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TUBERCULOSE
Owner Erick Vinicius

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AULA SANAR/apostila

Introdução

(V ou F) Em todo caso diagnosticado de TB, deve ser ofertado teste anti-


HIV

Verdadeiro

O Brasil: não possui uma epidemia generalizada com relação a


tuberculose, mais concentrada em algumas populações, cite-as?

pessoas que vivem com HIV (PVHIV),

pessoas em situação de rua,

privadas de liberdade,

população indígena

pessoas que vivem em aglomerados e em situação de pobreza.

TUBERCULOSE 1
Atualmente: transplantado e em uso de imunobiológicos são
acometidos

(V ou F) O Brasil atingiu as metas relacionadas à incidência e mortalidade


por tuberculose, contribuindo, assim, para redução da carga da TB no
mundo.

Verdadeiro

Qual o agente etiológico da tuberculose?

Mycobacterium tuberculosis (micobactéria de replicação lenta, Bacilo


Alcool ácido resistente)

A Mycobacterium tuberculosis é uma bactéria aeróbica de replicação


lenta

As micobactérias preferem quais regiões pulmonares?

Ápices pulmonares

Mycobacterium tuberculosis (micobactéria de replicação lenta, Bacilo


Alcool ácido resistente visualizado por coloração de Ziehl-Nielsen

Apresenta ácido micólico em sua parede

O Mycobacterium tuberculosis tem crescimento em meio de Löwenstein-

Jensen ou meio líquido

(V ou F) TUBERCULOSE é uma doença de notificação compulsória

Verdadeiro

Como é transmitida a tuberculose? atualizada

TUBERCULOSE 2
Inalação de partículas infectantes na forma de Aerossóis (via aérea),
exaladas de uma pessoa com TB pulmonar ou laríngea (bacilífera)

Quem pode transmitir TB?

Pessoa com TB pulmonar ou laríngea (bacilífera), ou seja, com


baciloscopia positiva no escarro, entretanto pessoas com baciloscopia
negativa, cultura positiva e/ou TRM positiva também podem transmitir

Por que após muito tempo eu posso ter reativação da TB?

Pois a resposta imune celularé não esterilizadora - a micobactéria


permanece no pulmão, porém contida no granuloma e depois de muitos
anos, devido a fatores genéticos, imune e idade pode reativar

Quem tem maior risco para adoecer com TB?

TUBERCULOSE 3
Pessoas HIV + (maior risco)

Maior risco nos primeiros 2 anos após a exposição

< 2 anos de idade e > 60 anos

Tratamento imunossupressor

Após inicio do tratamento de TB, quanto tempo demora para o risco de


transmissão cair consideravelmente?

15 dias

O risco de transmissão da TB perdura enquanto o paciente eliminar bacilos


no escarro.

Não é necessário isolar o paciente e investigar os contactantes com TB


extrapulmonar.

Descreva a fisiopatologia da infecção da tuberculose:

Inalação de partículas infectantes do BAAR (PRIMO infecção), com


formação do complexo primário pulmonar (complexo de Ghon).

Ocorre então uma disseminação linfática regional (complexo de Ranke),


seguida por disseminação hematogênica podendo fazer complexos
primários em outras topografias.

95% dos pacientes tem resolução (ficando com ILTB), porém após
muitos anos podem desenvolver TB ativa (TB pós-primária).

5% desenvolvem a Tuberculose primária progressiva até dois ano da


primo infecção.

TUBERCULOSE 4
Se ocorrer a reativação endógena a TB, vai muito além do pulmão: pode
acometer: pleura, linfonodos, SNC, osteoarticular

A disseminação da TB para outros órgãos se dá via linfohematogênica

Quais as precauções para a prevenção da tuberculose?

Máscara N 95 (profissional) — para aerossóis

Isolar o paciente em quarto com pressão negativa com filtro HEPA

O paciente não precisa usar máscara no leito, caso saia do isolamento


apenas uma máscara cirúrgica deve ser utilizada

Após 2 semanas de isolamento para TB, e paciente respondedor ao


tratamento eu posso retira-lo do isolamento

TUBERCULOSE 5
Quando isolar um paciente com suspeita de TB?

