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Conceitos Iniciais
• A tuberculose é causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis;
• Existem outras espécies de Micobactérias;
o Quando a infecção se dá por elas, são chamadas Micobacteriose não tuberculosa (MNT);
o É mais comum a infecção por MNT’s em pacientes que já têm alguma doença estrutural no pulmão
▪ TB prévia - cavitações;
▪ Bronquiectasia;
▪ Cicatriz no pulmão
• A transmissão é de pessoa para pessoa através do ar:
o O paciente bacilífero, ao tossir ou falar, elimina aerossóis (0,5 micron) contendo o germe
o Não se transmite tuberculose por contato de saliva – a pessoa precisa inalar.
o Compartilhamento de talher ou copo não transmite.
Patogenia
• Entrada do bacilo geralmente pela via respiratória
o Macrófago fagocita (opsoniza) o bacilo e, assim, ativa mediadores inflamatórios
▪ No caso da tuberculose, os principais são as interleucinas 6 e 12 (IL-6 e IL-12) , fator de necrose
tumoral alfa (TNF-α) e o interferon gama
o Espécie de quimiotaxia – mais macrófagos são recrutados para fagocitar os bacilos
o Caso se consiga conter a infecção (bacilos fagocitados pelos macrófagos) há a formação de um
granuloma
▪ A quimiotaxia continua recrutando células gigantes de Langerhans, as quais irão cercar os
macrófagos e começam a reter sais de cálcio – formando o granuloma;
▪ Esse granuloma forma uma cicatriz no pulmão – sinal de infecção contida – infecção primária;
▪ Dependendo do tamanho, o granuloma pode ser visto ou não na radiografia (maiores que 0,5
cm é possível)
o Muitas vezes, o granuloma pode sofrer uma reativação – infecção secundária
o A partir disso, a pessoa não consegue mais fazer a contenção adequada do bacilo e adoece
o De todas as pessoas que entram em contato com o bacilo, apenas 5 % adoecem
Tuberculose extrapulmonar
• A TB pode acometer qualquer órgão, além dos pulmões;
o Pele, olhos, tireoide, pâncreas, rins, SNC (meninges e encéfalo)...
• Formas extrapulmonares mais comuns:
o Em pacientes imunocompetentes, a forma mais comum é a pleural;
o Em pacientes imunossuprimidos (como HIV) a forma mais comum é a ganglionar.
Radiografia de Tórax
imunocompetentes imunocomprometido
s
Interpretação de resultados
• Baciloscopia do escarro – Forma de apresentação:
o Negativo
o Positivo → + a ++++ (referente à quantidade de bacilos por campo): quanto mais bacilos, mais
cruzes.
• Teste molecular rápido – Forma de apresentação:
o DNA não detectável;
o DNA detectável:
▪ Sensível a Rifampicina;
▪ Resistente a Rifampicina.
Não esquecer de notificar ao fechar o diagnóstico!!!! Notificação compulsória.
Tratamento
• Medicamentos do esquema básico
o R = RIFAMPICINA Todas essas substâncias
o H = ISONIAZIDA estão em 1
o Z= PIRAZINAMIDA comprimido!
o E= ETAMBUTOL
Efeitos adversos
• Menores: Podem ser tratados na atenção primária
o Principais efeitos adversos menores:
Trocar o horário da
medicação (2h após o café)
e investigar hepatite
medicamentosa.
É normal
Só suspende se for grave
Hepatotoxicidade
Paciente com história prévia de doença hepática.
Resistência a medicamentos
• Monorresistência Atenção terciária –
• Polirresistência policlínicas e hospitais
• Multirresistência
Obs: ela falou que policlínica é terciário, mas é secundário, segundo AIS.
Ao fechar o diagnóstico: chamar todos os contatos para serem avaliados!
• Caso um dos contatos esteja sintomático → Investigar TB ativa
o Radiografia de tórax: PA e PERFIL
o Baciloscopia do escarro em 2 amostras ou
o Teste Molecular Rápido para Tuberculose em 1 amostra
• Se for contato assintomático → Investigar TB latente
o Em crianças ≤ 10 anos:
▪ PPD (Teste tuberculínico) ou IGRA (Teste de detecção de Gama-Interferon)
▪ Radiografia de tórax em PA e PERFIL
o Pessoas maiores de 10 anos
▪ PPD ou IGRA
✓ Se ≥ 5mm → Radiografia de tórax em PA e PERFIL
✓ Se < 5mm → Repetir PPD em 8 semanas, para investigar conversão
*PPD: injeção intradérmica da toxina tuberculínica e espera-se a reação. Mede-se a área que fica “durinha”.
Desvantagem de que é feita a aplicação e a pessoa precisa voltar em 48 a 72 horas para avaliar o resultado.
*IGRA: vantagem de ser feita apenas uma coleta no sangue. Perde a sensibilidade em localidades em que a
vacina BCG é feita de forma correta – diminui a sensibilidade – falso positivos
Tratamento da TB Latente
Opções de tratamento da ILTB
ISONIAZIDA POR 6 MESES
ISONIAZIDA POR 9 MESES
RIFAMPICINA DE 3 A 4 MESES
RIFAMPICINA + ISONIAZIDA POR 3 A 4 MESES
ISONIAZIDA DIÁRIA POR 3 MESES + DOSE SEMANAL DE RIFAPENTINA
• Reduz de 60 a 90% o risco de adoecimento
• Fármaco utilizado no momento no Brasil: Isoniazida
• De 5 a 10 mg/kg de peso até a dose máxima de 300mg/dia
• Tempo de tratamento: mínimo 6 meses
• Ideal: 9 meses.