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TB
Causada principalmente pela Mycobacterium
tuberculosis
EPIDEMIOLOGIA
O Brasil pertence ao grupo de 30 países definido
pela OMS como prioritário para o controle da TB
Países com 90% da carga global da doença
BR 71 mil casos novos por ano, com pouco
mais de 4 mil óbitos
Cerca de 10% dos casos novos apresentam M. tuberculosis é um agente patogênico, que vive
coinfecção pelo HIV do parasitismo de seu único reservatório o ser
humano
O grupo mais afetado pela TB no Brasil é o dos
negros (pretos e pardos) mais da metade dos Por ser estritamente aeróbio, procura
casos novos microambientes com altas tensões de O2, como
os ápices pulmonares
Subconjunto de alto risco presidiários
Coeficiente de incidência 28x maior que o De todos os infectados, somente cerca de 5-10%
da população geral adoecem, com muitos se tornando fontes de
infecção.
Em nível mundial, a maioria dos casos novos
Adultos com forma cavitaria/bacilífera
ocorre na Ásia (55%) e na África (33%)
pulmonar
Menor o percentual das Américas (3%),
Cada indivíduo bacilífero infecta cerca de
inclusive menor que o da Europa (5%).
10-15 pessoas por ano
Os casos novos coinfectados pelo HIV somam
15% do total mundial, e cerca de 80% destes TRANSMISSÃO E INFECTIVIDADE
ocorrem na África
A fala, o espirro e, principalmente, a tosse de um
Para que a cadeia de transmissão da TB seja
doente com tuberculose pulmonar bacilífera
efetivamente quebrada, a OMS recomenda que o
lançam no ar gotículas contaminadas de tamanhos
percentual de cura em cada país seja de no
variados gotículas de Flügge
mínimo 85%, com taxas de abandono inferiores
a 5%. Somente as gotículas desidratadas, com pequeno
Brasil possui taxa média de cura de 74,5% diâmetro, contendo um a dois bacilos em
com 10,8% de abandono suspensão, conseguem atingir bronquíolos e
alvéolos e iniciar infecção núcleos de Wells
AGENTE ETIOLÓGICO
Felipe D Rodrigues
CHANCE DE INFECÇÃO
Chance de infecção após contato com paciente
bacilífero depende:
Concentração de bacilos expelidos pelo
paciente tuberculoso
Intensidade e frequência do contato
Condições ambientais
Resistência natural do indivíduo
INSTALAÇÃO DA PRIMOINFECÇÃO
ELIMINAÇÃO DE BACILOS PELA FONTE
Primoinfecção eventos decorrentes do primeiro
A maioria dos indivíduos infectados pelo BK não contato com o agente infeccioso
é bacilífera
no BRASIL, a primo-infecção é mais comum na
Só os que desenvolvem tuberculose doença infância e na adolescência, mas pode acontecer
podem eliminar bacilos e transmitir em qualquer idade
Ainda dos que adoecem, nem todos eliminar Ao alcançar o espaço alveolar, o bacilo da
bacilos tuberculose é inicialmente fagocitado por
macrófagos locais
Multibacilíferos – representados principalmente
pelas formas pulmonar cavitaria e laríngea da Esses fagócitos são incapazes de destruir ou
doença – são definidos pela presença de BAAR mesmo inativar o bacilo, que então se
positivo transmitem tuberculose! prolifera livremente em seu interior
Paucibacilíferos – geralmente as formas não Após acumular um grande número de bacilos, a
cavitarias – definidos pelo BAAR negativo, mas célula se rompe e morre, liberando-os para
com cultura ou teste rápido molecular (TRM-TB) infectar outros macrófagos
positivos só 5% de chance de transmitir
Neste momento, novos fagócitos são atraídos
Não bacilíferos – formas extrapulmonares de para o local, desenvolvendo-se um pequeno foco
tuberculose pneumônico
Número de bacilos pode ultrapassar 100 mil
INTENSIDADE E FREQUÊNCIA DE
CONTATO Os bacilos são drenados para linfonodos hilares
e mediastinais continuam se proliferando em
estima-se que na prática pelo menos 20-200 interior de macrófagos em seguida atingem
bacilos sejam necessários para desencadear corrente sanguínea vão para diversos órgãos
infecção e sistemas, nos quais também se proliferam
contatos esporádicos raramente são infectados , já Proliferação bacilar alta, visto que imunidade
a chance de transmissão em contatos domiciliares específica ainda não se instalou
beira os 30-50%
SURGIMENTO DA IMUNIDADE
FATORES AMBIENTAIS
Após 2-10 semanas, a imunidade celular
as partículas infectantes podem ficar dispersas no específica se desenvolve plenamente, permitindo
ar por algumas horas, mas são rapidamente uma defesa eficaz contra o M. tuberculosis.