Diante da suspeita clínica / radiológica

O sintomático respiratório ( tosse por mais de 3 semanas ), deve ser


investigada para TB por meio de exame bacteriológicos (escarro e cultura)

Em 2017 1,6 milhão de pessoas morreram por TB no mundo

(V ou F) No Brasil a TB é endêmica, porém estabilizada, com incidência


em queda

Verdadeiro

A TB no Brasil é concentrada em regiões urbanas em grupos vulneráveis

Quais os grupos com maior risco de adoecimento para TB?

TUBERCULOSE 6
Diagnóstico

Como fazer o diagnóstico da tuberculose?

Associar (clínica, microbiologia, histologia e radiologia)

Microbiologia = pBAAR (Pesquisa direta de PBAAR no escarro). Cultura


é o padrão ouro para o diagnóstico

Clínica = sintomático respiratório: tosse por mais de 3 semanas

Histológico = Biópsia, punção com agulha (ideal na pleural, ganglionar,


pele, osso). Observação de reação histológica de granuloma com
necrose caseosa confirma o diagnóstico de TB.

Radiologia: cavitações em ápices, padrão miliar, derrame pleural.

ADA (adenosina deaminase) alta em líquido pleural + linfócitos acima


de 80% + proteína alta (exsudato - é uma marcador importante nas TB
pleurais,

PPD ≥ 5 mm = reator para tuberculose

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IGRA = mede a produção de Interferon gama dos linfócitos quando
estímulados com epítopos da tuberculose.

TRM = apresenta menor sensibilidade em TB extrapulmonar

em meios líquidos/sólido é o padrão ouro para o diagnóstico de


A cultura

TB, demora até 8 semanas para positivar

Nos casos pulmonares com baciloscopia negativa, a cultura do escarro


pode aumentar em até 30 % o diagnóstico bacteriológico da doença.

O resultado da cultura confirma o diagnóstico de micobacteriose , sendo


necessária a identificação de espécie para caracterizar se é um caso de
tuberculose ou outra micobactéria

(V ou F) A pBAAR (Pesquisa direta de PBAAR no escarro) negativa não


exclui TB, especialmente nas formas extrapulmonares

Verdadeiro

Quando está indicada a baciloscopia (2 amostras) de escarro para TB?

No sintomático respiratório

Em caso de suspeita clínica ou radiológica

Para o acompanhamento de controle e cura

Muitas vezes apenas clínica e um padrão radiológico são suficientes para o


início do tratamento empírico

Qual a importância da pBAAR (Pesquisa direta de PBAAR no escarro)?

Além do diagnóstico para o controle de tratamento

A baciloscopia do escarro, desde que executada cor retamente em todas


as suas fases, permite detectar de 60 a 80 % dos casos de TB pulmonar em
adultos,

Como deve ser a coleta para pBAAR (Pesquisa direta de PBAAR no


escarro)?

3 amostras, matinal

O que fazer diante de impossibilidade da coleta do escarro ou resultados


iniciais negativos (cultura/baciloscopia), na suspeita de TB pulmonar?

Indica-se a realização de broncoscopia com lavado broncoalveolar e


biópsia transbrônquica.

TUBERCULOSE 8
Outra possibilidade diagnóstica é a biópsia transparietal guiada por
tomografia computadorizada (TC).

O que é TB-R (resistente?

Bacilo resistente a alguma droga do esquema de tratamento

O que é TB-MDR (multirresistente?

Bacilo resistente a Rifampicina + isoniazida

O teste rápido molecular para micobactéria, identifica o DNA do


Mycobacterium tuberculosis, sua sensibilidade depende da carga bacilífera
(melhor na TB pulmonar)

(V ou F) O teste rápido molecular para micobactéria, identifica o DNA do


Mycobacterium tuberculosis testa e a sensibilidade a rifampicina

Verdadeiro

(V ou F) O teste rápido molecular para Mycobacterium tuberculosis é


importante apenas para o diagnóstico, não é recomendado para o
seguimento atualizada

Verdadeiro, O TRM-TB detecta o DNA de micobactérias vivas ou


mortas.

(V ou F) O teste rápido molecular para Mycobacterium tuberculosis não


tem bom desempenho para as formas paucibacilares da TB

Verdadeiro

Quando está indicado o Teste rápido molecular para TB?

