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BENIGNO x MALIGNO
Neoplasia benigna – são muito semelhantes estruturalmente e funcionalmente às células de
origem;
Neoplasia maligna – podem ter pouca semelhança e a função nunca é igual. Neoplasia
maligna é sinônimo de câncer.
A diferença entre uma neoplasia maligna e benigna está na presença de metástase,
comportamento clínico, conduta clínica.
TUMOR BENIGNO
Diz-se que um tumor é benigno quando seus aspectos micro e macroscópicos são considerados
relativamente inocentes, significando que ele permanece localizado, não se disseminará para
outras áreas e geralmente pode ser removido por cirurgia local. No geral ele é encapsulado, não
infiltrativo, bem delimitado e, principalmente, não metastático.
Impresso por Marcos Maldonado, CPF 052.247.461-67 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais
e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 06/11/2021 10:45:04
Patologia Geral |2
Em geral, os tumores benignos são designados ligando o sufixo -oma ao nome do tipo de
célula a partir do qual se origina o tumor.
- NEOPLASIAS BENIGNAS MESENQUIMAIS:
Prefixo da célula de origem + sufixo oma
Osteoma – tumor benigno originado dos
osteoblastos. Comum em seio nasal, ossos
longos e crânio. Dependendo da
localização pode provocar manifestação
clínica.
Condroma – tumor benigno originado dos
condrócitos. Na microscopia observa-se
proliferação de tecido cartilaginoso
maduro e bem diferenciado.
Lipoma – tumor mesenquimal que se
origina dos adipócitos. Pode aparecer em qualquer lugar, mas mais comum em locais
superficiais. É uma lesão bem delimitada com aspecto de gordura que reflete o grau de
diferenciação do tumor.
Observação: um lipoma no retroperitônio pode comprimir o rim e gerar manifestações clínicas
relacionadas a compressão. Na pele o seu efeito é mais estético.
Fibroma – neoplasia benigna do tecido fibroso. Os fibroblastos são células
alongadas e sua proliferação leva um aspecto do tumor fasciculado.
Exemplo: pólipos fibroepiteliais são fibromas cutâneos compostos por uma
proliferação superficial da epiderme, mas o eixo do tecido conjuntivo é formado.
- NEOPLASIAS BENIGNAS EPITELIAL:
Adenoma – tumor benigno do epitélio glandular.
Observação: apesar de ter linhagem glandular, não podem formar glândulas.
O adenoma é muito frequente e alguns exemplos podem ser:
Adenoma do pâncreas (cistoadenoma pancreático);
Adenoma de tireóide – lesão bem delimitada, encapsulada e única;
Adenoma de glândula adrenal – lesão bem delimitada, encapsulada, de cor semelhante a
adrenal por alta semelhança estrutural e funcional. Pode cursar com excesso de hormônio;
Adenoma de hipófise – pode gerar alteração visual temporária;
Adenoma de intestino – é comum o pólipo. Exclusivamente no intestino os pólipos (adenoma)
cursam com displasia que são alterações microscópicas que predispõe a alterações
neoplásicas. Contudo, nem todo pólipo é neoplásico, existe os pseudopólipos. Ainda que
benigno, há chance de malignizar.
Conceito pólipo: quando uma neoplasia, benigna ou maligna, produz uma projeção
macroscopicamente visível acima da superfície mucosa e se projeta, por exemplo, na luz gástrica
ou colônica, denomina- se pólipo. Se o pólipo possuir tecido glandular, ele é chamado de um
pólipo adenomatoso.
Os adenomas com maior chance de malignização são adenomas sesseis, grande.
Papilomas – é diferente da lesão papilomatosa do HPV. É uma neoplasia benigna do epitélio
escamoso que forma papila (comumente chamada de verruga) e faz projeções digitiformes. No
HPV, também há uma infecção com aspecto papilomatoso, mas o vírus infecta a célula e
estimula uma proliferação celular.
Carcinoma escamoso da pele – tem como agente carcinogênico a radiação solar. É uma lesão
mal delimitada e ulcerada (perda do revestimento).
Carcinoma escamoso do colo uterino – tem como agente carcinogênico o HPV.
[ EXCEÇÕES ]
São exceções pois apesar do sufixo “oma” são tumores malignos.
Melanoma – é um tumor maligno e extremamente metastático dos melanócitos. A suspeita
pode seguir a regra do "A, B, C, D e E":
A, assimetria;
B, bordas irregulares e mal definidas;
C, coloração com variada;
D, diâmetro da lesão, são lesões grandes;
E, evolução, é uma lesão com mudança de comportamento, cor ou tamanho.
Linfoma – neoplasia maligna que se origina dos linfócitos e seus precursores.
Teratoma – neoplasia mista (contém células maduras e imaturas) que se origina das células
tronco embrionárias/germinativas, que são totipotentes. São chamados de benignos quando o
tecido formado é um tecido maduro. Como as células de origem são células tronco, elas têm
capacidade de se diferenciar em diversos tecidos e, por isso, pode ter cabelo, dente. O maligno é
o que tem a mesma origem, mas os tecidos que as células se diferenciam não são tecidos
maduros.
- INVASÃO LOCAL:
Uma neoplasia benigna permanece localizada em seu sítio de origem. Não tem capacidade de
se infiltrar, invadir ou metastatizar-se para locais distantes, como as neoplasias malignas. Por
exemplo, como os adenomas apresentam lenta expansão, a maioria desenvolve uma cápsula
fibrosa envoltória que os separa do tecido hospedeiro. Essa cápsula provavelmente deriva do
estroma do tecido hospedeiro, uma vez que as células parenquimatosas se atrofiam sob a
pressão do tumor em expansão.
Os cânceres crescem por meio de infiltração, invasão, destruição e penetração do tecido
circundante. Não desenvolvem cápsulas bem definidas. Além do desenvolvimento de
metástases, a invasividade local é a característica mais confiável que distingue os tumores
malignos dos benignos. Sua invasão pode gerar necrose das células adjacentes e hemorragia
local.
- METÁSTASE:
É uma implantação descontínua das células neoplásicas a partir do seu local de origem. Ou seja,
células neoplásicas que foram para outro local através da circulação sanguínea, linfática ou
diretamente na cavidade. Mais do que qualquer outro atributo, a propriedade da metástase
identifica uma neoplasia como maligna. Entretanto, nem todos os cânceres têm capacidade
equivalente de se metastatizar.
Cavidades corporais – passa a margem da célula e infiltra a cavidade;
Disseminação linfática – por vasos linfáticos. Mais comum dos carcinomas;
Disseminação hematogênica – por veias e artéria. É via preferencial dos sarcomas, mas os
carcinomas também a utilizam.
Linfonodos sentinela é a mais frequente avaliação dos tumores de mama. Tem importância para
avaliação de metástase, pois se acometeu o linfonodo sentinela é pior o prognóstico.
- INVASÃO POR CONTINUIDADE E CONTIGUIDADE:
Um tumor de esôfago inferior que se infiltrou no estômago, não é metástase, é invasão por
continuidade. O mesmo ocorre em um tumor de colo que invade o reto ou bexiga é invasão
por contiguidade, pois estão relacionados anatomicamente.