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DOENÇAS BACTERIANAS

Sífilis
Infecção sexualmente
transmissível caracterizada por
fases progressivas de
manifestações quando não é
tratada.

Também pode ser transmitida de


mãe para filho.
Sífilis:
a bactéria
A sífilis é causada pela bactéria
Treponema pallidum.

É um micoplasma classificado
como espiroqueta, anaeróbico
facultativo, não cultivável.

Além de causar sífilis, gera também


outras doenças como a bejel, pinta
e bouba.
Sífilis:
fase primária
Surge nos primeiros dias ou semanas
após relação desprotegida.

Aparece um cranco no pênis, colo do


útero, canal vaginal, ânus ou reto. O
cranco é único mas pode haver várias
lesões próximas, especialmente
quando há imunossupressão.

Ocorre também aumento de


linfonodos da virilha.
Sífilis:
fase secundária
Quando não é tratada, as
manifestações primárias
desaparecem e após algumas
semanas a meses surgem
manifestações secundárias.

Caracterizadas por erupções na


pele que atingem também a
região palmar e plantar.
Sífilis:
fase secundária
Surgem ainda lesões na língua e
mucosa oral.

Pode haver ainda cefaleia, mal-


estar, prurido, artralgia.

Pode haver acometimento do


sistema nervoso, condição
conhecida como neurossífilis.
Sífilis:
fase terciária
Aparecem após 1 a 10 anos.

Surgem gomas sifilíticas na pele e


tumorações amolecidas nas mucosas.

Não é raro o acometimento do sistema


nervoso (paralisia progressiva,
alterações comportamentais e tabis
dorsalis) e do coração (aortite,
aneurisma da aorta, regurgitação
aórtica, etc).
Sífilis congênita
É a infecção congênita mais
comum no Brasil, com 1 caso para
cada mil nascidos.

Aparecem dentes de Hutchinson,


nariz em sela, mandíbula
subdesenvolvida, icterícia,
hepatoesplenomegalia, etc.
Sífilis:
exames
Além de examinar o paciente, pode ser
solicitado exames treponêmicos ou
não-treponêmicos.

Um dos testes não treponêmicos mais


comuns é o VDRL (veneral disease
research laboratory), bastante
realizado em gestantes no 1º e 2º
trimestre.

O teste rápido de sífilis é treponêmico.


Sífilis:
tratamento
Geralmente a doença é
completamente curada com
aplicações de benzetacil.
Gonorreia:
definição
Infecção bacteriana sexualmente
transmissível caracterizada por
corrimento uretral.

Seu microrganismo causador foi


descoberto pelo médico
patologista Albert Neisser em
1879.

Albert Ludwig Sigesmund Neisser


(1855 – 1916)
Gonorreia:
a bactéria

É causada pela Neisseria


ghonorreia.

Esta é uma bactéria classificada


como diplococo aeróbico ou
anaeróbico facultativo gram-
negativo.
Gonorreia:
manifestações
A mais conhecida manifestação é
o corrimento.

Podem estar presentes


sangramentos vaginais, dor ao
urinar, dor testicular.

Se não tratada pode desenvolver


artrite séptica e endocardite.
Gonorreia:
tratamento
São amplamente usados:
• Ciprofloxacino, ofloxacino,
azitromicina via oral
• Ceftriaxona intramuscular.

Sabe-se que a Neisseria ghonorreia


tem ficado bastante resistente à
antibioticoterapia tradicional,
exigindo outros medicamentos ou
doses maiores.
Clamidíase
É a infecção sexualmente
transmissível mais prevalente do
mundo, causado pela clamídia.

Sua transmissão se dá por sexo


oral, vaginal ou anal. Pode ser
transmitida também no parto.
Clamidíase
Doença bacteriana causada pela
bactéria Chlamydia trachomatis,
conhecida simplesmente como
clamídia.

Esta é uma bactéria gram-


negativa.
Clamidíase

O risco de transmissão por relação


sexual é de 50%.

