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PATOLOGIA ORAL

E MAXILOFACIAL
Tumores
odontogênicos
Sabrina Moreira Paes

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

> Identificar a origem embriológica dos tumores odontogênicos.


> Reconhecer os exames complementares para diagnóstico dos tumores
odontogênicos.
> Definir as condutas terapêuticas indicadas para tumores odontogênicos.

Introdução
Os tumores odontogênicos compreendem uma gama de distúrbios do cresci-
mento, que vão desde neoplasias malignas e benignas, até malformações dos
tecidos dentários de crescimento autolimitado. Esses tumores são derivados
de tecidos ectomesenquimais e/ou epiteliais, que constituem o aparelho de
formação do dente. Assim como ocorre na odontogênese típica, os tumores
odontogênicos representam interações indutivas entre o ectomesênquima
odontogênico e o epitélio. São principalmente lesões mandibulares, mas algu-
mas podem se apresentar como tumefações gengivais localizadas, os chamados
“tumores odontogênicos periféricos”. A maioria dos tumores odontogênicos
benignos parece ter recorrência, ao passo que os tumores odontogênicos
malignos, embora também possam surgir novamente, costumam se originar
de seu precursor benigno.
A classificação dos tumores odontogênicos baseia-se essencialmente nas
interações entre o ectomesênquima odontogênico e o epitélio. Essa classifi-
cação dinâmica é constantemente renovada, com a adição de novas entidades
e a remoção de algumas entidades mais antigas. Sendo assim, é essencial que
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o profissional reconheça tais classificações e a apresentação das lesões, a fim


de ter mais segurança para diagnosticá-las.
Neste capítulo, você vai conhecer a etiologia, a epidemiologia, as carac-
terísticas clínicas, os achados radiográficos, os achados histopatológicos, as
formas de tratamento e o prognóstico dos principais tumores odontogênicos
que acometem os maxilares. Na primeira seção, serão abordados os tumores
odontogênicos que têm como origem o epitélio odontogênico, ou seja, os tipos
de ameloblastoma e o tumor de Pindborg. Em seguida, vamos apresentar as
características dos tumores odontogênicos mistos, a saber, o fibroma amelo-
blástico e os odontomas simples e complexo. Por fim, você poderá compreender
as características dos tumores do ectomesênquima odontogênico: o fibroma
odontogênico, o mixoma e o cementoblastoma.

Tumores do epitélio odontogênico


Tumores odontogênicos são crescimentos relacionados a distúrbios de células
formadoras do órgão do esmalte. Todavia, seu crescimento é estimulado, e
podem ser encontradas conformações de tecidos bizarras (NEVILLE et al.,
2016; MAGLIARI et al., 2016). Os tumores dessa categoria não apresentam
mesênquima odontogênico ou seu principal produto, a dentina, e são re-
presentados sobretudo por ameloblastoma multicístico, ameloblastoma
unicístico e tumor odontogênico epitelial calcificante (tumor de Pindborg),
que serão detalhados nesta seção.

Ameloblastoma multicístico
O ameloblastoma é uma neoplasia do epitélio odontogênico, principalmente
de tecido tipo órgão do esmalte que não sofreu diferenciação até o ponto de
formação de tecido duro. É responsável por aproximadamente 1% de todos os
tumores orais e por cerca de 9 a 11% dos tumores odontogênicos. Ele costuma
ser um tumor de crescimento lento, mas localmente invasivo (NEAGU et al.,
2019). A nível mundial, a taxa estimada de acometimento chega a 0,92 por
milhão de pessoas ao ano (HENDRA et al., 2020).
O diagnóstico geralmente é feito por meio de uma combinação de exames
de imagem e biópsia, para determinar o tipo histopatológico (MAGLIARI et al.,
2016). Veja na Figura 1 o aspecto radiográfico do ameloblastoma multicístico.
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Figura 1. Aspecto radiográfico do ameloblastoma multicístico, em que se podem identificar


irregularidades ósseas na região posterior da mandíbula do lado esquerdo.
Fonte: Almeida (2016, p. 125).

O Quadro 1 apresenta a etiologia, a epidemiologia, as características


clínicas, os achados radiográficos, os achados histopatológicos, o tratamento
e o prognóstico do ameloblastoma multicístico.

Quadro 1. Características do ameloblastoma multicístico

Categoria Descrição

Etiologia Sua etiologia é desconhecida. É possível que se origine


a partir de traumas ou infecções durante a formação do
órgão do esmalte. O cigarro também pode estar fortemente
relacionado a esse tipo de tumor.

