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ITENS DA FICHA DE AVALIAÇÃO

EXAME FÍSICO

INSPEÇÃO DE EXTREMIDADES

➔ Coloração da pele: Observar a cor da pele dos membros pode ajudar a identificar sinais de má
perfusão ou deficiência circulatória, como palidez, cianose (coloração azulada) ou rubor (coloração
avermelhada).Amarelada (bilirrubina).
➔ Edema: Verificar se há presença de edema nos membros, que pode ser um indicador de retenção
de líquidos, insuficiência cardíaca congestiva ou problemas circulatórios.
➔ Cicatrizes ou lesões: Observar se há cicatrizes ou lesões nos membros que possam afetar a
mobilidade ou ser relevantes para o tratamento fisioterapêutico.
➔ Alterações de forma ou deformidades: Identificar deformidades congênitas ou adquiridas nos
membros, como desvios, amputações ou encurtamentos, que podem impactar a função respiratória
ou cardíaca.
➔ Atrofia/Trofismo muscular: Avaliar a presença de atrofia muscular nos membros, que pode ser
um indicador de fraqueza muscular ou desuso.
➔ Temperatura da pele: Verificar se há diferenças na temperatura dos membros, como extremidades
frias ou quentes, o que pode indicar problemas de circulação.
➔ Pele ressecada.
➔ Baqueteamento digital.

INSPEÇÃO CABEÇA/PESCOÇO

➔ Estase ou ingurgitamento jugular (congestão sistêmica).

➔ Olhar se tem cicatriz (tireoide, TQT…);

➔ Síndrome de Cushing (rosto redondo): Condição causada pela exposição a níveis elevados de
cortisol por um longo período.
➔ Coloração: Pedir para ver as mucosas.
➔ Hidratação.
➔ Brilho do olho.

INSPEÇÃO TÓRAX/ABDÔMEN

➔ Observar cicatrizes (esternotomia).


➔ Observar se há dreno de tórax: Fica no espaço intercostal em uma linha axilar anterior ou
posterior .
➔ Observar se usa marcapasso: Fica entre o músculo e a pele, se tiver, não fazer abdução
horizontal em grande amplitude, pois pode “arrebentar o cabo”.
➔ Toracotomia no Pulmão: ao longo da costela médio posterior.

➔ Abdômen rígido: interfere na mobilidade do diafragma, deslocamento pulmonar (distúrbio


restritivo).
➔ Abdômen acetilico: acúmulo de líquido, consequência de algum problema hepático (cirrose
alcoólica).
➔ Hérnias Abdominais: Quando tem uma fragilidade do tecido e órgão empurra.
◆ Hérnia de início, pede flexão anterior de tronco e vai aparecer abaulamento.
➔ Cicatrizes: Apendicectomia, videolaparoscopica, colectomia, cesarianas… Presença de cateteres.

INSPEÇÃO POSTURAL

TIPO DE TÓRAX

➔ Aumentando ângulo ântero posterior - em tonel: o diafragma fica mais retificado, não consegue
grande mobilidade, levando a perda de FM, fadiga, uso de reserva ventilatória, compensação dos
músculos acessórios.
➔ Cifótico/ hipercifótico: Com aumento do cifose fisiológica
➔ Cifoescoliose: Abrange a curvatura lateral da coluna com a rotação vertebral (escoliose) e um
pouco de cifose.
➔ Pectus excavatum: tórax em funil, onde parte do esterno está deprimido em seu interior.
➔ Pectus carinatum: peito de pombo, onde o esterno se projeta à frente.
➔ Hiperinsuflação/Em tonel: as costelas perdem seus ângulos de 45° com a coluna, tornando-se
quase horizontais.

➔ Normolíneo: ângulo igual a 90º;

➔ Brevilíneo: ângulo maior a 90º,

➔ Longilíneo: ângulo menor a 90º.


PADRÃO RESPIRATÓRIO

➔ Tem que ter movimento abdominal e torácico.


