Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Inspeção
❖ Estática:
o Formato do tórax e presença ou não de abaulamentos e depressões;
❖ Dinâmica:
o Tipo respiratório, ritmo e a
frequência da respiração,
amplitude dos movimentos
respiratórios, presença ou
não de tiragem e
expansibilidade dos pulmões
• Formato do tórax:
o Chato;
o Tonel ou barril: pode-se relacionar a patologias pulmonares
o Infundibuliforme (pectus excavatum): comum em raquitismo; pode
produzir distúrbio pulmonar quando muito acentuado; altera a silhueta
cardíaca em exames de imagem;
o Cariniforme (pectus carinatum): também raquitismo, mas não
compromete respiração;
o Sino ou piriforme: grandes hepatomegalias;
o Cifótico: encurvamento posterior da coluna; tuberculose, osteomielite,
neoplasias;
o Escoliótico: assimétrico;
o Cifoescoliótico
• Abaulamento e depressões
• Tipo respiratório
o Normais: costal superior (predominante no sexo feminino) e
toracoabdominal (predominante no sexo masculino)
• Ritmo respiratório
o Ritmo respiratório normal;
o Anormais:
▪ Dispneica: movimentos amplos com claro desconforto
(insuficiência cardíaca, enfisema pulmonar, bronquite,
pneumonias, atelectasia, pneumotórax, derrame pleural,
anemias graves);
▪ Platipneia: dificuldade para respirar na posição ereta, que se alivia
ao deitar;
▪ Ortopneia: dificuldade de respirar mesmo na posição deitada;
▪ Trepopneia: decúbito lateral como a posição mais confortável;
Palpação
• Estrutura da parede torácica
o Pele, tecido subcutâneo, cartilagens e
ossos;
• Expansibilidade ou mobilidade
o Avaliam-se separadamente a
expansibilidade dos ápices e das bases:
o Redução:
▪ Unilateral: apical – infecção ou
cicatriz pulmonar/ basal –
derrame pleural, hepato e
esplenomegalias/ difusa –
Percussão
• De faces anteriores e laterais: deitado ou sentado;
• De face posterior: sentado;
• Faces laterais:
o Paciente deve colocar suas mãos na cabeça;
• Diferentes forças de golpe para pessoas diferentes: em magros ecoa mais,
requerendo menor força;
• Sons:
o Maciço ou sub maciço: projeção do fígado, baço e coração;
o Timpânico: espaço de Traube – projeção do fundo do estômago;
o Som pulmonar claro (claro atimpânico): demais regiões
• Alterações na percussão do tórax
o Modificações possíveis: hiper sonoridade pulmonar, submacicez, macicez
e som timpânico;
o Hiper sonoridade:
▪ Mais clara e intensa, não confundir com som timpânico
▪ Indica aumento de ar nos alvéolos pulmonares
▪ Enfisema pulmonar como causa mais comum;
o Submacicez e macicez:
▪ Derrames ou espessamentos pleurais, condensação pulmonar
(pneumonias, tuberculoses, infarto pulmonar e neoplasias)
o Timpânico:
Ausculta
• Paciente sentado com tórax total ou parcialmente descoberto;
o Quanto há impossibilidade de se sentar, requisitar o decúbito dorsal e
lateral;
• Respiração mais profunda com lábios entreabertos;
• Usar diafragma preferencialmente;
• Sons normais:
o Som traqueal e respiração brônquica:
▪ Dois componentes: inspiratório (soproso) e expiratório (mais
forte e prolongado);
▪ Audível na projeção da traqueia, no pescoço e na região esternal:
passagem de ar através da fenda glótica e na própria traqueia;
o Murmúrio vesicular:
▪ Ruídos respiratórios produzidor pela turbulência do ar circulante
ao chocar-se contra as saliências das bifurcações brônquicas, ao
passar por cavidades de tamanhos diferentes, tais como
bronquíolos para alvéolos e vice-versa;
▪ Componente inspiratório é mais intenso, mais duradouro e de
tom mais alto em relação ao expiratório;
▪ Ausculta-se o MV em quase todo tórax, exceto nas regiões
esternal superior, interescapuloventerbral direita e no nível da
Síndromes brônquicas
• Asma brônquica
o Afecção inflamatória crônica – hiper-reatividade de vias respiratórias
inferiores;
o Dispneia predominantemente expiratória, sensação de constrição ou
aperto no tórax, dor torácica difusa, chieira e tosse (seca no início, mas
torna-se produtiva)
o Exame físico:
▪ Inspeção: dispneia, uso de mm acessórios, tórax em posição de
inspiração profunda e tiragem;
▪ Palpação: frêmitos normais ou reduzidos;
▪ Percussão: normal ou hiper sonoridade;
▪ Ausculta: redução de MV com expiração prolongada, sibilos em
ambos campos pulmonares
• Bronquites
o Aguda: geralmente causada por vírus; compromete vias respiratórias
desde a faringe (febre, cefaleia, mal estar, desconforto retroesternal,
rouquidão, tosse seca seguida de expectoração após alguns dias se houver
infecção bacteriana secundária)
▪ Principal achado é na ausculta com estertores grossos em ambos
pulmões; nada de anormal na inspeção, palpação e percussão;
o Crônica: excessiva secreção de muco na árvore brônquica – diretamente
relacionada com asma brônquica e DPOC;
▪ EF: principal achado são estertores grossos e disseminados em
ambos hemitórax/ roncos e sibilos são frequentes
• Bronquiectasias
o Dilatação dos brônquios em consequência da destruição de componentes
da parede destes ductos e tecidos de sustentação;
o EF: variados a depender da localização e extensão da área comprometida;
• Broncopneumonias
Síndromes pulmonares
• Síndrome de consolidação pulmonar
o Dispneia e tosse que pode ser produtiva;
o Quando há expectoração a presença de sangue (expectoração
hemoptótica). Na tuberculose as hemoptises são frequentes
o EF:
▪ Inspeção: expansibilidade reduzida;
▪ Palpação: expansibilidade reduzida e frêmito aumentado;
▪ Percussão: submacicez e macicez;
▪ Ausculta: respiração brônquica substituindo MV, broncofonia ou
egofonoia, pectoriloquia e estertores finos
• Atelectasia
o Desaparecimento de ar dos alvéolos sem que o espaço alveolar seja
ocupado por células ou exsudato;
o Pode ser provocado por obstrução das vias respiratórias ou por compressão
dos pulmões (cardiomegalia, derrame pleural, neoplasia, pneumo ou
hidrotórax);
▪ Neoplasias sendo causa mais comum;
o EF:
▪ Inspeção: retração do hemitórax e tiragem;
▪ Palpação: expansibilidade reduzida e frêmito reduzido ou abolido;
▪ Percussão: macicez e submacicez;
▪ Ausculta: respiração broncovesicular e ressonância vocal
reduzida;
• Enfisema pulmonar (doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC)
o Hiperaeração – aumento anormal dos espaços aéreos distais ao bronquíolo
terminal, acompanhadas de modificações estruturais das paredes
alveolares;
o Dispneia que se agrava lentamente;
o Na fase final surgem as manifestações de insuficiência respiratória;
o Nas iniciais o EF do tórax observa-se apenas a redução do MV e expiração
prolongada;
o EF:
▪ Inspeção: expansibilidade diminuída e tórax em tonel nos casos
avançados;
▪ Palpação: expansibilidade diminuída, frêmito reduzido;
▪ Percussão: sonoridade pulmonar normal no início e hiper
sonoridade à medida que enfermidade evolui;