Epidemiologia Há maior acometimento entre a terceira e a quarta década


de vida, não existindo predileção por gênero masculino ou
feminino. Sua localização mais comum é em corpo e porção
posterior da mandíbula.

Características Manifesta-se como um aumento lento e assintomático de


clínicas volume, envolvendo a região dos ossos gnáticos (mandíbula
e maxila).

Achados A imagem radiográfica desses tumores é osteolítica,


radiográficos unilocular ou multilocular, bem definida, circundada por
uma margem radiopaca, muitas vezes com expansão da
cortical óssea, havendo a possibilidade de reabsorção
radicular e associação ocasional com um dente impactado.
A lesão pode se apresentar com aspecto de favo de mel,
quando as loculações formadas têm pequenos espaços, ou
bolha de sabão, quando esses espaços são grandes.
(Continua)
4 Tumores odontogênicos

(Continuação)

Categoria Descrição

Achados Existem variações em sua apresentação histopatológica,


histopatológicos caracterizando seis diferentes subtipos: padrão sólido e
variantes folicular, plexiforme, acantomatosa, de células
granulares e de células basais.

Tratamento e Deve-se realizar cirurgia, que varia desde o tratamento


prognóstico conservador, como enucleação e/ou curetagem, até a
ressecção ampla. A primeira pode ser combinada com
marsupialização, crioterapia e/ou instilação da solução de
Carnoy. Seu prognóstico é duvidoso, pois é alta a chance de
recorrência, mesmo após cinco anos do tratamento.

Fonte: Adaptado de Neville et al. (2016), Kreppel e Zöller (2018), Guan et al. (2019) e Neagu et
al. (2019).

Em relação aos achados histopatológicos, o ameloblastoma multicístico


apresenta variações, que têm características próprias e que podem variar
entre a formação de ilhas bem caracterizadas e a formação de cordões longos,
compostos por materiais oriundos de epitélio odontogênico (KREPPEL; ZÖLLER,
2018). Veja no Quadro 2 as principais definições dos achados histopatológicos
das variantes do ameloblastoma multicístico.

Quadro 2. Aspectos histopatológicos das variantes do ameloblastoma


multicístico

Variante Apresentação Descrição

Padrão Apresenta-se com a formação


sólido de cordões e ilhas, formados a
partir do epitélio odontogênico
e entremeados com estroma
rico em colágeno.

(Continua)
Tumores odontogênicos 5

(Continuação)

Variante Apresentação Descrição

Folicular É uma das variantes mais


comuns e facilmente
identificável, pois há
presença de ilhas, muito bem
caracterizadas, de epitélio, que
remete ao órgão do esmalte em
formação. É possível observar
regiões semelhantes ao retículo
estrelado, em conjuntivo frouxo
ao centro, ao passo que a borda
exibe uma organização de
células colunares altas.

Plexiforme Juntamente com a variante


folicular, a plexiforme é uma das
mais comuns. Nesta variante,
são visíveis cordões longos,
formados a partir do epitélio
odontogênico e entremeados
por células dispostas
frouxamente. A degeneração do
estroma pode estar presente
com certa frequência.

Acantoma- É o padrão que indica maior


tosa agressividade da lesão,
devido à presença de regiões
queratinizadas, associadas
à metaplasia escamosa das
células envolvidas.

Células É o padrão encontrado nos


granulares casos em que existe uma
troca de células epiteliais
remanescentes por granulares,
que têm o citoplasma repleto
de grânulos, reagentes à eosina
durante a citoquímica.

(Continua)
6 Tumores odontogênicos

(Continuação)

Variante Apresentação Descrição

Células É o tipo menos comum entre


basais todas as variantes. Os achados
histopatológicos demonstram
ilhas, ou ninhos, de células
basais uniformes com
aspecto similar ao daquelas
encontradas em cortes de
carcinoma basocelular. Todavia,
o retículo estrelado não está
presente, e as células podem
ser cúbicas, principalmente.

Fonte: Adaptado de Almeida (2016).

No que diz respeito ao tratamento, é importante ressaltar que a opção


cirúrgica é a mais comum. No entanto, como a probabilidade de recorrência é
alta após procedimentos conservadores, principalmente para ameloblastomas
sólidos e multicísticos, muitos autores recomendam ressecção ampla, com
margens ósseas de 1 a 1,5 cm. Dependendo da localização e da extensão da
lesão, a excisão ampla pode acarretar maxilectomia parcial com prótese,
mandibulectomia marginal ou mandibulectomia segmentar, e reconstrução
com retalho livre osteomiocutâneo (NEAGU et al., 2019).

