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Pneumo

HIV

Prof. Marcello Vieira


Doenças Infecciosas e Parasitárias
Introdução

HIV aumenta risco de doenças respiratórias

Primeiros casos de Imunossupressão no Mundo na década de


80. Pacientes com Pneumocistose
ARVs reduziram risco de Pneumocistose

Uso de SMX + TMP diminui risco de Pneumocistose e Infecções


bacterianas
Câncer de Pulmão e DPOC mais prevalentes na medida em que
a sobrevida aumenta
Diagnóstico Diferencial

Infecções (Bacterianas, fúngicas, virais-


principalmente Influenza e micobacterianas)

Neoplasias (Câncer de Pulmão, Sarcoma de


Kaposi, Linfoma Não Hodgkin)

Cardiovasculares (Hipertensão Pulmonar


Primária e Insuficiência cardíaca )
Correlação Imunidade/Complicações
PNEUMONIAS
CD4 > 200 200 -50 < 50
Pneumococo +
H. Influenzae +
Bactéria

S. aureus +
Legionella +
Nocardia +
Pseudomonas +
M. Tb +
Virus Micob.

M. Kansasii +
M.A.C +
CMV +
Influenza +
P. jiroveci +
Criptococos +
Fungos

Histoplasma +
Coccidioido +
Aspergillus +
Kaposi +
Fatores de Risco

Não uso adequado de terapia Antirretroviral

Tabagismo

DPOC

UDEV: infecções bacterianas invasivas

Não uso de profilaxia com SMX + TMP quando CD4 < 200
Principais Microorganismos

Pneumocystis jirovecii -> Pneumocistose

Streptococcus pneumoniae (principal agente)

Pseudomonas aeruginosa

Mycobacterium tuberculosis

Outras micobacterias

Influenza, CMV
JPS, 32 anos, sexo masc, natural de Porto Alegre, garçom.
História de estar há 3 semanas com quadro de tosse seca e
dispneia progressiva. Refere que vem apresentando perda
ponderal significativa nos últimos meses. Ao exame clínico,
emagrecido, candidose oral, dispneia, ausculta pulmonar
limpa e com adenopatias cervicais, axilares e inguinais.
Pneumocistose (PCP)
Pneumocystis jirovecii

CD4 < 200 cels/mm3

Quadro sub-agudo, febre, tosse seca e dispneia progressiva.

Muitos pacientes “abrem” o quadro de imunodeficiência com PCP

Pode ter transmissão respiratória.

No Início da epidemia de AIDS 70 a 80% dos pacientes e 20-40%


óbito.
Pneumocistose-> Diagnóstico
Clínico -> febre, tosse seca e dispneia.

Laboratório -> hipoxemia nas formas graves, LDH elevada.

Radiográfico -> pode ser variado- o mais comum infiltrado


intersticial difuso. TC de tórax com infiltrado tipo “vidro fosco”.

Microbiológico- Cistos no escarro, no escarro induzido ou LBA,


biópsia pulmonar; LBA: sens. 95% a 100% !

PCR na saliva, escarro, LBA, fragmento pulmonar


Rx simples de Tórax - PCP

• Infiltrado Intersticial difuso

• Pode ser normal

• Pneumotórax

• Não cursa com Derrame Pleural


TC de Tórax
Infiltrado Intersticial tipo vidro fosco e pneumatoceles/ cistos
Diagnóstico Etiológico
Cistos de Pneumocystis jirovecii
Tratamento
• Suportivo -> oxigenioterapia, hidratação, TARV,
corticoide se PO2 < 70 mmHg
• Específico
1- SMX + TMP -> 15 mg/kg de TMP
Alérgicos
1- Clindamicina + primaquina
Formas leves o tratamento pode ser por VO.
Outros: Pentamidina, atovaquone,

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo


da Infecção pelo HIV em Adultos - 2013
• Uso regular de terapia Antirretroviral
com melhora da imunidade.

Prevenção • Profilaxia Primária ou Secundária


com SMX+ TMP 2 cp VO 1 x dia, se
CD4 < 200
• JPS, 32 anos, sexo masc, natural de Porto Alegre, garçom.
História de estar há 4 dias com quadro de tosse
inicialmente seca e febre alta. Refere estar evoluindo com
piora do quadro com febre constante, piora da tosse e com
secreção amarelada. Hoje evoluiu com hipotensão e
dificuldade respiratória. Ao exame clínico, emagrecido,
candidose oral, dispneia, ausculta pulmonar com estertores
crepitantes no terço médio do pulmão direito, FC 128 bpm
TAX 38,5, PA: 90/45 mmHg.
Pneumonias Bacterianas
• 10x mais frequentes que em HIV (-)

• Fatores de risco: CD4 baixo, tabagismo, DPOC e UDEV

• Pneumococo é o agente mais comum.

