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PATOLOGIA ORAL

E MAXILOFACIAL
Neoplasias
benignas orais
Juliana Amorim dos Santos

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

> Identificar a natureza neoplásica benigna.


> Reconhecer os principais aspectos das lesões neoplásicas benignas orais.
> Explicar a conduta indicada por tipo de neoplasia benigna.

Introdução
Neoplasia, do grego neo (“novo”) + plasia (“formação”), significa novo crescimento
e caracteriza uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente
ao controle do organismo, tendendo à autonomia e à perpetuação (ALMEIDA,
2016; INCA, 2020; KUMAR; ABBAS; ASTER, 2018). O aumento da proliferação celular
ocorre a partir de alterações no ácido desoxirribonucleico (DNA) das células, que,
uma vez transformadas, conseguem superar a função regulatória do organismo,
programada para garantir o crescimento celular normal. Com essas alterações,
as principais falhas de sinalizações estão relacionadas à ativação contínua do
ciclo celular e à redução da apoptose. Entretanto, existem diferentes padrões
de desenvolvimento tumoral associados às alterações celulares, e esses fatores
auxiliam na diferenciação das neoplasias entre benignas e malignas.
Dificilmente as lesões benignas evoluem para o padrão de malignidade. En-
tretanto, a sua capacidade de expansão pode ser prejudicial e até mesmo letal,
comprimindo estruturas anexas e órgãos importantes para o funcionamento do
organismo (ALMEIDA, 2016; KUMAR; ABBAS; ASTER, 2018). Dessa forma, o diagnós-
tico correto dos tumores, de acordo com a subdivisão benignas e malignas, terá
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significativas implicações tanto para o tratamento quanto para o prognóstico


das lesões neoplásicas.
Neste capítulo, vamos abordar tópicos fundamentais relacionados às neo-
plasias benignas. Ao final da leitura, o leitor terá conhecimentos básicos sobre
as principais características que diferenciam os tumores benignos dos malignos,
sobretudo a respeito das neoplasias benignas orais mais comuns e da conduta
indicada para cada uma delas.

Neoplasias: como identificar a sua


natureza?
Para se replicar, as células passam por um processo de etapas sequenciadas
conhecido como ciclo celular. Com papel fundamental na manutenção da
homeostasia e do crescimento fisiológico, o ciclo celular é constantemente
regulado por ativadores e inibidores no decorrer das suas etapas. Como parte
do equilíbrio regulatório, a apoptose, mecanismo de morte celular programada,
elimina células indesejadas ou lesadas, sem causar prejuízo significativo ao
hospedeiro. Entretanto, falhas na regulação do ciclo celular e da apoptose
podem resultar em aumento do número de células. Em muitos casos de
neoplasias, os ativadores do ciclo celular estão aumentados, enquanto os
inibidores do ciclo e sinalizadores efetores da morte programada estão com
a sua expressão reduzida.
Em geral, os tumores benignos apresentam menor complexidade, com
variações genéticas estáveis e em menor quantidade (KUMAR; ABBAS; ASTER,
2018). Além disso, o crescimento lento e bem delimitado, muitas vezes encap-
sulado, caracteriza o padrão expansivo e localizado dessas lesões. Embora
a classificação da benignidade possa ser estabelecida a partir de critérios
clínicos bem definidos, existem características fisiopatológicas fundamentais
para estabelecer essa diferenciação.
Para identificar a natureza benigna ou maligna dos tumores, é necessário
aprofundar o conhecimento sobre os tópicos que baseiam a definição do
comportamento clínico potencial de uma lesão. A seguir, serão apresenta-
das as principais características, micro e macroscópicas, que diferenciam
a natureza das neoplasias: diferenciação e anaplasia, taxa de crescimento,
invasão local e metástase.
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As neoplasias têm dois componentes principais: o parênquima e o


estroma. O parênquima é caracterizado pelas células com cresci-
mento alterado, ou seja, que darão origem ao tumor. Essas células podem ser
chamadas de células neoplásicas ou parenquimatosas. Já o estroma é o conjunto
de células de tecido conjuntivo vascularizado, que serve como suprimento e
sustentação para a neoplasia.

Diferenciação e anaplasia
Observada nas células parenquimatosas, a diferenciação se refere ao quanto
essas células se assemelham às células normais do tecido de origem, morfoló-
gica e funcionalmente. Os tumores benignos apresentam células semelhantes
ao tecido de origem, ou seja, são consideradas bem diferenciadas. Já a falta
de diferenciação, ou anaplasia, é considerada uma característica de malig-
nidade. Assim, as neoplasias malignas podem apresentar graus variados de
diferenciação celular e, quanto mais indiferenciadas, ou anaplásicas, menos
favorável é o prognóstico.
Entre as principais características de anaplasia encontradas, destacam-se:

„ o pleomorfismo celular e nuclear, caracterizado pela variação no ta-


manho e/ou na forma das células, seja no citoplasma ou no núcleo;
„ o hipercromatismo dos núcleos, que são maiores e intensamente co-
rados devido à sua degeneração;
„ a alteração na relação núcleo–citoplasma, que, com o aumento do
tamanho nuclear, aparece reduzida e com presença de células bizarras;
„ a identificação de numerosas mitoses, a maioria atípicas.

