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As vias respiratórias são divididas em :

1- Vias superiores: tudo que está acima da glote → nasofaringe (nariz), orofaringe (boca), Laringofaringe, laringe
2- Vias inferiores: tudo que está abaixo da glote → traquéia, brônquios, bronquíolos, ductos alveolares e alvéolos

O pulmão direito é maior que o esquerdo e possui 3 lobos: Superior, Médio, Inferior;
O pulmão esquerdo tem apenas 2 lobos: Superior, Inferior;

ÂNGULO LOUIS:
- Localiza-se na junção do manúbrio com o corpo do esterno. Identifica o 2º espaço intercostal e corresponde a bifurcação
da traqueia e ao arco da aorta.
ÂNGULO DE CHARPY:
- Serve para caracterizar o biotipo.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:

MANIFESTAÇÕES PULMONARES PRIMÁRIAS:


- As manifestações primárias são as que se originam na própria estrutura do órgão
- Manifestações das vias aéreas: tosse, hemoptise, expectoração e chieira torácica
- Manifestação pleural: dor torácica
- Manifestações funcionais: dispnéia e cianose

MANIFESTAÇÕES SECUNDÁRIAS:
- São manifestações associadas a peumopatias sem serem específicas e exclusivas das doenças pulmonares.
- Podem ser gerais, mediastinais e extratorácicas;
- Febre, anorexia, emagrecimento, astenia, baqueteamento digital, síndromes paraneoplásicas e da veia cava superior (CA
pulmonar lobo superior direito).

SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS:
- Definidas como efeitos do tumor que ocorrem em sítios distantes da doença primária ou de suas metástases
- Comumente associadas aos tumores de pulmão, estômago e mama
- Podem ocorrer antes do diagnóstico do câncer, coexistir com ele ou surgir meses ou anos.
- Síndrome de Cushing (secreção ectópica de ACTH), hipercalcemia, Secreção inapropriada de hormônio antidiurético.

SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR:


- Conjunto de sinais e sintomas que acompanham invasão, compressão ou tração da veia cava superior (com ou sem
trombose venosa) – Algo que atrapalha a drenagem da cabeça e pescoço.
- Caracteriza-se por edema e pletora da face, pescoço e membros superiores, telangiectasias e circulação colateral
- Pletora facial: rosto avermelhado, principalmente ao acordar.

BAQUETEAMENTO DIGITAL:
- Sinal de Schammroth → Normalidade

TOSSE:
- Expiração explosiva, acompanhada de ruído característico;
- Mecanismo de defesa;
- Não há tosse normal;
- Multifatorial → Nem toda tosse está associada a problema pulmonar
- Mecanismo da tosse:
1- fase nervosa (estímulo > receptor > centro da tosse)
2- fase inspiratória (abertura da glote e inspiração rápida)
3- fase compressiva (fechamento da glote e contração da musculatura expiratória)
4- fase explosiva (abertura súbita da glote com fluxo aéreo explosivo em alta velocidade com ruído característico)

- Classificação: aguda (menos de 3 semanas) ou crônica; seca ou produtiva;


- Causas de tosse: IVAS, rinites e rinossinusites alérgicas, asma, DRGE, medicamentos (IECA), DPOC, tabagismo, Insuficiência
cardíaca, infecções pulmonares, câncer de pulmão;
- Manifestação mais comum;
- Complicações da tosse:
• Fratura de costelas(incomum)>>osteoporose, hiperparatireoidismo
• Ruptura do reto abdominal
• Tosse > manobra de valsalva modificada > redução do débito cardíaco e hipotensão arterial

EXPECTORAÇÃO:
- Escarro: mistura de secreções eliminadas pela boca;
- Não existe expectoração normal (as secreções produzidas são removidas pelo aparelho mucociliar e levadas a faringe onde
são deglutidas sem haver consciência do fenômeno).
- Composição do escarro: material proveniente do trato respiratório inferior, boca e nasofaringe (sem secreções do trato
respiratório inferior não pode ser chamado de escarro).
- Produção de muco em condições normais: 100ml/dia(deglutido reflexamente na faringe).
- O exame clínico do escarro deve considerar aspecto, odor e quantidade.
- Características:
• Seroso: aspecto líquido (água, eletrólitos, pobre em células);
• Mucóide: translúcido como clara de ovo (água, mucoproteínas, celularidade baixa);
• Purulento (rico em piócitos, celularidade alta);
• Hemoptóico (“rajas ou raias de sangue”).
- O escarro purulento pode assumir cor esverdeada devido a enzima verdoperoxidase eliminada pelos piócitos degradados
- O escarro purulento ou mucopurulento traduz infeção por germes piogênicos. Mas podem ser decorrentes de inflamação
eosinofílica não significando infecção;
- Volume escarro:pode ser avaliado pela quantidade diária.Volume igual ou superior a 30 ml/dia é considerado como de
médio volume.
- Cheiro: Escarro fétido significa infecção por germes anaeróbios.

