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CLÍNICA
MÉDICA
TUBERCULOSE
TRAUMA
BASES DA MEDICINA
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Tuberculose
u Tuberculose é uma doença infecciosa de notificação compulsória. Assunto que aparece em todos os con-
cursos médicos. Em nosso país, há prevalência dessa doença em grandes centros urbanos e seu controle
ainda é um enorme desafio, apesar da melhoria recentes dos indicadores em boletins do Ministério da Saúde.
u Quando um indivíduo susceptível inala o Bacilo de Koch (BK), este primeiro contato é chamado de primo-
-infecção, a qual, no Brasil, geralmente ocorre na infância. Na maioria dos casos, há o controle da infecção
após o contato com o agente, porém, em alguns casos, há o desenvolvimento de TB primária (sobretudo
em crianças ou imunocomprometidos). A TB pós-primária, comumente, se apresenta como uma reativação
do foco, anos depois do contato inicial, sendo a principal forma clínica da doença.
u Infecção pelo HIV, DM, neoplasias, desnutrição, alcoolismo, uso de biológicos (anti-TNF) e outros imunos-
supressores são os maiores responsáveis pela reativação desse patógeno.
u Em condições imunológicas ideais, após inalação do bacilo, ocorre a formação de um granuloma caseoso,
formando, posteriormente, o Complexo de Ghon.
u A doença pode ocorrer sob a forma pulmonar (grande maioria) ou extrapulmonar (principalmente pleural,
ganglionar e meníngea).
u Aforma pulmonar, que ocorre após o contato inicial, normalmente, cursa com quadro de pneumonia e
costuma afetar mais as crianças (TB primária), as quais são, de modo geral, paucibacilares. Em adultos,
mais bacilíferos, é mais frequente a TB pós-primária, que cursa com infiltrado, principalmente em região
apical do pulmão direito. Em imunossuprimidos, pode haver apresentação primária.
u Odiagnóstico das formas pulmonares se dá a partir de clínica compatível (tosse por mais de 3 semanas,
febre vespertina, perda ponderal), Rx do tórax (lesões cavitadas, árvore em brotamento) e baciloscopia,
cultura ou Teste Rápido Molecular no escarro (TRM) positivos no paciente.
u Saber interpretar padrões radiológicos (cavitações, árvore em brotamento, miliar) clássicos de tuberculose
pulmonar.
u Aprova tuberculínica (PPD) é importante marcador de contato. É, também, importante e decisiva na indi-
cação de tratamento da infecção latente. Ainda , tem-se o IGRA(Interferon Gama Reasilng Assay) como
uma ferramenta para avaliar a infecção latente.
u Na TB pleural, a análise do líquido pleural com ADA >40 (exsudato, linfomonocitário) é uma ferramenta
essencial para o diagnóstico. Para esses casos, além da baciloscopia e da cultura no líquido, outra opção
é a biópsia pleural com reação histológica, que é o padrão-ouro para o diagnóstico.
u Neurotuberculose é uma das formas mais graves e será discutida detalhadamente no capítulo de menin-
gites crônicas.
u Oesquema básico do tratamento é feito com 2 meses de RIPE e 4 meses de RI. Deve-se atentar para os
efeitos colaterais das medicações desse esquema, especialmente os relacionados à hepatoxicidade.
Prolonga-se o tratamento para 12 meses nas formas ósseas e meníngeas.
u Aisoniazida pode causar neuropatia periférica (parestesias em “bota” e em “luva”), sendo, em alguns
pacientes, necessária a reposição de piridoxina (vitamina B6).
u Existempoucas opções de drogas alternativas para compor esquemas no caso de hepatoxicidade. Ami-
noglicosídeos e quinolonas acabam sendo as principais opções para esses esquemas.
u A tuberculose é a principal doença oportunista na PVHIV (População Vivendo com HIV). Na coninfecção,
preferir esquemas antirretrovirais baseados em efavirenz, e dolutegravir, que são compatíveis com o uso
de rifampicina. Não se deve atrasar o início de terapia antirretrovial, sobretudo quando o CD4 estiver abaixo
de 50 células (iniciar 2-8 semanas após início de RIPE).
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Tuberculose Clínica Médica
u Otratamento da infecção latente se faz com isoniazida, importante para prevenir o adoecimento por
tuberculose. Uma das metas da OMS é ampliar o seu diagnóstico/tratamento como grande estratégia de
prevenção.
u O DOT (Tratamento Diretamente Observado) é indicado em alguns grupos populacionais com maior risco
de abandono.
u Assuntos mais cobrados nas provas sobre tuberculose: profilaxia de contactantes e tratamento da infecção
latente (muita atenção nas indicações de RN/ contactantes intímos) ; papel do PPD; e o que é viragem
tuberculínica.