A Figura 1 demonstra histologicamente a diferença entre tumores bem


diferenciados e anaplásicos.
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Figura 1. Cortes histológicos para a demonstração de anaplasia. (a) Neoplasia maligna bem
diferenciada: carcinoma de células escamosas. As células neoplásicas são semelhantes às
células do tecido epitelial de origem. (b) Neoplasia maligna anaplásica: rabdossarcoma. As cé-
lulas apresentam alto grau de anaplasia, com pleomorfismos celulares e nucleares acentuados,
células gigantes e multinucleadas, hipercromatismo e relação núcleo–citoplasma alterada.
Fonte: Adaptada de Kumar, Abbas e Aster (2018).

Taxa de crescimento
A taxa de crescimento diz respeito ao grau de replicação e proliferação celular
em relação ao tempo. De modo geral, a taxa de crescimento é inversamente
proporcional ao grau de diferenciação, ou seja, tumores bem diferenciados
tendem a crescer mais lentamente, comparados aos mal diferenciados. Desse
modo, as neoplasias benignas apresentam crescimento lento, enquanto as
malignas expressam rápida expansão. Entretanto, alguns fatores, sobretudo
hormonais e de suprimento sanguíneo, podem afetar essa taxa ao alterar o
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tempo de duplicação celular, a fração de células neoplásicas em divisão e


a morte celular programada do organismo (ALMEIDA, 2016; KUMAR; ABBAS;
ASTER, 2018).

Invasão local e metástase


A invasão local e a metástase são características associadas à capacidade de
infiltrar outros tecidos. A invasão das neoplasias benignas é bem localizada nos
seus sítios de origem, com lenta expansão e sem o potencial de se disseminar
para estruturas adjacentes (Figura 2a). Em muitos casos, as lesões benignas
desenvolvem uma cápsula fibrosa envoltória, provavelmente proveniente do
estroma, que mantém o crescimento separado do tecido inalterado.
Por outro lado, os tumores malignos têm a capacidade de infiltrar, invadir
ou metastatizar (Figura 2b). Ou seja, eles apresentam o potencial de se dis-
seminar para tecidos adjacentes ou distantes, resultando em aparecimentos
neoplásicos secundários, descontínuos do tumor primário e localizados em
tecidos diferentes daquele de origem. As neoplasias malignas se disseminam
em cavidades e superfícies corporais, via linfática ou via hematogênica.

A B

Figura 2. Peças biopsiadas para a demonstração macroscópica da capacidade de delimitação e


invasão local. (a) Fibroadenoma, evidenciando a presença de cápsula fibrosa, com crescimento
localizado, bem delimitado e não invasivo. (b) Carcinoma ductal invasivo, evidenciando maior
tamanho, com limites difusos e infiltração da substância saudável.
Fonte: Adaptada de Kumar, Abbas e Aster (2018).

Veja, no Quadro 1, um resumo das principais diferenças entre tumores


benignos e malignos.
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Quadro 1. Principais diferenças entre tumores benignos e malignos

Características Neoplasias benignas Neoplasias malignas

Diferenciação e Formado por células „ Formado por células


anaplasia bem diferenciadas anaplásicas (diferentes
(semelhantes às do tecido das do tecido normal)
normal); estrutura típica „ Atípico
do tecido de origem „ Falta diferenciação

Taxa de crescimento Crescimento progressivo; „ Crescimento rápido


pode regredir; mitoses „ Mitoses anormais e
normais e raras numerosas

Invasão local Massa bem delimitada, „ Massa pouco


expansiva; não invade delimitada
nem infiltra tecidos „ Localmente invasivo
adjacentes „ Infiltra tecidos
adjacentes

Metástase Ausente Frequentemente presente

Fonte: Adaptado de INCA (2020).

Neoplasias benignas orais


A cavidade oral é um dos locais mais comuns para o aparecimento de tumores
e nódulos, incluindo lesões inflamatórias e neoplásicas, de origens odontogê-
nicas e não odontogênicas. As lesões neoplásicas benignas podem acometer
diversas estruturas do complexo bucomaxilofacial, de tecidos moles a duros.
Embora o diagnóstico final seja baseado no laudo histopatológico, o exame
clínico minucioso e detalhado é fundamental para a formulação da hipótese
diagnóstica dessas alterações (BŁOCHOWIAK et al., 2019).
Para definir a nomenclatura das neoplasias benignas, a regra básica
consiste no uso do prefixo referente às células parenquimatosas acrescido
do sufixo “oma”. Assim, é possível identificar o tecido de origem dos tumores
a partir do seu nome.
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Neoplasias epiteliais

