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ESCOLA SUPERIOR DA AMAZÔNIA

FACULDADE DE ODONTOLOGIA

REMOÇÃO CIRÚRGICA DE MÚLTIPLAS EXOSTOSES

ANA CAROLINA DE ARAÚJO IBIAPINA


IZABELA CRISTINA DA SILVA WANZELLER DE CASTRO
KISIA KARLA DE ALMEIDA BARROS

BELÉM/PA
2020
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ANA CAROLINA DE ARAÚJO IBIAPINA
IZABELA CRISTINA DA SILVA WANZELLER DE CASTRO
KISIA KARLA DE ALMEIDA BARROS

REMOÇÃO CIRÚRGICA DE MÚLTIPLAS EXOSTOSES

Pré-projeto de trabalho de conclusão de


curso apresentado a faculdade de
Odontologia da Escola Superior da
Amazônia, como requisito obrigatório
para obtenção do grau de Bacharel em
Odontologia.
Orientador: Jader Fadul de Lima

BELÉM
2020

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------------------- 4
2. REVISÃO DE LITERATURA -----------------------------------------------------------5
2.1. O QUE SÃO TÓRUS ------------------------------------------------------------------5
2.2. ETIOLOGIA DA EXOSTOSE --------------------------------------------------------5
2.3. LOCALIZAÇÃO DA EXOSTOSE ---------------------------------------------------5
2.4. TRATAMENTO DA EXOSTOSE ---------------------------------------------------6
3. OBJETIVOS --------------------------------------------------------------------------------9
3.1. OBJETIVO GERAL --------------------------------------------------------------------9
3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO ------------------------------------------------------------9
4. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ----------------------------------------------------10
5. JUSTIFICATIVA --------------------------------------------------------------------------11
6. METODOLOGIA ------------------------------------------------------------------------- 12
7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES --------------------------------------------------13
8. REFERÊNCIAS -------------------------------------------------------------------------- 14

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1. INTRODUÇÃO
As exostoses (Tórus) são crescimentos ósseos benignos que acometem
as corticais ósseas. Alguns autores denominam exostose quando esse
crescimento é localizado nas faces vestibulares de mandíbula e maxila, assim
como os tórus seriam o mesmo crescimento pela face lingual e/ou no palato.
Esse crescimento ósseo benigno também é definido como protuberâncias ósseas
convexas, bem delimitadas, que apresenta crescimento lento e gradativo, com
superfície lisa, apresentando cortical densa e escassa e osso esponjoso coberto por
uma fina mucosa pouco irrigada.
Dependendo da sua localização, o tórus mandibular pode ser classificado
como unilateral único, unilateral múltiplo ou bilateral único e bilateral múltiplo, sendo
que o tipo bilateral ocorre em aproximadamente 90% dos casos.
O diagnóstico é obtido após exame clínico, normalmente de rotina, uma vez
que estas protuberâncias são assintomáticas e, por esse motivo em grande parte
dos casos o paciente não está ciente de que é portador do tórus mandibular.
Todavia, para confirmar o diagnóstico, alguns exames devem ser realizados, como
radiografias da cavidade oral e, quando necessária, uma avaliação histológica.
De modo geral não é necessário realizar tratamento, a menos que seja por
motivos protéticos ou quando há constantes traumatismos da mucosa que reveste o
tórus. Em alguns casos, estas protuberâncias podem interferir na dicção do
paciente, bem como na mastigação, deglutição e no posicionamento normal da
língua, sendo, portanto, nesses casos, realizada a intervenção cirúrgica.

