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Carcinoma epidermóide da pele

Lam. A. 83
ÁREA BEM DIFERENCIADA
ACANTÓLISE. Em c er tas regiões do tumor, as c élulas neoplásic as podem não apresentar aderênc ias interc elulares (desmossomos) e
se mostrarem soltas, assumindo for ma ar redondada e tonalidade for temente eosinófila. O fenômeno é análogo ao já obser vado nos
pênfigos (ver lâmina A. 354), mas a patogênese é diferente. Enquanto nos pênfigos há destr uiç ão dos desmossomos por um fenômeno
imune, no c arc inoma epider móide os desmossomos deixam de for mar -se por anomalias intr ínsec as das própr ias c élulas, dec or rentes da
transfor maç ão neoplásic a.
Lâm. A. 83. Carc inoma epider móide da pele. Mater ial retirado da pele do dor so da mão de um homem de 65 anos, lavrador.
Lesão tumoral elevada e endurec ida, c om 1,8 c m no maior diâmetro, super fíc ie hiperc eratótic a e ulc erada.

O c arc inoma epider móide (isto é, semelhante à epider me) é c onstituido por c élulas que imitam as da epider me
nor mal, mas têm arquitetura desorganiz ada, pleomor fismo, atipias nuc leares e mitoses típic as e atípic as. Em áreas melhor
diferenc iadas as c élulas tentam imitar a epider me nor mal, c om pouc as atipias e presenç a de c or neific aç ão. Na c amada de
Malpighi é possível obser var desmossomos (organelas que mantêm as c élulas unidas). Dão um aspec to estr iado ou
espinhoso ao c ontor no c elular, daí o ter mo c amada espinhosa. É c omum a for maç ão de queratina c ondensada no c entro
dos agr upamentos c elulares, c onstituindo as pérolas c ór neas, indíc io de boa diferenc iaç ão do c arc inoma epider móide. Em
áreas menos diferenc iadas a c or neific aç ão é obser vada somente em c élulas isoladas, ou mesmo é ausente. Há maior grau
de atipias. O índic e mitótic o é maior, notando-se mitoses atípic as. Na que está doc umentada aqui, a plac a metafásic a é
ir regular, dispondo-se em mais de um plano.

O grau de diferenc iaç ão histológic a pode var iar de uma área para outra do mesmo tumor. Habitualmente, o grau
histológic o de um c arc inoma epider móide é dado pelo maior grau enc ontrado nas vár ias áreas examinadas (var iando de I a
IV, sendo o I para o mais diferenc iado e IV para o menos diferenc iado), porque a área de maior grau histológic o
provavelmente tem o maior potenc ial agressivo (maior malignidade), independente de sua extensão.
O tumor infiltra a der me na for ma de lingüetas rombudas. Porém, as margens laterais e profunda do c or te estão livres
de neoplasia (notar que estão pintadas de preto c om tinta nanquim; ver lâmina seguinte para quadro a este respeito).

O c arc inoma epider móide, c omo o c arc inoma basoc elular, é um dos tumores mais c omuns da pele. Sua freqüênc ia
aumenta a par tir da meia idade e predomina em pessoas de pele c lara e em áreas da pele expostas ao sol, mas pode
oc or rer em qualquer região c utânea. Ao c ontrár io do c arc inoma basoc elular, que quase nunc a dá metástases, o c arc inoma
epider móide tende a metastatiz ar por via linfátic a para linfonodos próximos. Tumores mais agressivos podem também dar
metástases hematogênic as a órgãos distantes (fígado e pulmão, por exemplo).

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