Papiloma
Referente às células do epitélio escamoso, papiloma é uma classificação
genérica para designar proliferação benigna resultante do aumento de volume
papilar ou verruciforme, com pequena quantidade de conjuntivo tecido de
sustentação. Ocorrendo em igual frequência em pessoas do sexo feminino
e masculino, o papiloma escamoso oral é a lesão papilar mais comum da
mucosa oral e corresponde a aproximadamente 2,5 a 3% de todas as lesões
orais biopsiadas (NEVILLE et al., 2009; REGEZI; SCIUBBA; JORDAN, 2017).
Como principal etiologia, os papilomas têm sido associados com a infecção
pelo papilomavírus humano (HPV), que consiste em uma família de mais 100
tipos de vírus de DNA de fita dupla (NEVILLE et al., 2009; REGEZI; SCIUBBA;
JORDAN, 2017). Veja, no Quadro 2, as lesões papilares causadas por HPV.

Quadro 2. Lesões papilares causadas por subtipo do HPV

Lesão Subtipo do HPV

Papiloma oral/verruga 2, 6, 11, 57

Verruga displásica 16, 18, outros

Papiloma conjuntival 11

Papiloma do seio maxilar 57

Fonte: Adaptado de Regezi, Sciubba e Jordan (2017).

Características clínicas e histopatológicas

Clinicamente, os papilomas se apresentam como nódulos pedunculados ma-


cios, em geral medindo menos de 1 cm de diâmetro (Figura 3a), que acometem
preferencialmente a língua, os lábios, o palato e a úvula, mas que podem
afetar qualquer região da cavidade oral. Mais comuns como lesões únicas,
apresentam superfície exofítica com numerosas projeções digitiformes em
formato de “couve-flor”. A depender da quantidade de queratinização, podem
apresentar coloração rosa para branca ou levemente avermelhada (NEVILLE
et al., 2009; REGEZI; SCIUBBA; JORDAN, 2017).
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Constituídos de crescimento exacerbado de tecido epitelial escamoso


estratificado queratinizado, o papiloma é disposto em projeções digitiformes,
sustentadas por estroma de tecido conjuntivo fibrovascularizado. Podem
apresentar hiperplasia da camada basal do epitélio e atividade mitótica, além
de células alteradas pelo vírus com núcleos picnóticos (condensados) e zona
clara, formando a chamada célula “coilocítica” (Figura 3b).

A B

Figura 3. Papiloma escamoso. (a) Características clínicas: nódulo lingual pedunculado com
numerosas projeções pontiagudas em formato de “couve-flor”. (b) Características histopa-
tológicas: proliferação epitelial pedunculada com múltiplas projeções papilares e ilhas de
tecido conjuntivo fibrovascular.
Fonte: Adaptada de Neville et al. (2009).

Neoplasias mesenquimais

Fibroma
Com predileção por mulheres, sobretudo na sexta década de vida, o fibroma
é considerado a neoplasia mais comum da cavidade oral. Embora com alta
prevalência, esse tumor é comumente confundido com lesões de natureza
inflamatória/reacional, de modo que se questiona se, na maioria dos casos,
ele realmente representa uma neoplasia verdadeira ou é caracterizado por
hiperplasia reacional do tecido conjuntivo fibroso. Como o próprio nome diz,
esse é um tumor de origem fibroblástica. Porém, a sua etiologia é desconhecida
(ALMEIDA, 2016; NEVILLE et al., 2009).
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Características clínicas e histopatológicas

Apresentando-se clinicamente como nódulos bem delimitados, de superfície


lisa, consistência firme e sem sintomatologia associada, as localizações ana-
tômicas mais comuns dos fibromas são a língua, a mucosa jugal e a mucosa
labial. Em geral, a coloração da lesão é semelhante à da mucosa circunjacente,
mas pode apresentar variações com pigmentação cinza-acastanhada em
indivíduos negros ou esbranquiçada, devido à hiperqueratose resultante do
trauma contínuo (Figura 4a).
Microscopicamente, apresenta aumento de tecido conjuntivo fibroso
não encapsulado, revestido por epitélio escamoso estratificado com cristas
comumente atrofiadas e possibilidade de hiperqueratose traumática. A lesão
exibe fibroblastos jovens em tecido conjuntivo denso e colagenizado pela
deposição de fibras colágenas desorganizadas (Figura 4b).

A B

Figura 4. Fibroma. (a) Características clínicas: nódulo séssil de coloração rosa semelhante
à mucosa com regiões esbranquiçadas. (b) Características histopatológicas: presença de
colágeno denso abaixo da superfície epitelial.
Fonte: Adaptada de Neville et al. (2009).