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2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. O QUE SÃO TÓRUS
Os tórus orais são anomalias de desenvolvimento benignas que não
representam nenhum significado patológico e consistem de osso cortical denso com
pouca quantidade de medula óssea. O tórus trata-se de uma anomalia que ocorre
devido a gene autossômico. O tórus mandibular, apresenta determinação genética e
grande influência ambiental, como o estresse oclusal e bruxismo.
Ainda que o nome de exostose esteja enraizado, a nomenclatura pode diferir
de acordo com sua localização. Em linha média do palato duro ou na região lingual
pertinente aos pré-molares na mandíbula, por exemplo, são denominados tórus
palatino e mandibular, respectivamente. Já quando na face vestibular, são
comumente chamados de exostoses, com uma incidência variante entre 9 a 65% e
predileção pelo gênero feminino. Com exceção da sua aparição em mandíbula e
maxila na cavidade bucal, essa variação é considerada rara nas demais localizações
(VILLAMIL & MELO, 2019).

2.2. ETIOLOGIA DA EXOSTOSE


A origem das exostoses vem sendo investigada por vários autores, entretanto
nenhum consenso foi alcançado até hoje. As hipóteses mais aceitas são: distúrbios
nutricionais, hereditariedade, hiperfunção mastigatória e fatores ambientais. A maior
prevalência foi encontrada na fase adulta, no grupo de 60 anos ou mais (21,7%),
quando comparado com o grupo de 13 a 19 anos (7,8%). Os demais grupos de 20 a
59 anos, demonstraram uma frequência similar. A prevalência é maior no sexo
masculino (NASCIMENTO FILHO et al., 2004).

2.3. LOCALIZAÇÃO DA EXOSTOSE


Dentre as localizações anatômicas preferenciais das exostoses, citam-se os
seios paranasais, maxila, mandíbula, canal auditivo externo e calota craniana, sendo
a mandíbula mais afetada que a maxila, havendo certa controvérsia na literatura
quanto aos dados epidemiológicos idade e sexo dos pacientes (MAFRA et al., 2014).
Esse tipo de variação é diagnosticado durante a realização da anamnese e
exames físicos corriqueiros não relacionados a qualquer sintomatologia, porém os
exames de radiografias se tornam aliados para o diagnóstico. Em algumas situações

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o volume da exostose pode comprometer esteticamente e funcionalmente o local
afetado. É comum que ulcerações na mucosa, provocadas por trauma, estejam
presentes e acabem resultando em desconforto extremo (VILLAMIL & MELO, 2019).
Há relatos na literatura que há uma correlação significativa entre toros
mandibular, exostoses e disfunções temporomandibulares. Porém não foi
encontrado nenhuma relação entre tórus mandibular e tórus palatino sugerindo que
ambas as condições são geneticamente independente, apesar de ser influenciado
pelo mesmo fator ambiental. Alguns autores afirmam que o tórus palatino é
encontrado com maior frequência em mulheres, enquanto que o tórus mandibular é
mais comum nos homens.

2.4. TRATAMENTO DA EXOSTOSE


O tratamento, por meio de excisão cirúrgica, vai depender de diversos fatores,
incluindo os fisiológicos, como a anatomia da região, o tamanho do defeito e da
presença ou não de tecido queratinizado adjacente. É realizado para situações de
comprometimento estético e funcional, que necessitam de regularização da área,
como na confecção de peças protéticas, (JAIN; KAPOOR; SUJAY, 2014). As
alterações ósseas normalmente acometem a linha média do palato duro e a
superfície lingual do processo alveolar da mandíbula, dessa forma, o surgimento de
exostoses em outras regiões do osso alveolar não são comuns.
Alguns autores citam que a remoção do tórus é indicada nos casos de dor,
em função da mucosa delgada que as recobrem e afirmam ainda, que a remoção ou
alívio cirúrgico pode ser necessário para colocação de prótese total ou parcial
inferior, ou em caso de traumatismo frequente na mucosa subjacente. Se o tamanho
do tórus for discreto, não oferecerá nenhum problema na moldagem e confecção
protética, bastando, se necessário um alívio na prótese. Os tórus mandibulares em
alguns casos podem, interferir na fisiologia da fonação, da mastigação, da dicção, da
deglutição, no posicionamento normal da língua e por necessidades protéticas,
sendo necessária intervenção cirúrgica.
A remoção cirúrgica dos tórus geralmente apresenta um bom prognóstico,
porém pode ser observado a formação de hematomas, infecção, má cicatrização,
necrose e até neuralgia em alguns casos.