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Tuberculose
O agente etiológico é o Mycobacterium tuberculosis, (aerossóis) – o padrão-ouro são os quartos com pressão
um Bacilo Álcool-Ácido Resistente (BAAR). Tem negativa e filtro HEPA; no entanto, estes ainda têm pouca
disponibilidade em nosso país. Os profissionais devem
transmissão respiratória, pela inalação de partí-
utilizar máscara N95 para entrar no quarto; o paciente não
culas infectantes na forma aerossolizada no meio precisa usar máscara no leito. Se ele for realizar algum
ambiente. Portanto, as formas pulmonares bacilífe- exame e tiver de sair do quarto de isolamento, deve colocar
ras (presença do BAAR no escarro) e laríngeas são a máscara cirúrgica durante do transporte.
as principais formas envolvidas na transmissão.
Todo caso de tuberculose deve ser imediatamente Estima-se que, em 2015, cerca de 10,4 milhões de
notificado ao serviço de vigilância epidemiológica, pessoas desenvolveram tuberculose (TB), 580 mil
independentemente do critério utilizado para a con- na forma de TB multidroga resistente (TB MDR) ou
firmação (microbiológico, histológico, radiológico TB resistente à rifampicina (TB RR), e 1,4 milhão
ou clínico). No Brasil, tem-se, na atenção primária, morreram da doença. Entretanto, foram reportados,
a porta de entrada para atendimento e investigação nesse mesmo ano, cerca de 6,1 milhões de casos
inicial dos casos. novos de TB. A região das Américas representa
Da mesma forma, em todo caso diagnosticado de cerca de 3,0% da carga mundial de tuberculose,
tuberculose, para além da forma e do critério ado- com 268 mil casos novos estimados, dos quais
tados, deve ser obrigatoriamente oferecido o teste Brasil (33,0%), Peru (14,0%), México (9,0%) e Haiti
anti-HIV, uma vez que a prevalência da tuberculose (8,0%) são os países com a maior carga.
e a infecção pelo vírus em HIV+ são significativa- Com o objetivo de fortalecer a Estratégia DOTS e
mente maiores do que na população soronegativa. alcançar as metas estabelecidas, foi lançada, em
2006, a estratégia Stop-TB (WHO, 2006), cujo pro-
pósito era reduzir drasticamente o peso global da
DIA A DIA MÉDICO
TB até 2015. O reconhecimento da determinação
social da TB e de que fatores relacionados à ocor-
Sempre se devem isolar casos suspeitos de tuberculose rência e ao controle da doença transcendem o setor
bacilífera em leito, com precauções do tipo respiratório
de saúde, fez crescer a necessidade de pensar em
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Tuberculose Clínica Médica
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Tuberculose
Figura 3. Coeficiente de incidência de tuberculose, todas as formas, por Unidades Federadas, 2017.
O bom resultado alcançado parece estar relacionado esses pacientes antes do início de terapias específicas
ao crescimento econômico, a iniciativas governa- imunosupressoras.
mentais para reduzir a desigualdade na saúde,
ao compromisso político de garantir a cobertura
universal do Sistema Único de Saúde (SUS) e ao
aumento do financiamento para as ações desti- 2. FISIOPATOGENIA E
nadas ao controle da TB. Todavia, alguns desafios TRANSMISSÃO
e ações se fazem necessários, como o aumento
da cobertura da testagem para HIV, a melhora na
adesão ao tratamento e, consequentemente, a cura
BASES DA MEDICINA
dos casos e a expansão da oferta de tratamento de
infecção latente pelo M. tuberculosis.
Após a inalação de partículas infectantes do BAAR, deter-
mina-se o complexo primário pulmonar (Complexo de
Ghon), geralmente em campo médio pulmonar do hemi-
DIA A DIA MÉDICO tórax direito. Há uma disseminação linfática regional
(Complexo de Ranke), seguida de distribuição por via
Num contexto ainda mais atual, tem-se o aumento de hematogênica. O processo, habitualmente, é autolimitado,
casos entre pacientes transplantados, devido à imunos- evidenciado somente pela conversão da Prova Tubercu-
supressão, além de um número crescente de pacientes línica (PPD) em torno de 4 a 6 semanas, determinando o
em uso de terapias imunobiológicas, principalmente para quadro de latência em torno de 95% dos casos (infecção
doenças reumatológicas. Esses assuntos têm aparecido latente por Mycobacterium tuberculosis). Contudo, o fato
com muita frequência nos últimos exames médicos. de a bactéria permanecer no pulmão, mesmo contida num
O rastreamento de TB latente é etapa obrigatória para granuloma, pode ser um problema no futuro.