Lipoma
Neoplasia benigna do tecido adiposo que, embora seja muito comum no tronco
e em porções proximais do corpo, tem prevalência bem menos frequente na
cavidade oral. Com patogênese incerta e metabolismo dissociado da gordura
corpórea normal, os lipomas parecem ser mais comuns em indivíduos obesos e
apresentam distribuição controversa na literatura, variando entre equilibrada
para os sexos feminino e masculino ou com predileção pelo último (ALMEIDA,
2016; NEVILLE et al., 2009; REGEZI; SCIUBBA; JORDAN, 2017).
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Características clínicas e histopatológicas

Clinicamente, os lipomas orais são caracterizados por nódulos macios e únicos,


sésseis ou pedunculados, com limites bem definidos, superfície lisa, geral-
mente medindo menos de 3 cm de diâmetro (Figura 5a). As cores variam entre
amarela, para as lesões mais superficiais, e rosa, semelhante à da mucosa, em
casos mais profundos. Embora também apareçam na mucosa labial, a mucosa
jugal, o assoalho da boca e a língua são os sítios intraorais mais frequentes.
Como a lesão é assintomática e tem curso lento de crescimento, costuma ser
diagnosticada meses ou até mesmo anos após o seu aparecimento.
A análise histopatológica revela a presença de lóbulos de adipócitos
maduros bem diferenciados, extremamente parecidos com o tecido adiposo
normal, separados por septos delgados de tecido conjuntivo fibroso (Figura
5b). Com limites bem definidos, o lipoma pode apresentar uma fina cápsula
fibrosa envoltória, que o separa do tecido saudável.

A B

Figura 5. Lipoma. (a) Características clínicas: nódulo séssil de coloração amarelada e consis-
tência macia, localizado no assoalho bucal. (b) Características histopatológicas: adipócitos
neoplásicos maduros e bem diferenciados, similares ao tecido adiposo normal.
Fonte: Adaptada de Neville et al. (2009).

Neurilemoma (Schwannoma)
De origem neural proveniente das células de Schwann, o neurilemoma tem
etiologia desconhecida e predileção pela região da cabeça e do pescoço (em-
bora, no geral, seja considerado uma lesão incomum). Mais comum em adultos
jovens e de meia idade, essa lesão pode acometer indivíduos de qualquer
idade sem predileção por sexo. Quando localizada bilateralmente no nervo
vestíbulo-auditivo, pode ser hereditariamente associada à neurofibromatose
tipo II (ALMEIDA, 2016; NEVILLE et al., 2009).
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Características clínicas e histopatológicas

Essa lesão apresenta tamanhos variados, de poucos milímetros a muitos


centímetros, e é localizada mais frequentemente na língua. É caracterizada
por nódulo único, bem delimitado, de coloração semelhante à da mucosa, com
curso lento, que normalmente surge em associação com um tronco nervoso
(Figura 6a). Em geral, apresenta ausência de sintomatologia. Entretanto, o
neurilemoma pode causar sensibilidade, parestesia e/ou dor, sobretudo em
casos intraósseos.
Microscopicamente, o neurilemoma demonstra dois padrões principais:

1. Antoni A, caracterizado por células fusiformes de Schwann, dispostas


paralelamente, que formam um arranjo em paliçada ao redor de uma
região eosinofílica central, composta de membrana basal e processos
citoplasmáticos (corpos de Verocay);
2. Antoni B, um padrão mais acelular e desorganizado, em que as células
são dispostas de forma aleatória em estroma de tecido conjuntivo
frouxo.

A B

Figura 6. Neurilemoma. (a) Características clínicas: nódulo séssil de coloração entre branca
e rosa, semelhante à da mucosa, bem delimitado, de superfície lisa, localizado no ventre
da língua. (b) Características histopatológicas: arranjo em paliçada das células de Schwann,
dispostas em padrão do tipo Antoni A, ao redor dos corpos de Verocay.
Fonte: Adaptada de Neville et al. (2009).

Hemangioma
Muitas vezes, o termo “hemangioma” é utilizado para descrever tanto neo-
plasias quanto malformações vasculares. Entretanto, o progresso na classifi-
cação dessas lesões prevê o uso do termo para designar tumores endoteliais
benignos da infância que exibem três fases principais:
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1. proliferação, quando ocorre rápido crescimento, entre o nascimento


e 1 ano;
2. involução, período de regressão, entre 1 e 7 anos de idade;
3. involuído, quando ocorre a regressão completa.

Ocorrendo em cerca de 10% das crianças com 1 ano de idade, com predi-
leção pelo sexo feminino, os hemangiomas da infância podem ser divididos
em (ALMEIDA, 2016; NEVILLE et al., 2009):

„ superficial/capilar, composto pelo aumento do número de pequenos


vasos, dispostos em estroma de tecido conectivo denso;
„ profundo/cavernoso, composto por vasos de parede finas, mais cali-
brosos e amplos;
„ misto, composto pela combinação do padrão superficial com o padrão
profundo.

A diascopia, ou vitropressão, é uma manobra indicada para confirmar


a natureza vascular de lesões azuladas/roxeadas, uma vez que se
tornam pálidas/isquêmicas com a aplicação da pressão (ALMEIDA, 2016; NEVILLE
et al., 2009).

