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1- Vias superiores: tudo que está acima da glote → nasofaringe (nariz), orofaringe (boca), Laringofaringe, laringe
2- Vias inferiores: tudo que está abaixo da glote → traquéia, brônquios, bronquíolos, ductos alveolares e alvéolos
O pulmão direito é maior que o esquerdo e possui 3 lobos: Superior, Médio, Inferior;
O pulmão esquerdo tem apenas 2 lobos: Superior, Inferior;
ÂNGULO LOUIS:
- Localiza-se na junção do manúbrio com o corpo do esterno. Identifica o 2º espaço intercostal e corresponde a bifurcação
da traqueia e ao arco da aorta.
ÂNGULO DE CHARPY:
- Serve para caracterizar o biotipo.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
MANIFESTAÇÕES SECUNDÁRIAS:
- São manifestações associadas a peumopatias sem serem específicas e exclusivas das doenças pulmonares.
- Podem ser gerais, mediastinais e extratorácicas;
- Febre, anorexia, emagrecimento, astenia, baqueteamento digital, síndromes paraneoplásicas e da veia cava superior (CA
pulmonar lobo superior direito).
SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS:
- Definidas como efeitos do tumor que ocorrem em sítios distantes da doença primária ou de suas metástases
- Comumente associadas aos tumores de pulmão, estômago e mama
- Podem ocorrer antes do diagnóstico do câncer, coexistir com ele ou surgir meses ou anos.
- Síndrome de Cushing (secreção ectópica de ACTH), hipercalcemia, Secreção inapropriada de hormônio antidiurético.
BAQUETEAMENTO DIGITAL:
- Sinal de Schammroth → Normalidade
TOSSE:
- Expiração explosiva, acompanhada de ruído característico;
- Mecanismo de defesa;
- Não há tosse normal;
- Multifatorial → Nem toda tosse está associada a problema pulmonar
- Mecanismo da tosse:
1- fase nervosa (estímulo > receptor > centro da tosse)
2- fase inspiratória (abertura da glote e inspiração rápida)
3- fase compressiva (fechamento da glote e contração da musculatura expiratória)
4- fase explosiva (abertura súbita da glote com fluxo aéreo explosivo em alta velocidade com ruído característico)
EXPECTORAÇÃO:
- Escarro: mistura de secreções eliminadas pela boca;
- Não existe expectoração normal (as secreções produzidas são removidas pelo aparelho mucociliar e levadas a faringe onde
são deglutidas sem haver consciência do fenômeno).
- Composição do escarro: material proveniente do trato respiratório inferior, boca e nasofaringe (sem secreções do trato
respiratório inferior não pode ser chamado de escarro).
- Produção de muco em condições normais: 100ml/dia(deglutido reflexamente na faringe).
- O exame clínico do escarro deve considerar aspecto, odor e quantidade.
- Características:
• Seroso: aspecto líquido (água, eletrólitos, pobre em células);
• Mucóide: translúcido como clara de ovo (água, mucoproteínas, celularidade baixa);
• Purulento (rico em piócitos, celularidade alta);
• Hemoptóico (“rajas ou raias de sangue”).
- O escarro purulento pode assumir cor esverdeada devido a enzima verdoperoxidase eliminada pelos piócitos degradados
- O escarro purulento ou mucopurulento traduz infeção por germes piogênicos. Mas podem ser decorrentes de inflamação
eosinofílica não significando infecção;
- Volume escarro:pode ser avaliado pela quantidade diária.Volume igual ou superior a 30 ml/dia é considerado como de
médio volume.
- Cheiro: Escarro fétido significa infecção por germes anaeróbios.
HEMOPTISE:
- Mecanismos: distúrbio da integridade do vaso ou da coagulação.