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Tuberculose Clínica Médica
Cerca de 5% dos indivíduos em contato com o mecanismo fisiopatológico destes casos é a rea-
BAAR podem evoluir para doença ativa em cerca tivação da infecção latente pela M. tuberculosis.
de 2 anos (tuberculose primária), muitas vezes, Diversas condições imunossupressoras podem
com apresentações clínicas graves, substancial- favorecer essa progressão. Há sempre a possibili-
mente em indivíduos muito jovens ou imunodepri- dade de reinfecção por outra cepa de micobactéria,
midos. Os outros indivíduos (cerca de 95%) poderão fato comprovado somente por meio de testes de
desenvolver doença ativa anos ou décadas após o tipagem molecular ou investigação de surtos bem
primeiro contato (tuberculose pós-primária), o que documentados.
ocorre em cerca de 5 a 10% dos casos. O principal
Primoinfecção
5-10% em 2 anos
(crianças e adultos)
95%
Tuberculose primária
Resolução Complexo primário
progressiva
Tuberculose pós-primária
O M. tuberculosis é transmitido por via aérea, de uma espirro de um doente com tuberculose ativa pulmo-
pessoa com TB pulmonar ou laríngea que elimina nar ou laríngea. As gotículas exaladas (gotículas
bacilos no ambiente (caso fonte) a outra pessoa, por de Pflüger) rapidamente se tornam secas e trans-
exalação de aerossóis oriundos da tosse, da fala ou formam-se em partículas menores (<5 a 10 µm de
do espirro. O termo bacilífero refere-se a pessoas diâmetro). Essas partículas menores (núcleos de
com TB pulmonar ou laríngea que têm baciloscopia Wells), contendo 1 a 2 bacilos, podem manter-se em
positiva no escarro. Esses casos possuem maior suspensão no ar por muitas horas e são capazes
capacidade de transmissão, entretanto, pessoas de alcançar os alvéolos, onde podem se multiplicar
com outros exames bacteriológicos, como cultura e provocar a chamada primoinfecção.
e/ou TRM-TB positivos, também podem transmitir.
O maior risco de adoecimento descrito para a TB é
A TB acomete, prioritariamente, o pulmão, que tam-
a infecção pelo o HIV. Dentre outros fatores conhe-
bém é a porta de entrada na maior parte dos casos.
cidos, destacam-se o tempo decorrido da infecção
A transmissão se faz por via respiratória, pela ina- ao desenvolvimento de TB ativa (maior risco de
lação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou adoecimento nos primeiros 2 anos após exposição),
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Tuberculose
a idade menor que dois ou maior que 60 anos e Figura 4. M.Tuberculosis visto no microscópio.
a presença de determinadas condições clínicas
(doenças e/ou tratamentos imunossupressores).
O M. tuberculosis é fino e ligeiramente curvo. É A tuberculose (TB) pode acometer uma série de
um bacilo álcool-ácido-resistente – ou seja, retêm órgãos e/ou sistemas. A apresentação da TB na
coloração mesmo com mistura de álcool e ácido –, forma pulmonar, além de ser mais frequente, é tam-
aeróbio, com parede celular rica em lipídeos (como bém a mais relevante para a saúde pública, pois é a
o ácido micólico), sua parede celular diminui sua forma pulmonar, especialmente a bacilífera, respon-
permeabilidade aos antibióticos e aumenta sua sável pela manutenção da cadeia de transmissão da
sobrevivência no interior de macrófagos, o que doença. A busca ativa de sintomático respiratório
dificulta sua eliminação. é uma importante estratégia para o controle da TB,
posto que permite a detecção precoce das formas
pulmonares.
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Tuberculose Clínica Médica
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Tuberculose
4.3. DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO Testes moleculares, como real time PCR ou o teste
rápido molecular (TRM), também podem ser soli-
A avaliação histológica de fragmento de tecido citados.
obtido por biópsia é um método empregado na
Na impossibilidade da coleta do escarro ou resul-
investigação das formas pulmonares que se apre-
tados iniciais negativos, indica-se a realização de
sentam radiologicamente como doença difusa e
broncoscopia com lavado broncoalveolar e biópsia
nas formas extrapulmonares. Desse modo, a iden-
transbrônquica. Outra possibilidade diagnóstica
tificação histológica de granuloma com necrose de
é a biópsia transparietal guiada por tomografia
caseificação é compatível com o diagnóstico de TB.
computadorizada (TC).
