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ROGÉRIO PIONTKOWSKI
Médico Patologista
Perito Legista
Mestre em Ciências Farmacêuticas
Perito Federal
Médico do Trabalho
VILA VELHA
É muito difícil o diagnóstico diferencial de ambos na macroscopia, sendo obrigatório o exame
histopatológico.
Para definir se as margens cirúrgicas estão livres de tumor é necessário pintá-las com tinta
nanquim.
Se passarmos uma linha pela comissura labial e lobo da orelha, os carcinomas basocelulares
são mais frequentes acima desta linha e os carcinomas epidermóides abaixo.
O tumor destruiu a epiderme e ocupa o derme como blocos celulares arredondados.
Em cada bloco o centro é sólido.
Na periferia, as células tendem a formar uma camada mais nítida, em que os núcleos estão
arranjados perpendicularmente à superfície do agrupamento (disposição em paliçada)
O limite com a derme na profundidade é nítido, indicando que a capacidade infiltrativa do
tumor é pequena.
O carcinoma epidermóide é constituido por células que imitam as da epiderme normal, mas
têm arquitetura desorganizada, pleomorfismo, atipias nucleares e mitoses típicas e atípicas.
O grau histológico de um carcinoma epidermóide é dado pelo maior grau encontrado nas
várias áreas examinadas (variando de I a IV), porque a área de maior grau histológico
provavelmente tem o maior potencial agressivo (maior malignidade), independente de sua
extensão.
O melanoma é um tumor comum da pele. Outra localização habitual é a coróide (camada
pigmentada do olho, entre a retina e a esclera). Na pele, a luz solar é um fator predisponente
importante e as regiões mais comumente afetadas são o dorso e membros inferiores.
Indivíduos de pele clara têm maior risco. Alguns melanomas têm origem em lesões melânicas
prévias como o nevo.
A profundidade atingida pelas células neoplásicas quando do diagnóstico tem boa correlação
com o prognóstico, por isso é medido pelos índices de Clark e de Breslow.
A porção central do tumor é espessa e ulcerada, já que a epiderme foi destruída pela
neoplasia. Esta região é chamada de área de crescimento vertical do tumor.
Aí vemos uma área pigmentada (melanótica), onde as células neoplásicas
produzem abundante melanina, e outra onde a melanina é escassa (área amelanótica).
De cada lado da porção central, há uma região onde a epiderme ainda está preservada, mas as
células neoplásicas crescem na junção dermo-epidérmica.
É chamada área de extensão radial do tumor, e faz transição para a pele normal.
O aspecto das células no melanoma pode ser muito variável. Pode lembrar células epiteliais,
imitando um carcinoma; podem ser células fusiformes, lembrando um sarcoma; podem ser
arredondadas e com pouco citoplasma, sugerindo um linfoma, etc.
Nestes casos são utilizadas técnicas imunohistoquímicas para tentar demonstrar antígenos
próprios do melanoma.