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2016

ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS

Descrição - A tuberculose é um problema de saúde


prioritário no Brasil que com outros 21 países em
desenvolvimento, alberga 80% dos casos mundiais da
doença;

- Cerca de um terço da população mundial está infectada


com o Mycobacterium tuberculosis;

- Anualmente, ocorrem em torno de oito milhões de casos


novos e quase 3 milhões de mortes por tuberculose no
mundo;

- O Brasil notifica aproximadamente 85 mil casos novos por


ano e cerca de 5-6 mil mortes pela doença.
Agente etiológico

Mycobacterium tuberculosis,
também conhecido como
bacilo de Koch.
Reservatório

O homem (principal) e o gado bovino doente


em algumas regiões específicas.
Modo de transmissão

➢De pessoa a pessoa (principalmente


de um bacilífero)

➢Os bacilos removidos são deglutidos,


inativados pelo suco gástrico e
eliminados nas fezes.

➢Os bacilos que se depositam nas


roupas, lençóis, copos e outros objetos
dificilmente se dispersarão em
aerossóis e, por isso, não
desempenham papel importante na
transmissão da doença.
Período de incubação

Varia de meses a anos. A maioria dos novos casos de


doença ocorre em torno de 6 a 12 meses após a
infecção inicial.

Período de transmissibilidade

Enquanto o doente estiver eliminando bacilos e não


houver iniciado o tratamento. Com o início do esquema
terapêutico recomendado, a transmissão é reduzida
gradativamente em algumas semanas (duas).
Imunidade e susceptibilidade

-A infecção pelo bacilo no Brasil geralmente acontece na


infância.
-Nem todas as pessoas expostas ao bacilo da tuberculose se
tornam infectadas;
-Entre os infectados, a probabilidade de adoecer aumenta na
presença de infecção pelo vírus da imunodeficiência
humana (HIV) e outras formas de imunodepressão, na
presença de desnutrição, silicose, diabetes e em usuários de
drogas endovenosas;
Manifestações clínicas

Comprometimento do estado
geral, febre baixa vespertina
com sudorese, inapetência e
emagrecimento. Na forma
pulmonar apresenta-se dor
torácica, tosse inicialmente
seca e posteriormente
produtiva, acompanhada ou
não de escarros
hemoptóicos.
-Nos adultos, a forma
pulmonar é a mais freqüente;
- A forma extra pulmonar é
mais comum nas pessoas
com pouca imunidade,
surgindo com maior
freqüência em crianças e
indivíduos com infecção por
HIV;
- TB resistente (mono e
multi);
Diagnóstico

Exame clínico - Baseado nos sintomas e


história epidemiológica.
Exame bacteriológico

•Baciloscopia de escarro em duas amostras para os


sintomáticos respiratório

•Pacientes que apresentem alterações pulmonares na


radiografia de tórax

•Contatos de tuberculose pulmonar bacilíferos.


Cultura
-Suspeitos de tuberculose pulmonar com baciloscopia
repetidamente negativa;

-Diagnóstico de formas extrapulmonares, como meníngea,


renal, pleural, óssea e ganglionar;

-Para o diagnóstico de todas as formas de tuberculose em


pacientes HIV positivo;

-Para os casos de tuberculose com suspeita de falência de


tratamento;

- Para os casos de retratamento para verificação da


farmacorresistência nos testes de sensibilidade;
Exame Radiológico

Auxiliar no diagnóstico.
Permite medir a extensão
das lesões e avaliação da
evolução clinica do paciente
ou de patologias
concomitantes.
PREVENÇÃO

Controle dos contatos


Todos os contatos dos doentes de tuberculose,
prioritariamente dos pacientes pulmonares positivos,
devem comparecer à Unidade de Saúde para exame.

Vacinação BCG
Previne as manifestações graves da primo-infecção,
como as disseminações hematogênicas e a
meningoencefalite, mas não evita a infecção tuberculosa. A
vacina BCG não protege os indivíduos já infectados pelo
M. tuberculosis.
Dose fixa combinada
QUIMIOPROFILAXIA OU TRATAMENTO DA TB
LATENTE
- Objetiva reduzir entre 40 a 80% o risco de os indivíduos
infectados com o M. tuberculosis e tuberculino-positivos
desenvolverem tuberculose-doença;

- Deve ser voltada a pessoas infectadas pelo M. tuberculosis,

com a administração da isoniazida na dosagem de 10

mg/kg de peso, com total máximo de 300 mg diariamente,


durante seis meses.
ISONIAZIDA 100 mg
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DA TB NA
ATENÇÃO BÁSICA

•Identificar Sintomáticos Respiratórios;

•Realizar assistência integral às pessoas e famílias na UBS e,


quando indicado ou necessário, no domicilio e/ou nos demais
espaços comunitário;

•Orientar quanto à coleta de escarro;

•Aplicar a vacina BCG;

•Fazer teste tuberculínico. Caso não tenha capacitação


para tal, encaminhar para a unidade de referência;
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DA TB NA
ATENÇÃO BÁSICA

• Realizar consulta de enfermagem;

• Solicitar exames (BAAR, Rx de tórax, Cultura, identificação e


teste de sensibilidade para BK, Prova Tuberculínica), além do teste
HIV sob autorização e aconselhamento;

• Iniciar tratamento* e prescrever medicações (esquema básico de


TB), observadas as disposições legais da profissão e conforme os
protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo Ministério
da Saúde;

• Convocar os contatos para investigação;

• Orientar pacientes e familiares quanto ao uso da medicação,


esclarecer dúvidas e desmistificar tabus e estigmas;
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DA TB NA
ATENÇÃO BÁSICA

• Convocar o doente faltoso à consulta e o que


abandonar o tratamento;

• Realizar o TDO (Tratamento Diretamente


Observado) e acompanhar a ficha de supervisão
da tomada de medicação preenchida pelo ACS ou
técnico ou auxiliar de enfermagem;

• Realizar assistência domiciliar, quando


necessária;

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