Ameloblastoma unicístico
O ameloblastoma unicístico (Figura 2) é um subtipo de ameloblastoma caracte-
rizado por ser uma neoplasia única, não se devendo simplesmente à alteração
cística secundária em um ameloblastoma convencional (MAGLIARI et al., 2016).
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Figura 2. Aspecto radiográfico do ameloblastoma unicístico em região posterior de mandíbula,


ao lado esquerdo. É possível notar um envolvimento dos dentes posteriores e do ramo da
mandíbula em uma única lesão.
Fonte: Adaptada de Neville et al. (2016).

O Quadro 3 apresenta a etiologia, a epidemiologia, as características


clínicas, os achados radiográficos, os achados histopatológicos, o tratamento
e o prognóstico do ameloblastoma unicístico.

Quadro 3. Características do ameloblastoma unicístico

Categoria Descrição

Etiologia Sua etiologia é desconhecida, originando-se,


possivelmente, de traumas ou infecções durante a
formação do órgão do esmalte.

Epidemiologia Acomete normalmente pacientes mais jovens, da


primeira à terceira década de vida, com idade média de
22 anos, não existindo predileção por gênero. Ocorre em
mandíbula, em associação com um dente impactado,
geralmente o terceiro molar.

Características Tem crescimento lento ou rápido, expansivo e indolor,


clínicas assintomático na maioria dos casos, podendo ou não
apresentar deformidade facial.
(Continua)
8 Tumores odontogênicos

(Continuação)

Categoria Descrição

Achados Caracteriza-se como uma radiolucência unicística,


radiográficos nitidamente demarcada, com uma borda recortada
ou lobulada, estando geralmente associada a dentes
impactados e circundando a coroa destes.

Achados Os achados histopatológicos são distintos conforme as


histopatológicos três variações possíveis: luminal, intraluminal e mural.

Tratamento e A curetagem é aceitável para ameloblastomas unicísticos


prognóstico e intraluminais unicísticos em certos pacientes, se o
tumor não se estender além da membrana basal do cisto.
No caso de tumores com caráter mural, é necessária uma
abordagem cirúrgica radical, com avaliação microscópica
cuidadosa das margens. Embora seu prognóstico seja
mais favorável que o do ameloblastoma multicístico, o
ameloblastoma unicístico também tem alta recorrência
após cinco anos do tratamento.

Fonte: Adaptado de Neville et al. (2016), Effiom et al. (2018), Kreppel e Zöller (2018), Hendra et
al. (2020) e Nowair e Eid (2020).

Quanto aos achados histopatológicos, os ameloblastomas unicísticos


são cistos intraósseos uniloculares revestidos por epitélio ameloblástico
característico. Além do ameloblastoma unicístico luminal simples, que apre-
senta um revestimento de cisto ameloblástico plano, existem três padrões
de crescimento com relevância clínica: o luminal, o intraluminal e o mural,
descritos a seguir (KREPPEL; ZÖLLER, 2018; EFFIOM et al., 2018).

„ Padrão luminal: é caracterizado pelo crescimento tumoral na superfície


do lúmen cístico. Observa-se um epitélio ameloblástico revestindo uma
parede fibrosa cística, composto por células cúbicas ou colunares na
base e com arranjo frouxo adjacente.
„ Padrão intraluminal (Figura 3): é caracterizado pelo crescimento tumoral
no lúmen do cisto. É comum que ele apresente projeções luminais
suaves, e, microscopicamente, se assemelha ao ameloblastoma con-
vencional. Há nódulos crescentes em direção ao lúmen do cisto. Ainda,
pode ser identificado um padrão plexiforme associado.
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„ Padrão mural: exibe crescimento infiltrante na parede do cisto e, pos-


sivelmente, além do osso circundante. A extensão total da invasão do
tumor no tecido mole e/ou no osso pode não ser evidente até o exame
microscópico. Apresenta infiltração do ameloblastoma plexiforme ou
folicular na parede do cisto, de aspecto fibroso.

Figura 3. Achados histopatológicos do ameloblastoma unicístico, variante intraluminal. É


possível observar uma camada basal bem demarcada e células epiteliais conectadas de
modo frouxo, lembrando o retículo estrelado.
Fonte: Adaptada de Neville et al. (2016).