- Causas: bronquiectasias, câncer laringe, câncer brônquico,TBC, PNM, abscesso, traumas, neoplasias metastáticas, vasos
pulmonares (infarto pulmonar), iatrogênicas (broncoscopia, punção torácica). Estenose mitral:sangramento proveniente
da ruptura de veias brônquicas secundário a hipertensão pulmonar
- Hemoptise pequena: menor que 30 ml(Rx tórax normal)
- Hemoptise moderada:30-200 ml (Rx tórax normal)
- Hemoptise grave:maior que 200 ml(Rx tórax alterado)
- Hemoptise maciça: maior que 500 ml
- Quando nenhuma causa for identificada a hemoptise é rotulada de idiopática (10 a 20% dos casos)
VÔMICA:
- Eliminação brusca através da glote, de uma quantidade abundante de pus ou líquido de outra natureza
- Causas: abscesso pulmonar, empiema pleural(pus na cavidade pleural), mediastinites supuradas, abscesso subfrênico
CHEIRIA TORÁCICA:
- Manifestação das vias aéreas que traduz obstrução brônquica
- Quanto mais central (ao nível de grandes vias aéreas) a obstrução, mais perceptível é a chieira. No enfisema, obstrução
periférica resulta em respiração difícil e silenciosa.
- Causas de obstrução: broncoespasmo, edema, inflamação, fibrose, tumores ou corpo estranho.
- Obstrução brônquica pode ser fixa (tumores, corpo estranho) ou variável (secreção, inflamação).
- Exemplos: asma (paroxística), DPOC, viroses da infância e insuficiência cardíaca (“asma cardíaca”)
DOR TORÁCICA:
- Dor torácica Parietal (maioria das causas de dor no tórax: Bem localizada, pode ser ventilatório- dependente.
• Divide-se em:
1. Dor Parietal muscular: acometimento dos grandes músculos. História de trauma prévio, exercício incomum ou
tosse intensa. Bem localizada e não ventilatório -dependente;
2. Dor Parietal costal (relativo as costelas): Superficial, bem localizada, ventilatório dependente e acompanhada de
hiperestesia local. Decorrente de trauma local, tosse intensa com fratura de costelas
3. Dor Parietal nervosa: Superficial ou profunda, difusa e acompanhada de hiperestesia local com irradiação para
área de distribuição cutânea do nervo e relato de queimação (nevralgia pós herpética (comum em idosos
contaminados pelo herpes-zoster, dor de difícil tratamento – antidepressivo, anticonvulsivante, adesivos de
lidocaína... Há a vacina, mas é muito cara), radiculopatia)).
- Dor torácica Pleural (Somente pleura parietal tem inervação sensitiva): bem localizada, ventilatório-dependente,
percebida como pontada ou facada, inexiste hiperestesia local ou esta é mínima (PNM, Pleurites, infarto pulmonar).
- Dor torácica Mediastinal: Profunda, mal definida, normalmente retroesternal (Dissecção aguda de aorta – dor MUITO
intensa e súbita, esofagite, espasmo esofágico, tumores);
DISPNEIA:
- Definição: dificuldade para respirar, podendo o paciente ter ou não consciência deste estado.
- Pode ser subjetiva ou objetiva.
- Pode acompanhar-se de taquipneia (aumento da frequência) ou hiperpnéia (amplitude).
- Bradipnéia: respiração lenta
- Ortopnéia: Dispneia em decúbito dorsal que melhora em posição ereta>> impede o paciente de ficar deitado (ICC, Asma,
DPOC)
- Dispneia paroxística noturna: variação da ortopnéia. Comum em cardiopatas e na Asma, mas pode ocorrer no DPOC;
- Trepopinéia: dispneia em decúbito lateral (no lado do derrame pleural). Paciente deita-se sobre o lado são.
-Platipnéia: dispneia na posição ortostática (Forma rara. Doenças hepáticas avançada)
-Apneia: ausência de respiração
- Mecanismos:
1. Demanda excessiva de ventilação;
1.1: Fisiológica (gravidez, exercício, altitude)
1.2: Patológica (anemia, hipertireoidismo, acidose metabólica, ansiedade)
2. Distúrbio ventilatório
2.1: Neuromuscular (ELA, Esclerose Múltipla, Miastenia gravis)
2.2: Restritivo: levam a perda da elasticidade pulmonar (Fibrose pulmonar, pneumotórax, Derrame Pleural,
Cifoescoliose)
2.3: Obstrutivo: maior resistência de vias aéreas (Asma e DPOC)
2.4: Misto: Restritivo e Obstrutivo (Sequela de tuberculose, DPOC)
CAUSAS DE DISPNEIA:
• Causas atmosféricas → Altitude;
• Causas parenquimatosas (ex. Pneumonias);
• Causas Pleurais;
• Causas cardíacas;
• Embolia pulmonar;
CIANOSE:
- Definição: coloração azulada da pele e da superfície mucosa devido ao aumento de hemoglobina não saturada
- Mecanismos:
1. Central: Provocada por problemas pulmonares ou cardíacos: hipoventilação alveolar; problemas com trocas
gasosas; shunt arteriovenoso.