“diluídas” se estiverem em ambientes ao ar livre
Os CD4 específicos contra os antígenos bacilares
costumam ser inativadas pela luz se proliferam ativam macrófagos pela liberação
ultravioleta solar de interleucinas (IL-2)
já em ambiente confinado e pouco iluminado, Os macrófagos aumentam seu citoplasma,
risco >80% alguns ganhando aspecto semelhante ao das células
epiteliais (“células epitelioides”), além de
PATOGÊNESE multiplicar sua capacidade bactericida
Felipe D Rodrigues
Estas células então se acumulam em volta Quando a carga de bacilos é muito grande, a
do foco de infecção primária e nos focos de resposta imunológica tende a ser exacerbada,
disseminação linfonodal e hematogênica formando focos maiores de granuloma caseoso
Em 95% dos casos, a infecção tuberculosa Em alguns pacientes as células do
será efetivamente controlada em todos granuloma conseguem conter o processo
esses focos, permanecendo o paciente foco “regressivo”
absolutamente assintomático
Mas em outros, elas apenas tentam sem de
A reunião de macrófagos circundados por um fato conseguir progressão da lesão
infiltrado de linfócitos compõe o granuloma – inflamatória e formação dos focos
hipersensibilidade IV
Pode conter no seu interior as células
gigantes de Langerhans fusão de vários
macrófagos ativados
no centro da reação granulomatosa surge
uma área de necrose “sólida” do tipo
caseosa granuloma caseoso
“progressivos”
um pequeno número de bacilos permanece
latente (inativos, porém viáveis) no interior No cáseo os bacilos se proliferam com muita
desses granulomas dificuldade, devido à baixa tensão de O2 e pH
um ou mais desses focos podem ser ácido se ele for mantido, maior chance do
reativados no futuro, determinando uma processo estabilizar
nova proliferação de bacilos e tuberculose Liquefação da necrose caseosa liberação
pós-primária excessiva de enzimas destrutivas pelos
O foco granulomatoso pulmonar onde tudo macrófagos ativados que circundam o foco
começou é chamado de “foco primário” ou caseoso
nódulo de Ghon Os produtos da degradação do cáseo
Geralmente único e localizado no terço aumentam a osmolaridade local puxa
médio (lobo médio, língula, parte inf. do água transforma o material em um
lobo sup. Ou parte sup. Do lobo inf.) excelente meio de cultura bacilo pode se
proliferar em ambiente extracelular
É comum a calcificação homogênea desse
nódulo após cicatrização Se a lesão atinge um brônquio, erodindo sua
parede e permitindo contato com ambiente rico
MECANISMO DA DOENÇA em O2, a proliferação bacilar se exacerba ainda
mais
O desenvolvimento da tuberculose-doença vai
depender da “guerra entre bacilo e hospedeiro” Surge então a caverna tuberculosa ambiente
propício para acúmulo de muito bacilo de Koch
A lesão tecidual é decorrente da resposta
imune do hospedeiro O material liquefeito é despejado na árvore
brônquica, levando à disseminação
endobrônquica da tuberculose, além de ser
expelido ao meio externo
Felipe D Rodrigues
Existem três tipos de lesão parenquimatosa na Forma mais comum nas crianças entre 2-12 anos
tuberculose: cuja resposta imunológica dos linfonodos hilares e
mediastinais é exacerbada
(1) proliferativa, (2) exsudativa, (3) mista
Geralmente há uma grande adenomegalia hilar
Lesão proliferativa e/ou mediastinal pode levar à compressão
brônquica atelectasia
Há a formação de granulomas caseosos
bem formados – tubérculos – que A ruptura do foco caseoso para o brônquio resulta
desenvolvem cápsula fibrosa em pneumonia tuberculosa
A infecção fica contida dentro desses focos
