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A faringite é caracterizada por uma inflamação local e febre. Com frequência, ocorre tonsilite, e os
linfonodos do pescoço tornam-se inchados e sensíveis. Outra complicação frequente é a otite média.
A patogenicidade dos GAS é acentuada por sua resistência à fagocitose. Também são capazes de
produzir enzimas especiais, chamadas de estreptoquinases, que lisam coágulos de fibrina, e
estreptolisinas, que são citotóxicas para as células dos tecidos, hemácias e leucócitos protetores.
Antigamente, o diagnóstico da faringite era baseado no cultivo da bactéria a partir de amostras de
swabs de garganta.
Hoje, existe uma ampla variedade de testes rápidos disponíveis comercialmente para a avaliação de
casos de faringite, o que reflete o fato de milhões de pacientes procurarem tratamento para a doença
a cada ano.
Escarlatina ou Febre Escarlate
Quando a linhagem de Streptococcus pyogenes causadora da faringite estreptocócica produz uma
toxina eritrogênica (associada à vermelhidão), a infecção resultante é chamada de febre escarlate
(escarlatina).
Quando a linhagem produz essa toxina, significa que a bactéria foi antes infectada por um
bacteriófago lisogênico [informação genética de um bacteriófago (vírus bacteriano) foi incorporada ao
cromossomo da bactéria, de modo que as características da bactéria foram alteradas].
A toxina provoca uma erupção cutânea de coloração avermelhada, que provavelmente consiste
em uma reação de hipersensibilidade cutânea à circulação da toxina, e também uma febre alta.
A língua adquire uma aparência manchada, semelhante a um morango, e, em seguida, à medida que
ela perde sua membrana superior, torna-se muito vermelha e aumentada.
Difteria
A doença se inicia com dor de garganta e febre, seguidas de indisposição e edema do pescoço. O
microrganismo responsável é o Corynebacterium diphtheriae, um bastonete gram-positivo não
formador de esporos.
A vacina DTaP faz parte do programa normal de imunização infantil nos Estados Unidos e protege
contra a difteria, o tétano e a coqueluche. A letra D no nome representa o toxoide da difteria, uma
toxina inativada que estimula a produção de anticorpos pelo corpo contra a toxina diftérica.
C. diphtheriae adaptou-se à população imunizada em geral, e linhagens relativamente não virulentas
são encontradas na garganta de muitos portadores assintomáticos. A bactéria está bem adaptada à
transmissão pelo ar e é muito resistente ao ressecamento. Uma membrana acinzentada rígida,
que se forma na garganta em resposta à infecção, é característica da difteria. Ela contém fibrina,
tecido morto e células bacterianas que podem bloquear completamente a passagem de ar para os
pulmões.
Embora as bactérias não invadam os tecidos, aquelas que foram infectadas por um fago lisogênico
podem produzir uma exotoxina potente, que circula na corrente sanguínea e interfere na síntese de
proteínas. Somente 0,01 mg dessa toxina altamente virulenta pode ser fatal. Desse modo, para que a
terapia antitoxina seja eficaz, ela deve ser administrada antes que a toxina entre nas células dos
tecidos.
Quando órgãos, como o coração e os rins, são afetados pela toxina, a doença pode ser
rapidamente fatal. Em outros casos, os nervos podem ser envolvidos, resultando em paralisia parcial.
Em crianças mais novas, a doença ocorre principalmente em grupos que não foram imunizados
por razões religiosas ou outras. Muitos adultos hoje não têm imunidade, pois a imunização de rotina
era menos disponível durante a infância. Algumas pesquisas indicam níveis imunes eficazes em
apenas 20% da população adulta.
A difteria também se expressa como difteria cutânea. Nessa forma da doença, o C. diphtheriae
infecta a pele, geralmente em um ferimento ou lesão cutânea similar, e há circulação sistêmica mínima
da toxina. Nas infecções cutâneas, as bactérias causam ulcerações de cicatrização lenta que são
cobertas por uma membrana acinzentada. A difteria cutânea é muito comum em países tropicais.
O diagnóstico laboratorial por identificação bacteriana é difícil, exigindo meios seletivos e
diferenciais. A identificação é complicada pela necessidade de se distinguir entre os isolados
produtores de toxina e as linhagens que não são toxigênicas; ambos podem ser encontrados no
mesmo paciente. Mesmo que antibióticos como a penicilina e a eritromicina controlem o crescimento
das bactérias, eles não neutralizam a toxina diftérica. Assim, os antibióticos devem ser utilizados
apenas em associação com a antitoxina.