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(V ou F) Paciente com História sugestiva + teste rápido molecular para
Mycobacterium tuberculosis positivo já autoriza o tratamento

Verdadeiro

Quando está indicada biópsia com estudo histopatológico?

Formas pulmonares que se apresentam radiologicamente como doença


difusa

Nas formas extrapulmonares.

Para sítios extrapulmonares (pleura, ganglionar, pele, osso), é necessário


solicitar biópsia, qual a alteração histológica verificada na TB?

Necrose caseosa + Granuloma (não é diagnóstico definitivo) mas


sugere muito

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a análise histológica pode também buscar bacilos no fragmento de
tecido.

A identificação de um granuloma sem necrose de caseificação , no estudo


histopatológico de biópsia do suspeito com TB, deve ser interpretada com
cuidado e à luz dos achados clínicos, visto que outras doenças
granulomatosas, como sarcoidose e silicose , podem ter essa apresentação
histológica.

Qual a relação entre pesquisa de bacilos no estudo histopatológico na


biópsia de suspeitos de TB e a resposta imune do indivíduo?

A Baciloscopia do tecido é usualmente negativa nos pacientes não


imunossuprimidos,

Ela é positiva, com frequência, nos pacientes com imunossupressão


mais avançada, em que a identificação de granuloma é incomum.

Para formas extrapulmonares como ganglionar, cutânea, óssea e pleural,


a biópsia dessas topografias pode guiar o início de tratamento já que, por
vezes, essas apresentações são paucibacilares.

Quais os marcadores no líquido pleural que sugerem o diagnóstico de TB


pleural?

ADA (adenosina deaminase) alta em líquido pleural + linfócitos acima


de 80% + proteína alta (exsudato - é uma marcador importante nas TB
pleurais

A determinação do aumento da atividade da ADA no líquido pleural,


sobretudo se associado a alguns parâmetros como idade (<45 anos),
predomínio de linfócitos (acima de 80%) e proteína alta (exsudato) , é indicadora de
pleurite tuberculosa.

O padrão ouro para diagnóstico de TB pleural é a biópsia

O PPD ≥ 5 mm = reator para tuberculose , não faz diagnóstico, ele apenas é


um marcador de contato

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IGRA = mede a produção de Interferon gama dos linfócitos quando
estímulados com epítopos da tuberculose.

Quais os padrões radiológicos da TB?

Radiologia: cavitações em ápices, padrão miliar, derrame pleural.

O que é a prova tuberculínica e para que serve?

É a inoculação intradérmica de um derivado do M.tuberculosis para


medir a resposta imune a esses antígenos

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Serve para o diagnóstico de ILTB e TB ativa em crianças

Quando devemos fazer a leitura do PPD?

48-72h após a aplicação, podendo chegar a 96h

Onde é aplicado o PPD?

Terço médio da face anterior do antebraço esquerdo, 0,1 ml,


intradérmico

Em quem é mais comum falso positivo para o PPD?

Pessoas com BCG aplicada no primeiro ano de vida - Porém, dez anos
após a BCG, apenas 1% das PT positivas pode ser atribuída à BCG.

indivíduos infectados por outras micobactérias

O que é o IGRA e para que serve?

Ensaio de liberação do interferon gama dos linfócitos de amostras de


sangue quando sensibilizados à antígenos de TB

Serve para diagnosticar ILTB

Qual a vantagem do IGRA sobre o PPD?

Não é influenciado pela BCG e por infecções prévias por micobactérias


não tuberculosas

Reduz o risco de efeito adverso pois é realizado em amostras


biológicas

Resumo diagnóstico

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Apresentações clínicas

A maioria dos casos de TB ocorre pela reativação, pós primária

TB Pulmonar

Qual o exame padrão ouro para diagnóstico de TB pulmonar?

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Cultura de BAAR de escarro é o padrão ouro para o diagnóstico,
demora até 8 semanas para positivar

PBAAR também é solicitado, TRM

Na impossibilidade da coleta de escarro ou sendo negativos, o que


devemos fazer para diagnosticar TB pulmonar?

Broncoscopia com lavado broncoalveolar e biópsia transparietal guiada


por TC.

Qual o achado histológico da biópsia que diagnostica TB?

Observação de reação histológica de granuloma com necrose caseosa


confirma o diagnóstico de TB.