A identificação de um granuloma sem necrose de
caseificação deve ser interpretada com cuidado e Diagnóstico histológico: presença do BAAR ou,
à luz dos achados clínicos, visto que outras doen- então, reação granulomatosa, diversas vezes com
ças granulomatosas, como sarcoidose e silicose, necrose caseosa no AP.
podem ter essa apresentação histológica. Ademais Exames radiológicos podem ajudar, e alguns padrões
do granuloma, a análise histológica pode também clássicos da forma pulmonar são descritos a seguir.
buscar bacilos no fragmento de tecido. Embora a
baciloscopia do tecido seja usualmente negativa nos
Figura 5. Lesão apical do lado direito.
pacientes não imunossuprimidos, ela é positiva, com
frequência, nos pacientes com imunossupressão
mais avançada, em que a identificação de granu-
loma é incomum.
Em amostras clínicas (fluidos), a detecção da ADA, Biologia molecular (PCR): tentativa de aumentar
enzima intracelular presente particularmente no a sensibilidade diagnóstica e diminuir o tempo de
linfócito ativado, pode auxiliar no diagnóstico da TB execução do exame.
ativa. O teste é colorimétrico e é de fácil execução.
A determinação do aumento da atividade da ADA Custo e sensibilidade são ainda fatores impeditivos
no líquido pleural, sobretudo se associado a alguns em nosso país.
parâmetros como idade (<45 anos), predomínio de
linfócitos (acima de 80%) e proteína alta (exsudato),
DIA A DIA MÉDICO
é indicadora de pleurite tuberculosa.
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Tuberculose Clínica Médica
4.6. A
DENDO: TESTE MOLECULAR O TRM-TB está indicado nas seguintes situações:
PARA TUBERCULOSE
u Diagnóstico de casos novos de TB pulmonar e
Em alguns municípios brasileiros, o teste rápido laríngea em adultos e adolescentes.
molecular para TB (TRM-TB, GeneXpert®) encontra- u Diagnóstico de casos novos de TB pulmonar e
-se disponível na rede pública de saúde e deve ser laríngea em adultos e adolescentes em popula-
utilizado de acordo com algoritmos estabelecidos ções de maior vulnerabilidade.
e descritos a seguir. u Diagnóstico de TB extrapulmonar nos materiais
O TRM-TB é um teste de amplificação de ácidos biológicos já validados.
nucleicos utilizado para a detecção de DNA dos u Triagem de resistência à rifampicina nos casos
bacilos do complexo M. tuberculosis e triagem de de retratamento.
cepas resistentes à rifampicina, por meio da téc- u Triagem de resistência à rifampicina nos casos
nica de reação em cadeia da polimerase (PCR) em
com suspeita de falência.
tempo real (WHO, 2011). O teste apresenta o resul-
tado aproximadamente em 2 horas se o ambiente O TRM-TB detecta o DNA de micobactérias vivas
for laboratorial, sendo necessária somente uma ou mortas. Logo, ele NÃO SERVE para acompanhar
amostra de escarro. a resposta ao tratamento, já que a persistência de
A sensibilidade do TRM-TB em amostras de escarro sua positividade não necessariamente significa
de adultos é de cerca de 90%, sendo superior à da falha terapêutica (pode-se detectar o DNA de mico-
baciloscopia. O teste também detecta a resistência bactérias mortas, mesmo com tratamento eficaz).
à rifampicina, com uma sensibilidade de 95%. O acompanhamento da resposta terapêutica deve
ser feito com baciloscopias mensais.
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Tuberculose
Granuloma
com necrose de
caseificação
Derrame
Nódulo primário Baciloscopia Teste rápido
pleural/ Histopatológico
em radiografia direta molecular
pericárdico em
radiografia
Opacidade
Outros
difusas reticulo- Cavitações Clínico
micronodulares métodos
Adenosina Prova
deaminase tuberculínica
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Tuberculose Clínica Médica
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Tuberculose
Diabetes mellitus
A técnica de aplicação (Mantoux) e o material uti-
Baixo peso (<85% do peso ideal) lizado possuem especificações semelhantes às
Tabagistas (≥1 maço por dia) usadas para a vacinação BCG.
A Prova Tuberculínica (PT) é utilizada para diag- A leitura deve ser realizada 48 a 72 horas após a aplicação,
nóstico de ILTB e pode auxiliar no diagnóstico de podendo ser estendida para 96 horas, caso o paciente
tuberculose ativa em crianças (WHO, 20151). Con- falte à leitura na data agendada. Deve-se medir o maior
siste na inoculação intradérmica de um derivado diâmetro transverso da área do endurado palpável, com
proteico do M. tuberculosis para medir a resposta régua milimetrada transparente.
imune celular a esses antígenos. A prova tuberculínica reativa, isoladamente, indica
Não há evidências para utilização de PT como apenas a presença de infecção e não é suficiente
método auxiliar no diagnóstico de TB pulmonar ou para o diagnóstico da tuberculose doença.
extrapulmonar no adulto. Uma prova tuberculínica O resultado da PT deve ser registrado em milímetros,
positiva não confirma, e uma PT negativa não exclui, inclusive quando não houver enduração. Neste caso,
o diagnóstico de TB ativa. o profissional deverá anotar: ZERO mm.