HEMOPTISE:
- Mecanismos: distúrbio da integridade do vaso ou da coagulação.
- Causas: bronquiectasias, câncer laringe, câncer brônquico,TBC, PNM, abscesso, traumas, neoplasias metastáticas, vasos
pulmonares (infarto pulmonar), iatrogênicas (broncoscopia, punção torácica). Estenose mitral:sangramento proveniente
da ruptura de veias brônquicas secundário a hipertensão pulmonar
- Hemoptise pequena: menor que 30 ml(Rx tórax normal)
- Hemoptise moderada:30-200 ml (Rx tórax normal)
- Hemoptise grave:maior que 200 ml(Rx tórax alterado)
- Hemoptise maciça: maior que 500 ml
- Quando nenhuma causa for identificada a hemoptise é rotulada de idiopática (10 a 20% dos casos)

VÔMICA:
- Eliminação brusca através da glote, de uma quantidade abundante de pus ou líquido de outra natureza
- Causas: abscesso pulmonar, empiema pleural(pus na cavidade pleural), mediastinites supuradas, abscesso subfrênico

CHEIRIA TORÁCICA:
- Manifestação das vias aéreas que traduz obstrução brônquica
- Quanto mais central (ao nível de grandes vias aéreas) a obstrução, mais perceptível é a chieira. No enfisema, obstrução
periférica resulta em respiração difícil e silenciosa.
- Causas de obstrução: broncoespasmo, edema, inflamação, fibrose, tumores ou corpo estranho.
- Obstrução brônquica pode ser fixa (tumores, corpo estranho) ou variável (secreção, inflamação).
- Exemplos: asma (paroxística), DPOC, viroses da infância e insuficiência cardíaca (“asma cardíaca”)
DOR TORÁCICA:
- Dor torácica Parietal (maioria das causas de dor no tórax: Bem localizada, pode ser ventilatório- dependente.
• Divide-se em:
1. Dor Parietal muscular: acometimento dos grandes músculos. História de trauma prévio, exercício incomum ou
tosse intensa. Bem localizada e não ventilatório -dependente;
2. Dor Parietal costal (relativo as costelas): Superficial, bem localizada, ventilatório dependente e acompanhada de
hiperestesia local. Decorrente de trauma local, tosse intensa com fratura de costelas
3. Dor Parietal nervosa: Superficial ou profunda, difusa e acompanhada de hiperestesia local com irradiação para
área de distribuição cutânea do nervo e relato de queimação (nevralgia pós herpética (comum em idosos
contaminados pelo herpes-zoster, dor de difícil tratamento – antidepressivo, anticonvulsivante, adesivos de
lidocaína... Há a vacina, mas é muito cara), radiculopatia)).

- Dor torácica Pleural (Somente pleura parietal tem inervação sensitiva): bem localizada, ventilatório-dependente,
percebida como pontada ou facada, inexiste hiperestesia local ou esta é mínima (PNM, Pleurites, infarto pulmonar).

- Dor torácica Mediastinal: Profunda, mal definida, normalmente retroesternal (Dissecção aguda de aorta – dor MUITO
intensa e súbita, esofagite, espasmo esofágico, tumores);

- Dor torácica Visceral: profunda, mal definida (Reações emocionais);

DISPNEIA:
- Definição: dificuldade para respirar, podendo o paciente ter ou não consciência deste estado.
- Pode ser subjetiva ou objetiva.
- Pode acompanhar-se de taquipneia (aumento da frequência) ou hiperpnéia (amplitude).
- Bradipnéia: respiração lenta
- Ortopnéia: Dispneia em decúbito dorsal que melhora em posição ereta>> impede o paciente de ficar deitado (ICC, Asma,
DPOC)
- Dispneia paroxística noturna: variação da ortopnéia. Comum em cardiopatas e na Asma, mas pode ocorrer no DPOC;
- Trepopinéia: dispneia em decúbito lateral (no lado do derrame pleural). Paciente deita-se sobre o lado são.
-Platipnéia: dispneia na posição ortostática (Forma rara. Doenças hepáticas avançada)
-Apneia: ausência de respiração
- Mecanismos:
1. Demanda excessiva de ventilação;
1.1: Fisiológica (gravidez, exercício, altitude)
1.2: Patológica (anemia, hipertireoidismo, acidose metabólica, ansiedade)
2. Distúrbio ventilatório
2.1: Neuromuscular (ELA, Esclerose Múltipla, Miastenia gravis)
2.2: Restritivo: levam a perda da elasticidade pulmonar (Fibrose pulmonar, pneumotórax, Derrame Pleural,
Cifoescoliose)
2.3: Obstrutivo: maior resistência de vias aéreas (Asma e DPOC)
2.4: Misto: Restritivo e Obstrutivo (Sequela de tuberculose, DPOC)

- Nem sempre a dispnéia guarda relação com a gravidade do distúrbio;


- Classifica-se em aguda e crônica;
- A dispnéia é a manifestação clínica que traduz um distúrbio da ventilação enquanto a cianose repercute as dificuldades de
trocas gasosas.