➔ Respiração normal: mantendo frequência previamente dita
➔ Expiração prolongada: possível em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
➔ Respiração com lábios contraídos: paciente com grave problemas de vias aéreas comumente
apresentam
➔ Apnéia: Ausência de ventilação por mais de 15 segundos.

* Respiração de Kussumaul: rápida, profunda, com ventilação por minuto alta (pH acidótico)
* Respiração de Cheyne-Stokes: ciclos de incursões respiratórias relativamente profundas que,
progressivamente, se tornam mais superficiais, podendo fazer apneia em alguns casos
* Respiração atáxica: respirações inadequadas, incoordenadas e superficiais, normalmente encontrada
em pacientes com doença cerebelar.

➔ PREDOMÍNIO DA MOVIMENTAÇÃO RESPIRATÓRIA


◆ Costal: A respiração é predominantemente realizada pela caixa torácica.
◆ Abdominal:
◆ Misto: É um padrão de respiração em que ocorre uma combinação de movimento costal e
abdominal
◆ Paradoxal: Durante a inspiração, em vez de expandir, uma parte da caixa torácica é puxada
para dentro, enquanto a outra parte se expande.
➔ MOVIMENTOS “PATOLÓGICOS”
◆ Quando em esforço → usa musculatura acessória
◆ Normalmente: grande resistência ao fluxo aéreo, insuficiência respiratória
◆ Tiragens
● Intercostais
● Fúrcula
● Borda diafragmática*
◆ Batimento de asa de nariz
◆ Gasping
➔ RITMO RESPIRATÓRIO
◆ Relação inspiração e expiração
● 1:2
● 1:3
● 2:1

TOSSE

➔ Efetividade
◆ Eficaz
◆ Pouco eficaz
◆ Não eficaz/ineficaz
➔ Produtividade
◆ Produtiva
◆ Pouco produtiva
◆ Não produtiva/seca

PEAK - FLOW (TOSSE)

➔ O PFE é um parâmetro expiratório de esforço dependente, que reflete o calibre das vias aéreas
próximas.
➔ Pode ser utilizado como um índice da capacidade de tossir ou, indiretamente, da força expiratória.
➔ Objetivos:
◆ Definir a presença ou ausência de obstrução das vias aéreas.
◆ Avaliar se a tosse do paciente é eficaz → Pico de fluxo da tosse (PFT).
➔ Como fazer?
◆ Fossas nasais ocluídas com um clipe nasal **
◆ Solicitando ao indivíduo para inspirar profundamente e, em sequência, realizar uma
expiração no aparelho, de forma mais rápida e forte possível (curta e explosiva)
◆ Pelo menos três repetições → Melhor valor → Comparar com tabela de valores preditos
◆ O esforço expiratório precisa durar apenas 1 a 2 segundo.
➔ Classificação:
◆ ruim quando for menor que 180

SECREÇÃO

➔ Produzimos 100 ml de secreção traqueobrônquica


➔ O escarro é o excesso de secreção traqueobrônquica eliminado pelas vias aéreas
➔ Ele pode ser composto por:
◆ Muco
◆ Detritos celulares
◆ Microrganismos
◆ Sangue hemoptise
◆ Partículas estranhas
➔ Cor/aspecto → mucóide, mucopurulento, purulento, rosado/róseo, com estrias de sangue,
acastanhado
➔ Consistência → espesso, semi espesso, fluido
➔ Quantidade → Grande, média, pouca, ausente

DOR TORÁCICA
➔ Pontada: dor musculoesquelética localizada, que piora ao realizar palpação, ao respirar e tossir,
para alívio o paciente começa a respirar em menor quantidade de forma curta o que eleva a FC.
Paciente sente alívio quando faz o movimento de flexão (postura antálgica)
➔ remédios: analgésicos, dipirona, relaxante muscular, leva a uma melhora da dor
➔ Aperto, queimação (dor difusa, parecida com gastrite, indicado tomar antiácido para aliviar, se
tomar antiinflamatório/analgesico o quadro pode piorar).