Indicações da PT:
7.4. INTERPRETAÇÃO
u Identificar casos de ILTB em adultos e crianças.
u Auxiliar no diagnóstico de TB ativa em crianças. A especificidade da PT é alta (97%, isto é, 3% de
u Indivíduos com PT documentada e resultado ≥5 resultados falso-positivos), principalmente se a BCG
mm não devem ser retestados, mesmo diante de for aplicada no primeiro ano de vida, como ocorre no
uma nova exposição ao M. tuberculosis. Brasil. Reações falso-positivas (indivíduos com PT
positiva e sem ILTB) podem ocorrer em indivíduos
7.1. TUBERCULINA E MODO infectados por outras micobactérias ou vacinados
DE CONSERVAÇÃO com a BCG, em especial, se vacinados (ou revaci-
nados) após o primeiro ano de vida, quando a BCG
produz reações maiores e mais duradouras. Porém,
No Brasil, a tuberculina utilizada é o PPD-RT 23
10 anos após a BCG, apenas 1% das PT positivas
(do alemão, Renset Tuberkulin), aplicada por via
pode ser atribuída à BCG. Isso significa que, em
intradérmica, no terço médio da face anterior do
adolescentes e adultos não revacinados, a PT posi-
antebraço esquerdo, na dose de 0,1 ml, que contém
tiva pode ser considerada como ILTB. No Brasil, a
2 unidades de tuberculina (2 UT).
cobertura pela BCG é universal, e a vacinação é
usualmente realizada nos primeiros dias de vida.
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Tuberculose Clínica Médica
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Tuberculose
10.1. PLEURAL
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Tuberculose
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Tuberculose Clínica Médica
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Tuberculose
20 a 35 kg 2 comprimidos
RHZE
150/75/400/275 mg 36 a 50 kg 3 comprimidos
2 meses (fase intensiva)
(comprimidos em doses 51 a 70 kg 4 comprimidos
fixas combinadas)
Acima de 70 kg 5 comprimidos
1 comp 300/150 ou
20 a 35 kg
2 comp 150/75 g
1 comp 300/150 +1
RH 36 a 50 kg comp 150/75 ou 3
comp de 150/75 g
300/150 mg ou 150/75 4 meses (fase de
mg (comprimidos com manutenção)
2 comp 300/150 ou
doses fixas combinadas) 51 a 70 kg
4 comp 150/75 g
2 comp 300/150 mg
Acima de 70 kg +1 comp 150/75 ou
5 comp 150/75 g
Nas formas neurológicas, a segunda fase de trata- A polirresistência inclui o comprometimento de mais
mento é estendida por mais 10 meses, completando de 2 drogas, com exceção da rifampicina e isoniazida.
A resistência multidroga (TB-MDR) inclui, justamente, a
12 meses de tratamento. Deve-se utilizar corticos-
resistência às 2 drogas mais importantes do esquema:
teroide nos 2 primeiros meses de tratamento para rifampicina e isoniazida.
formas neurológicas e pericárdicas.
Formas graves, disseminadas e com padrão lento de
resposta terapêutica podem requerer maior tempo
de tratamento, conforme a evolução clínica. Vale 13. EVENTOS ADVERSOS
destacar as formas osteoarticulares, intestinais
e urinárias como exemplos de manifestações de
Os efeitos colaterais podem ocorrer em até 40%
difícil manejo.
dos pacientes, englobando gastrite, náusea, vômito,
coloração alaranjada da urina, artralgia, dentre
muitos sintomas.
DIA A DIA MÉDICO
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Tuberculose Clínica Médica
Rifampicina
Reformular o horário da administração da medicação
Náusea, vômito, Isoniazida
(2 horas após o café da manhã); considerar o uso de
dor abdominal Pirazinamida
Etambutol
medicação sintomática; avaliar a função hepática
Suor/urina de cor
Rifampicina Orientar
avermelhada
Isoniazida
Prurido ou exantema leve Medicar com anti-histamínico
Rifampicina
Hiperurecemia
Pirazinamida Orientar dieta hipopurínica
sem sintomas
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Tuberculose
Maior frequência, a
Consultas X X X X X X
critério clínico
Avaliação
X X X X X X
da adesão
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Tuberculose Clínica Médica
evolução clínica e/ou bacteriológica, iniciar fase de pode ser indicada após ser afastada a possibilidade
manutenção (RH) por mais 4 meses. Pacientes com de doença ativa.