2. Periférica: diminuição fluxo sanguíneo para os tecidos
REGIÕES DO TÓRAX:
5. Cifoescoliose:
INSPEÇÃO DINÂMICA:
- Tipo respiratório, Ritmo respiratório, Freqüência respiratória, Amplitude dos movimentos, Presença ou não de tiragem,
Expansibilidade dos pulmões.
Tiragem:
- Uso da musculatura acessória;
- Tiragem intercostal;
- Quando a pessoa respira e acontece o batimento da musculatura;
Frequência Respiratória:
- Variável em uma pessoa saudável;
- Adulto em repouso: 12 a 16irpm(incursões respiratórias por minuto) a 20irpm - eupnéico
- > que 20irpm Taquipnéia
- <16irpm bradpnéia
- Apnéia : ausência total de ventilação
- Frequência respiratória maior que 35 representa um dos critérios de gravidade
Tipo respiratório:
- Torácica ou Toracoabdomina;
Ritmos respiratórios: regular X irregular.
1. CHEYNE-STOKES:
a. Períodos variáveis de incursão respiratória cada vez mais profunda intercalada com apnéia (hiperpnéia e
apnéia)
b. Crianças e idosos
c. Insuficiência cardíaca, IRenal, depressão respiratória por medicamento(MORFINA),Tumor cerebral
2. KUSSMAUL:
a. Inspirações profundas e ruidosas seguidas de pausas e expirações rápidas e breves
b. Acidose metabólica – eliminação de CO2
3. SUSPIRADA:
a. Movimentos respiratórios interrompidos por suspiros
b. Traduz tensão emocional e ansiedade
4. BIOT:
a. Irregularidade imprevisível
b. Incursões superficiais ou profundas
c. Períodos irregulares
d. Depressão respiratória e lesão bulbar,meningite
PALPAÇÃO DO TÓRAX:
- Áreas dolorosas
- Pesquisa de linfonodos (Linfonodo de Virchow:supra clavicular esquerdo aumentado em neoplasias abdominais:
estômago, pâncreas e fígado
- Expansibilidade
- Avaliar alterações observadas na inspeção
- Pesquisa do FTV
FRÊMITO TORACOVOCAL:
- Sensação tátil do examinador na parede torácica produzida pela voz do paciente quando o mesmo
fala lentamente uma palavra de tonalidade grave;
- Pede para o paciente falar o termo “trinta e três”;
- Aumenta na consolidação e diminui ou é abolido no derrame pleural, atelectasia e
pneumotórax;
- A palpação do frêmito deve ser sempre comparativa
- A transmissão das ondas sonoras é melhor nos meios sólidos, depois líquidos e finalmente no ar
- Um lado com o outro, em cima e embaixo (sempre comparando)
- Avaliar em toda a região anterior e posterior. Na região supraclavicular, os dedos ficam “fechados”.
Consolidação: é um sinal de doenças respiratórias caracterizadas por substituição do ar alveolar por líquido
prejudicial (como transudato, exudato ou tecido conjuntivo), lesionando a área.
Derrame pleural: popularmente conhecido como água na pleura ou água no pulmão, é o nome dado ao acúmulo
anormal de líquido na pleura, uma fina membrana que envolve o pulmão.
Atelectasia: é um colapso total ou parcial do pulmão ou do lóbulo pulmonar, que acontece quando os alvéolos
(pequenos sacos pulmonares) se esvaziam.