Após um período de incubação de


5 a 14 dias, surgem as primeiras
manifestações. Porém em 70%
dos casos são assintomáticos.
Clamidíase
Nas mulheres é mais comum o corrimento,
a dor ou queimação ao urinar e o
aparecimento espontâneo de hemorragias,
inclusive pós-coitais. Ao invadir o colo do
útero, pode causar doença inflamatória
pélvica. Pode haver infecção urinária.

Nos homens causa disúria, secreção aquosa


ou mucoide, dor testicular e pode acometer
a próstata, causando prostatite.

Se não tratada, a doença causa infertilidade.


Clamidíase
Se a transmissão da clamídia
ocorreu por sexo oral, as
manifestações acometem a faringe,
gerando faringite, com dor,
irritação local e presença de pus.

Em alguns poucos indivíduos pode


espalhar-se para as articulações,
gerando artrite, ou ainda para os
olhos (conjuntivite).
Clamidíase
Os bebês contaminados no parto
podem desenvolver conjuntivite e
pneumonia. Há mais chances
ainda de gravidez ectópica, morte
prematura e baixo peso ao nascer.

O diagnóstico da doença pode ser


confirmado através de exame da
urina, sangue, saliva, esfregaço
vaginal ou retal.
Clamidíase
As diretrizes nacionais indicam como
tratamento a azitromicina (500 mg, 2
comprimidos, VO, dose única) ou
amoxicilina (500mg, VO, 8/8h, por 7 dias).
Também podem combater a clamídia a
eritromicina, a tetraciclina, a doxiciclina e
a sulfadiazina. O(a) parceiro(a) deve
também ser tratado e o casal deve
manter-se abstinente.

Não há vacina e a prevenção se dá pelo


uso de preservativo. É importante realizar
os exames de pré-natal.
Hanseníase
Doença infecciosa crônica,
antigamente denominada como
lepra.

Ao longo da história foi uma


doença estigmatizadora devido ao
caráter contagioso e antiestético
das manifestações.
Hanseníase:
epidemiologia
O Brasil é atualmente o segundo
país com maior número de casos
de hanseníase.

Cerca de 94% de todos os casos


latino-americanos estão no Brasil.
Hanseníase:
leprosários
Os leprosários ou gafarias ou lazarentos
eram colônias para onde eram destinadas
pessoas com Hanseníase, onde
permaneciam isoladas até a morte.

Alguns dotados de delegacia, cinema,


moeda própria, mas praticamente não
havia profissionais de saúde no
atendimento direto.

Acabaram desaparecendo, assim como a


polícia sanitária.
Hanseníase:
a bactéria
É causada pela Mycobacterium leprae. Este
é classificado como bacilo, anaeróbico
obrigatório, gram-positivo.

Sua população tem crescimento muito mais


lento que o de outras bactérias. Tem alto
poder infectante e baixo poder patogênico.

Parasitam macrófagos e células dendríticas.

Seu único reservatório é o ser humano.


Apresentação da hanseníase
A hanseníase é classificada de
acordo com as características
clínicas.

• Indeterminada
• Tuberculoide
• Virchowiana
• Dimorfa
Hanseníase:
tipo indeterminada
Período de incubação de 2 a 5 anos;

Afeta apenas pequenos ramos nervosos


da pele;

Poucas áreas hipocrômicas e


hipoestésicas em qualquer segmento
corporal;

Evolui para cura ou para os outros tipos.


Hanseníase:
tipo tuberculoide

Algumas poucas lesões bem


definidas, assimétricas e
anestésicas e bordas papulosas;

O interior, hipocrômico, tende a


atrofiar e pode ficar descamativo.
Hanseníase:
tipo virchowiana
Geralmente inicia-se como indeterminada ou
como tuberculoide.

Ocorre difusão acentuada, maior nos


membros e na face.

Pele seca, brilhante, semelhante à tonalidade


do cobre.

Madarose e perda de pelos dos cílios.

Facies leonina.
Hanseníase:
tipo dimorfa
Grande variação nas manifestações;

Pode haver comprometimento cutâneo, nervoso


ou sistêmico;

Apresenta características da tuberculoide e


virchowiana;

Lesões assimétricas da face, das orelhas e


presença de lesões de pescoço e nuca são sinais
sugestivos da dimorfa.