inflamatórios TB PRIMÁRIA PROGRESSIVA
Lesão exsudativa pneumonia tuberculosa Ocorre em pacientes que se infectam com um
grande inóculo de bacilos, ou quando as defesas
os alvéolos são preenchidos por macrófagos imunológicas estão deprimidas
e neutrófilos, entremeados à necrose caseosa
o foco primário evolui para uma grande área de
A resposta exsudativa costuma ocorrer nos
inflamação granulomatosa e exsudativa
focos de disseminação broncogênica
pneumonia tuberculosa
A confluência dessas áreas pode levar à
o local mais comum dessa pneumonia é no
formação de grandes focos caseosos que se
terço médio do pulmão
liquefazem e viram novas “cavernas”.
Podem surgir grandes focos caseosos locais que, ao
Pequenos inóculos formam lesões proliferativas,
se liquefazerem, transformam-se em “cavernas” e
enquanto grandes inóculos geram lesões
disseminam a doença para outros lobos pulmonares
exsudativas
Mas comumente há a presença dos dois tipos de TB MILAR
lesão no mesmo paciente lesão do tipo misto
Esta forma é mais comum em crianças menores
de dois anos e não vacinadas com BCG, ou então
SÍNDROMES DA TUBERCULOSE em pacientes com imunodepressão moderada a
grave
A doença tuberculosa se desenvolve em apenas
10% dos indivíduos infectados Normalmente, os focos primário e da proliferação
linfo-hematogênica são contidos quando há a
Em 5% dos casos a primo-infecção evolui instalação da imunidade e permanecem latentes
diretamente para a doença tuberculose
primária Nessa forma, os focos não são contidos e evoluem
com progressão da lesão e grande proliferação
Ocorre dentro dos primeiros 3 anos de
bacilar
infecção
O interstício pulmonar e meninges são os tecidos
Nos outros 5% a doença desenvolve-se após 3
mais afetados, mas a doença também está presente
anos da primo-infecção (décadas depois)
no sistema reticuloendotelial (fígado, baço,
tuberculose pós-primária
linfonodos,medula óssea, etc.)
Pode ser decorrente da reativação de um
foco latente da primo-infecção ou por uma Milar aspecto macroscópico multinodular
reinfecção (nova inalação de bacilos) pulmonar
TUBERCULOSE PRIMÁRIA
Felipe D Rodrigues
podem apresentar quadro
oligossintomático/assintomático grande
infectantes da comunidade!
A faixa etária entre 15-30 anos é a mais propensa a
este tipo de tuberculose pulmonar
CASOS ESPECIAIS
Idoso
frequentemente apresentam uma forma
semelhante à tuberculose primária
progressiva, com infiltrados pneumônicos
predominando nos lobos médio e inferior
AIDS
TB PÓS- Possui espectro amplo, bastante dependente
PRIMÁRIA do grau de imunodepressão
CD4 entre 350-500 padrão cavitário,
Se desenvolve em paciente infectados a mais de 3 igual a TB pós-primária no adulto
anos
CD4 abaixo de 350 tendência exsudativa
Pode ocorrer por:
Imunodepressão extrema reação
Reativação de um foco latente inflamatória inespecífica, com neutrófilos,
linfócitos e macrófagos junto com muitos
Reinfecção – inalação de novos bacilos
bacilos lesão tuberculosa não reativa
Os focos intersticiais (focos de Simon) que se São mais propensos a TB milar
disseminaram pelo parênquima pulmonar durante a
primo infecção contêm o bacilo na forma latente
PROVA TUBERCULÍNICA (PT) OU
por mecanismos como a queda (mesmo que sutil) PPD
da imunidade, os bacilos são novamente
reativados e voltam a se proliferar nos macrófagos identifica os indivíduos infectados pelo bacilo de
Os segmentos posteriores dos lobos superiores e Koch, seja “infecção latente” (ILTB) ou “infecção
o segmento superior dos lobos inferiores doença” (TB).