Pneumotórax: é uma emergência média causada pela presença de ar entre as membranas que revestem os pulmões
e gera um pulmão colapsado. Pode afetar um ou ambos os pulmões e causar dificuldade para respirar.
PERCUSSÃO DO TÓRAX:
- Comparação dos dois lados
- Normalidade
• Área pulmonar – som claro pulmonar (timpânico)
• Cardíaca e hepática – macicez
• Espaço de Traube – timpanismo
- Submacicez e macicez: redução ou inexistência de ar nos alvéolos (Derrame pleural, consolidação, massa e infarto
pulmonar, Atelectasia);
- Som Bronquial:
• Auscultado com o estetoscópio sobre o pescoço.
• Originado na faringe, laringe e traquéia.
• Caracterizado por inspiração rude, uma pausa e uma expiração também rude, bem audíveis.
• Som puro, sem interferência do parênquima pulmonar
- Som Vesicular:
• Há progressiva desaceleração do fluxo aéreo à medida em que o ar se distancia da traquéia.
• O fluxo aéreo deixa de ser turbulento.
• Durante a inspiração existe um maior número de vibrações.
• Inspiração de intensidade e duração maior, bem audível, suave e uma expiração curta e pouco audível.
• Som predominante em todo o tórax (predominância do parênquima pulmonar).
- Som broncovesicular:
• Audível nas regiões do tórax correspondentes às zonas apicais dos pulmões.
• Regiões infra e supra claviculares, supra-escapulares e interescapulovertebrais.
• Menor densidade de parênquima (menor interferência).
• Maior proximidade da traquéia (expiração melhor audível).
• Som intermediário entre o bronquial e o vesicular.
AUSCULTA DA VOZ:
- Exame da voz auscultada: pede-se ao paciente que fale uma frase,uma palavra ou número, enquanto o examinador ausculta
sua parede torácica.
- Normalmente não é possível distinguir nenhuma sílaba da fala do paciente.
- Modificações patológicas podem ser:Broncofonia, pectorilóquia, egofonia.
- Broncofonia: refere-se aos sons vocais que são mais altos e mais claros do que o normal quando ouvidos através da parede
torácica. Mas a voz ainda é confusa e só é possível a identificação de algumas sílabas da fala do paciente.
- Pectorilóquia: é semelhante a broncofonia, mas se distingue bem todas as sílabas. Compreende-se perfeitamente a fala
do doente.
- Egofonia: apresenta qualidade anasalada, caprina. Compreende a broncofonia com a interposição de liquido entre a
condensação e a parede torácica (Derrame pleural de médio volume, hidrotorax)
• Pedir para o paciente falar “iiiiii”;
• O normal é ouvir o “iiii”;
• Na egofonia, ouve-se “eeee”.
- Pectorilóquia afônica: é a pectorilóquia na ausculta da voz sussurada.
- Ruídos adventícios:
• Termo estertores não é mais usado.
• Existem 2 tipos de sons estranhos à respiração:
1- Sons descontínuos, explosivos e de curta duração (crepitações).
a. Sons descontínuos, explosivos e de curta duração.
b. Produzidas por 2 mecanismos:
c. 1- presença de secreções nas grandes vias aéreas;
i. Ocorrem nas duas fases do ciclo respiratório (ins e expiração)
ii. São variáveis (se modificam com a tosse)
iii. Encontradas em pacientes com retenção de secreções em vias respiratórias altas (coma, edema
pulmonar, bronquite, fase de resolução de PNM).
d. 2- reabertura súbita de brônquios previamente colapsados.
- Manifestações clínicas: tosse, expectoração, hemoptise e chieira torácica; infecções respiratórias de repetição.
- Comprometimento de vias aéreas superiores: obstrução nasal, coriza, gotejamento nasal posterior e espirros.
- Quando há obstrução do fluxo aéreo: dispnéia e chieira. Em casos extremos, cianose.
- Sintomas proeminentes como tosse e obstrução nasal com exame físico do tórax normal faz pensar em acometimento de
vias aéreas superiores.
- Comprometimento de vias aéreas inferiores revela ausculta pulmonar com crepitações e/ou sibilos (ex. asma, DPOC).
- Quadro clínico: dispnéia de graus variáveis, tosse crônica e chieira (se houver componente de broncoespasmo).