PALPAÇÃO

AUSCULTA PULMONAR
https://www.youtube.com/watch?v=XIs7hvXyCQQ

➔ RONCOS: Ruído de tonalidade grave, contínuo, devido à presença de secreção espessa nas
paredes dos brônquios de maior calibre. Predominante inspiratório.
➔ SIBILOS: Ruído de tonalidade aguda. Predomínio expiratório (“chiado”).
◆ Expiratório = broncoespasmo,
◆ Inspiratório = redução da luz brônquica por secreção espessa.
➔ ESTERTORES FINOS: Ruídos finos e baixos. Líquido intersticial nos alvéolos
◆ Ex: pneumonia, SARA ou Edema Agudo de Pulmão.
◆ Presença de secreção em bronquíolos e alvéolos.
◆ Reexpansão de áreas atelectasiadas.
◆ “Esfregar os cabelos com os dedos”.
➔ ESTERTORES GROSSOS: Ruídos graves e descontínuos.
◆ Presença de secreção em brônquios.
◆ Podem ser alterados pela tosse ou inspiração profunda.
➔ ATRITO PLEURAL: Estalido ou “som de fricção de couro”. Superfícies pleurais irritadas por
inflamação, infecção ou neoplasia.

PERCUSSÃO PULMONAR

➔ Método dígito-digital → com pequenos baques sobre a superfície da caixa torácica.


➔ Colocamos o terceiro dedo da uma mão no espaço intercostal, e batendo de forma perpendicular
com o terceiro dedo da mão contralateral sobre o que está posicionado no espaço intercostal.
➔ Som característico: som claro pulmonar é aquele que normalmente deveríamos encontrar
➔ Hipersonoro ou Timpânico: Som mais agudo.
◆ Indicativo de aumento de ar nos alvéolos (enfisema pulmonar).
◆ Aprisionamento de ar no espaço pleural (pneumotórax)
◆ Cavidades intrapulmonar (cavernas provenientes da tuberculose)
➔ Submaciço ou Maciço: Som mais grave e diminuído
◆ Indicativo de derrames ou espessamentos pleurais, condensações pulmonares, massas
tumorais, tuberculose em fase “produtiva” e infarto pulmonar.

ADM DE TRONCO

➔ Realiza sentado sem mexer a cintura pélvica


◆ Flexão de tronco: todas as vértebras se ``dobram`` com os braços cruzados na frente
◆ Rotação dos dois lados
◆ Extensão
➔ Posição das mãos interferem → Devem estar cruzadas sobre o tórax

ADM/ EXPANSIBILIDADE DA CAIXA TORÁCICA

➔ Normal ou diminuída, unilateral ou bilateral → Avalia com as mãos sobre ápice, bases e diafragma.
➔ Mãos espalmadas na região póstero-lateral das bases pulmonares: Expiração até volume residual
→ Polegares tocando a linha média → inspiração lenta e profunda → Observar o movimento dos
polegares.
➔ Normalidade: ambos os lados devem se mover igualmente, com mobilidade de 3 a 5 cm.

FORÇA MUSCULAR DE DIAFRAGMA

➔ Posicionamento: DD.
➔ Realização: após uma expiração do paciente, colocamos nossos dedos abaixo do rebordo costal
das últimas costelas.
➔ Pedimos para o paciente realizar uma inspiração profunda, orientando que o ar vá em direção ao
abdômen, sentiremos a tentativa de expulsão da mão examinadora
➔ Graduação: bom, regular, ruim e zero

FORÇA MUSCULAR DE INTERCOSTAIS


➔ Posicionamento: DD
➔ Realização: colocar a face palmar dos dedos nos espaços intercostais.
➔ Orientando o paciente a inspirar usando o tórax, onde o examinador sentirá a musculatura elevar
seus dedos dos espaços intercostais.
➔ É importante que os MMSS estejam relaxados para que os músculos acessórios, como o peitoral
maior, não interfira.
➔ Graduação: bom, regular, ruim e zero

FORÇA MUSCULAR ABDOMINAIS

➔ Posicionamento: DD com os joelhos fletidos.