Com relação ao tratamento, convém destacar que a curetagem não é eficaz


para a remoção cirúrgica completa do ameloblastoma unicístico mural, que
apresenta taxas de recorrência mais próximas das do tipo convencional quando
apenas curetado. Se o tumor invade a parede do cisto, há, tecnicamente,
um componente sólido que supera o componente cístico no planejamento
do tratamento (NOWAIR; EID, 2020). Assim, é necessária uma abordagem
cirúrgica radical, com avaliação microscópica cuidadosa das margens. Uma
biópsia pré-operatória pode auxiliar no planejamento cirúrgico; no entanto,
o componente mural do tumor pode ser perdido com uma biópsia (TOMMASI,
2014; HENDRA et al., 2020).
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Tumor odontogênico epitelial calcificante


(tumor de Pindborg)
O tumor de Pindborg (Figura 4) é um tipo raro. Ele representa menos de 1%
de todos os tumores odontogênicos, tendo sido relatados somente cerca de
200 casos no mundo (MAGLIARI et al., 2016; ALMEIDA, 2016).

A B

Figura 4. Principais aspectos radiográficos do tumor de Pindborg: (a) favos de mel e (b) lesão
semelhante a cisto, com formação de material mineralizado ao redor da coroa dentária, com
aspecto festonado.
Fonte: Adaptada de Neville et al. (2016).

O Quadro 4 apresenta a etiologia, a epidemiologia, as características


clínicas, os achados radiográficos, os achados histopatológicos, o tratamento
e o prognóstico do tumor odontogênico epitelial calcificante.

Quadro 4. Características do tumor odontogênico epitelial calcificante

Categoria Descrição

Etiologia Sua etiologia é desconhecida, originando-se,


possivelmente, de traumas ou infecções durante a formação
do órgão do esmalte. Pode se originar de restos da lâmina
dentária, tendo em vista a distribuição geográfica nos
ossos gnáticos.

Epidemiologia Acomete geralmente indivíduos entre a terceira e a quinta


década de vida, sem predileção por gênero. Há mais relatos
de ocorrência em mandíbula.
(Continua)
Tumores odontogênicos 11

(Continuação)

Categoria Descrição

Características Há crescimento pequeno ou expansivo, que pode gerar


clínicas deformidade de arcadas, conforme o quadro. Normalmente
é assintomático.

Achados Apresenta padrão radiolúcido, que pode ter um ou mais


radiográficos focos, com margens festonadas, bem definidas, sendo
comum a associação a um dente permanente inferior,
principalmente o primeiro molar. Pode ser visto o padrão
descrito como “flocos em neve”.

Achados Observam-se cordões ou ilhas de células epiteliais


histopatológicos poligonais dispersos em um estroma fibroso. Pode estar
presente material hialinizado, amorfo e eosinofílico.

Tratamento e A abordagem deve ser mais conservadora em mandíbula e


prognóstico mais agressiva em tumores de grande extensão na maxila.
Todavia, a ressecção do local tem sido a melhor opção. Seu
prognóstico é favorável.

Fonte: Adaptado de Neville et al. (2016), Ibituruna et al. (2019) e Ruddocks et al. (2021).

Veja na Figura 5 os achados histológicos do tumor de Pindborg.

Figura 5. Achados histológicos do tumor de Pindborg. As setas apontam para ninhos e cordões
de células entre o material amiloide em calcificação.
Fonte: Almeida (2016, p. 129).
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As calcificações que, com a evolução do tumor, ocorrem no tecido


se dão por meio da conformação de anéis sequenciais, de dentro do
material hialino para fora. Essas calcificações são conhecidas como “calcificações
do tipo anéis de Liesegang”.

Tumores odontogênicos mistos


Os tumores odontogênicos mistos têm como origem embriológica células
tanto epiteliais quanto do ectomesênquima odontogênico e podem, portanto,
exibir uma configuração maior de tecidos. Enquadram-se nessa classe o
fibroma ameloblástico, o odontoma composto e o odontoma complexo, que
serão detalhados a seguir.

Fibroma ameloblástico
O fibroma ameloblástico (Figura 6) é uma neoplasia odontogênica benigna
incomum, descrita pela proliferação tanto do epitélio odontogênico quanto
do mesênquima (ONDA et al., 2021).

Figura 6. Aspecto radiográfico do fibroma ameloblástico, em que se pode observar uma


grande área multilocular radiolúcida, em região posterior de mandíbula, envolvendo o
segundo molar inferior.
Fonte: Neville et al. (2016, p. 1374).
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O Quadro 5 apresenta a etiologia, a epidemiologia, as características


clínicas, os achados radiográficos, os achados histopatológicos, o tratamento
e o prognóstico do fibroma ameloblástico.

Quadro 5. Características do fibroma ameloblástico

Categoria Descrição

Etiologia Sua etiologia é desconhecida, originando-se,


possivelmente, de um distúrbio durante a
embriogênese dos tecidos epitelial e mesenquimal.