Qual o quadro clínico da TB pulmonar?

Febre vespertina

Sudorese noturna

Tosse produtiva > 3 semanas

Fenômenos hemoptoicos

Perda ponderal

(V ou F) Pacientes imunodeprimidos não são bacilíferos para TB

Verdadeiro

Diante da suspeita de TB pulmonar, quais exames pedir inicialmente?

Inicialmente pedir Raio-X / Tomografia

PBAAR / cultura / TRM no escarro

Quais os padrões radiológicos da TB pulmonar?

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Cavitações com parede espessada, infiltrados apicais

TB Ganglionar

Como é a história clínica da TB ganglionar?

Adenomegalia crônica (cervical) > 4 semanas, móveis a palpação,


indolores

Febre e perda ponderal pode não estar presentes

Pode ou não fistulizar, sem sinais sistêmicos

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Como diagnosticar TB Ganglionar?

Biópsia ou punção em caso de não fistulinização:

PBAAR e Cultura muitas vezes negativas, TRM, anatomopatológico é


bem importante (reação granulomatosa com necrose caseosa define o
caso)

O paracoco é um diagnóstico diferencial de adenomegalia crônica

Neoplasias também

Qual a forma clínica de TB extrapulmonar mais frequentes em HIV


positivos?

TB Ganglionar

TB Pleural

Qual a clínica da TB Pleural? atualizada

Dor pleurítica, Tosse seca, desconforto respiratório.

O acometimento unilateral é o padrão mais comum da tuberculose


pleural.

Sintomas sistêmicos (febre e perda de peso são ais raros)

Derrame pleural

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Qual a principal forma de tuberculose extrapulmonar no Brasil?

TB Pleural

Como diagnosticar a TB Pleural?

Biópsia de pleura (padrão ouro, com padrão histológico: reação


granulomatosa com necrose caseosa) e

Punção do derrame pleural (predominante linfocítico, ADA >40 UI


aumentado e exsudato, baixa positividade PBAAR e cultura).

Neurotuberculose

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Qual a clínica da Neurotuberculose?

Meningite / encefalite / tuberculoma / cefaleia / alterações de pares


cranianos / hidrocefalia

Como diagnosticar Neurotuberculose?

Coleta de Líquor: pedir PBAAR, cultura, TRM

Imagem: TC e RM

Qual o padrão do líquor na Neurotuberculose (formas


meningoencefálicas)?

LCR = proteínoraquia elevada, aumento do número de leucócitos


(pleocitose), hipoglicorraquia.

Osteoarticular

Qual o local preferencial para a TB óssea?

Coluna vertebral (Mal de Pott) transição toracolombar

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Como é o padrão de acometimento da TB óssea na coluna vertebral?

Lesões destrutivas nos corpos vertebrais, poupando os discos


intervertebrais, com abscessos paravertebrais.

Qual a clínica do Mal de pott?

Lombalgia (queixa mais comum)

Sintomas neurológicos de compressão (parestesia, paraparesia)

Genitourinária

Qual o órgão mais acometido no sistema urinário e genital pela TB?

Urinário = RIM

Genital =Epidídimo e tuba uterina

Quando devemos pensar em TB renal/vias urinárias?

Em pacientes com Hematúria/leucocitúria prolongada com urocultura


negativa

HIV x tuberculose

Sempre solicitar anti-HIV com qualquer forma tuberculose

Na coinfecção tuberculose/HIV deve-se iniciar o antirretroviral precoce


(2-6 semanas após o início do RIPE) quando o CD4 < 50.

Na coinfecção tuberculose/HIV, em pacientes com o CD4 > 350. Pode-


se esperar o fim da primeira fase do tratamento da TB para iniciar o
antirretroviral

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Na coinfecção tuberculose/HIV, Na neurotuberculose aguarda-se 2
meses após o início do RIPE para iniciar o ARV

Cite diagnóstico diferenciais da TB?

Pulmonar; paracoccidioidomicose (forma pulmonar crônica),


histoplasmose, criptococose pulmonar, abscesso pulmonar bacteriano

Tratamento

Que características devem estar presentes nos fármacos para o


tratamento da TB?

Onde o tratamento da TB é realizado?