CAUSAS DE DISPNEIA:
• Causas atmosféricas → Altitude;
• Causas parenquimatosas (ex. Pneumonias);
• Causas Pleurais;
• Causas cardíacas;
• Embolia pulmonar;

CIANOSE:
- Definição: coloração azulada da pele e da superfície mucosa devido ao aumento de hemoglobina não saturada
- Mecanismos:
1. Central: Provocada por problemas pulmonares ou cardíacos: hipoventilação alveolar; problemas com trocas
gasosas; shunt arteriovenoso.
2. Periférica: diminuição fluxo sanguíneo para os tecidos

- Manifestação tardia (saturação no sangue arterial cai abaixo de 88%);


- Hipóxia: carência de oxigênio ao nível tissular;
- Hipoxemia: carência de oxigênio no sangue;

- Sinais clínicos da Hipóxia e Hipoxemia:


• Resposta cardiocirculatória: aumento do pulso e do débito cardíaco. Dilatação dos vasos periféricos.
Vasoconstrição das arteríolas pulmonares, aumento da pressão na artéria pulmonar.
• Resposta ventilatória: aumento da FR (Efeito tardio. Ocorre apenas quando a Pao2 atinge 50 mmHg).
• Resposta tecido hematopoiético: aumento eritropoetina pelos rins levando a policitemia secundária nos casos de
hipoxemia crônica
• Resposta do SNC: Cefaléia, confusão mental, incoordenação motora e da fala

- O Exame físico do tórax é um estudo comparativo;


- Para inspeção, percussão, palpação e ausculta (nessa ordem), cada região deve ser comparada com a mesma região do
hemitórax oposto;

REGIÕES DO TÓRAX:

LE – Linha esternal; LAP – Linha axilar posterior; LEC - Linha escapular;


1 – Região esternal; LAM – Linha axilar média; LV – Lina vertebral;
2 – Região supraesternal; LAA – Linha axilar anterior; 9 – Região supraescapular;
3 – Região supraclavicular; 7 – Região axilar; 10 – Região escapular;
4 – Região infraclavicular; 8 – Região infra-axilar. 11 – Região inter-escapulo-
5 – Região mamária; vertebral;
6 – Região infra-mamária 12 – Região infraescapular.

INSPEÇÃO ESTÁTICA – FORMA DO TÓRAX:


- O tórax anterior é observado com o paciente em decúbito dorsal e a região posterior com o paciente sentado, em pé ou em
decúbito lateral;
- Inspeção estática (forma do tórax);
- Inspeção dinâmica (movimentos respiratórios).
- Alterações da parede torácica:
• Cicatrizes (cirurgia cardíaca → cicatriz esternal ou paraesternal);
• Inflamações;
• Tumores, circulação colateral tipo cava superior;
- O tórax sem alterações (ATÍPICO) mantém uma relação entre AP/L de 1:2 (diâmetro lateral duas vezes o valor do diâmetro
ântero-posterior);
- As deformidades torácicas representam variações na relação entre estes diâmetros.

1. Tórax Globoso ou em Tonel:

a. Aumento do diâmetro ântero- posterior:relação:1:1 (quase do mesmo tamanho);


b. Presente em doenças que cursam com obstrução ao fluxo aéreo ou com perda da força
elástica pulmonar (bronquite crônica, DPOC, Asma, bronquiequitasias, enfisema)
c. Decorre da hiperinsuflação pulmonar
d. Pode estar associada a alterações degenerativas que acompanham o envelhecimento.
e. Arcos costais bem separados.

2. Tórax em peito de pomba ou Pectus Carinatum:

a. Relação 1:1 em virtude somente da proeminência do esterno


b. Pode ser congênito ou adquirido
c. Maioria dos pacientes é assintomática
d. Forma congênita (alteração vai se pronunciando a medida que a criança
cresce)
e. Forma adquirida acompanha defeitos congênitos do septo interatrial ou
interventricular

3.Tórax em peito escavado ou Pectus


Excavatum:

a. Relação menor que 1:2 em virtude da retração do esterno para dentro


b.Congênito
c. Repuxamento excessivo das fibras anteriores do diafragma que se prendem
ao esterno inferior e ao apêndice 6ongilí
d. Geralmente não há repercussão clínica
e. Indicação cirúrgica de natureza estética.