Epidemiologia Acomete normalmente indivíduos nas duas primeiras


décadas de vida, com leve predileção pelo gênero
masculino e pela região posterior da mandíbula.

Características Tem crescimento lento e assintomático, que ocorre


clínicas nos ossos gnáticos. Neoplasias grandes exibem um
volume indolor, podendo acarretar erupção tardia,
mobilidade dentária ou deslocamento dentário.

Achados radiográficos Apresenta lesões radiolúcidas, com um ou mais


focos e com maior chance de serem unitárias e terem
margens bem definidas, associadas, em muitos
casos, a dentes não erupcionados.

Achados Observa-se estroma fibromixoide celular/


histopatológicos fibroblástico semelhante ao mesênquima primitivo
ou a papilas dentárias em desenvolvimento. Os
fibroblastos do estroma podem ter um arranjo
difuso ou nodular, e a periferia pode apresentar
várias coleções de cordões.

Tratamento e Pode-se realizar tratamento conservador ou radical,


prognóstico a depender do caso. O tratamento conservador
consiste na enucleação associada à curetagem do
tumor. Já o tratamento radical, indicado em casos de
recorrência, devido ao potencial de transformação
maligna, envolve ressecção óssea parcial da região e
fixação rígida. Seu prognóstico é duvidoso.

Fonte: Adaptado de Almeida (2016), Magliari et al. (2016), Chrcanovic et al. (2018) e Onda et al. (2021).

Veja na Figura 7 os achados histopatológicos do fibroma ameloblástico.


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Figura 7. Achados histopatológicos do fibroma ameloblástico. É possível observar a pre-


sença de ilhas de epitélio odontogênico, com aspecto muito semelhante ao encontrado nos
ameloblastomas.
Fonte: Almeida (2016, p. 132).

Odontomas
Os odontomas são uma massa anormal de tecido dentário calcificado, geral-
mente representando uma anormalidade de desenvolvimento. Atualmente o
termo é usado para denotar lesões que contêm todos os tecidos dentários,
havendo dois tipos de odontoma: o complexo e o composto (TOMMASI, 2014).
Os tecidos podem formar massas indescritíveis de tecidos dentários, conhe-
cidos como “odontomas complexos”, ou múltiplas estruturas, semelhantes a
dentes, bem formadas, conhecidas como “odontomas compostos” (PREOTEASA;
PREOTEASA, 2018).
Os odontomas são os tumores odontogênicos mais frequentes na cavi-
dade oral, sendo considerados hamartomas, e não neoplasias verdadeiras.
Podem ser considerados tumores odontogênicos mistos, pois são compostos
de elementos tanto epiteliais quanto mesenquimais. Os distúrbios nesses
tecidos durante a formação do órgão do esmalte são sua principal etiologia
(RAJESH et al., 2020).
O Quadro 6 apresenta a etiologia, a epidemiologia, as características clíni-
cas, os achados radiográficos, os achados histopatológicos, o tratamento e o
prognóstico dos odontomas composto e complexo. Como estes têm etiologia,
características clínicas, achados radiográficos, tratamento e prognóstico
iguais, optamos por apresentá-los em uma única coluna para as duas lesões.
Tumores odontogênicos 15

Quadro 6. Características dos odontomas composto e complexo

Categoria Odontoma composto Odontoma complexo

Etiologia Sua etiologia é desconhecida. Traumas e infecções durante


o desenvolvimento do órgão do esmalte estão fortemente
associados ao seu surgimento.

Epidemiologia Acomete indivíduos com Acomete indivíduos com


idade média de 14,8 anos, idade média de 14,8
havendo maior prevalência anos, havendo maior
na segunda década de vida, prevalência na segunda
bem como leve predileção década de vida, bem
pelo gênero masculino. como leve predileção
Envolvem principalmente a pelo gênero masculino.
região anterior de maxila. Envolvem principalmente
a mandíbula.

Características Têm crescimento lento e não muito expansivo, sendo


clínicas associados, na maioria dos casos, a uma possível
alteração de posição dos dentes erupcionados. Além
disso, podem levar a distúrbios de erupção, como atraso
na erupção dos dentes decíduos e permanentes ou dentes
decíduos excessivamente retidos.

Achados Apresentam radiopacidade bem definida, situada no osso,


radiográficos circundada por um halo radiolúcido, que é tipicamente
circundado por uma fina linha esclerótica.