(V ou F) Mesmo tratando tuberculose, podemos ter reativação e


reinfecção.

Verdadeiro

Qual o tratamento da TB? Atuaizado

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FASE INTENSIVA (2 MESES)= RIPE (Rifampicina, Isoniazida,
Pirazinamida, Etambutol) Todos no mesmo comprimido

FASE MANUTENÇÃO ( 4 MESES) = RI ( Rifampicina e isoniazida)

*Neurotuberculose, ocular e osteoarticular = 12 meses de tratamento


(fase intensiva 2 meses, fase de manutenção 10 meses)

(V ou F) As medicações para TB devem ser ingeridas preferencialmente


em jejum

Verdadeiro

Na neurotuberculose eu devo associar ao esquema padrão os


corticosteroides por 1-2 meses, para evitar sequelas do SNC

Quando devo internar um paciente com TB?

Neurotuberculose grave: rebaixamento do nível de consciência

Intolerância importante as medicações

Situações de vulnerabilidades sociais (ausência de residência)

Toxicidade não controlável -Hemoptise maciça, hepatite

Via oral não viável

Estado geral ruim

Qual a frequência do acompanhamento da TB?

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Consultas Mensais: avaliar adesão, monitorizar o peso, sinais e
sintomas, efeitos adversos.

Baciloscopia mensal se o paciente ainda tem tosse (TB pulmonar)


(espera-se a negativação da baciloscopia ao fim de 2 semanas, mas
pode se prolongar positiva, por até 2-3 meses)

Critérios radiológicos: início do tratamento, 2° mês e final do


tratamento (demora para melhorar)

Função hepática/ renal e glicemia ao inicio do tratamento

Como avaliar a resposta resposta ao tratamento?

Clínica - a febre pode permanecer por alguns meses

Começo a ganhar peso em semanas

Melhora radiológica em meses

Baciloscopia mensal

O principal efeito adverso no início do RIPE é a intolerância gástrica, a


conduta é prescrever sintomáticos

Quais os principais eventos adversos no tratamento da TB?

Rifampicina = urina alaranjada, colestase

Isoniazida: Neuropatia periférica devido a deblexão da absorção de


Vitamina B6 nos túbulos renais, o que leva a parestesia em bota e luva,
alteração do comportamento, hepatotoxidade

Pirazinamina = Hiperuricemia, hepatotoxidade

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Reações adversas MENORES ao RIPE

Reações adversas “menores”, em que normalmente não é necessária a


suspensão dos medicamentos anti-TB, sendo elas

-intolerância digestiva (náusea e vômito) e epigastralgia;

-suor/urina de cor avermelhada; prurido e exantema leve;

-dor articular;

-neuropatia periférica;

-hiperuricemia,

-cefaleia e febre.

Nem todos os fármacos causam essas alterações, por isso é importante


avaliar qual esquema o paciente está utilizando e correlacionar com os
efeitos colaterais.

Reações adversas MAIORES ao RIPE

Reações adversas “maiores”, que normalmente causam a suspensão do


tratamento, contudo, elas estão presentes em apenas 3 a 8% dos
pacientes. São exemplos:

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Exantema ou hipersensibilidade de moderada a grave;

psicose;

crise convulsiva;

encefalopatia tóxica;

neurote óptica,

hepatotoxicidade;

hipoacusia;

trombocitopenia,

leucopenia,

eosinofilia;

nefrite intersticial

rabdomiólise.

(V ou F) Caso o paciente apresente icterícia durante o tratamento para


TB, o esquema deve ser suspenso imediatamente;

Verdadeiro

No tratamento da TB, Laboratorialmente, tolera-se o aumento de três a


cinco vezes o limite superior da ALT e AST, respectivamente, no paciente

sintomático (náusea, vômito, dor abdominal) e assintomático;

Em quais situações devemos repor vitamina B6 (piridoxina) no


tratamento da TB (isoniazida)?

Gestantes, desnutridos, neuropatia periférica anterior, etilismo, DM.

40-50 mg/dia até 200 mg/dia

No tratamento da TB - A piridoxina (vitamina B6) na dosagem de 50 mg/


dia deve ser administrada preventivamente em pacientes etilistas, desnutridos
ou neuropatas . A droga responsável pelos efeitos colaterais neuropáticos é a

isoniazida.