Lesões nervosas precoces.


Hanseníase:
Manifestações

Além da pele, o mycobacterium


leprae tem preferência por nervos
finos e superficiais, levando a
outras manifestações, entre as
quais hipoestesia, paresia e
deformidades nas extremidades,
especialmente nas mãos.
Hanseníase:
Classificação
Outra forma de classificação da hanseníase, e que tem especial
importância para o tratamento é a de:

• Hanseníase paubacilar – poucos bacilos. Nela, há até 5 lesões na


pele;

• Hanseníase multibacilar: significa muitos bacilos. O paciente


apresenta mais de 5 lesões na pele.
Hanseníase

Hanseníase paubacilar Hanseníase multibacilar


Hanseníase:
Tratamento
O tratamento irá variar de acordo com o tipo de
hanseníase:

Paubacilar (poucos bacilos e até 5 manchas):


rifampicina (1x/mês) e dapsona (1x/dia) por 6
meses. Deve ir à unidade de saúde para tomar a
rifampicina e tomar a dapsona na frente do
profissional pelo menos uma vez.
Multibacilar (muitos bacilos e mais de 5 manchas):
rifampicina (1x/mês), dapsona (1x/dia/12 meses) e
clofazimina (1x/dia). Deve-se toma-los na frente do
profissional pelo menos uma vez.

Pessoas de convivência do paciente tomam BCG.


Hanseníase:
Tratamento

Cartela para hanseníase paubacilar Cartela para hanseníase multibacilar


Coqueluche
Doença infantil que acomete
exclusivamente o ser humano,
altamente transmissível.

Acomete principalmente bebês


com menos de 1 ano porém pode
aparecer em crianças mais velhas
também.
Coqueluche:
o patógeno
A doença é causada pela Bordetella
pertussis.

Trata-se de bactéria aeróbica


obrigatória, gram-negativa, com
formato de cocobacilo.

É produtora de várias toxinas, tais


como toxina pertussis, toxina
adenilato ciclase e citotoxina traqueal.
Coqueluche:
manifestações
A bactéria é transmitida por
gotículas e aerossóis, colonizando
o trato respiratório.

A doença apresenta 3 fases:

• Fase catarral;
• Fase paroxística;
• Fase convalescente.
Coqueluche:
fase catarral
Após a bactéria incubar-se de 1 a
2 semanas, leva a manifestações
insidiosas. São algumas delas:
• Coriza;
• Apatia;
• Tosse seca noturna, passando a
diurnas posteriormente;
• Perda ponderal.
Coqueluche:
fase paroxística
Após 1 a 2 semanas, a tosse piora,
tornando-se mais frequentes, mais
fortes e paroxísticas.

Estão presentes também muco


brônquico copioso, êmese
(principalmente quando há deglutição
do muco) e estridor à ausculta
pulmonar.

Pode ocorrer asfixia.


Coqueluche:
fase convalescente
Após um mês do início das
manifestações, a criança chega à
fase convalescente, que pode
durar de 2 semanas a mais de 1
mês.

As infecções das vias respiratórias


podem fazer reaparecer a tosse
paroxística.
Coqueluche:
prevenção e tratamento
A prevenção é feita com vacina,
podendo ser a pentavalente, encontrada
na rede pública, ou hexavalente, na rede
privada de saúde. São recomendadas às
crianças de 2 a 7 anos.

Na presença da doença, é importante o


isolamento, e podem ser usados
antibióticos como eritromicina e
azitromicina. Em casos mais graves
podem ser necessárias a oxigenoterapia
e a traqueostomia.
Tuberculose
Doença infecciosa que atinge
prioritariamente os pulmões, porém
pode afetar outras estruturas
corporais.

Sua transmissão ocorre por gotículas


e aerossóis (tossir, espirrar, gotas de
saliva). Contribuem também o
tabagismo, etilismo, más condições
de moradia e de higiene e doenças
que afetam a imunidade.
Tuberculose
A doença é causada pela bactéria
Mycobacterium tuberculosis,
também denominada bacilo de
Koch.