Achados Observam-se pequenas É formado, em grande


histopatológicos estruturas (chamadas parte, por dentina tubular
“dentículos”), entremeadas madura, intercalada
em uma matriz fibrosa com matriz de esmalte
frouxa, lembrando germes malformada e pequenas
dentários. ilhas de células epiteliais
fantasmas.

Tratamento e Seu tratamento é simples e envolve excisão local,


prognóstico conservadora, sem remoção de margem, seja no
odontoma composto, seja no complexo. Seu prognóstico é
excelente.

Fonte: Adaptado de Neville et al. (2016), Preoteasa e Preoteasa (2018), Park et al. (2018) e Rajesh
et al. (2020).
16 Tumores odontogênicos

Quanto aos achados radiográficos, convém destacar que os estágios


de desenvolvimento podem ser identificados com base nas características
radiológicas e no grau de calcificação da lesão (MAGLIARI et al., 2016). O pri-
meiro estágio é caracterizado por radiolucidez, o segundo mostra calcificação
parcial, e o terceiro exibe calcificações teciduais predominantes, com o halo
radiolúcido circundante (RAJESH et al., 2020).
Os odontomas compostos (Figura 8) apresentam uma imagem radiopaca
irregular, composta por múltiplas radiopacidades, que correspondem aos
chamados “dentículos” (PREOTEASA; PREOTEASA, 2018).

A B

Figura 8. (a) Aparência radiográfica de um odontoma composto, entre o canino e o incisivo


lateral inferiores direitos. (b) Achados histopatológicos do odontoma composto, em que a
seta indica a existência de dentina malformada, e a estrela, de esmalte rudimentar.
Fonte: Almeida (2016, p. 130).

Na lesão complexa, a radiopacidade não é específica. É identificada uma


massa desorganizada, irregular, única ou múltipla (Figura 9) (PARK et al., 2018).

A B

Figura 9. (a) Apresentação radiográfica do odontoma complexo, em região posterior direita


de mandíbula, apontando para uma massa amorfa e de conteúdo indistinguível. (b) Achados
histopatológicos do odontoma complexo, em que se observa uma massa desorganizada,
irregular, composta por algumas formações a partir da matriz do esmalte e da dentina.
Fonte: (a) Neville et al. (2016, p. 1386). (b) Neville et al. (2016, p. 1387).
Tumores odontogênicos 17

Tumores do ectomesênquima odontogênico


O grupo dos tumores do ectomesênquima odontogênico é menos controverso,
e seu conceito é razoavelmente simples. Eles surgem do tecido ectomesen-
quimal, que costuma participar das interações teciduais que levam ao desen-
volvimento dentário, mas nenhum epitélio presente participa ativamente do
crescimento desses tumores (NEVILLE et al., 2016; MAGLIARI et al., 2016). Os
tumores em questão são o fibroma odontogênico, o mixoma odontogênico e
o cementoblastoma, que serão detalhados a seguir.

Fibroma odontogênico
O fibroma odontogênico (Figura 10) é uma lesão relativamente incomum, tendo
sido descritos apenas cerca de 100 casos no mundo. Hoje, o fibroma é consi-
derado folículo dentário hiperplásico, e não mais um crescimento neoplásico
propriamente dito (MAGLIARI et al., 2016; REGEZI; SCIUBBA; JORDAN, 2017).

A B

Figura 10. (a) Aspecto radiográfico do fibroma odontogênico, em que se nota uma grande zona
radiolúcida em torno dos dentes anteriores, especificamente o canino e o incisivo lateral.
(b) Achados histopatológicos do fibroma odontogênico, apontando a proliferação do tecido
ectomesenquimal, de aspecto similar ao do mixoma, e a presença de ilhotas de epitélio
odontogênico, que são muito semelhantes aos restos epiteliais de Malassez.
Fonte: (a) Neville et al. (2016, p. 1389). (b) Almeida (2016, p. 134).

O Quadro 7 apresenta a etiologia, a epidemiologia, as características


clínicas, os achados radiográficos, os achados histopatológicos, o tratamento
e o prognóstico do fibroma odontogênico.
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Quadro 7. Características do fibroma odontogênico

Categoria Descrição

Etiologia Sua etiologia é desconhecida. É possível que alguns


traumas durante a formação do órgão do esmalte tenham
relação com os distúrbios do desenvolvimento celular.

Epidemiologia Acomete indivíduos de 4 a 80 anos de idade, havendo


predileção pelo gênero feminino. Ocorre em maxila e
mandíbula.

Características Pode gerar quadros de reabsorção óssea e mobilidade


clínicas dental, quando apresenta grandes dimensões. Em casos de
grandes expansões ósseas, pode haver defeito na mucosa
que recobre a região.