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Radiograficamente os tórus mandibulares podem ser observados como áreas
circunscrita de alta sobreposição de radiopacidade nas raízes dos dentes inferiores.
O tórus mandibular grande pode aparecer nas radiografias periapicais.
Histologicamente os tórus se assemelham ao osso normal. São compostos de osso
hiperplásico de estrutura compacta e uma parte central esponjosa com espaços
medulares.
Pacientes com lesões diagnosticadas como osteomas devem ser avaliados
considerando-se a possibilidade de serem portadores da Síndrome de Gardner.
Eles podem apresentar como sintomas sangramento retal, diarreia e dor
abdominal. Também é relatada a presença de pólipos gastrointestinais, tumores
da pele e tecidos moles, anomalias esqueléticas, como osteoma e
hipercalcificação do crânio ou dos ossos maxilares, e, finalmente, vários dentes
inclusos e supranumerários.
Em termos de diagnóstico diferencial, os osteomas periféricos dos ossos
maxilares devem ser distinguidos de outras exostoses das maxilas, incluindo
tórus. Exostoses ósseas tendem a aparecer no aspecto vestibular do osso
alveolar, em contraste com os osteomas periféricos, que quase sempre ocorrem
nas faces lingual/palatina do osso alveolar. Além disso, tem sido sugerido que
exostoses ósseas, com exceção dos osteomas não são neoplasias verdadeiras,
mas sim lesões de desenvolvimento. Além disso, exostoses geralmente param de
crescer na puberdade, diferente dos osteomas. Osteoblastomas e osteomas
osteoides podem se apresentar como expansão óssea lingual ou bucal e também
devem ser distinguidos de osteomas periféricos. Os pacientes com osteoblastoma
ou osteoma osteoide costumam apresentar-se com uma história de crescimento
rápido e dor, uma característica não associada diretamente com osteoma
periférico na maioria das vezes, exceto quando estão invadindo estruturas de
tecidos moles contínuas. Inflamação e fístula são características mais
frequentemente associadas com a displasia cemento-óssea focal ou florida do
que com os osteomas.
Por serem lesões benignas latentes, podem, algumas vezes, ser
proservadas sem necessidade de cirurgia. O prognóstico é bom, não havendo
nenhum tipo de complicação, exceto naqueles localizados junto aos seios da
face, quando podem ocasionar compressões extrínsecas. Principalmente
osteomas pequenos devem ser tratados não invasivamente com

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acompanhamento clínico e radiográfico periódicos, considerando que a maioria
desses tumores são assintomáticos, não havendo relatos de malignidade. Nos
casos de grandes tumores, o tratamento cirúrgico deve ser realizado.

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3. OBJETIVO
3.1. OBJETIVO GERAL
 Relatar o que são exostoses, suas causas, características, sintomas e
tratamento.
3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO
 Relatar a importância da cirurgia no tratamento da exostose.

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4. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
 Qual a importância do tratamento para o paciente com exostose?
 Quais os métodos de diagnóstico para exostose?
 O método cirúrgico sempre será necessário para o tratamento da
exostose?

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5. JUSTIFICATIVA
Segundo a pesquisa sobre o tema em estudo, observou- se, que a cirurgia no
tratamento de exostose é de suma importância para o paciente portador da
protuberância óssea em maxila e mandíbula. Assim sendo, despertou-nos o
interesse em pesquisar e conhecer mais sobre o assunto.
Em um dos artigos estudados, os autores reviram 11 pacientes portadores de
exostoses múltiplas hereditárias e analisaram os seguintes aspectos: clínicos,
radiográficos, deformidades secundárias, história familiar, tratamento e
complicações. Em relação às áreas de maior frequência, verificaram amplo
predomínio naquelas em que o crescimento ósseo fisário é mais pronunciado.
Destacam a importância da indicação cirúrgica tão logo o diagnóstico seja feito, para
as lesões localizadas em determinados segmentos, e a conduta expectante para
outras, até o final do crescimento, visando melhores resultados funcionais e
cosméticos. A malignização, complicação potencial grave, não foi encontrada nesta
série.