➔ Realização: Pede flexão anterior de tronco elevando a cabeça, até retirar as escápulas da maca.
➔ Graduação:
◆ Ausente: Sem contração abdominal
◆ Fraco: braços estendidos para frente
◆ Regular: braços sobre o tórax
◆ Bom: mãos atrás da cabeça
➔ Oblíquos (rotação),
➔ Transversal ( de 4 apoios, inspirando puxando a barriga para dentro).
➔ ABD INFERIOR: mão posicionada na lombar, flete o quadril passivamente e solta, paciente tem
que sustentar no ângulo de 60, 45 e 30

PERFUSÃO PERIFÉRICA

➔ O teste da perfusão periférica ou perfusão digital é realizado comprimindo a ponta do dedo do


paciente até se tornar pálido. A seguir, a pressão sobre o dedo é eliminada rapidamente. Quando a
perfusão for adequada, a palidez do dedo deverá desaparecer em menos de 3 segundos.
➔ Realizar nos dedos dos pés e das mãos.

PULSOS PERIFÉRICOS

➔ Verificar na altura do coração, com o paciente deitado.


➔ Classificação: Cheio/Normal; Fraco ou Abolido
CIRTOMETRIA

➔ Avaliamos a diferença de mobilidade do tórax de uma inspiração máxima a uma expiração máxima.
➔ Mede 3x cada local e realiza o delta.
➔ Valor de normalidade: 4 a 7 cm.

INSPIRAÇÃO EXPIRAÇÃO DELTA

ÁPICE

XIFÓIDE

BASES

UMBILICAL

TC6’:

MANOVACUOMETRIA
PiMax:
● Expire Iniciar próximo ao Volume Residual (VR)
● Esforço inspiratório máximo (manobra de Muller)
● Realizar o esforço inspiratório máximo durante cerca de 3 segundos – sustentados.

PeMax:
● Inspire Iniciar na/próximo à Capacidade Pulmonar Total (CPT)
● Esforço expiratório máximo (manobra de Valsalva)
● Bochechas comprimidas pelo examinador ou próprio paciente
● Realizar o esforço expiratório máximo durante cerca de 3 segundos – sustentados

➔ Contra Indicações
◆ Hipertensão arterial (PAS>180 mmHg)
◆ História de AVE, aneurismas e síncopes
◆ Dispneia importante ou tosse persistente no momento do teste
◆ Alimentação recente (menos de 1 hora)
◆ Hérnias Abdominais
◆ Infecções respiratórias recentes
➔ Orientar adequada ao paciente sobre o procedimento
◆ Realização
◆ Importância
◆ Efeitos possíveis
◆ PImax: desconforto ou dor em região cervical e occipital
◆ PEmax: cefaleia e/ou tontura durante e após
➔ Posicionamento:
◆ Paciente:
● Sentado
● Costas apoiadas no encosto da cadeira
● Uso de grupo muscular responsável pela flexão e extensão de tronco
● Um das mãos segura o bocal
◆ Avaliador:
◆ Frontal ou lateralmente ao paciente
◆ Realizar adequadamente
◆ Corrigir quando necessário
➔ Classificação:
◆ Manobra reprodutível
● Sustentada por pelo menos 1 segundo (BLACK; HYATT, 1969)
◆ Pelo menos 3 manobras
◆ Se valores forem aumentando continua fazendo
◆ Escolher a de melhor valor
● Desde que não seja a última
➔ ABAIXO DE 80% - FRAQUEZA MUSCULAR RESPIRATÓRIA.

ESPIROMETRIA

VEF1 (L / %): CVF (L / %);

FORÇA MUSCULAR PERIFÉRICA

➔ Paciente sentado, braço sem apoio, cotovelo a 90°.


➔ Medida de ambos os membros, com intervalo de descanso de 30’ a 1 min.
➔ contração isométrica por 3’, com incentivo padronizado.
➔ Realização de 3 medidas, registro do maior valor.
➔ Assimetria de 10%.
➔ Precisa ter 80% do predito.

VALORES PREDITOS

Idade¹ Homens Mulheres

20 - 59 43 30

Idade² Homens Mulheres

60 - 69 40 24

> 70 33 20

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