ar dos alvéolos sem que
o espaço alveolar seja substituído = redução
do volume pulmonar.
 Pode ser total ou parcial,de um segmento,de

um ou mais lobos ou de todo o pulmão;


podem ser laminares ou microatelectasias.
 As atelectasias segmentares, lobares ou de

todo o pulmão são em sua maioria


obstrutivas.
 Quanto maior a área comprometida,mais

intensas serão as manifestações clínicas


Atelectasia
 Inspeção:Retração do hemitórax
 Palpação:expansibilidade diminuída e frêmito

tóracovocal diminuído ou abolido


 Percussão:Submacicez ou macicez
 Ausculta:Sons respiratórios diminuídos ou

abolidos
 Outros sinais:Desvio da traquéia para o lado

doente
Síndromes pulmonares:
Atelectasia

 Pode ser:

1- Atelectasia obstrutiva central


2- Atelectasia obstrutiva periférica
3- Atelectasia não-obstrutiva (Fibroatelectasia)
Síndromes pulmonares:
Atelectasia

1- Atelectasia obstrutiva central:


 Obstrução brônquica central (brônquio lobar

ou principal; atelectasia lobar ou pulmonar


total)
 Características: sons respiratórios abolidos,

retração do hemitórax comprometido, desvio


da traquéia e do ictus (ou ICA).
Síndromes pulmonares:
Atelectasia

2- Atelectasia Obstrutiva Periférica


 Obstrução bronquiolar generalizada; lobo

pulmonar desarejado mas com brônquios


centrais livres.Ex.: bronquiectasias.
 Síndrome caracterizada por diminuição do

volume pulmonar, retração do hemitórax,


som bronquial(espaços aéreos desarejados
sem capacidade de filtro) e
crepitações(fechamento e reabertura de
brônquios).
Síndromes pulmonares:
Atelectasia

3- Atelectasia Não-obstrutiva (Fibroatelectasia)

 Consequência de retrações cicatriciais, com


redução dos espaços aéreos, frequentemente
associadas a processos granulomatosos
crônicos, como a tuberculose (fibrose
cicatricial).
Síndromes pulmonares:
Atelectasia

3- Atelectasia Não-obstrutiva (Fibroatelectasia)

 Retração do hemitórax, presença de


crepitações (pelas bronquiectasias
associadas), som bronquial
interescapulovertebral devido ao desvio da
traquéia para o lado acometido ou em outras
regiões pela solidificação do parênquima
pulmonar.FTV aumentado devido ao
parênquima consolidado.
Síndromes pulmonares:
Atelectasia

 Fibroatelectasia
por sequela de
tuberculose.
Síndromes Pleurais
1- Síndrome de Derrame Pleural

2- Síndrome de Pneumotórax

3- Síndrome de Hidropneumotórax
Síndromes Pleurais
Síndrome de Derrame Pleural
 Fisiopatologia do espaço pleural: o líquido
pleural é formado na pleura parietal e
reabsorvidos pelos linfáticos também da pleura
parietal.

 A pleura visceral espessa do homem não


participa da formação/reabsorção do líquido
pleural.
Síndromes Pleurais
Síndrome de Derrame Pleural
 Derrame pleural: acúmulo de líquido na
cavidade pleural, seja por aumento em sua
formação ou diminuição na sua reabsorção (ou
ambos).

 Derrame pleural: do ponto de vista clínico, são


divididos em transudatos e exsudatos.
Síndromes Pleurais
Síndrome de Derrame Pleural
1- TRANSUDATOS: patologias com aumento da
pressão hidrostática ou diminuição pressão.
oncótica do sangue.
 As forças que promovem a formação excedem

a capacidade de absorção pelos linfáticos.


 As membranas pleurais estão intactas.
 3 grandes causas: ICC, cirrose e síndrome.

Nefrótica.
 As causas são, portanto, extrapleurais.
 O quadro clínico é o da patologia de base.
Síndromes Pleurais
Síndrome de Derrame Pleural

2- EXSUDATOS: ocorrem em situações com


permeabilidade capilar exagerada ou
obstrução linfática.
 Principais causas: infecções (tuberculose,

pneumonias), neoplasias metastáticas, embolia


pulmonar.
 A diferenciação entre exsudato e transudato se

faz através de dosagens laboratoriais


(proteínas/LDH).
Síndromes Pleurais
Síndrome de Derrame Pleural

 Manifestações clínicas: dor pleurítica,


febre, atrito pleural (natureza
inflamatória: TBC, PNM, embolia);
dispnéia é proporcional ao tamanho do
derrame pleural.

 Exame físico: pode ser normal em


pequenos derrames pleurais.
EXAME FÍSCO NA SÍNDROME DO DERRAME
PLEURAL:
Inspeção: expansibilidade diminuída em
hemitórax acometido; hemitórax abaulado e
desvio da traquéia p/ o lado oposto em grandes
volumes.
Palpação: expansibilidade reduzida e frêmito
toracovocal reduzido ou abolido na região do
derrame pleural.
Percussão: som maciço; delimita a região do
derrame pleural.
Ausculta: redução do murmúrio vesicular ou
DERRAME PLEURAL
DERRAME PLEURAL
Síndromes Pleurais
Síndrome de Pneumotórax

 Acúmulo de ar na cavidade pleural, através de


lesão traumática, ruptura de bolha subpleural
ou certas afecções como TBC ou neoplasias.

 Manifestações clínicas: dor pleural súbita,


sensação de opressão torácica e dispnéia.
Síndromes Pleurais
Síndrome de Pneumotórax

 No pneumotórax espontâneo: pessoa


previamente sadia. Maior incidência em
tabagistas.

 Pneumotórax hipertensivo: mecanismo


valvular; é uma emergência médica (trauma ou
ventilação mecânica, ou pós RCP). Diagnóstico
é clínico! Tto: punção.
EXAME FÍSICO NA SÍNDROME DE
PNEUMOTÓRAX
Inspeção: normal ou abaulamento do
hemitórax acometido nos casos volumosos.
Palpação: expansibilidade e frêmito
toracovocal reduzidos.
Percussão: timpanismo na região do
pneumotórax.
Ausculta: diminuição da transmissão dos
sons respiratórios (barreira de ar).
Pneumotórax
Síndromes Pleurais
Síndrome de Hidropneumotórax

 Pode ser causada por introdução de ar na


cavidade após toracocentese propedêutica;
por fístula broncopleural no decorrer de uma
infecção pulmonar (piopneumotórax); por
pequena quantidade de sangue no
pneumotórax espontâneo (diagnosticado
apenas ao RX)
 A caracterização clínica dependerá dos

volumes relativos de ar/líquido na cavidade


pleural.
HIDROPNEUMOTÓRAX
Obrigada!
Referências Bibliográficas

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