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6. METODOLOGIA
O estudo a ser efetuado é uma revisão de literatura, que está sendo realizada
através de coleta de dados com base em um levantamento bibliográfico, com
materiais já elaborados como artigos científicos, com o intuito de extrair tais
informações que possam esclarecer dúvidas sobre tratamento odontológico de
pacientes com exostose.

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7. CRONOGRAMA
AGO SET OUT NOV DEZ
Escolha do tema X
Início da pesquisa bibliográfica X X
Início coleta de dados X X
Apresentação Pré projeto X

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. FERNANDES, Luciana Maria Paes da Silva; CAPELOZZA, Ana Lúcia Álvares.
Exostoses vestibulares assintomáticas: relato de caso. Revista da APCD, São Paulo,
v. jan./fe 2011, n. 1, p. 39-41, 2011. Disponível em:
<https://repositorio.usp.br/item/002180768>. Acesso em: 19/09/2020.

2. MAFRA, Rodrigo Porpino; VASCONCELOS, Rodrigo Gadelha; QUEIROZ, Lélia


Maria Guedes; VASCONCELOS, Marcelo Gadelha. Osteoma Maxilar: Relato de
Caso. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. Vol. 18, n. 1, p. 49-54, 2014.
Disponível em: <https://periodicos.ufpb.br/index.php/rbcs/article/view/15250>.
Acesso em: 25/09/2020.

3. NASCIMENTO FILHO, Ernesto; SEIXAS, Maria T.; MAZZONI, Alessandra;


WECKX, Luc L. M. Osteomas exofíticos múltiplos de ossos craniofaciais não
associados à Síndrome de Gardner: relato de caso. Rev. Bras. Otorrinolaringol.
vol.70, n.6, São Paulo Nov./Dec. 2004. Disponível em:
<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext &pid=S0034-
72992004000600023>.Acesso em: 25/09/2020.

4. SILVA, M.V.; GUSKUMA, F.U.; GUSKUMA, M.H.; INAGATI, C.M.; GUSKUMA,


L.L.C.C. Exostose de mandíbula em relação direta com estruturas nobres: relato de
caso e descrição de técnica cirúrgica. Rev. odontol. UNESP, vol.41, n Especial, p.0,
2012. Disponível em:
<https://www.revodontolunesp.com.br/article/5880191b7f8c9d0a098b4fa4>. Acesso
em: 19/09/2020.

5. VILLAMIL, Janine Gomes Correia; MELO, Tayamara de. Remoção cirúrgica de


múltiplas exostoses vestibulares em região de maxilar: relato de caso. TCC
(Graduação em Odontologia) - Centro Universitário CESMAC, Maceió, AL, 2019. 19
p. Disponível em:
<https://ri.cesmac.edu.br/bitstream/tede/479/2/Remo%C3%A7%C3%A3o%2cir%C3%
BArgic
a%20de%20m%C3%BAltiplas%20exostoses%20vestibulares%0em%20regi%C3%A
3o%20d e%20maxila.pdf>. Acesso em: 19/09/2020.

6. THOMAS, Liji. Exostose/osteoma - Overgrowth benigno de osso Pre-Existente.


News Medical, Life Sciences, 2019, junl. Disponível em: <https://www.news-
medical.net/health/Exostosis-Osteoma-Benign-Overgrowth-of-Pre-Existing-Bone-
(Portuguese).aspx> . Acesso em: 25/09/2020

7. WOLDENBERG Y, NASH M, BODNER L. Peripheral osteoma of the maxillofacial


region. Diagnosis and management: A study of 14 cases. Med Oral Patol Oral Cir
Bucal, 10(2): 139- 42, 2005.

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