(segmento 6) são os mais acometidos por motivos O PPD (tuberculina) contém os principais
como: antígenos do M. tuberculosis
Maior tensão de O2 nos alvéolos da porção após 2-10 semanas, surge uma memória
superior imunológica pela seleção de linfócitos T helper
Menor drenagem linfática desses segmentos (CD4+) específicos contra o BK
a reinfecção após inalação de nova carga de bacilos a partir desse momento, ao injetarmos o PPD na
determina uma doença com as mesmas derme do paciente, surge uma lesão indurada e
características da reativação eritematosa cerca de 48-72hapós a injeção
hipersensibilidade tipo IV
Como a “memória imunológica” já está
desenvolvida, a reação granulomatosa se instala
rapidamente, juntamente com áreas de necrose
caseosa
é muito comum a formação de um grande foco
caseoso que evolui com liquefação e eliminação
do material na árvore brônquica, acarretando:
surgimento da caverna tuberculosa
disseminação broncogênica
transmissão da infecção
Felipe D Rodrigues
A prova tuberculínica é feita com a administração Achados radiológicos extremamente sugestivos
intradérmica de 2 UT (“Unidades Tuberculínicas”)
Adenopatia hilar e/ou mediastinal ipsilateral
no 1/3 médio da face anterior do antebraço
ao foco primário
esquerdo
Foco localizado mais
equivalente a 0,1 ml da solução padrão
comumente no lobo
utilizada no Brasil (PPD-RT 23).
médio
A leitura é feita 48-72h após (podendo estender No local do foco, o RX
o prazo até 96h, caso o paciente não compareça mostra um pequeno
na data marcada), medindo-se o tamanho da infiltrado, que pode ser
induração, e não do eritema nodular nódulo de
o ponto de corte para a interpretação do teste Ghon
varia em função da população estudada e seu achados radiológicos
respectivo risco de adoecimento tendem a desaparecer ao
vacinação recente por BCG pode gerar falso- longo de 6 meses a 1 ano,
positivo mesmo sem tratamento específico
APRESENTAÇÃO COMPLICAÇÕES
CLINICORRADIOLÓGICA Atelectasia devido à compressão de um
brônquio pela adenopatia hilar
classificadas em:
Pneumonia tuberculosa ruptura de um
(1) tuberculose primária; (2) tuberculose pós- linfonodo infectado para dentro de um
primária; (3) tuberculose primária do adulto; brônquio
(4) tuberculose na aids
Evolução para a forma linfo-hematogênica
TUBERCULOSE PULMONAR (miliar) mais comum em crianças < 2 anos
PRIMÁRIA não vacinadas pelo BCG;
Tuberculose primária progressiva ocorre
Paciente se infectou a menos de 3 anos; quase
principalmente nas crianças desnutridas e nos
sempre autolimitada; crianças
indivíduos HIV positivos
Encontrada principalmente nas crianças recém- foco primário evolui para um infiltrado
infectadas, predominando nas com < 4 anos progressivamente maior, capaz de cavitar e
Esse grupo possui forte predisposição a disseminar o bacilo para outros segmentos
adenopatia hilar e mediastinal pulmonares
TUBERCULOSE PÓS-PRIMÁRIA
é a forma crônica de tuberculose pulmonar; típica
de indivíduos entre 15-40 anos; forma responsável
pela transmissão da doença na população
ocorre em paciente já infectados há mais de 3 anos
são PPD positivos há bastante tempo
um ou mais focos bacilares hematogênicos
localizados no interstício pulmonar são
reativados (focos de Simon)
ou o paciente pode ser reinfectado com
uma nova carga de bacilos
o foco geralmente está localizado no segmento
posterior do lobo superior
menos frequentemente, no segmento
superior do lobo inferior
Aqui há a liquefação da necrose caseosa, erosão infiltrado no lobo inferior contralateral,
da parede brônquica e criação da caverna por disseminação broncogênica
tuberculosa paciente multibacilífero
na TC temos a presença de nódulos esparsos e
maioria é oligossintomática imagens de infiltrado do tipo “brotos de árvore”
ou “brotamento”
A principal queixa é a tosse crônica, que pode ser
seca, mucoide ou com expectoração purulenta,
associada ou não a hemoptoicos.