- Exacerbação aguda: acentuação da tosse, da dispnéia e o aparecimento de escarro purulento e de maior volume.
Geralmente causada por infecções respiratórias → “DPOC infectada”;
Tórax globoso
TABAGISMO:
- Identificados mais de 4000 substâncias no cigarro;
- Diretamente relacionado ao CA de pulmão, DPOC, bronquite crônica;
- Carcinogênese química secundária ao tabagismo requer tempo e é dose dependente. Quase sempre trata-se de fumantes
com tempo maior ou igual a 20 anos e 20 ou mais cigarros/dia(20 anos/maço);
- Carga tabágica: Multiplica-se o número de maços/dia pelo número de anos;
• 01 cigarro artesanal equivale a 7 cigarros industriais
• 01 maço:20 cigarros
- Fumante passivo: maior incidência de afecções respiratórias e asma na infância bem como DPOC e CA pulmão na idade
adulta
- Suspensão do tabagismo reduz o risco de CA de pulmão após 3-5 anos embora continue maior que nos não fumantes até
10 anos após cessação do tabagismo
- No DPOC a suspensão do tabagismo significa em desacelerar a queda anual da função pulmonar(VEF1).O paciente passa a
sofrer a queda natural da idade como acontece naturalmente.
- Consolidação de espaços aéreos significa substituição do ar dentro dos alvéolos por um produto
patológico(Transudato, exsudato, sangue,material estranho, células inflamatórias ou neoplásicas).
- Os espaços aéreos adquirem a densidade de um órgão sólido.
- Os espaços aéreos ao adquirirem densidade de órgão sólido transmitem melhor os sons: som bronquial, broncofonia,
pectorilóquia e aumento do frêmito toracovocal.
- Há preservação do volume pulmonar (substituição de ar por outro fluido).
- Som bronquial e crepitações são os principais sinais clínicos de consolidação.
- Exame físico do tórax:
Inspeção: Tórax simétrico (volume pulmonar preservado), expansibilidade diminuída
Palpação: expansibilidade diminuída e FTV aumentado
Percussão: submacicez ou macicez
Ausculta: Respiração brônquica(som bronquial) substituindo o murmúrio vesicular; broncofonia, pectorilóquia e
crepitações finas.
- Desaparecimento de ar dos alvéolos sem que o espaço seja substituído = redução do volume pulmonar.
- Pode ser total ou parcial,de um segmento,de um ou mais lobos ou de todo o pulmão; podem ser laminares ou
microatelectasias.
- As atelectasias segmentares, lobares ou de todo o pulmão são em sua maioria obstrutivas.
- TRAQUEIA DESVIADA PARA O LADO COMPROMETIDO
Pode ser:
1- Atelectasia obstrutiva central
2- Atelectasia obstrutiva periférica
3-Atelectasia não-obstrutiva (Fibroatelectasia
1- TRANSUDATOS: patologias com aumento da pressão hidrostática ou diminuição pressão. oncótica do sangue.
As forças que promovem a formação excedem a capacidade de absorção pelos linfáticos.
As membranas pleurais estão intactas.
3 grandes causas: ICC, cirrose e síndrome. Nefrótica.
As causas são, portanto, extrapleurais.
O quadro clínico é o da patologia de base.
2- EXSUDATOS: ocorrem em situações com permeabilidade capilar exagerada ou obstrução linfática.
Principais causas: infecções (tuberculose, pneumonias), neoplasias metastáticas, embolia pulmonar.
A diferenciação entre exsudato e transudato se faz através de dosagens laboratoriais (proteínas/LDH).
- Manifestações clínicas: dor pleurítica, febre, atrito pleural (natureza inflamatória: TBC, PNM, embolia); dispnéia é
proporcional ao tamanho do derrame pleural.
- Exame físico: pode ser normal em pequenos derrames pleurais.