4. Tórax plano ou chato:


a. Parede anterior perde sua convexidade normal;
b. Redução do diâmetro ântero-posterior;
c. Musculatura pouco desenvolvida:Indivíduos 6longilíneos, doenças consuptivas (Insuficiência Cardíaca)

5. Cifoescoliose:

a. Além da cifose um desvio da coluna para o lado.


b. Relação:1:1 pela proeminência posterior da coluna
vertebral(85% dos casos tem causa idiopática
c. Principal complicação é o cor pulmonale (aumento da pressão
dentro do pulmão) crônico(a partir da quarta ou quinta
décadas)

INSPEÇÃO DINÂMICA:
- Tipo respiratório, Ritmo respiratório, Freqüência respiratória, Amplitude dos movimentos, Presença ou não de tiragem,
Expansibilidade dos pulmões.
Tiragem:
- Uso da musculatura acessória;
- Tiragem intercostal;
- Quando a pessoa respira e acontece o batimento da musculatura;

Frequência Respiratória:
- Variável em uma pessoa saudável;
- Adulto em repouso: 12 a 16irpm(incursões respiratórias por minuto) a 20irpm - eupnéico
- > que 20irpm Taquipnéia
- <16irpm bradpnéia
- Apnéia : ausência total de ventilação
- Frequência respiratória maior que 35 representa um dos critérios de gravidade

Tipo respiratório:
- Torácica ou Toracoabdomina;
Ritmos respiratórios: regular X irregular.

1. CHEYNE-STOKES:
a. Períodos variáveis de incursão respiratória cada vez mais profunda intercalada com apnéia (hiperpnéia e
apnéia)
b. Crianças e idosos
c. Insuficiência cardíaca, IRenal, depressão respiratória por medicamento(MORFINA),Tumor cerebral

2. KUSSMAUL:
a. Inspirações profundas e ruidosas seguidas de pausas e expirações rápidas e breves
b. Acidose metabólica – eliminação de CO2

3. SUSPIRADA:
a. Movimentos respiratórios interrompidos por suspiros
b. Traduz tensão emocional e ansiedade

4. BIOT:
a. Irregularidade imprevisível
b. Incursões superficiais ou profundas
c. Períodos irregulares
d. Depressão respiratória e lesão bulbar,meningite
PALPAÇÃO DO TÓRAX:
- Áreas dolorosas
- Pesquisa de linfonodos (Linfonodo de Virchow:supra clavicular esquerdo aumentado em neoplasias abdominais:
estômago, pâncreas e fígado
- Expansibilidade
- Avaliar alterações observadas na inspeção
- Pesquisa do FTV

FRÊMITO TORACOVOCAL:
- Sensação tátil do examinador na parede torácica produzida pela voz do paciente quando o mesmo
fala lentamente uma palavra de tonalidade grave;
- Pede para o paciente falar o termo “trinta e três”;
- Aumenta na consolidação e diminui ou é abolido no derrame pleural, atelectasia e
pneumotórax;
- A palpação do frêmito deve ser sempre comparativa
- A transmissão das ondas sonoras é melhor nos meios sólidos, depois líquidos e finalmente no ar
- Um lado com o outro, em cima e embaixo (sempre comparando)
- Avaliar em toda a região anterior e posterior. Na região supraclavicular, os dedos ficam “fechados”.

Consolidação: é um sinal de doenças respiratórias caracterizadas por substituição do ar alveolar por líquido
prejudicial (como transudato, exudato ou tecido conjuntivo), lesionando a área.
Derrame pleural: popularmente conhecido como água na pleura ou água no pulmão, é o nome dado ao acúmulo
anormal de líquido na pleura, uma fina membrana que envolve o pulmão.
Atelectasia: é um colapso total ou parcial do pulmão ou do lóbulo pulmonar, que acontece quando os alvéolos
(pequenos sacos pulmonares) se esvaziam.
Pneumotórax: é uma emergência média causada pela presença de ar entre as membranas que revestem os pulmões
e gera um pulmão colapsado. Pode afetar um ou ambos os pulmões e causar dificuldade para respirar.

EXPANSIBILIDADE DOS LOBOS SUPERIORES: pede para o paciente inspirar e expirar

EXPANSIBILIDADE DO LOBO MÉDIO E LÍNGULA:


EXPANSIBILIDADE DOS LOBOS INFERIORES:

MANOBRA DE RUAULT (região posterior e anterior do tórax):


• Primeiro na região superior (C7) → Dedos num ângulo de 90º;
• Na região medial → Dedos paralelos uns aos outros;
• Na região basal → Dedos um apontando para o outro.

PERCUSSÃO DO TÓRAX:
- Comparação dos dois lados
- Normalidade
• Área pulmonar – som claro pulmonar (timpânico)
• Cardíaca e hepática – macicez
• Espaço de Traube – timpanismo

- Sempre fazer comparando as regiões;


- Hipersonoridade: aumento de ar nos alvéolos (enfisema);

- Submacicez e macicez: redução ou inexistência de ar nos alvéolos (Derrame pleural, consolidação, massa e infarto
pulmonar, Atelectasia);

- Timpanismo acentuado: aprisionamento de ar no espaço pleural ou intrapulmonar (Pneumotórax ou cavidade


tuberculosa);
AUSCULTA RESPIRATÓRIA:

- Som Bronquial:
• Auscultado com o estetoscópio sobre o pescoço.
• Originado na faringe, laringe e traquéia.
• Caracterizado por inspiração rude, uma pausa e uma expiração também rude, bem audíveis.
• Som puro, sem interferência do parênquima pulmonar

- Som Vesicular:
• Há progressiva desaceleração do fluxo aéreo à medida em que o ar se distancia da traquéia.
• O fluxo aéreo deixa de ser turbulento.
• Durante a inspiração existe um maior número de vibrações.
• Inspiração de intensidade e duração maior, bem audível, suave e uma expiração curta e pouco audível.
• Som predominante em todo o tórax (predominância do parênquima pulmonar).

