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Curso Técnico de Enfermagem

MICROBIOLOGIA-
MICOLOGIA E DOENÇAS
RELACIONADAS
Docente: Bruno Nascimento
Mestre e Doutorando em Microbiologia Médica
Eucariontes

Vasta diversidade -
Saprofíticos

FUNGOS
Comensais e
Patogênicos

Oportunistas
Tipos de Micoses

Superficial
Cutânea
Oportunistas
Estrita

Sistêmicas/
Subcutânea Profundas/Invasivas
(SILVA, 2017)
Morfologia dos fungos

Leveduras - Leveduriformes

Hifas – Fungos filamentosos

Fungos dimórficos *
Morfologia dos fungos

Fungos Levedurifomes –
presença de leveduras que são Fungos Filamentosos – presença
células ovais/arredondadas de hifas
Morfologia dos fungos

Fungo dimórfico – Muda sua forma a depender da


temperatura que ele se encontra

Filamentoso Leveduriforme
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Importância dos fungos

•Ambiental (reciclagem de nutrientes,


decomposição de agentes
•Agricultura (fertilidade do solo, doenças
de plantas, etc)
•Indústria (álcool, cerveja, vinho,
antibióticos, ac cítrico, enzimas, farmacos)
•Alimentação (cogumelos comestíveis,
“tempe”, etc)
•Estudos fundamentais (genética, biomol)
•Saúde (micoses no homem e animais,
micetismo e micotoxicoses)
PRINCIPAIS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR
FUNGOS

Candidiase Criptococose Histoplasmose

Pitiríase
Tricosporonose Esporotricose
Versicolor

Aspergilose Murcomicose
DOENÇAS CAUSADAS
POR FUNGOS
MICOSES
SUPERFICIAIS
PITIRÍASE
VERSICOLOR
MICOSES SUPERFICIAIS

1. Pitiríase versicolor (Tinea Versicolor)


➢Agente etiológico: Malassezia furfur.
➢A Malassezia furfur é uma levedura lipofílica.
➢Faz parte da microbiota normal da pele.
➢Quadro clínico: Infecção leve e crônica do
estrato córneo, caracterizada por máculas
despigmentadas em tórax, abdomem e braços,
que podem descamar.
MICOSES SUPERFICIAIS
Pitiríase versicolor (Tinea Versicolor)
➢O pano branco, também conhecido como micose de praia ou pitiríase
versicolor, é uma doença de pele causada pelo fungo Malassezia furfur, que
produz uma substância chamada ácido azeláico, que impede a pele de produzir
melanina quando exposta ao sol.
MICOSES SUPERFICIAIS

Pitiríase versicolor (Tinea Versicolor)


➢Tratamento
▪ Antifúngicos azólicos tópicos (cremes, loções, sprays): miconazol, cetoconazol,
clotrimazol, oxiconazol: aplicar 1 a 2 vezes ao dia, por 1 a 4 semanas; ou.
▪ Cetoconazol 2% xampu: deixar em contato com a pele por 5 a 10 minutos, 1 vez ao
dia, por 1 a 4 semanas.
MALASSEZIA SPP.

Microscopicamente Macroscopicamente
MICOSES
CUTÂNEAS
DERMATOFITOSES – FUNGOS
DERMATÓFITOS
São infecções no tecido
queratinizado superficial (pele,
cabelos e unhas).
➢Alta prevalência mundial.
➢São causadas por fungos de
três gêneros:
✓Microsporum
✓Trichophyton
✓Epidermophyton
DERMATOFITOSES – FUNGOS
DERMATÓFITOS
Manifestações clínicas
➢Tinea pedis (pé-de-atleta):
Localiza-se em espaços interdigitais nos pés de pessoas que
usam sapatos.
Na forma aguda é pruriginosa, vesicular e avermelhada, e na
crônica ocorre fissuras e descamação.
TRICHOPHYTON SPP.

Microscopicamente Macroscopicamente
MICOSES
SISTÊMICA
HISTOPLASMOSE
ASPECTOS ECOLÓGICOS
▪ Agente etiológico: Histoplasma capsulatum – Fungo Dimórfico

▪ Solos ricos em compostos nitrogenados

▪ pH ácido e alta umidade

▪ Fezes de morcegos, aves ou pássaros

▪ Galinheiros, cavernas, ocos de árvores, casas abandonadas, parques e praças


DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Descritas em 50 países, com maior prevalência em zonas tropicais e


temperadas, com maior frequência nos Continentes Africano e
Americano, estendendo-se desde o sul do Canadá até as regiões
centrais da Argentina

No Brasil já foram registradas 26 microepidemias em


9 estados brasileiros: Ceará, Rio Grande do Sul, Rio
de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais,
Paraíba, Amazonas e Bahia
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Histoplasmose
Infecção Histoplasmose Histoplasmose
Pulmonar
Assintomática Aguda Disseminada
Crônica

As duas primeiras são formas


regressivas observados em
pacientes normais; e as duas
últimas, formas progressivas
verificadas em pacientes
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Histplasmose disseminada. A. Lesão ulcerada no quinto pododáctilo direito, B. Lesão


ulcerada perianal, C. Lesão ulcerada em língua, D. Linfonodo cervical fistulizado,
com drenagem de pus.
TRATAMENTO
A histoplasmose disseminada progressiva requer tratamento.
• Se a infecção for grave, administra-se anfotericina B por via
intravenosa, seguida por itraconazol, administrada por via oral.

• Se a infecção for leve, o itraconazol é usado isoladamente.


HISTOPLASMA SPP.

Microscopicamente Macroscopicamente
MICOSES
OPORTUNISTAS
CRIPTOCOCOSE
CRIPTOCOCOSE

• Frequente em HIV+ (8 a 12%)


• Agentes etiológicos
• C. neoformans var. grubii: sorotipo A
• C. neoformans var. neoformans: sorotipo D
• C. gattii: sorotipos B e C
• Habitat
– Saprófita ubíquo
– C. neoformans: excreta de aves, material vegetal em
decomposição, distribuição cosmopolita
– C. gattii: matéria vegetal em decomposição, presente em
reservas tropicais
▪ Além de excretas de pombos, ocos de árvores em
decomposição, poeira de casa.

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
▪ Criptococose pulmonar progressiva
▪ 10% da formas clínicas
▪ Lesão pulmonar cística associada a inflamação mínima
▪ Sintomatologia inespecífica

▪ Criptococose disseminada
▪ Quadros com comprometimento extrapulmonar
▪ Disseminação hematogênica para qualquer órgão ou tecido
▪ 90% dos casos diagnosticados
▪ Manifestações mais frequentes
▪ Meningoencefalite
▪ Lesões osteoarticulares
TRATAMENTO
▪ Os medicamentos antifúngicos mais utilizados para
o tratamento são a anfotericina B, o fluconazol, o itraconazol e a
fluocitosina.
▪ A anfotericina B tem sido administrada como droga principal e o
fluconazol como uma droga de consolidação do tratamento.
Pombo
OBRIGADO!

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