Esta é uma bactéria do tipo bacilo,


micoplasma, aeróbica.
Tuberculose
A doença causa inicialmente tosse seca,
depois com acréscimo de muco por mais
de 1 mês. Depois o muco passa a ter pus
ou sangue na maioria dos casos.

Apresenta ainda:
• febre baixa (geralmente à tarde);
• Sudorese noturna;
• Perda da apetite e emagrecimento;
• Rouquidão;
• Fraqueza.
Tuberculose
Seu manejo inclui o uso de N95.

Sua principal prevenção é a BCG.

O tratamento com antibiótico


dura 6 meses e não deve ser
interrompido.
Tuberculose
Hordéolo:
definição e manifestações

Popularmente conhecida como


terçol, é uma infecção observada
na borda de uma das pálpebras.

A bactéria adentra as glândulas


sebáceas da pálpebra, gerando
edema e incômodo.
Hordéolo:
a bactéria

O causador da doença é o
staphylococos aureos.

Como especifica o nome, são


estafilococos gram-positivos,
anaeróbicos facultativos,
frequentemente observados na
pele e nariz.
Hordéolo:
tratamento

Ocorre remissão espontânea na


maioria dos casos.

O uso de compressas e de
antibióticos pode ser feitos, mas
sua efetividade ainda é
questionada.
Tracoma

Também chamada conjuntivite


granulomatosa, é uma doença
inflamatória da conjuntiva dos
olhos, sendo considerada a
principal causa de cegueira
evitável do mundo e a segunda
principal causa de cegueira no
mundo.
Tracoma:
agente patogênico

É causado pela bactéria Chlamydia


trachomatis.

Esta é classificada como


cocobacilos gram-negativos
aeróbios.
Tracoma:
manifestações
É transmitida pelo contato com fluidos
de pessoas com a bactéria ou com
fômites, que podem ser toalhas ou
outros tecidos.

Moscas contaminadas também


podem transmitir tracoma.

Após cerca de 1 semana de incubação,


as manifestações começam a surgir.
Tracoma:
manifestações
• Conjuntivite;
• Secreção ocular;
• Edema palpebral;
• Fotofobia;
• Adenite próxima às orelhas;
• Triquíase (após infecções recorrentes).

Nos casos de triquíase, ocorre o


aparecimento de lesões da parede interna
das pálpebras, bem como sua retração, que
geram atritos nos olhos, podendo levar à
cegueira.
Tracoma:
tratamento
Segundo recomendações da OMS, se um
território apresenta incidência de +10%
na população menor de 10 anos durante
o período de 1 ano, o tratamento deve ser
em massa, que consiste em:
• Azitromicina (dose oral única de 20
mg/kg) ou;
• Tetraciclina (uso tópico a 1%,
diariamente por 6 semanas).

Nos casos de triquíase deve ser feita


cirurgia para correção da pálpebra.
Leptospirose
Se dá pelo contato físico com água
contaminada com bactérias
provenientes da urina do rato. Tais
bactérias adentram ferimentos e
microaberturas na pele, daí a
importância de evitar água de
enchentes, inibir a entrada destes
animais em casa e usar calçado
em ambientes que tenham estes
roedores.
Leptospirose:
a bactéria
É causada por bactérias do gênero
Leptospiras.

São classificadas como


espiroquetas, gram-negativas,
aeróbicas obrigatórias.
Leptospirose:
quadro clínico

De acordo com as manifestações, pode-se apresentar clinicamente de 2


formas:
• Forma anictérica;
• Forma ictérica.
Leptospirose:
forma ictérica
Geralmente é possível encontrar
sinais da síndrome de Weil (icterícia,
hemorragias e disfunção renal).

Pode haver ainda perda do nível de


consciência.

As hemorragias mais associadas a


óbito são as do sistema respiratório
e digestório.
Leptospirose:
forma anictérica
Início rápido com febre, calafrios,
mialgia e cefaleia é o quadro mais
comum.