Paciente, 55 anos, sabidamente diabética e com diagnóstico recente de hipertensão, em uso de captopril e hidroclorotiazida,
com bom controle dos níveis pressóricos, vem ao PSF para consulta, com relato de aparecimento há 30 dias de quadro de
tosse seca frequente durante todo o dia. Nega coriza, febre e falta de apetite. Nega quadro gripal nos últimos anos. Informa
vacina anual contra influenza. Exame físico normal. ACV e Respiratório, sem alterações.
a) Como você abordaria a queixa da paciente?
O diagnóstico de hipertensão foi recente, portanto, o uso de medicamentos também. Não há nenhum outro sintoma
relacionado à infecção das vias aéreas. A tosse tem inúmeras causas, inclusive o uso de medicamentos.
Paciente J.A.Z, masculino, 13 anos, é levado pelos pais à Unidade Básica de Saúde (UBS) de seu bairro pois estes referem que
a criança apresenta crises de dispneia e sibilância noturna associadas à precordialgia há cerca de um ano, em que, desde
então a situação tem se agravado, com o prolongamento destas crises até os primeiros horários da manhã em conjunto com
tosses secas há mais de 10 semanas.
Exame físico
Exame físico geral/ectoscopia
REG, anictérico, hipocorado, acianótico, afebril, eupneico, normocárdico, cooperativo e orientado.
Sinais vitais
FC: 70 bpm. FR: 23 ipm. PA: 100 x 84 mmHg. PESO e IMC: 50 kg, 21 kg/cm². Tax: 36,8°C.
Exame da cabeça e pescoço
Ausência de alterações em olhos, ouvidos, nariz e boca. Ausência de turgência jugular e linfonodomegalias cervicais.
Exame do sistema cardiovascular
Ritmo cardíaco regular em dois tempos, com bulhas normofonéticas. Ausência de sopros. Pulsos periféricos palpáveis e
simétricos.
Exame do tórax e aparelho respiratório
Tórax sem abaulamentos ou retrações, cicatrizes ou lesões cutâneas. Expansibilidade pulmonar preservada, FTV presentes
e simétricos bilateralmente. Som claro pulmonar preservado. MVU audíveis e sibilos presentes em ambos hemitórax.
Exame abdominal
Abdome plano, flácido, ruídos hidroaéreos presentes, indolor à palpação superficial e profunda. Ausência de
visceromegalias ou massas. Traube timpânico.
Pontos de discussão
a) De acordo com o quadro clínico deste paciente, qual seria a principal hipótese diagnóstica?
b) Quais dados apresentados no caso clínico te fizeram pensar neste diagnóstico?
Asma deve ser a principal hipótese diagnóstica para o caso, tendo em vista dados epidemiológicos e clínicos. Segundo o
ISAAC (International Study of Asthma and Allergy in Childhood), o Brasil é uma região de alta prevalência da doença, em
que os dados apontam que esta doença acomete 24,3% das crianças de 13 a 14 anos, sendo que, conforme o DATASUS, asma
é a 3 ou 4 causa de hospitalizações no Sistema Único de Saúde (SUS).
O diagnóstico de asma conta com duas vias de complementaridade: critérios clínicos e funcionais. Os primeiros referem-se
à presença de dispneia, sibilos, tosse crônica, aperto no peito ou desconforto torácico particularmente à noite ou
durante as primeiras horas do dia e que melhora espontaneamente ou após uso de broncodilatador (BD).
L.B.S, 40 anos, procurou o serviço médico com queixa de falta de ar ao levantar-se com melhora ao permanecer em decúbito
dorsal. O quadro clínico iniciou-se há 10 dias e vem evoluindo com piora há um dia. Nega tabagismo ou etilismo. Era
previamente hígido até o relato da história atual. O exame dos aparelhos respiratório, digestório e cardiovascular não
apresentou alterações exceto por uma queda de 5% da saturação arterial quando o paciente assumia a posição em pé.
Frente ao quadro exposto, qual o sinao semiológico apresentado e qual a relação clínica é acetiável?
a) Ortopneia, pode ser explicada por ICC;
b) Trepopneia, pode ser explicada por derrame pleural;
c) Platipneia, pode ser explicada por fistula-arteriovenosa pulmonar;
d) Bradpneia, pode ser explicada por intoxicação medicamentosa;
e) Dispneia paroxística noturna, pode ser explicada por asma.