Achados Observam-se regiões radiolúcidas bem circunscritas,


radiográficos uniloculares e restritas ao terço inferior das raízes
dentárias. Se a lesão for maior, o aspecto se tornará
multilocular e poderá trazer bordos irregulares radiopacos.

Achados Existem apresentações distintas, conforme os padrões


histopatológicos da Organização Mundial da Saúde (OMS): o fibroma
odontogênico simples e o fibroma odontogênico complexo,
ou tipo OMS. No primeiro caso, há presença de múltiplas
células fibroblásticas estreladas, envolvidas em um arranjo
espiral com colágeno e material amorfo, que podem ter
pontos de calcificação irregular ao longo da amostra. No
segundo, há presença de grande quantidade de células
epiteliais, o que torna esse padrão mais complexo. Esse
epitélio pode se condensar em ilhas e se distribuir ao longo
da amostra.

Tratamento e Seu tratamento é simples e envolve enucleação e


prognóstico curetagem firme, pois a lesão é bem delimitada, na maioria
dos casos. Seu prognóstico é favorável.

Fonte: Adaptado de Neville et al. (2016), Pontes et al. (2018), Zhou e Li (2018) e Koutlas et al. (2021).

Mixoma odontogênico
O mixoma odontogênico (Figura 11) é uma neoplasia benigna, localmente
invasiva e agressiva, não metastatizante dos ossos da mandíbula. É a segunda
lesão odontogênica mais comum, com uma incidência de aproximadamente
0,07 novos casos por milhão de pessoas a cada ano (SIMON et al., 2004). Os
mixomas odontogênicos são aqueles derivados do ectomesênquima odon-
Tumores odontogênicos 19

togênico. Pontua-se isso porque há tipos de mixoma que são derivados de


tecido ósseo primitivo, e, nesses casos, eles recebem o nome de “mixomas
osteogênicos”. Todavia, os mixomas que ocorrem em ossos do sistema esto-
matognático são considerados de origem odontogênica e, desse modo, são
chamados “mixomas odontogênicos” (DOTTA et al., 2020).

A B

Figura 11. (a) Aspecto radiográfico do mixoma odontogênico, em que se observa uma grande
irregularidade na tábua óssea, em região posterior de maxila e mandíbula, ao lado esquerdo.
(b) Achados histopatológicos do mixoma odontogênico, em que se observa um tecido frouxo,
de caráter mixoide, tomando espaços medulares entre trabéculas ósseas.
Fonte: (a) Neville et al. (2016, p. 1399). (b) Neville et al. (2016, p. 1400).

O Quadro 8 apresenta a etiologia, a epidemiologia, as características


clínicas, os achados radiográficos, os achados histopatológicos, o tratamento
e o prognóstico do mixoma odontogênico.

Quadro 8. Características do mixoma odontogênico

Categoria Descrição

Etiologia Sua etiologia é desconhecida, estando relacionada,


provavelmente, ao ectomesênquima odontogênico de um
dente em desenvolvimento ou a células mesenquimais
indiferenciadas no ligamento periodontal.

Epidemiologia Embora haja registros de acometimento de pacientes


com idade entre 5 e 56 anos, a maioria dos casos se dá
entre a segunda e a quarta década de vida, não havendo
predileção por gênero. Ocorre na mandíbula.
(Continua)
20 Tumores odontogênicos

(Continuação)

Categoria Descrição

Características Tem crescimento lento, com potencial para causar


clínicas destruição óssea local, expansão cortical, infiltração
de tecidos moles, reabsorção radicular e movimentação
dentária. Geralmente é assintomático.

Achados Apresenta imagem radiolúcida, unilocular ou multilocular,


radiográficos com ou sem bordas bem definidas, irregulares ou
festonadas. Um aspecto clássico dos grandes mixomas é o
que se descreve como “bolhas de sabão”, uma composição
de múltiplas áreas radiolúcidas circundadas por linhas
radiopacas.

Achados Podem-se observar células estreladas e fusiformes


histopatológicos em uma matriz intercelular rica em mucoide, sem
encapsulamento e com trabéculas ósseas residuais
esporadicamente espalhadas. O estroma da lesão, em
alguns casos, pode ser constituído por feixes de colágeno,
e então a lesão passa a ser chamada “mixofibroma”.

Tratamento e O tratamento consiste em curetagem, para lesões


prognóstico pequenas, e ressecções, para lesões mais extensas. O
prognóstico é favorável na maioria dos casos, desde que
seja realizado um bom tratamento.