Características clínicas e histopatológicas

Clinicamente, as lesões se apresentam como manchas ou nódulos de superfície


lisa ou lobulada, com variações significativas de extensão. A coloração, entre
vermelho e roxo-azulado, varia de acordo com a profundidade da lesão, que
pode ser bem delimitada ou apresentar limites difusos e imprecisos. Na maioria
dos casos, os hemangiomas são assintomáticos, causando, principalmente,
desconforto estético e funcional. Por serem bastante vascularizados, podem
apresentar sangramento espontâneo ou desencadeado por traumas leves.
Pode ser observada alteração de padrão com a idade, que transita de
avermelhado, com consistência firme e borrachoide, na fase proliferativa
(Figura 7a), até aparência menos firme e coloração roxa-escura. Cerca de 90%
dessas lesões terão evoluído para resolução completa, de maneira autoli-
mitada, aos 9 anos. Embora 50% dos pacientes não apresentem alterações
permanentes, atrofia, cicatrizes, réguas e/ou complicações podem acontecer
(ALMEIDA, 2016; NEVILLE et al., 2009).
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Assim como o padrão clínico se altera, a microscopia revela proliferação


de volumosas células endoteliais, com lúmens indistintos, nas fases iniciais
de lesão. Com a maturação, as células endoteliais mudam a sua conformação
e, ao tornarem-se mais achatadas, os espaços vasculares capilares ficam mais
evidentes (Figura 7b), até serem substituídos por tecido conjuntivo fibroso,
na fase de involução.

A B

Figura 7. Hemangioma. (a) Nódulos vermelhos de superfície lobulada na região do pescoço.


(b) Características histopatológicas: vasos bem formados, com conformação achada e espaço
luminal mais aparente.
Fonte: Adaptada de Neville et al. (2009).

Linfangioma
Os linfangiomas são neoplasias benignas provenientes dos vasos linfáticos
que aparecem mais comumente na região da cabeça e do pescoço, localiza-
ção de cerca de 50 a 75% de todos os casos. Desenvolvidas sobretudo entre
o nascimento e os primeiros dois anos de idade, essas lesões podem ser
divididas em três grupos variantes do mesmo processo patológico (ALMEIDA,
2016; NEVILLE et al., 2009):

„ linfangioma simples/capilar, composto de pequenos vasos de calibre


semelhante aos capilares;
„ linfangioma cavernoso, exibindo vasos linfáticos com maior calibre e
predileção pelas regiões orais;
„ linfangioma cístico, consistindo em grandes espaços císticos macros-
cópicos, que ocorrem em maior frequência no pescoço.
14 Neoplasias benignas orais

Características clínicas e histopatológicas

Na cavidade oral, os linfangiomas costumam aparecer nos dois terços ante-


riores da língua, demonstrando presença de pequenos aumentos de volume
semelhantes a vesículas transluzentes e bem localizadas, com superfície
pedregosa (Figura 8a). Embora a coloração mais comum seja semelhante à da
mucosa, a ocorrência de hemorragia secundária pode tornar algumas lesões
mais avermelhadas ou arroxeadas. Os linfangiomas cervicais são caracteriza-
dos por massa amolecida e flutuante, frequentemente localizada no ângulo
da mandíbula, que pode variar de tamanho, chegando a medir mais de 15 cm.
Nesses casos, a atenção para a prevenção de infecção secundária do trato
respiratório superior é fundamental a fim de evitar morbidades associadas
(ALMEIDA, 2016; NEVILLE et al., 2009).
A histopatologia das lesões intraorais demonstra a presença de vasos
linfáticos localizados abaixo do epitélio, que podem substituir as papilas
conjuntivas e se estender para o tecido conjuntivo profundo (Figura 8b). Geral-
mente, os linfangiomas apresentam vasos linfáticos infiltrando difusamente
os tecidos mole e fino do endotélio delimitante, com espaços preenchidos
por fluidos.

A B

Figura 8. Linfangioma. (a) Características clínicas: pequenos aumentos de volume seme-


lhantes a vesículas, com aspecto pedregoso em borda literal de língua. (b) Características
histopatológicas: vasos linfáticos localizados abaixo do epitélio, com extensão para o tecido
conjuntivo profundo.
Fonte: Adaptada de Neville et al. (2009).
Neoplasias benignas orais 15

Leiomioma
Embora sejam mais frequentes no útero, no trato gastrointestinal e na pele,
os leiomiomas são raros na cavidade oral. Provenientes do músculo liso, essas
lesões podem ser divididas em três grupos:

„ leiomiomas sólidos;
„ leiomiomas vasculares;
„ leiomiomas epitelioides.

Os sólidos ou vasculares são os mais comuns na cavidade oral, sem pre-


dileção por idade (ALMEIDA, 2016; NEVILLE et al., 2009).

Características clínicas e histopatológicas

Essas lesões são caracterizadas como nódulos sólidos e bem delimitados,


com coloração rósea-avermelhada e crescimento lento (Figura 9a). Marcado
pela ausência de sintomatologia, lábios, língua, palato e mucosa jugal são
as localizações mais afetadas. Microscopicamente, podem ser observados
feixes entrelaçados de células musculares fusiformes, núcleos alongados
com coloração pálida e terminação romba (Figura 9b).