Pode haver ainda: diarreia,


artralgia, fotofobia, dor ocular,
hepatomegalia e conjuntivite.
Leptospirose:
Tratamento
Formas leves na criança:
• Amoxicilina (500 mg, via oral,
2x/dia, 5 a 7 dias);

Formas leves no adulto:


• Amoxicilina (500 mg, via oral,
3x/dia, 5 a 7 dias);
• Doxiciclina (100 mg, via oral,
2x/dia, 5 a 7 dias).
Leptospirose:
Tratamento
Formas graves na criança:
• Penicilina cristalina (50 a 100 mil UI, intravenosa, 4-6
doses);
• Ampicilina (50-100 mg/kg/dia, intravenosa, 4 doses);
• Ceftriaxona (80-100 mg/kg/dia,1-2 doses);
• Azitromicina (10 mg/kg/dia, intravenosa)

Formas graves no adulto:


• Penicilina G cristalina (1.5 milão UI, intravenosa,
4x/dia);
• Ampicilina (1 g, intravenosa, 4x/dia);
• Ceftriaxiona (1-2 g, intravenosa, 1x/dia);
• Cefotaxima (1 g, intravenosa, 4x/dia);
• Azitromicina (500 mg, intravenosa, 1x/dia).
Botulismo

Doença relacionada à infecções


alimentares, na qual ocorre
intoxicação por toxina bacteriana.
Botulismo:
a bactéria
É causada pela bactéria Clostridium
botulinium;

Esta é classificada como bacilos


gram-positivos, anaeróbica
obrigatória.

O Clostridium botulinum produz


toxina botulínica, que bloqueia a
contração muscular.
Botulismo:
quadro clínico
Surge após 1-2 dias da
contaminação e sua gravidade
depende da quantidade de toxina
produzida no corpo.

Inclui paresia, ptose palpebral,


visão turva/dupla, tontura,
constipação, anúria, xerostomia,
dificuldade para falar, mastigar,
engolir e respirar.
Toxina botulínica
A toxina botulínica apresenta
subtipos (da A à G), sendo a tipo A a
toxina utilizada para fins
cosméticos, na eliminação de rugas
e marcas de expressão.

Também é usado em casos de


excesso de contração ou tônus
muscular (como AVC, paralisia
cerebral, entre outros), facilitando a
mobilidade.
Botulismo:
tratamento
O paciente geralmente é
monitorizado e recebe nutrição
parenteral, além de poder fazer
uso de ventilação mecânica.

Feito com antibiótico e


antibotulínico.
Cólera
Doença bacteriana que leva à perda
de água e eletrólitos, observada
apenas em humanos.

Seu nome tem 3 possíveis origens:


• do grego kholás, intestinos.
• do grego kholédra, calha para
escoamento das águas.
• do hebraico choli-ra, doença
terrível.
Cólera:
bactéria
É causada pela Vibrio cholerae.

Esta é uma bactéria gram-negativa


com forma de vibrião, anaeróbia
facultativa, locomovendo-se na
água de rios e oceanos.

Após ingerida passa a abrigar-se no


intestino delgado, onde produz
enterotoxina.
Cólera:
manifestações
O indivíduo tem fortes crises
diarreicas por dias, perdendo
muita água e eletrólitos.

Pode haver ainda vômitos, cãibras,


hipotensão, afundamento das
órbitas e enrugamento da pele,
sede, anúria, etc.
Cólera
A doença está associada à pobreza
e falta de saneamento e água
potável.

O Brasil é um dos países com


maior número de casos, sendo a
última epidemia ocorrida entre 91
e 2000, com 150 mil casos e 700
mortos, ocorrida principalmente
no Nordeste.
Cólera:
Tratamento
Se não for tratada, o risco de morte é
de 50%.

Deve ser feita reposição hídrica e de


eletrólitos.

Pode ser feita administração de


solução de Ringer e usado antibiótico,
por vezes sendo escolhida a
doxiciclina (bacteriostático).
Salmonelose
Doença bacteriana adquirida
principalmente pelo consumo de
água, ovos, carnes, leite e outros
alimentos contaminados com
algumas bactérias.