- Som broncovesicular:
• Audível nas regiões do tórax correspondentes às zonas apicais dos pulmões.
• Regiões infra e supra claviculares, supra-escapulares e interescapulovertebrais.
• Menor densidade de parênquima (menor interferência).
• Maior proximidade da traquéia (expiração melhor audível).
• Som intermediário entre o bronquial e o vesicular.

- Sons respiratórios fisiológicos:


• Apenas 3: bronquial, vesicular e broncovesicular.
• Som bronquial apenas no pescoço; no tórax traduz anormalidade.
• Sons com mesma intensidade em cada hemitórax.
• Sons encontrados em seus respectivos locais de ausculta.

- Som bronquial no tórax:


• Consolidação de espaços aéreos: substituição do ar por transudato, exsudato ou células (líquido).
• Parênquima deixa de funcionar como filtro (assume densidade sólida); por ex. PNM.
• O som se transmite melhor no meio sólido; sons ficam mais puros.
• Pode acontecer também em cavitações.
• Pode ser confirmado através da broncofonia e pela pectorilóquia afônica

AUSCULTA DA VOZ:
- Exame da voz auscultada: pede-se ao paciente que fale uma frase,uma palavra ou número, enquanto o examinador ausculta
sua parede torácica.
- Normalmente não é possível distinguir nenhuma sílaba da fala do paciente.
- Modificações patológicas podem ser:Broncofonia, pectorilóquia, egofonia.

- Broncofonia: refere-se aos sons vocais que são mais altos e mais claros do que o normal quando ouvidos através da parede
torácica. Mas a voz ainda é confusa e só é possível a identificação de algumas sílabas da fala do paciente.
- Pectorilóquia: é semelhante a broncofonia, mas se distingue bem todas as sílabas. Compreende-se perfeitamente a fala
do doente.
- Egofonia: apresenta qualidade anasalada, caprina. Compreende a broncofonia com a interposição de liquido entre a
condensação e a parede torácica (Derrame pleural de médio volume, hidrotorax)
• Pedir para o paciente falar “iiiiii”;
• O normal é ouvir o “iiii”;
• Na egofonia, ouve-se “eeee”.
- Pectorilóquia afônica: é a pectorilóquia na ausculta da voz sussurada.

- Sons respiratórios reduzidos:


• Ocorrem em 3 situações:
• Redução ou interrupção da ventilação em determinada área (obstrução brônquica, atelectasia)
• O sons perdem energia ao atravessar meios diferentes – barreira (derrame pleural, pneumotórax).
• Obstrução/redução fluxo aéreo (DPOC).

- Ruídos adventícios:
• Termo estertores não é mais usado.
• Existem 2 tipos de sons estranhos à respiração:
1- Sons descontínuos, explosivos e de curta duração (crepitações).
a. Sons descontínuos, explosivos e de curta duração.
b. Produzidas por 2 mecanismos:
c. 1- presença de secreções nas grandes vias aéreas;
i. Ocorrem nas duas fases do ciclo respiratório (ins e expiração)
ii. São variáveis (se modificam com a tosse)
iii. Encontradas em pacientes com retenção de secreções em vias respiratórias altas (coma, edema
pulmonar, bronquite, fase de resolução de PNM).
d. 2- reabertura súbita de brônquios previamente colapsados.

2- Sons contínuos, musicais e de longa duração (sibilos,roncos).


a. Sons contínuos, musicais.
b. Também têm sua origem nas vias aéreas.
c. São uma vibração das paredes brônquicas impulsionadas por um jato de ar.
d. Sibilos graves de baixa tonalidade = roncos.
e. Sibilos ins e expiratórios ou intensos sugerem maior grau de obstrução ao fluxo aéreo.
f. Tórax silencioso = obstrução muito intensa (crises graves de asma; traduz mau prognóstico).