A B

Figura 9. Leiomioma. (a) Características clínicas: nódulo único, de coloração rósea-averme-


lhada, localizado na região posterior do palato. (b) Características histopatológicas: células
fusiformes, com núcleo achatado e de extremidade romba.
Fonte: Adaptada de Neville et al. (2009).
16 Neoplasias benignas orais

Rabdomioma
Provenientes do músculo esquelético, os rabdomiomas são tumores benig-
nos extremamente raros, que têm predileção de aparecimento na região da
cabeça e do pescoço. Afetando desde crianças a idosos, essas lesões podem
ser classificadas em dois grupos:

„ rabdomiomas do adulto;
„ rabdomiomas fetais.

Características clínicas e histopatológicas

A base da língua, o palato mole e o assoalho são as regiões mais comuns


para o aparecimento de rabdomiomas intraorais do adulto. Com crescimento
lento, as lesões são caracterizadas por nódulo ou massa tumoral, e, muitas
vezes, são descobertas após atingirem muitos centímetros de diâmetro (Fi-
gura 10a). Em relação aos rabdomiomas fetais, embora tenham predileção
por crianças, também podem aparecer em adultos, com maior frequência na
face e na região periauricular.
À microscopia, os rabdomiomas do adulto e fetal se diferenciam principal-
mente pela maturação e pela consistência das células musculares. Enquanto
o rabdomioma fetal apresenta células fusiformes arranjadas de maneira de-
sorganizada, o rabdomioma adulto é composto por lóbulos bem circunscritos,
com citoplasma eosinofílico granular e vacuolização periférica (Figura 10b). Em
alguns casos, a presença de celularidade e pleomorfismo moderado dificulta
o diagnóstico entre o rabdomioma e o rabdomiossarcoma (tumor maligno).

A B

Figura 10. Rabdomioma do adulto. (a) Características clínicas: aumento de volume nodular
localizado em região facial. (b) Características histopatológicas: células redondas com
vacuolização focal.
Fonte: Adaptada de Neville et al. (2009).
Neoplasias benignas orais 17

Neoplasias fibro-ósseas

Condroma
Os condromas são neoplasias benignas compostas de cartilagem hialina
madura, com incidência similar em ambos os sexos e predileção por indivíduos
com menos de 50 anos. A etiologia dessa lesão é desconhecida e os condromas
são raros nos ossos da região maxilofacial, principalmente quando comparados
com outros locais do esqueleto. Entretanto, o diagnóstico de condroma nos
ossos gnáticos, da face e da base do crânio exige atenção devido à recidiva
e à evolução maligna (NEVILLE et al., 2009; REGEZI; SCIUBBA; JORDAN, 2017).

Características clínicas e histopatológicas

Caracterizados por ausência de sintomatologia e crescimento lento, quando


no complexo craniofacial, ocorrem principalmente no septo nasal e nos seios
etimoidais. Quando na maxila, a região anterior é a mais afetada, enquanto,
na mandíbula, ocorrem nas áreas de corpo e sínfise, processo coronoide e
cabeça da mandíbula. Radiograficamente, são observadas radioluscências
com áreas centrais de opacidade, podendo causar reabsorção radicular e
mobilidade dentária.
Na análise histopatológica, evidencia-se aumento de cartilagem hialina
madura, com lacunas bem formadas e condrócitos de citoplasma pálido e
núcleos arredondados. Assim como o rabdomioma, a diferenciação entre a
neoplasia cartilaginosa benigna e a maligna pode ser dificultada quando o
condrossarcoma apresenta baixo grau.

Osteoma
Os osteomas são tumores benignos compostos de osso maduro compacto
ou esponjoso, quase restritos aos ossos do complexo maxilofacial. Quando
surgem na superfície óssea, são classificados como osteomas periosteais,
enquanto o desenvolvimento na região central dentro do osso classifica-os
como osteomas centrais endosteais ou solitários.
Embora fatores como trauma, infecções e anomalias genéticas sejam
sugeridas como possíveis causas para os osteomas, a etiologia dessas lesões
ainda é pouco conhecida. Apresentam predileção pelo sexo masculino e
costumam ser diagnosticados da segunda à quarta década de vida (NEVILLE
et al., 2009; REGEZI; SCIUBBA; JORDAN, 2017).
18 Neoplasias benignas orais

Características clínicas e histopatológicas

Clinicamente, os osteomas podem surgir como um aumento de volume séssil


ou polipoide, duros e assintomáticos, de crescimento lento. Enquanto alguns
podem atingir grandes tamanhos, causando deformidade facial, outros pas-
sam despercebidos por anos. Radiograficamente, os osteomas periosteais
se caracterizam por massa esclerótica circunscrita, com padrão esclerótico
uniforme ou com uma periferia esclerótica e padrão trabecular central.
Histopatologicamente, os osteomas podem apresentar osso compacto
ou esponjoso (Figura 11), com atividade osteoblástica aumentada. Nos casos
de osso compacto, o osso denso tem aparência normal, com tecido medular
mínimo. Já nos casos esponjosos, observam-se trabéculas ósseas e medula
fibrogordurosa.