Ao longo de vários meses, ele vai perdendo peso
e muitos relatam febre vespertina (38-38,5ºC) e
sudorese noturna
Quando o paciente procura o médico, a doença já
evoluiu e ele já contaminou cerca de 15 pessoas,
geralmente crianças
Exames laboratoriais
Anemia leve, normocítica-normocrômica
aumento de VHS linfadenopatia hilar e/ou mediastinal NÃO é
característica do quadro pós-primário em HIV-
raramente uma leucocitose neutrofílica ou
linfocítica (de até 15.000mm3), monocitose
ou monocitopenia COMPLICAÇÕES
Mas ainda não está disponível em algumas A cultura para BK possui elevada sensibilidade e
localidades especificidade
Detecta DNA de micobactérias vivas ou mortas As principais vantagens desses meios são o baixo
NÃO SERVE PARA ACOMPANHAR custo e a menor chance de contaminação
RESPOSTA AO TRATAMENTO
acompanhamento com baciloscopias mensais Grande desvantagem demora para o
crescimento micobacteriano (14 a 30 dias,
BACILOSCOPIA podendo se estender até 60 dias)
pesquisa direta do bacilo de Koch através do Toda cultura + deve ser submetida ao TSA
exame microscópico (Teste de Sensibilidade Antimicrobiana).
ACOMPANHAMENTO
O controle de tratamento nos pacientes
bacilíferos é feito através de baciloscopias ESQUEMA PARA TB-RR
seriadas do escarro, idealmente a cada mês, mas
de forma obrigatória no segundo, quarto e sexto Com a incorporação do Teste Rápido Molecular
meses. (TRM-TB), a identificação de casos com
resistência à rifampicina passou a ser feita em até
Situações onde se pode considerar o 2h
prolongamento da fase de manutenção, de forma
individualizada: Em 80% das vezes o BK com resistência à
rifampicina também é resistente à isoniazida (TB-
Persistência de poucos bacilos no escarro MDR)
após o quinto ou sexto mês.
Esquema de tratamento para TB-RR
Resposta clinicorradiológica insatisfatória,
mesmo que a baciloscopia do escarro seja 8 Cm3EZLfxTrd/10 ELfxTrd
negativa
Cm = capreomicina, E = etambutol, Z =
TB pulmonar cavitária cuja baciloscopia pirazinamida, Lfx = levofloxacino, Trd =
persiste positiva após segundo mês de terizidona
tratamento.
O 3 do Cm significa que deve se tomado 3 vezes
Monorresistência à R ou H, caso o paciente por semana IV, ambulatorial
não apresente melhora clinicorradiológica
satisfatória Após antibiograma, tratamento pode ou não ser
revisto
HIV/aids.
DM Paciente com boa evolução pode fazer 18 meses de
tratamento
FALÊNCIA TERAPÊUTICA Os com baciloscopia e/ou cultura positiva
ao final do 6º mês devem completar 24
Todo paciente com critérios de falência meses
terapêutica deve receber o “esquema padrão
para multirresistência” ou “esquemas especiais” CONTROLE CONTATOS
individualizados, de acordo com o perfil de
sensibilidade Contato é toda pessoa que convive com o caso-
índice no momento em que este recebe o
FALÊNCIA:
diagnóstico de tuberculose
Persistência de baciloscopia positiva ao
final do tratamento
Felipe D Rodrigues
Se o caso-índice for uma criança, é Realizar busca ativa de Sintomáticos
MANDATÓRIO avaliar todos os contatos, pois Respiratórios (SR) investigar a presença de
com certeza ela adquiriu a doença de algum adulto tosse (qualquer que seja o motivo da consulta) e
bacilífero solicitar exame do escarro nos indivíduos SR!