VÍDEO: AUSCULTA PULMONAR – DR. MASSAO


INSPEÇÃO ESTÁTICA: Tórax simétrico, atípico, ausência de abaulamento, retrações, estrias, circulação colateral;
INSPEÇÃO DINÂMICA: FR 20 IRPM – eupneico; expansibilidade simétrica, respiração toraco-abdominal, ritmo respiratório
regular.
PALPAÇÃO: expansibilidade simétrica, ausência de áreas dolorosas, FTV fisiológico, ausência de linfonodo de Virchow.
PERCUSSÃO: som claro pulmonar simétrico. Macicez na área cardíaca e hepática. Espaço de Traube livre.
AUSCULTA: murmúrio vesicular fisiológico sem ruídos adventícios.
AUSCULTA DA VOZ: ausência de broncofonia, egofonia e pectorilóquia.
- Uma síndrome é o conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma doença ou o conjunto de fenômenos característicos
de uma determinada situação.
- São exemplos de síndromes:
Síndrome da Abstinência Alcoólica
AIDS
Síndrome de Down

- Síndromes brônquicas (doenças das vias aéreas)


- Síndromes pulmonares (consolidação, atelectasia)
- Síndromes pleurais (derrame pleural e pneumotórax).

- Manifestações clínicas: tosse, expectoração, hemoptise e chieira torácica; infecções respiratórias de repetição.
- Comprometimento de vias aéreas superiores: obstrução nasal, coriza, gotejamento nasal posterior e espirros.
- Quando há obstrução do fluxo aéreo: dispnéia e chieira. Em casos extremos, cianose.
- Sintomas proeminentes como tosse e obstrução nasal com exame físico do tórax normal faz pensar em acometimento de
vias aéreas superiores.
- Comprometimento de vias aéreas inferiores revela ausculta pulmonar com crepitações e/ou sibilos (ex. asma, DPOC).

DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica):


- Comprometimento de pequenas vias aéreas e parênquima pulmonar, curso crônico, sendo o agente agressor quase sempre
a fumaça do cigarro.
- DPOC: obstrução crônica e irreversível ao fluxo aéreo.
- Nem todo fumante desenvolve DPOC (fumaça do fogão de lenha também pode causar, além de ter, também, etiologia
genética por deficiência de uma enzima. Neste caso, é muito comum manifestar-se no paciente ainda jovem);
- Maioria dos tabagistas desenvolve síndrome hipersecretora de muco (bronquite não obstrutiva – grandes vias aéreas).

- Quadro clínico: dispnéia de graus variáveis, tosse crônica e chieira (se houver componente de broncoespasmo).
- Exacerbação aguda: acentuação da tosse, da dispnéia e o aparecimento de escarro purulento e de maior volume.
Geralmente causada por infecções respiratórias → “DPOC infectada”;

Sinais físicos de obstrução crônica ao fluxo aéreo

Tórax globoso

Movimento paradoxal do tórax inferior

Uso da musculatura inspiratória acessória

Expiração ativa e prolongada

Sons respiratórios reduzidos

Obs: Movimento Paradoxal do tórax inferior:


Hiperinsuflação pulmonar grave→ diafragma retificado e rebaixado. Durante a inspiração a contração de suas fibras
promove paradoxalmente diminuição do diâmetro latero-lateral do tórax inferior levando à inspiração a retração do terço
inferior do tórax e não sua expansão como esperado.

“TIPOS DE PACIENTES COM DPOC (Termos não mais usados atualmente)”:


- Soprador róseo:
• magro, “combatente”, consegue lutar contra a hipercapnia às custas de hiperventilação;
• consome energia o paciente tende ao emagrecimento.
• O soprador róseo não desenvolve cianose, hipertensão pulmonar e policitemia
Pletórico azul:
• oposto do soprador róseo.
• É um não combatente.
• Existem as complicações da hipoxemia crônica: cianose, hipertensão pulmonar (consequente a vasoconstrição
hipóxica);
• policitemia secundária a uma maior produção de eritropoetina

TABAGISMO:
- Identificados mais de 4000 substâncias no cigarro;
- Diretamente relacionado ao CA de pulmão, DPOC, bronquite crônica;
- Carcinogênese química secundária ao tabagismo requer tempo e é dose dependente. Quase sempre trata-se de fumantes
com tempo maior ou igual a 20 anos e 20 ou mais cigarros/dia(20 anos/maço);
- Carga tabágica: Multiplica-se o número de maços/dia pelo número de anos;
• 01 cigarro artesanal equivale a 7 cigarros industriais
• 01 maço:20 cigarros
- Fumante passivo: maior incidência de afecções respiratórias e asma na infância bem como DPOC e CA pulmão na idade
adulta
- Suspensão do tabagismo reduz o risco de CA de pulmão após 3-5 anos embora continue maior que nos não fumantes até
10 anos após cessação do tabagismo
- No DPOC a suspensão do tabagismo significa em desacelerar a queda anual da função pulmonar(VEF1).O paciente passa a
sofrer a queda natural da idade como acontece naturalmente.