A B

Figura 11. Osteoma. (a) Características clínicas: osteoma de tecido esponjoso próximo à
margem da crista alveolar. (b) Características histopatológicas: osteoma compacto de osso
denso com tecido medular mínimo.
Fonte: Adaptada de Neville et al. (2009).

Os osteomas costumam ser lesões únicas, exceto quando presentes


em pacientes portadores de polipose adenomatosa familial (FAP). A
FAP é uma doença hereditária autossômica dominante, caracterizada por múl-
tiplos pólipos no trato gastrointestinal, que predispõe os indivíduos ao câncer
colorretal. Entre as manifestações orais mais frequentes, estão as anomalias
dento-ósseas, com a presença de osteomas múltiplos, as ilhas de condensação
ósseas, os odontomas e os dentes supranumerários (ARRUDA et al., 2021).
Neoplasias benignas orais 19

Tratamento e prognóstico das neoplasias


benignas
Nesta seção, veremos os tratamentos indicados para lesões não vasculari-
zadas e vascularizadas.

Tratamento de lesões não vascularizadas


Embora as características clínicas sejam de extrema importância para o
diagnóstico das neoplasias benignas, a análise histopatológica é fundamental.
Em muitos casos, lesões proliferativas de natureza inflamatória apresentam
padrão clínico com características semelhantes às neoplasias benignas, sendo
a biópsia a estratégia mais indicada para a definição do diagnóstico final.
Essa diferenciação é essencial, visto que as lesões reacionais necessitam de
condutas específicas.

Lesões com padrão de benignidade, bem delimitadas e que não


comprometam estruturas anexas podem ser biopsiadas com excisão
cirúrgica conservadora. Caso o laudo confirme o diagnóstico de neoplasia
benigna, a biópsia, além de permitir o envio da peça para a análise, já configura
o próprio tratamento. Assim, a maioria dos casos de papiloma, fibroma, lipoma,
neurilemoma, linfangioma, leimioma, rabdomioma, condroma e osteoma serão
tratados por essa modalidade, com baixo grau de recidiva quando retirada a
margem de segurança necessária.

Biópsia
A biópsia excisional consiste na remoção total da lesão e no envio da peça
para a análise anatomopatológica. Essa modalidade permite não apenas
o diagnóstico final de uma patologia, mas também indica características
importantes da sua natureza, como o grau de diferenciação, a capacidade
infiltrativa e o comprometimento de tecidos adjacentes, sendo essencial para
a classificação em lesão benigna e maligna.
20 Neoplasias benignas orais

Em casos de neoplasias, a biópsia será quase sempre indicada (ex-


ceto para lesões vascularizadas). A identificação da lesão com o
diagnóstico final guiará a necessidade de tratamentos adicionais, sendo mais
importantes para a saúde do paciente do que eventuais contraindicações para
a realização do exame da lesão (BORAKS, 2013).

Em casos de lesões de difícil diferenciação quanto à natureza benigna


e maligna, ou de lesões de grande extensão, que comprometam estruturas
anexas, indica-se realizar biópsia incisional, em que será removido apenas
um fragmento da lesão.
Após a confirmação do diagnóstico, deve-se avaliar a necessidade de enca-
minhamento para profissionais especializados: médico-cirurgião de cabeça e
de pescoço, em casos de malignidade, ou cirurgião-dentista estomatologista
e/ou bucomaxilofacial, em casos de lesões benignas muito extensas. Assim,
o cuidado maior não será necessariamente na indicação de biópsia, mas na
indicação do tipo de biópsia, se incisional ou excisional.

Tratamento de lesões vascularizadas


Para lesões vascularizadas como o hemangioma, a indicação de biópsia é
incomum. Na maioria dos casos, esse tumor benigno é autolimitante, desa-
parecendo em 90% dos indivíduos até os 9 anos de idade, sendo necessário
apenas o acompanhamento até a involução. Quando lesões pequenas são
problemáticas, reduzindo a qualidade de vida dos pacientes, a utilização de
corticoides intralesionais ou tópicos pode ser indicada. Em casos de ameaça
à vida, o tratamento pode ser realizado com farmacologia sistêmica.

Excisão cirúrgica
Em casos que a involução não acontece, a cirurgia de excisão (FIgura 12a) é
indicada para hemangiomas de pequenas dimensões, em que seja possível
realizar a incisão em tecido sadio, evitando lesionar a massa vascularizada
(BORAKS, 2013).
Neoplasias benignas orais 21

Esclerose química
O objetivo principal dessa modalidade terapêutica é irritar a parede vascular,
reduzindo, assim, a luz do vaso e a circulação sanguínea local. Para isso,
agentes esclerosantes são injetados no interior da lesão, mas somente após a
realização da punção para a confirmação da localização adequada (Figura 12b).
Essa manobra é importante para evitar necrose em tecidos adjacentes.