Coqueluche
A infecção pela bactéria Bordetella pertussis resulta na coqueluche, ou tosse comprida. A bactéria B.
pertussis é um cocobacilo gram-negativo. As linhagens virulentas possuem uma cápsula. As
bactérias fixam-se especificamente às células ciliadas da traqueia, impedindo, inicialmente, a sua
ação ciliar e, em seguida, destruindo progressivamente as células. Isso impede o movimento do muco
pelo sistema do elevador ciliar.
B. pertussis produz diversas toxinas. A citotoxina traqueal, porção da parede celular da bactéria, é
responsável pelos danos às células ciliadas, e a toxina pertússis entra na corrente sanguínea e está
associada aos sintomas sistêmicos da doença.
Doença que ocorre principalmente na infância, a coqueluche pode ser bastante grave. O estágio
inicial, denominado estágio catarral, assemelha-se a um resfriado comum. Acessos prolongados de
tosse caracterizam o estágio paroxístico, ou segundo estágio. Quando a ação ciliar é comprometida,
o muco acumula-se, e a pessoa infectada tenta desesperadamente tossir esses acúmulos de muco. A
violência da tosse em crianças pequenas pode até resultar em costelas quebradas. A ânsia por ar
entre as tosses causa um som uivante, daí o nome vulgar da doença (tosse comprida).
Os episódios de tosse ocorrem várias vezes por dia, durante um período de 1 a 6 semanas. O estágio
de convalescença, ou terceiro estágio, pode durar meses. Uma vez que os lactentes são menos
capazes de lidar com o esforço da tosse para manter uma via aérea, ocasionalmente eles sofrem de
lesões irreversíveis no cérebro.
A cultura do patógeno fastidioso requer muitos cuidados. Como alternativa à cultura, o método de
PCR também pode ser utilizado para testar a amostra para a presença do patógeno, um
procedimento requerido para o diagnóstico da doença em lactentes.
A tosse, o sintoma mais evidente da infecção pulmonar, também dissemina a infecção através de
aerossóis contendo bactérias. O escarro pode se tornar sanguinolento à medida que os tecidos são
lesionados, e, por fim, os vasos sanguíneos podem se tornar tão erodidos que se rompem, resultando em
hemorragia fatal. A infecção disseminada é chamada de tuberculose miliar.
Diagnóstico da tuberculose
As pessoas infectadas com tuberculose respondem com uma imunidade celular contra a bactéria.
Essa forma de resposta imune, em vez da imunidade humoral, desenvolve-se porque o patógeno
está localizado principalmente dentro de macrófagos. Essa imunidade, que envolve células T
sensibilizadas, é a base do teste cutâneo da tuberculina, um teste de triagem para a infecção.
Um teste positivo não indica necessariamente doença ativa.
Nesse teste, uma proteína purificada derivada da bactéria da TB, obtida por precipitação de
culturas em caldo, é injetada cutaneamente. Se a pessoa injetada foi infectada com TB no
passado, as células T sensibilizadas reagem com essas proteínas e ocorre uma reação de
hipersensibilidade tardia, em cerca de 48 horas. Essa reação se manifesta como endurecimento
e vermelhidão da área em torno do local de injeção.
Os sintomas são mal definidos e principalmente subclínicos, e a doença pode passar por uma
infecção respiratória leve. Em alguns casos, talvez em menos de 0,1%, a histoplasmose progride
e se torna uma doença grave e generalizada. Isso ocorre com um inóculo surpreendentemente
concentrado.
Muitos outros fungos oportunistas podem causar doença respiratória, sobretudo
em hospedeiros imunossuprimidos ou quando existe exposição a um grande
número de esporos.
presença de vírus. Nos casos de pneumonia para os quais nenhuma causa é determinada, a etiologia viral com frequência é presumida se a pneumonia por micoplasma foi excluída.
Nos últimos anos, os coronavírus emergiram como agentes causadores de pneumonia. Em 2003, o coronavírus associado à síndrome respiratória aguda severa (SARS, de severe acute
mundo. Em 2012, o coronavírus associado à síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV, de Middle East respiratory
e MERS-CoV.
O vírus sincicial respiratório (RSV, de respiratory syncytial virus) é provavelmente a causa mais comum de doença respiratória
6 meses de idade. O vírus também pode causar um tipo de pneumonia potencialmente letal em adultos mais idosos, indivíduos