Quando devemos suspender o tratamento da TB?

Aumento de 3-5x transaminases ou icterícia ou hipersensibilidade


cutânea

Espero normalizar as transaminases e reintroduzo droga a droga

TUBERCULOSE 25
Alergia grave

Esquemas alternativos prolongam o tratamento

No tratamento da TB - Em alguns pacientes, as enzimas hepáticas sofrem


elevações discretas e assintomática nos dois primeiros meses de
tratamento. Nestes casos não é necessário suspender o tratamento,
apenas monitorizar. O tratamento deve ser interrompido se

- elevação das enzimas hepáticas > 5 LSN assintomático

- elevação das enzimas hepáticas > 3 LSN com sintomas

- icterícia, independentemente das enzimas hepáticas

Se após a interrupção do tratamento da TB ocorrer normalização das


alterações clinico laboratoriais dentro de 4 sem, reintroduzir o esquema
básico na seguinte sequência em intervalos de 3 a 7 dias verificando o
hepatograma antes de cada etapa:

1. Rifampsina + Etambutol.

2. Isoniazida.

3. Pirazinamida

Exames para o controle do tratamento de TB

(V ou F) 1/4 da população mundial está infectada pelo Mycobacterium


tuberculosis, sem sintoma, não transmitem, porém podem adoecer no
futuro se ocorrer um reativação

Verdadeiro

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Antes de se afirmar que um indivíduo tem ILTB, é fundamental excluir a
TB ativa, por meio da anamnese, exame clínico e radiografia de tórax

Quais as indicações do PPD?

Identificar casos ILTB em adultos e crianças.

Auxiliar no diagnóstico de TB ativa em crianças.

Indivíduos com PT documentada e resultado ≥ 5 mm não devem ser


retestados, mesmo diante de uma nova exposição ao M. tuberculosis.

Populações com indicação de investigação de ILTB.

TUBERCULOSE 27
Quais os grupos com ILTB tem maior risco de evoluir para TB?

O contato íntimo com TB é caracterizado por um tempo mínimo de 120

horas

Para quem está indicado o tratamento de ILTB, mesmo sem história de


contato recente?

TUBERCULOSE 28
Para quem está indicado o tratamento de ILTB, mesmo sem história de
contato recente?

Para quem está indicada a investigação da ILTB?

Toda vez que você for prescrever um imunobiológico, você deve solicitar
um PPD antes, pois ele abre o granuloma, e qual a conduta diante de PPD
positivo?

TUBERCULOSE 29
Contactantes de TB X conduta na ILTB

Contactantes de tuberculosos sintomáticos = investigar TB ativa: Raio


X, escarro, baciloscopia.

Contactantes de tuberculosos assintomáticos = Raio x e PPD ou IGRA

Contactantes de tuberculosos, HIV + = Descarto TB ativa, Sempre


Tratar ILTB (isoniazida 9 meses)

HIV + independente de contato, CD4 <350 = Isoniazida 9 meses

Profilaxia em contactantes RN

TUBERCULOSE 30
Contactantes adultos > 10 anos com PPD > 5 mm = Raio x

Contactantes adultos > 10 anos com PPD < 5 mm = repetir PPD em 8


semanas, se menor que 10 mm = alta, se aumentar 10 mm = investigar
TB ativa, se não confirmada = tratar ILTB

HIV + contato com bacilífero = descartar TB ativa e Isoniazida

HIV Independente do contato

Se CD4 < 350 = isoniazida

TUBERCULOSE 31
Se CD4 > 350 = PPD Se ele ≥ 5 mm = tratar ILTB (Isoniazida)

Outras indicações, PPD > 10mm em DM, IRC dialítico, Neoplasia de


cabeça/pescoço, profissionais da saúde = tratar ILTB (isoniazida 9
meses)

Profissionais de saúde = PPD anual, se incremento > 10 mm =


isoniaziada por 9 meses

O que fazer diante de RN contactante para TB?

1. Não faz BCG

2. Inicia Isoniazida por 3 meses

3. Realizar PT

Qual a conduta diante de adultos > 10 anos Contactantes de


tuberculosos, que estão sintomáticos?

= investigar TB ativa: Raio X, escarro, baciloscopia, TRM

Qual a conduta diante de adultos > 10 anos Contactantes de


tuberculosos, que estão assintomáticos?

