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Micoses pulmonares
INTRODUÇÃO
A micose pulmonar é uma doença pouco prevalente
Porém é o diagnóstico diferencial de doenças muito prevalentes na sociedade como a tuberculose e a neoplasias
pulmonares
O trato respiratório é a principal porta de entrada para a maioria dos patógenos fúngicos
A grande dificuldade das infecções fúngicas é que elas são suspeitadas como diagnóstico de exclusão ou por falha aos
tratamentos bacterianos, assim, a maioria dos diagnósticos são realizados tardiamente.
Infecção fúngica granulomatosa = Tuberculose (mesmo aspecto , forma grânulos)
Grau elevado de morbimortalidade
Buscar contato prévio com o mofo, pássaros, morcegos, ratos (pensar em Paracoccidioidomicose)
Pacientes com imunidade preservada apresentam um quadro arrastado de infecção fúngica, (meses a anos).
Pacientes imunossuprimidos não apresentam condições de controlar o crescimento fúngico, podendo apresentar um
quadro de evolução aguda e rápida
Invasão do SNC, pensar no Cryptococcus: pacientes com massa pulmonar + massa no SNC +
imunossupressão + quadro neurológico (meningite)
MICOLOGIA
FORMAS
Micoses pulmonares 1
Horas colonias secas // leveduras colonias cremosas
Fungos dimórficos → Apresentam as 2 formas, uma no ambiente e outra quando inalada. Na temperatura de 25°C
vivem na formatação de hifas, mas no corpo (37°C), se transformam em leveduras.
Fungos oportunistas → Apresentam 1 única forma, são inalados a partir de conídios no ambiente
Ex: Aspergillus spp, Cryptococcus neoformans neoformans, Candida spp, Pneumocystis jiroveci, Zygomycetes
Imunossuprimidos
Para diagnóstico deve ter coloração especifica (prata , cultura diferente) (sempre especificar)
FISIOPATOLOGIA GERAL
são adquiridas através da inalação
O fungo atinge o pulmão, é reconhecido e tenta formar uma resposta inflamatória localizada, levando a formação de
granulomas, bem como acontece na tuberculose.
A diferença ocorre na migração aos órgão-alvo, pois a resposta granular é contida ou se dissemina para o
organismo, atingindo outros órgãos, de acordo com a predileção do fungo.
As infecções fúngicas não são transmitidas de pessoa pra pessoa, como o caso da TB por exemplo
1. Pulmão → pode se apresentar como PNM, massa, insuficiência respiratória aguda, bronquiectasia ou asma
4. Adrenais → sugerir infecção por paracoccidioidomicose, causa de insuficiência adrenal /Síndrome de Addison.
Possuem dimorfismo
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
Micoses pulmonares 2
Parecidíssima com a tuberculose
não tem febre nem emagrecimento, acomete 1/3 médio → pensar no fungo
ETIOLOGIA
Acomete principalmente homens entre 30-50 anos (10x mais do que mulheres)
FORMA AGUDA
Típica de crianças e adultos jovens < 30 anos
CLÍNICA
Adenomegalias, hepatoesplenomegalia, MO
FORMA CRÔNICA
Representa 90% dos casos. Ocorre por reativação dos granulomas
Não há necessidade do paciente passar pela forma aguda para ter a crônica
CLÍNICA
Semelhante à da tuberculose (diagnóstico diferencial)
Acometimento cutaneomucoso:
Na TB pós primária, geralmente existe um foco único infeccioso, não é comum acometimento pulmonar +
cutaneo
IMAGEM
Infiltrado pulmonar alveolar e intersticial, em asa de morcego, com fibrose/cavitações que poupam os ápices,
geralmente bilateral
É um paciente que “está muito bem para ter tuberculose, mas com exame de imagem feio”
DIAGNÓSTICO
2. Métodos sorológicos:
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Imunodifusão em gel de agarose
TRATAMENTO
HISTOPLASMOSE
Parecido com TB também
ETIOLOGIA
Fungo Dimórfico
Forma micelial encontrada em locais ricos em dejetos de pássaros e morcegos: cavernas, árvores, minas,
porões e forros.