O fármaco mais utilizado é o oleato de monoetanolamina, que é


inserido com o auxílio de agulha insulínica, em intervalos de sete a
15 dias entre as aplicações (BORAKS, 2013).

Esclerose física
Também denominada crioterapia, a esclerose física consiste na aplicação de
agentes físicos a fim de provocar o congelamento local da lesão. O agente
mais utilizado para essa modalidade terapêutica é o nitrogênio líquido (óxido
nitroso [N2O] em estado líquido), que entra em contato com a mucosa a uma
temperatura aproximada de –30°C. Geralmente, a necrose por crioterapia leva
uma semana para atingir resultados, podendo ser reaplicada com intervalos
de sete dias até a involução da lesão (BORAKS, 2013).

A B

Figura 12. Tratamentos de lesões benignas. (a) Biópsia excisional/excisão cirúrgica de lesão
sugestiva de lipoma. (b) Esclerose química com oleato de monoetanolamina em heman-
gioma oral. Observe que, antes de injetar a solução, é feita uma aspiração para confirmar a
localização intravascular.
Fonte: Adaptada de Boraks (2013) e Boraks et al. (2011).
22 Neoplasias benignas orais

Prognóstico
Com relação ao prognóstico, os tumores benignos orais costumam apresentar
baixa taxa de recidiva e baixa gravidade. Por serem lesões de curso lento,
mas crescimento expansivo, podem acabar comprimindo regiões anatômicas
importantes para o funcionamento do organismo. Dessa forma, o diagnós-
tico correto, seguido da conduta adequada, é fundamental para garantir a
segurança dos pacientes. Além disso, algumas neoplasias orais podem ser
de difícil diferenciação para definir a natureza benigna ou maligna, como nos
casos de rabdomioma e rabdomiossarcoma. Ademais, outras podem recidivar
e evoluir para a sua variação maligna, como no caso do condroma, exigindo
acompanhamento frequente do cirurgião-dentista.
Sabendo que a cavidade oral é um dos locais onde mais aparecem tumo-
res e nódulos, sendo as lesões neoplásicas benignas comuns em diferentes
estruturas do complexo bucomaxilofacial, fica evidente a importância de
estudar a fundo sobre esse tema visando a realizar atendimentos clínicos
embasados em evidência científica e com maior segurança profissional. Por
meio deste capítulo, você teve acesso a conhecimentos fundamentais sobre
a natureza das neoplasias, sobretudo em relação a subsídios para diferenciar
as lesões benignas das malignas. Além disso, agora conhece a etiologia e as
características clínicas, radiográficas e histológicas das principais neopla-
sias benignas da cavidade oral. Esse aprendizado pode ser aplicado na sua
rotina clínica odontológica, sobretudo para diagnosticar as lesões orais de
prevalência mais alta.

Referências
ALMEIDA, O. P. Patologia oral. São Paulo: Artes Médicas, 2016. (ABENO: Odontologia
Essencial: Parte Básica).
ARRUDA, K. A. R. et al. Phenotypic dento-osseous characterization of a Brazilian family
with Familial Adenomatous Polyposis. Arch Oral Biol, v. 129, 2021.
BŁOCHOWIAK, K. et al. Benign tumours and tumour-like lesions in the oral cavity: a
retrospective analysis. Postepy Dermatol Alergol, v. 36, n. 6, p. 744-751, 2019.
BORAKS, S. Semiotécnica, diagnóstico e tratamento das doenças da boca. São Paulo:
Artes Médicas, 2013. (ABENO: Odontologia Essencial: Parte Clínica).
BORAKS, S. et al. Medicina bucal: tratamento clínico-cirúrgico das doenças bucoma-
xilofaciais. São Paulo: Artes Médicas, 2011.
INCA. ABC do câncer: abordagens básicas para o controle do câncer. 6. ed. Rio de
Janeiro: INCA, 2020.
KUMAR, V.; ABBAS, A.; ASTER, J. Robbins: patologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Gua-
nabara Koogan, 2018.
Neoplasias benignas orais 23

NEVILLE, B. W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
REGEZI, J. A.; SCIUBBA, J. J.; JORDAN, R. C. K. Patologia oral: correlações clinicopatológicas.
7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

Leituras recomendadas
CARACTERÍSTICAS gerais das neoplasias. Unicamp, 2022. Disponível em: https://w2.fop.
unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un5_Aula44CaracGerNeop.pdf. Acesso
em: 28 jan. 2022.
PATOLOGIA e estomatologia UFRGS. Odontologia da UFRGS, 2022. Disponível em: http://
patoestomatoufrgs.com.br/. Acesso em: 28 jan. 2022.
SILVA, L. A. B. et al. Oral benign neoplasms: a retrospective study of 790 patients over
a 14-year period. Acta Otorrinolaringol Esp, v. 70, n. 3, p. 158-164, 2019.
TUMORES benignos. Unicamp, 2022. Disponível em: https://w2.fop.unicamp.br/ddo/
patologia/downloads/db301_un5_Aula50NeoBenignas.pdf. Acesso em: 28 jan. 2022.

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