Também pode se dar por contato


com bactéria das fezes de répteis
e anfíbios.
Salmonelose:
Agente patogênico
É causada por bactérias da família
das Enterobacteriaceae, dentre as
quais estão as bactérias
Salmonella spp, Salmonella typhi e
a Escherichia coli (E. coli).

Todas estas são bactérias do tipo


bacilos. São gram-negativas e boa
parte delas são móveis,
apresentando flagelo.
Salmonelose:
Manifestações
Após o período de incubação,
surgem as manifestações, que
incluem:
• Dor abdominal;
• Náuseas e vômitos;
• Diarreia forte.

Nos casos mais intensos pode haver


febre, calafrios, cansaço,
emagrecimento, desidratação.
Salmonelose:
Manifestações
Pode haver o espalhamento da
bactéria para fora do sistema
digestório, migrando para outros
tecidos, como artérias, coração,
sistema nervoso, pulmões,
sistema urinário, além de
articulações, osso, estes 2 últimos
quase que exclusivamente em
crianças e pessoas com anemia
falciforme.
Salmonelose:
Classificação
A doença pode ser classificada como:
• Salmonelose tifoide: há necessidade de atendimento urgente devido
à elevada mortalidade por falência dos órgãos. A transmissão é quase
sempre proveniente duma pessoa. Tem período de incubação de 7-14
dias mas pode chegar a 60;
• Salomonelose não tifoide: é autolimitada em até 1 semana. As
manifestações são intensas mas o risco de morte é reduzido. Os
animais são reservatórios. Tem período de incubação de até 2 dias,
mas pode chegar a 7.
Salmonelose:
Prevenção
A prevenção é feita com higiene adequada das
mãos e também dos alimentos.

O leite deve ser pasteurizado e ovos devem ser


mantidos na geladeira. A lavagem das hortaliças
inclui o uso de hipoclorito de sódio e carnes mal
passadas ou cruas não devem ser consumidas.

Outras medidas de prevenção são evitar répteis


e anfíbios como animais de estimação, além da
vacinação contra febre tifoide para pessoas em
situações específicas e em viagem para o
Sudeste Asiático.
Salmonelose:
Tratamento
Para a salmonelose não tifi com
gastroenterite deve-se evitar usar
antibióticos, pois não muda o
tempo da doença e aumento o
risco do paciente tornar-se
portador crônico da bactéria.

O tratamento pode ser feito com


sulfametoxazol-trimetoprima
(Bactrim), azitromicina, ceftriaxona.
Shigelose
Doença bacteriana caracterizada
por forte diarreia.

Sua transmissão se dá por via oral-


fecal. As bactérias presentes em
fezes contaminadas podem ser
levadas a alimentos. A má
higienização e o mal preparo leva
à continuação da contaminação.
Shigelose:
Agente patogênico
É causada por bactérias do gênero
Shigella, como a shigella spp.

Estas são classificadas como


bacilos gram-negativos,
anaeróbias facultativas.
Shigelose:
Manifestações
Após um período de incubação de 1-4 dias, surgem
as manifestações, que incluem:
• Dor abdominal;
• Diarreia aquosa;
• Tenesmo.

Em crianças pequenas pode haver ainda


irritabilidade, perda ponderal e sangue nas fezes.

A doença autolimita-se em 4-8 dias. Nos casos


graves precisa de até 6 semanas.
Shigelose

A bactéria pode ainda espalhar-se


para fora do sistema digestório,
levando ao desenvolvimento de
artrite, miocardite, conjuntivite,
uretrite, etc.
Shigelose:
Tratamento
Nos casos leves o tratamento é feito para controlar
as com reidratação do paciente.

Podem ser utilizados alguns antibióticos:


• Ciprofloxacino 500 mg por via oral a cada 12 h
por 3 a 5 dias;
• Azitromicina, 500 mg no dia 1, então 250 mg
uma vez ao dia por 4 dias;
• Ceftriaxona, 2 g/dia, IV por 5 dias.

Estes antibióticos são administrados quando o


paciente tem um quadro moderado a grave,
quando há sangue nas fezes ou o paciente tem
comprometimento do sistema imunológico.

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