- Consolidação de espaços aéreos significa substituição do ar dentro dos alvéolos por um produto
patológico(Transudato, exsudato, sangue,material estranho, células inflamatórias ou neoplásicas).
- Os espaços aéreos adquirem a densidade de um órgão sólido.
- Os espaços aéreos ao adquirirem densidade de órgão sólido transmitem melhor os sons: som bronquial, broncofonia,
pectorilóquia e aumento do frêmito toracovocal.
- Há preservação do volume pulmonar (substituição de ar por outro fluido).
- Som bronquial e crepitações são os principais sinais clínicos de consolidação.
- Exame físico do tórax:
Inspeção: Tórax simétrico (volume pulmonar preservado), expansibilidade diminuída
Palpação: expansibilidade diminuída e FTV aumentado
Percussão: submacicez ou macicez
Ausculta: Respiração brônquica(som bronquial) substituindo o murmúrio vesicular; broncofonia, pectorilóquia e
crepitações finas.
- Desaparecimento de ar dos alvéolos sem que o espaço seja substituído = redução do volume pulmonar.
- Pode ser total ou parcial,de um segmento,de um ou mais lobos ou de todo o pulmão; podem ser laminares ou
microatelectasias.
- As atelectasias segmentares, lobares ou de todo o pulmão são em sua maioria obstrutivas.
- TRAQUEIA DESVIADA PARA O LADO COMPROMETIDO

 Pode ser:
1- Atelectasia obstrutiva central
2- Atelectasia obstrutiva periférica
3-Atelectasia não-obstrutiva (Fibroatelectasia

1- Atelectasia obstrutiva central:


 Obstrução brônquica central (brônquio lobar ou principal; atelectasia lobar ou pulmonar total)
 Características: sons respiratórios abolidos, retração do hemitórax comprometido, desvio da traquéia e do ictus (ou
ICA).

2- Atelectasia Obstrutiva Periférica


 Obstrução bronquiolar generalizada; lobo pulmonar desarejado mas com brônquios centrais livres.Ex.:
bronquiectasias.
 Síndrome caracterizada por diminuição do volume pulmonar, retração do hemitórax, som
bronquial(espaços aéreos desarejados sem capacidade de filtro) e crepitações(fechamento e reabertura
de brônquios).

3- Atelectasia Não-obstrutiva (Fibroatelectasia)


 Consequência de retrações cicatriciais, com redução dos espaços aéreos, frequentemente associadas a processos
granulomatosos crônicos, como a tuberculose (fibrose cicatricial).
 Retração do hemitórax, presença de crepitações (pelas bronquiectasias associadas), som bronquial
interescapulovertebral devido ao desvio da traquéia para o lado acometido ou em outras regiões pela solidificação
do parênquima pulmonar.FTV aumentado devido ao parênquima consolidado.
- Fisiopatologia do espaço pleural: o líquido pleural é formado na pleura parietal e reabsorvidos pelos linfáticos também da
pleura parietal.
- A pleura visceral espessa do homem não participa da formação/reabsorção do líquido pleural.
- Derrame pleural: acúmulo de líquido na cavidade pleural, seja por aumento em sua formação ou diminuição na sua
reabsorção (ou ambos).
- Do ponto de vista clínico, são divididos em transudatos e exsudatos.

1- TRANSUDATOS: patologias com aumento da pressão hidrostática ou diminuição pressão. oncótica do sangue.
 As forças que promovem a formação excedem a capacidade de absorção pelos linfáticos.
 As membranas pleurais estão intactas.
 3 grandes causas: ICC, cirrose e síndrome. Nefrótica.
 As causas são, portanto, extrapleurais.
 O quadro clínico é o da patologia de base.

2- EXSUDATOS: ocorrem em situações com permeabilidade capilar exagerada ou obstrução linfática.
 Principais causas: infecções (tuberculose, pneumonias), neoplasias metastáticas, embolia pulmonar.
 A diferenciação entre exsudato e transudato se faz através de dosagens laboratoriais (proteínas/LDH).

- Manifestações clínicas: dor pleurítica, febre, atrito pleural (natureza inflamatória: TBC, PNM, embolia); dispnéia é
proporcional ao tamanho do derrame pleural.
- Exame físico: pode ser normal em pequenos derrames pleurais.

EXAME FÍSCO NA SÍNDROME DO DERRAME PLEURAL:

Inspeção: expansibilidade diminuída em hemitórax acometido; hemitórax abaulado e desvio da


traquéia p/ o lado oposto em grandes volumes.

Palpação: expansibilidade reduzida e frêmito toracovocal reduzido ou abolido na região do


derrame pleural.

Percussão: som maciço; delimita a região do derrame pleural.

Ausculta: redução do murmúrio vesicular ou sons respiratórios abolidos na região do derrame


pleural.
- Acúmulo de ar na cavidade pleural, através de lesão traumática, ruptura de bolha subpleural ou certas afecções como TBC
ou neoplasias.
- Manifestações clínicas: dor pleural súbita, sensação de opressão torácica e dispnéia.
- No pneumotórax espontâneo: pessoa previamente sadia. Maior incidência em tabagistas.
- Pneumotórax hipertensivo: mecanismo valvular; é uma emergência médica (trauma ou ventilação mecânica, ou pós
RCP). Diagnóstico é clínico! Tto: punção.