Fonte: Adaptado de Noffke et al. (2007), Tommasi (2014), Vasconcelos et al. (2018) e Dotta et
al. (2020).

Em análise microscópica, alguns cortes histológicos de mixoma odon-


togênico removido cirurgicamente podem demonstrar células com
atipia celular e grande infiltração inflamatória. Nesses casos, o tumor recebe a
denominação de “mixossarcoma”, ou “mixoma odontogênico maligno”. Importa
destacar que tais lesões podem apresentar um caráter mais agressivo.

Cementoblastoma
Com origem no ectomesênquima odontogênico, o cementoblastoma (Figura 12)
é um tumor odontogênico benigno raro, representando menos de 1% de todos
os tumores odontogênicos (NEVILLE et al., 2016). Ele tem sido considerado
uma variante do osteoblastoma, por apresentar características similares às
deste (YOON et al., 2021).
Tumores odontogênicos 21

A B

Figura 12. (a) Aspecto radiográfico do cementoblastoma, no primeiro molar inferior direito,
em que se observa uma massa radiopaca aderida ao terço apical da raiz — muito caracterís-
tica. (b) Achados histopatológicos do cementoblastoma, apontando a presença de material
calcificado em proliferação, de aspecto muito semelhante ao do cemento.
Fonte: (a) Neville et al. (2016, p. 1244). (b) Almeida (2016, p. 135).

O Quadro 9 apresenta a etiologia, a epidemiologia, as características


clínicas, os achados radiográficos, os achados histopatológicos, o tratamento
e o prognóstico do cementoblastoma.

Quadro 9. Características do cementoblastoma

Categoria Descrição

Etiologia Sua etiologia é desconhecida. Traumas e infecções durante


o desenvolvimento do órgão do esmalte estão fortemente
associados a seu surgimento.

Epidemiologia A lesão acomete mais adultos jovens, entre a segunda e


a terceira década de vida, não havendo predileção por
gênero. Com certa frequência, envolve o primeiro molar
permanente inferior vital.

Características Apresenta-se com dor e inchaço associado, devido à


clínicas expansão óssea dos aspectos vestibular e lingual dos
rebordos alveolares. Como o dente geralmente está vital,
é comum que ele responda positivamente a testes frios ou
quentes de vitalidade pulpar.

Achados Observa-se massa radiopaca bem circunscrita,


radiográficos aderida à raiz do dente envolvido, com uma fina zona
radiolúcida circundante. Quando a fixação à raiz do dente
envolvido é aparente, esse achado radiográfico é quase
patognomônico.
(Continua)
22 Tumores odontogênicos

(Continuação)

Categoria Descrição

Achados Caracteriza-se por massas de cemento hipocelular


histopatológicos embebidas em um estroma fibrovascular, com borda
cementoblástica proeminente.

Tratamento e O tratamento mais recomendado é a excisão completa da


prognóstico massa, com remoção do dente afetado. Com a remoção
incompleta, a recorrência é comum, e o risco de recorrência
parece ser maior nos casos tratados apenas com
curetagem. Seu prognóstico é favorável.

Fonte: Adaptado de Borges et al. (2019), Rajesh et al. (2020) e Yoon et al. (2021).

Em relação às características radiográficas, convém ressaltar que podem


ser observados quadros adicionais, como reabsorção radicular, perda do
contorno radicular, invasão do canal radicular, expansão óssea, deslocamento
e envolvimento de dentes adjacentes, erosão cortical e obliteração do espaço
do ligamento periodontal. Quanto aos achados histopatológicos, é possível
visualizar, ainda, outra característica marcante: a formação de linhas de
reversão basofílicas proeminentes dentro do cemento, dando à lesão uma
aparência pagetoide. Células gigantes multinucleadas do tipo osteoclasto
e cementoblastos roliços podem estar presentes no estroma fibrovascular.
Na periferia da lesão, há uma borda de tecido conjuntivo e, comumente, co-
lunas radiantes de tecido celular não mineralizado, que responde pela zona
radiolúcida radiográfica (REGEZI; SCIUBBA; JORDAN, 2017; RAJESH et al., 2020).
Neste capítulo, você pôde compreender as características dos distintos
tumores odontogênicos, conhecendo sua etiologia, sua epidemiologia, suas
características clínicas, seus achados radiográficos e histopatológicos, bem
como seu tratamento e seu prognóstico. Esse aprendizado é essencial para
que o profissional saiba identificar o quadro e agir rapidamente, oferecendo
um tratamento mais eficaz e, assim, reduzindo a morbidade.

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