evolução insatisfatória (sem melhora clínica e/ou
Pessoas infectadas pelo M. tuberculosis que não
com persistência de baciloscopia associada ou não
apresentam tuberculose ativa são identificadas
com aspecto radiológico, evidenciando atividade de
como portadores da infecção latente pelo M tubercu-
doença) devem ser encaminhados a uma referência
losis (ILTB). O tratamento da ILTB é uma importante
de tuberculose para avaliação.
estratégia para prevenção do adoecimento em
Em locais que tenham disponível o TRM-TB, este populações com risco de desenvolver a doença, tais
teste deve ser solicitado, além da cultura e TS para como contatos de casos de TB pulmonar bacilífera,
rastreio de resistência à rifampicina. Caso o TRM-TB pessoas que vivem com HIV e demais situações
evidencie resistência à rifampicina, encaminhar para com comprometimento da imunidade, entre outras.
referência terciária e, em caso de sensibilidade à É importante salientar que, antes de se efetuar o
rifampicina, prolongar a primeira fase do tratamento tratamento da ILTB, deve-se, sempre, investigar
(RHZE) por mais 30 dias, reavaliando o esquema sinais e sintomas clínicos sugestivos de tuber-
de tratamento com o resultado do TS. culose ativa e, na presença de qualquer suspeita,
investigar a tuberculose ativa, e não tratar a ILTB
O controle radiológico pode ser realizado após o
nesse momento.
segundo mês de tratamento, para acompanhar
a regressão ou a ampliação das lesões iniciais,
especialmente nos casos pulmonares com exames
bacteriológicos negativos e na ausência de expecto- 16. I NDICAÇÕES DE TRATAMENTO
ração para controle bacteriológico. Na vigência de DA INFECÇÃO LATENTE
evolução clínica favorável, outro exame radiológico
pode ser realizado somente ao final do tratamento.
A indicação do tratamento da ILTB depende:
Também deve ser realizado em qualquer momento
do tratamento, a critério clínico. u Do resultado da PT ou do IGRA.
u Da idade.
u Da probabilidade de ILTB.
15. TRATAMENTO DA INFECÇÃO
LATENTE EM SITUAÇÕES u Do risco de adoecimento.
ESPECIAIS E CONTACTANTES Os grupos com indicação de tratamento são:
u Crianças (<10 anos de idade) contatos de casos
pulmonares.
A profilaxia primária é indicada para indivíduos em
situação de risco para infecção, sem contato prévio
O tratamento da ILTB em crianças está indicado
com a micobactéria. Por exemplo, o recém-nascido
quando:
que habita um domicílio com pacientes bacilíferos;
ele não deve ser vacinado, optando-se pela introdu-
u PT ≥5 mm ou IGRA positivo, independentemente
ção da isoniazida na dose de 10 mg/kg/dia. No 3º
do tempo decorrido da vacinação por BCG.
mês, deve-se realizar o PPD; caso seja reator (PT ≥5
mm), prolonga-se a terapia até o 6º mês. Caso seja u O efeito da BCG sobre o resultado da prova tu-
não reator (PT <5 mm), interrompe-se a profilaxia e berculínica reduz com o passar do tempo, prin-
indica-se a vacina com BCG. Não é contraindicado cipalmente se a BCG foi feita antes de 1 ano de
o aleitamento materno, e a mãe bacilífera pode idade. Desta forma, para quem foi vacinado até o
amamentar utilizando máscara. primeiro ano de vida e não foi revacinado, como
é o caso da maior parte da população no Brasil,
A profilaxia secundária, mais conhecida como tra- a prova tuberculínica com resultado PT ≥5 mm
tamento da infecção latente por M. tuberculosis, só
24
Tuberculose
deve ser interpretada como infecção latente, de u Uso de corticosteroides (>15 mg/dia de predni-
maneira semelhante em adultos e crianças. sona por >1 mês).
u Pré-transplante que fará uso de terapia imunos-
16.1. ADULTOS E ADOLESCENTES supressora.
u PT ≥10 mm ou IGRA positivo:
Em adultos e adolescentes (≥10 anos de idade) com u Neoplasia de cabeça e pescoço, linfomas e ou-
ILTB, a relação risco-benefício do tratamento com tras neoplasias hematológicas.