Contactantes de tuberculosos assintomáticos = Raio x e PPD ou IGRA

Contactantes de tuberculosos, com HIV + = Descarto TB ativa, Sempre Tratar


ILTB (isoniazida 9 meses)

TUBERCULOSE 32
O tratamento da ILTB em crianças está indicado quando:

Qual a conduta diante Contactantes adultos > 10 anos com PPD > 5 mm?

Qual a conduta diante Contactantes adultos > 10 anos com PPD < 5 mm?

TUBERCULOSE 33
Contactantes adultos > 10 anos com PPD < 5 mm = repetir PPD em 8
semanas, se menor que 10 mm = alta, se aumentar 10 mm = investigar
TB ativa, se não confirmada = tratar ILTB

As indicações para o tratamento da ILTB são: PT ≥ 5 mm em:

(V ou F) contactantes assintomáticos vivendo com HIV: devem realizar o


tratamento da ILTB independentemente da prova tuberculínica.

Verdadeiro

PPD > 10 mm, independente de contato, em paciente com DM, silicose, DRC

dialítico, neoplasia de cabeça e pescoço e outras neoplasias tem indicação de =

tratar ILTB (isoniazida 9 meses)

Todo profissional de saúde deve fazer anualmente PPD, se incremento de


10 mm = tratar ILTB

Como tratar ILTB?

Isoniazida 5mg/Kg/d (300mg max) = 1 CP ao dia—— por 9 meses ou

Posso utilizar Rifampicina em caso de falta do medicamento ou

Rifampicina 4 m usualmente para adultos > 50 anos ou

Rifapentina + isoniazida semanal por 3 meses

TUBERCULOSE 34
(V ou F) TB não contraindica o aleitamento (mãe deve usar máscara)

1. Verdadeiro

O que devemos fazer no rastreio da TB antes de usar um imunobiológico?

Fazer PPD se ≥ 5 mm e descartanto a TB ativa = Tratar ILTB, iniciar


imunobiológico após 30 dias de tratamento de ILTB

O que consideramos TB multirresistente?

BAAR positivo ao final do tratamento,

BAAR (+2/+3) até o 4° mês,

BAAR que volta a ser positivo e se mantém por 2 meses

Paciente que tratou adequadamente TB, não precisa fazer uso de


isoniazida (mesmo com imagem sequelar). Só trata novamente se ele teve
contato ou viragem do PPD.

Quando iniciar o tratamento do HIV em paciente com TB associada?

Início de terapia antirretroviral precoce (2-6 semanas após início de


RIPE, quando o CD4 for abaixo de 50).

Em pacientes com CD4 mais alto (acima de 350 células), é possível


esperar pelo fim da primeira fase de tratamento.

As PVHIV devem ter prioridade no tratamento da ILTB, e as indicações de


tratamento são:

PVHIV com radiografia de tórax normal e:

Contagem de LT-CD4+ ≤ a 350 células/mm3, independentemente da


PT ou IGRA;

Contagem de LT-CD4+>350 células/mm3 com PT ≥5 mm ou IGRA


positivo;

Contato intradomiciliar ou institucional de pacientes


com TB pulmonar ou laríngea, independentemente do resultado da PT
ou do IGRA;

TUBERCULOSE 35
Registro documental de ter tido PT ≥5 mm ou IGRA positivo e não
submetido ao tratamento da ILTB na ocasião.

PVHIV com radiografia de tórax com cicatriz radiológica de TB, sem


tratamento anterior para TB, independentemente do resultado da PT
(desde que afastada a possibilidade de TB ativa).

Na neurotuberculose deve-se, obrigatoriamente, esperar 2 meses para


iniciar o ARV (antirretroviral)

No tratamento do HIV em paciente com TB, quais as alterações no


esquema que eu devo realizar?

1. Não utilizar inibidores de protease com rifampicina.

2. Se for necessário o uso de inibidores de protease como parte do


esquema de tratamento, trocar rifampicina pela rifabutina.

3. Se usar dolutegravir com rifampicina, dobrar a dose dele.

Resumo fluxograma

TUBERCULOSE 36
TUBERCULOSE 37
TUBERCULOSE 38

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