FORMA ASSINTOMÁTICA
Indivíduos saudáveis que inalaram pouca quantidade do fungo (Imunocompetente de áreas endêmicas)
Detecção
FORMA AGUDA
Na sua forma isolada, lembra uma síndrome gripal + Adenomegalias
Pode ser grave em pacientes imunodeprimidos, idosos e < 1 ano de idade, podendo se disseminar
FORMA CRÔNICA
Lembra a tuberculose
CLÍNICA
IMAGEM
Infiltrado apical
FORMA DISSEMINADA
Característicos de imunocomprometidos e AIDS
CLÍNICA
Micoses pulmonares 4
DIAGNÓSTICO
1. Biopsia
2. Cultura
3. Sorologia
4. Pesquisa de antígeno
TRATAMENTO
COCCIDIOIDOMICOSE
ETIOLOGIA
CLÍNICA
IMAGEM
MANIFESTAÇÕES EXTRA-PULMONARES
DIAGNÓSTICO
Biopsia
Cultura
Sorologia
TRATAMENTO
Anfotericina B de 12 a 24 semanas
MICOSES OPORTUNISTAS
Típicas de imocomprometidos
AIDS
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Neoplasia, transplantes
ASPERGILOSE
ETILOGIA
São ubíquos, ou seja, estão em todos os lugares, seja ar, solo, água. Pessoas com contato com natureza
Coloniza o trato respiratório superior, não necessariamente indicando que a pessoa esteja doente
Uma diferença importante de se distinguir da asma, é que a tosse não é seca, é produtiva.
CLÍNICA
Asma +- febre,
DIAGNÓSTICO
↑ IgE (>1000)
Eosinofilia
IMAGEM
TRATAMENTO
Acomete uma área de difícil higienização pelo pulmão proporcionando uma colonização intrapulmonar por aspergillus
(CIPA)
FATORES DE RISCO
CLÍNICA
Geralmente assintomáticos
IMAGEM
TRATAMENTO
Sintomáticos: cirurgia
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Característico dos imunocomprometido, usuários de corticoides em doses altas, pacientes com neutropenia
persistente (mais que 10 dias), AIDS
Imunossuprimidos que perde controle da imunidade → por isso tem halo perinodular
Quanto mais tempo com neutropenia, maior o tempo de API (quando o paciente já estiver com neutropenia <100 já é
preciso fazer prevenção para API)
Produz uma lesão arredondada, que parece neoplasia (nódulo com sinal do halo invertido)
CLÍNICA
Dor pleurítica
Dispneia
Hemoptise
IMAGEM
Sinal do crescente
DIAGNÓSTICO
Biopsia
Galactomanana
PCR anticorpos
Ausencia de superioridade
TRATAMENTO
Voriconazol
CRIPTOCOCOSE PULMONAR
ETIOLOGIA
Após o contagio há a formação de resposta imune localizada, ocorrendo a penetração em órgãos via disseminação
hematogênica.
FATORES DE RISCO
AIDS
Linfomas
Corticoterapia prolongada
Transplante renal
FORMAS E VARIEDADES
1. Imunocompetentes
Micoses pulmonares 7
Produzem doença de evolução insidiosa (semanas a meses)
Maioria das vezes assintomáticos, ou até mesmo podem produzir quadro semelhante a tuberculose (depende da
imunidade), nesses casos pode aparecer dor pleural, hemoptise, emagrecimento
Mais prevalente nas regiões tropicais e subtropicais, no Brasil mais na região norte e noroeste
2. Imunocomprometidos
Apresentam febre, tosse, dor pleurítica, perda de peso e insuficiência respiratória pulmonar aguda. Se
assemelha a pneumonia
IMAGEM
Nódulos/massas pulmonares
Linfadenomegalia
Derrame pleural
DIAGNÓSTICO
Biopsia
Cultura imunodiagnóstico
TRATAMENTO
PNEUMOCISTOSE
ETIOLOGIA
CLÍNICA
Febre, calafrios, tosse não produtiva, dispneia progressiva, dor torácica, perda de peso
QUADRO GERAL
Micoses pulmonares 8
Hipoxemia marcada
↑ DHL
IMAGEM
DIAGNÓSTICO
PCR de escarro
TRATAMENTO
Sulfametoxazol contando que o paciente tenha usado corticoide prévio (paciente com ↑DHL e hipóxia)
Bactrim IV ou VO
Esses pacientes podem fazer resposta inflamatória localizada ao utilizar sulfa sem corticoide prévio.
Pode lembrar TB→ febre, mal estar e tosse Febre baixa e perda de peso
produtiva
Bola sacudindo no peito
Imagem: Inúmeras cavitações e calcificações
Imagem: Massa com crescente aéreo
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
ASPERGILOSE INVASIVA
homens da zona rural
imunocomprometido → neutropenia persistente
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Órgão: mucosa + linfonodo + pulmão Febre persistente mesmo com ATB
Lembra a TB → tosse produtiva e dispneia Imagem: lesão nodular com halo (”vidro fosco”)
perinodular, que mostra doença ativa
Imagem: lesão cavitada + bronquiectasia
Solicita galactomana
Biópsia: roda de leme
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