H deve ser avaliada. A idade é um dos fatores de u Insuficiência renal em diálise.
risco para hepatotoxicidade pela H. As indicações
u Neoplasias com quimioterapia imunossupressora.
para o tratamento da ILTB são:
u Diabetes mellitus.
u PT ≥5 mm ou IGRA positivo: u Baixo peso (<85% do peso ideal).
u PVHIV. u Tabagistas (>20 cigarros/dia).
u Contatos adultos e adolescentes (≥10 anos). u Calcificação isolada (sem fibrose) na radiografia.
u Alterações radiológicas fibróticas sugestivas de u Conversão (segunda PT com incremento de 10
sequela de TB. mm em relação à 1ª PT):
u Uso de inibidores do TNF-α (preferencialmente u Contatos de TB confirmada por critério laboratorial.
antes da sua utilização). u Profissional de saúde.
u Profissional de laboratório de micobactéria.
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Tuberculose Clínica Médica
Assintomático
PT < 5 mm PT ≥ 5 mm
Repetir em 8
Rx de Tórax
semanas
Normal Alterado
Sintomático
Tratar TB
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Tuberculose
17. CONTACTANTES
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Tuberculose Clínica Médica
Fluxograma 3. Fluxograma para investigação de contatos adultos e adolescentes (≥10 anos de idade).
Consulta
Assintomático Sintomático
Prova
Excluída Investigar
Tuberculínica
TB ativa TB
(PT)
Continuar
TB ativa
PT < 5 mm PT ≥ 5 mm Investigação
Repetir em
8 semanas Rx de tórax Tratar TB
Sem Com
Normal Alterado
conversão conversão 1
Normal Alterado
Continuar
Tratar ILTB
investigação
1. Quando há um incremento de pelo menos 10 mm em relação a PT anterior. Vale lembrar que a PT estimula a resposta imune à BCG
realizada ao nascimento, por isso a necessidade desse incremento na PT após uma avaliação inicial (MENZIES, 1999).
Fonte: Adaptado de Ministério da Saúde¹.
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Tuberculose
Consulta
Assintomático Sintomático 1
Rx e prova
tuberculínica
Investigar TB
Rx de tórax TB
Rx alterado Excluída TB
normal confirmada
Repetir PT em
Tratar ILTB
8 semanas
Sem Com
conversão conversão 3
Alta com
Tratar ILTB
orientação
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Tuberculose Clínica Médica
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Tuberculose
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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Tuberculose Clínica Médica
QUESTÕES COMENTADAS
Questão 1 Questão 3
(ALIANÇA SAÚDE - PR - 2021) A definição de “quimioprofi- (ALIANÇA SAÚDE - PR - 2021) Você está trabalhando em
laxia primária da tuberculose” consiste em: uma unidade básica de saúde e atende um paciente
do sexo masculino de 45 anos, previamente hígido,
⮦ administrar INH, rifampicina e pirazinamida em que está vivendo em situação de rua no último ano.
indivíduo infectado por BK, com radiografia de Ele recebeu o diagnóstico de tuberculose pulmonar
tórax normal. bacilífera, iniciando o tratamento com o esquema
⮧ separar o doente tuberculoso com radiografia básico (Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida +
torácica normal do que não foi infectado pelo BK. Etambutol) há 4 semanas, com dose ajustada para
o peso atual. Na consulta de hoje o paciente refere
⮨ administrar isoniazida (INH em suscetível não
estar em curva de melhora clínica, afebril, com me-
infectado pelo BK, visando ao seu não adoeci- lhora parcial das queixas respiratórias, sem outras
mento. queixas. Ele traz exames laboratoriais que mostram
⮩ administrar INH em criança infectada pelo BK, os seguintes valores para a bioquímica hepática:
visando ao não adoecimento. Bilirrubina total e frações, Tempo de Atividade de
Protrombina e Albumina sérica dentro dos limites
da normalidade; TGO: 295 U/L (Valor de referência:
Questão 2 até 35 U/L) TGP: 360 U/m (Valor de referência: até
55 U/L) Em relação à conduta a ser adotada frente
(FACULDADE DE MEDICINA DO ABC - SP - 2021) Marina, 45
ao caso apresentado, é CORRETO:
anos de idade, sem antecedentes patológicos co-
nhecidos, mora com a mãe, que há uma semana ⮦ Suspender o esquema básico até a normaliza-
teve diagnóstico de tuberculose pulmonar. Por ção das transaminases (TGO e TGP, com pos-
orientação do médico da UBS, apesar de estar as- terior tentativa de reintrodução das medicações
sintomática, a paciente fez uma prova tuberculínica droga a droga.
(reação de Mantoux ou PPD), que resultou = 10mm ⮧ Suspender o esquema básico e encaminhar o
de diâmetro, 48 horas após a aplicação. A conduta paciente para a referência terciária.
para Marina será: ⮨ Diminuir a dose das medicações do esquema
básico pela metade e reavaliar o paciente em
⮦ Tratar com rifampicina, isoniazida e etambutol
4 semanas.
por 9 meses.