Se houver sintomas sugestivos de TB (adultos e SR todo indivíduo com tosse por tempo >= 3
crianças) investigar com RX de tórax, pesquisa semanas
micobacteriológica do escarro, além de outros
exames específicos conforme cada caso. Em populações com maior vulnerabilidade para
TB, a definição muda
Feito o diagnóstico de TB ativa, deve-se
iniciar o tratamento. Diabéticos SR se tosse >= 2 semanas
Profissionais da saúde, portadores de HIV,
Adulto ou adolescente (≥ 10 anos) assintomático
indígenas, presidiários, imigrante e
= realizar Prova Tuberculínica (PT) ou IGRA.
moradores de rua SR com tosse de
PT < 5 mm repetir PT em 8 semanas; qualquer duração
conversão = diferença >= 10mm; se não
houver conversão e alta e orientação; se tiver
conversão, realizar RX se normal =
Infecção Latente por Tuberculose (ILTB); VACINA BCG
se suspeito, prosseguir com investigação
A BCG, sigla decorrente da expressão Bacilo de
PT > 5mm ou IGRA positivo realizar Calmette-Guérin, é o nome da vacina
RX se normal, tratar ILTB; se suspeito, antituberculosa preparada com uma subcepa do
prosseguir com investigação Mycobacterium bovis atenuada por repicagens
sucessivas
Crianças (< 10 anos) assintomáticas = realizar
raio X de tórax e prova tuberculínica ou IGRA. vacina de micróbio vivo
RX suspeito prosseguir investigação – Dose única: RN com peso ≥ 2 kg.
escore de pontos para DX de TB
A vacina é indicada para crianças da faixa
RX normal avaliar PT ou IGRA; tratar etária de 0 a 4 anos, 11 meses e 29 dias de
ILTB nas mesmas situações que no adulto vida
ou adolescente
Em crianças, a aplicação da BCG diminui a
Contatos portadores do HIV após afastar TB incidência de formas graves de tuberculose
doença, tratar ILTB, independentemente de (redução de 75%), como a meningite tuberculosa
qualquer outro fator. e a tuberculose miliar, formas que predominam
nas crianças < 4 anos e nos imunodeprimidos
TRATAMENTO ILTB Mas a vacina NÃO ACARRETA UMA
REDUÇÃO DO NÚMERO TOTAL DE
O tratamento da ILTB reduz a chance de evolução
CASOS DE TB
para “tuberculose doença” em 60-90%.
O mais importante é a QUANTIDADE DE
PARACOCCO
AGENTE ETIOLÓGICO
A paracoccidioidomicose ou blastomicose sul-
americana
O agente é o fungo Paracoccidioides brasiliensis
(paracoco), um fungo dimórfico, presente no solo
e restos de vegetais nas áreas rurais na América
Latina
DOSES INGERIDAS
No Brasil os casos desta micose são registrados
INTERROMPER CADEIA DE especialmente nas zonas rurais dos estados das
regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul
TRANSMISSÃO
Felipe D Rodrigues
Pode haver comprometimento das adrenais em As lesões de pele são polimórficas, apresentando-
5% dos casos se como pápulas, placas, ectimas, úlceras ou
lesões vegetantes
Felipe D Rodrigues
A forma crônica pode evoluir com uma síndrome Sorologia sensibilidade e especificidade de
disseminada, apresentando características da 90%
forma aguda associada e frequente insuficiência
Imunodifusão, ELISA
adrenal
HIV + CD4 < 250, transplantados e pacientes
Também utilizada como CONTROLE de
cura
com neoplasias hematológicas são
suscetíveis a essa apresentação
Ze capa god