EXAME FÍSICO NA SÍNDROME DE PNEUMOTÓRAX

Inspeção: normal ou abaulamento do hemitórax acometido nos casos


volumosos.

Palpação: expansibilidade e frêmito toracovocal reduzidos.

Percussão: timpanismo na região do pneumotórax.

Ausculta: diminuição da transmissão dos sons respiratórios (barreira de ar).

Paciente, 55 anos, sabidamente diabética e com diagnóstico recente de hipertensão, em uso de captopril e hidroclorotiazida,
com bom controle dos níveis pressóricos, vem ao PSF para consulta, com relato de aparecimento há 30 dias de quadro de
tosse seca frequente durante todo o dia. Nega coriza, febre e falta de apetite. Nega quadro gripal nos últimos anos. Informa
vacina anual contra influenza. Exame físico normal. ACV e Respiratório, sem alterações.
a) Como você abordaria a queixa da paciente?
O diagnóstico de hipertensão foi recente, portanto, o uso de medicamentos também. Não há nenhum outro sintoma
relacionado à infecção das vias aéreas. A tosse tem inúmeras causas, inclusive o uso de medicamentos.

b) Qual provável causa da tosse da paciente?


Uso de captopril → Queixa frequente associada ao uso desse medicamento.

c) Como você conduziria o caso acima?


Prescrever outro anti-hipertensivo, como o Lozartana.

Paciente J.A.Z, masculino, 13 anos, é levado pelos pais à Unidade Básica de Saúde (UBS) de seu bairro pois estes referem que
a criança apresenta crises de dispneia e sibilância noturna associadas à precordialgia há cerca de um ano, em que, desde
então a situação tem se agravado, com o prolongamento destas crises até os primeiros horários da manhã em conjunto com
tosses secas há mais de 10 semanas.

Exame físico
Exame físico geral/ectoscopia
REG, anictérico, hipocorado, acianótico, afebril, eupneico, normocárdico, cooperativo e orientado.
Sinais vitais
FC: 70 bpm. FR: 23 ipm. PA: 100 x 84 mmHg. PESO e IMC: 50 kg, 21 kg/cm². Tax: 36,8°C.
Exame da cabeça e pescoço
Ausência de alterações em olhos, ouvidos, nariz e boca. Ausência de turgência jugular e linfonodomegalias cervicais.
Exame do sistema cardiovascular
Ritmo cardíaco regular em dois tempos, com bulhas normofonéticas. Ausência de sopros. Pulsos periféricos palpáveis e
simétricos.
Exame do tórax e aparelho respiratório
Tórax sem abaulamentos ou retrações, cicatrizes ou lesões cutâneas. Expansibilidade pulmonar preservada, FTV presentes
e simétricos bilateralmente. Som claro pulmonar preservado. MVU audíveis e sibilos presentes em ambos hemitórax.
Exame abdominal
Abdome plano, flácido, ruídos hidroaéreos presentes, indolor à palpação superficial e profunda. Ausência de
visceromegalias ou massas. Traube timpânico.

Pontos de discussão
a) De acordo com o quadro clínico deste paciente, qual seria a principal hipótese diagnóstica?
b) Quais dados apresentados no caso clínico te fizeram pensar neste diagnóstico?

Asma deve ser a principal hipótese diagnóstica para o caso, tendo em vista dados epidemiológicos e clínicos. Segundo o
ISAAC (International Study of Asthma and Allergy in Childhood), o Brasil é uma região de alta prevalência da doença, em
que os dados apontam que esta doença acomete 24,3% das crianças de 13 a 14 anos, sendo que, conforme o DATASUS, asma
é a 3 ou 4 causa de hospitalizações no Sistema Único de Saúde (SUS).

O diagnóstico de asma conta com duas vias de complementaridade: critérios clínicos e funcionais. Os primeiros referem-se
à presença de dispneia, sibilos, tosse crônica, aperto no peito ou desconforto torácico particularmente à noite ou
durante as primeiras horas do dia e que melhora espontaneamente ou após uso de broncodilatador (BD).

L.B.S, 40 anos, procurou o serviço médico com queixa de falta de ar ao levantar-se com melhora ao permanecer em decúbito
dorsal. O quadro clínico iniciou-se há 10 dias e vem evoluindo com piora há um dia. Nega tabagismo ou etilismo. Era
previamente hígido até o relato da história atual. O exame dos aparelhos respiratório, digestório e cardiovascular não
apresentou alterações exceto por uma queda de 5% da saturação arterial quando o paciente assumia a posição em pé.
Frente ao quadro exposto, qual o sinao semiológico apresentado e qual a relação clínica é acetiável?
a) Ortopneia, pode ser explicada por ICC;
b) Trepopneia, pode ser explicada por derrame pleural;
c) Platipneia, pode ser explicada por fistula-arteriovenosa pulmonar;
d) Bradpneia, pode ser explicada por intoxicação medicamentosa;
e) Dispneia paroxística noturna, pode ser explicada por asma.

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