⮩ Manter o esquema básico nas doses habituais,
⮧ Investigar bacilo álcool ácido em 3 amostras
pois a elevação assintomática das transamina-
de escarro.
ses deve ser transitória, devendo ser reavaliada
⮨ Radiografia de tórax; se normal, prescrever iso- em 4 semanas.
niazida por 9 meses. ⮪ Substituir o esquema básico por esquema alter-
⮩ Tratar com rifampicina, isoniazida, etionamida nativo não hepatotóxico, composto por capreo-
por 6 meses. micina, etambutol e levofloxacino.
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Tuberculose Clínica Médica
Questão 8
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Tuberculose
GABARITO E COMENTÁRIOS
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baciloscopia. O teste também detecta a resistên- de 5-10 mg/kg de peso (dose máxima 300mg/dia)
cia à rifampicina, com uma sensibilidade de 95%. por 6 meses.
✔ resposta: C Alternativa E: INCORRETA. A partir dos 5 (cinco) anos
de idade, pessoas portadoras de HIV não devem
ser vacinadas, mesmo que assintomáticas e sem
Questão 5 dificuldade: sinais de imunodeficiência.
Y Dica do professor: Em paciente com diagnóstico ✔ resposta: A
firmado de tuberculose já em tratamento, a bacilos-
copia de escarro é indicada nas seguintes condições:
Questão 7 dificuldade:
no sintomático respiratório, durante estratégia de
busca ativa; em caso de suspeita clínica e/ou ra- Y Dica do professor: Questão sobre profilaxia de
diológica de TB pulmonar, independentemente do contactantes em tuberculose. Um dos principais
tempo de tosse; e finalmente como no nosso caso, aspectos dessa avaliação inicial após um contato
para acompanhamento e controle de cura em ca- é descartar tuberculose ativa. Como realizar essa
sos pulmonares com confirmação laboratorial. Os avaliação? Iniciar com a realização de um Rx de tó-
testes moleculares podem ficar positivos por muito rax e avaliação clínica a respeito de sintomas. Nes-
tempo e PPD também, após o contato, pode ficar sa questão a banca já fornece ao candidato essas
anos positivo; portanto, não são bons marcadores informações: Rx normal e paciente sem sintomas
para seguimento. sugestivos de TB em atividade. A próxima etapa é
✔ resposta: B a realização da prova tuberculínica que, nesse caso,
mostrou um resultado reator. PPD reator (>5mm) +
RX de tórax normal em adultos é indicação de pro-
Questão 6 dificuldade: filaxia com isoniazida por 9 meses. Se o paciente
Y Dica do professor: Vale lembrar que na tubercu- tiver acima de 50 anos, temos a opção de utilizar
lose a forma mais comum da doença é a forma rifampicina (4 meses). Lembrar sempre de monito-
pulmonar, acometimentos extrapulmonares tam- rar transaminases.
bém são frequentes e dignos de atenção da saúde Alternativa A: CORRETA. Gabarito.
pública, como formas pleural, ganglionar, miliar e Alternativa B: INCORRETA. Esse esquema seria indi-
osteomuscular. Na tuberculose pulmonar, a apre- cado se o paciente tivesse TB em atividade.
sentação clínica depende do estágio no curso na- Alternativa C: INCORRETA. Só seria necessário TC se
tural da doença (doença primária, pós-primária ou o RX tivesse algo que gerasse dúvida em atividade
miliar), localização e imunidade do hospedeiro. Os de doença.
sintomas clássicos de febre vespertina, tosse, su-
Alternativa D: INCORRETA. Rx de tórax em 6 meses
dorese noturna e emagrecimento podem ocorrer
não seria conduta para avaliação de profilaxia.
em quaisquer das apresentações.
✔ resposta: A
Alternativa A: CORRETA. O teste rápido molecular
para tuberculose é o método mais indicado para
população geral, junto com a baciloscopia. Questão 8 dificuldade:
Alternativa B: INCORRETA. O teste rápido molecular
Y Dica do professor: Para paciente com diagnósti-
para tuberculose deve ser realizado nesses casos.
co recente de tuberculose, o TRM autoriza o início
Alternativa C: INCORRETA. O exame microscópico di-
imediato de tratamento para a tuberculose com
reto-baciloscopia direta é o método mais indicado
esquema RIPE, já que é sensível à rifampicina. Na
para investigação de tuberculose ativa em paciente
coinfecção não devemos atrasar NUNCA o trata-
com vistas a retratamento de tuberculose pulmonar.
mento da tuberculose, que é a principal doença
Alternativa D: INCORRETA. O tratamento de infec- oportunista em pessoas vivendo com HIV. Nesse
ção latente deve ser feito com Isoniazida na dose
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