• S.aureus (UDEV)

• P. aeruginosa (uso prévio de antimicrobianos, bronquiectasias, neutropenia,


e CD4<50 cels/mm3)

• Atípicos são infrequentes; Nocardia (subaguda, cavitação ); Rhodococcus equi


(imunodeficiência avançada)
Febre alta

Dor torácica Ventilatório dependente

Pneumonias Tosse com secreção purulenta


bacterianas
Quadro Quadro viral prévio ou não

clínico
Quadro agudo

Doenças Invasivas – bacteremia


associada
Clínico/radiológico

Secreção: Gram do escarro

Cultura do escarro
Pneumonias
bacterianas Antígeno Urinário pneumococo e
Diagnóstico Legionella
Hemograma

Hemoculturas
Pneumonia Comunitária Grave Tratamento
Ceftriaxona + Claritromicina/Azitromicina

Cefepime + Azitromicina/Claritromicina (risco de Pseudomonas


aeruginosa)

Casos Leves
Amoxicilina + acido clavulânico
Quinolonas “respiratórias” (levofloxacin, moxifloxacin,..)
Cefuroxima

Conforme a aula de Pneumonia bacteriana


Vacinação para Influenza

Prevenção Não ao tabagismo

Vacinação Pneumocócica
• JPS, 32 anos, sexo masc, natural de Porto Alegre, garçom. História de
estar há 1 mês com tosse seca, perda ponderal significativa, febre até
38,5 e eventualmente sudorese profusa. Refere que procurou
atendimento médico e foi orientado a fazer uso de clavulin mas não
apresentou melhora. Ao exame clínico, emagrecido, candidose oral,
ausculta pulmonar limpa e com adenopatias cervicais a maior com
cerca de 4 cm, móveis e de consistência fibroelásticas.
Quadro agudo e subagudo

Febre, tosse seca ou secretiva

Tuberculose
Sudorese noturna
Quadro
clínico Perda ponderal

Pode acometer em qualquer estágio da


imunidade. Apresentações atípicas com
imunidade mais baixa.
• Clínico/radiológico

• Pesquisa de estruturas BAAR positivas ->


coloração de Ziehl-Neelsen da secreção
traqueal/escarro/LBA
Tuberculose
• Cultura para micobactérias da secreção ->
Diagnóstico atentar para risco de Tuberculose resistente.
Sempre pedir cultura com teste de
sensibilidade

• PCR para tuberculose no escarro/LBA

Manual de Recomendações para Controle da Tuberculose no


Brasil 2 Edição 2019
Tuberculose Miliar
Rx simples

TC de Tórax
Cavidade
no LSD
Ziehl-
Neelsen
Diagnóstico
Diferencial
da
Tuberculose

Manual de Recomendações para Controle da Tuberculose no


Brasil 2 Edição 2019
Tratamento

Manual de Recomendações para Controle da Tuberculose no


Brasil 2 Edição 2019
Tratamento

Manual de Recomendações para Controle da Tuberculose no


Brasil 2 Edição 2019
Prevenção

Manual de Recomendações para Controle da Tuberculose no Brasil 2 Edição 2019


• PPD
Quimioprofilaxia
Isoniazida Rifampicina

Manual de Recomendações para Controle da Tuberculose no Brasil


2 Edição 2019
Raramente diagnosticados

CMV, Influenza

Virus - CMV = CD4<50, infiltrados intersticiais,


biopsias, pós PCP nos casos mais
graves.

Prevenção -> Uso de TARV e vacinação


para Influenza
Neoplasias e outras -
Sarcoma de Kaposi = em pele e mucosa + derrames
pleurais + nódulos + placas purpúricas na
broncoscopia. QT + ARVs
Linfoma Pulmonar = nódulos + massas + derrames
pleurais. Biopsia por video toracoscopia

Cancer de Pulmão = fumantes e longa sobrevida


nos pacientes com HIV após TARV
Sarcoma de Kaposi
• Broncoscopia -> Lesão
Endotraqueal • TC de Tórax

Tratamento -> quimioterapia e TARV

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