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FUNGOS BACTÉRIAS
HOSPEDEIRO
VÍRUS
Para que nenhum desses microrganismos virem patogênicos existe um equilíbrio entre eles e com o
hospedeiro. E para que se tenha uma doença oportunista, deve haver uma quebra no equilíbrio na relação
entre os microrganismos ou na relação microrganismos hospedeiro.
Quando é uma quebra entre a microbiota e o hospedeiro considera-se o sistema imunológico.
É uma infecção Cutânea superficial oportunista. Então não se tem impetigo intrabucal, só peribucal.
Ele é decorrente da contaminação de lesões ou ferimentos pré existentes na pele, ou seja, tem que
haver alguma porta de entrada para que as bactérias sejam introduzidas ou inoculadas, é comum em
arranhaduras e picadas de insetos. No caso de picada de insetos, normalmente a pessoa tem uma
alergia e nesse quadro é provocado um prurido, e ao manuseio no ato de coçar, as bactérias são
inoculadas na região de ferimento.
*Alguns autores dizem que é um quadro de infecção secundaria em uma lesão pré- existente.
Comum em crianças- É comum pois as crianças tem um padrão de resposta alérgica a qualquer
ferimento, visto que elas ainda estão em fase de maturação do sistema imunológico e, além disso, é
comum esses ferimentos superficiais. Então a probabilidade de ocorrência em crianças é alta.
Localização:* pode ocorrer em qualquer lugar desde que se faça a manipulação e inoculação da bactérias na
lesão.
. Multiplicidade de sítios; locais que mais ocorrem: joelho e mãos por manipulação e face- por estar
exposta a picadas de inseto.
Características Clínica:
*uma característica geral das infecções por bactérias é que elas fazem um grande chamamento de
células de defesa, então em uma infecção bacteriana sempre vai haver uma linfoadenopatia envolvida.
No caso da face é comum ter o envolvimento do linfonodo tonsilar e submandibular, e no caso das outras
áreas do corpo, quando envolve o braço, é comum encontrar os linfonodos da axila afetados e, no caso da
pernas, os linfonodos da virilha. Lembrando que linfonodo inflamado para os pacientes é relatado com
íngua.
Descrição: Linfodenopatia regional, vesículas ou bolhas que se rompem e formam crostas e prurido.
*Ocorre reinstalação da bactéria por manipulação do prurido.
Diagnóstico Diferencial:
Anamnese:
Herpes Simples Recorrente labial : TEMPO- autolimitado de 7 a 10 dias.
Impetigo: a partir do momento que as bactérias são inoculados e não se entra com uma terapia
antimicrobiana ele pode ficar por 1, 2 3, meses. Então, é importante lembrar de bactéria não tem limitação
de ciclo.
Outra coisa é o ferimento pré-existente.
Exame físico: localização
Herpes Simples Recorrente labial: é sempre unilateral e no mesmo local.
Impetigo: pode afetar vários sítios e pode ser bilateral.
Outra questão é que as lesões do impetigo são altamente pruriginosas, e por esse motivo ocorre sempre uma
recontaminação.
*no impetigo o desequilíbrio ocorre com um aumento das bactérias em um local que não é delas, e, no caso
das crianças serem mais afetadas tem a questão também do sistema imunológico.
Diagnóstico:
Os dados colhidos na anamnese e exame clinico são suficientes para o fechamento do diagnóstico.
Nos casos de dúvida ou de preocupação dos pais pode pedir como exame complementar o leucograma –
observa-se grande aumento na taxa de neutrófilos.
*coisa de livro: cultura e antibiograma. (como exame complementar)
. Comum pacientes fazerem auto medicação, já que são consideradas lesões “bobas” em pele e na maioria
das vezes não se procura um profissional da saúde.
Comum o uso de:
- pomadas corticoide: uso de corticoide constante= baixa do sistema imune; aqui, no caso, como o uso é
tópico vai ter uma baixa no sistema imune local, favorecendo, assim, a proliferação da microbiota.
- pomadas anti histamínico- não vão quebrar o ciclo das bactérias, pode até aliviar o prurido, mas a lesão vai
continuar perdurando.
- corticoide+ neomicina = não tem efeito nenhum, é a mesma coisa que fosse somente o corticoide.
* neomicina funciona ainda intrabucal
Tratamento:
2 opções: antibioticoterapia sistêmica e local. A escolha vai depender da quantidade de lesões e do
tempo que quero o resultado.
Antibioticoterapia sistêmica (mais rápido e mais eficiente):
. Penicilinas (pode ser qualquer um que o paciente seja acostumado. Amoxilina 8 em 8 ou 12 em 12 hrs) e
Eritromicinas (para alérgicos a penicilina)
. Cefalexina (maior espectro, normalmente não precisa, mas caso o paciente seja spaphylococcus aurus
resistente. )
+ Orientações de higiene – cuidados com higiene local e corporal – uso de sabonete líquido neutro e uso de
hidratante corporal ( de preferencia neutro também) por pelo menos 30 dias (pele seca coça), aparar e
higienizar as unhas.
Posologia:
Acompanhar melhora clínica + 3 dias
Diagnóstico:
Laboratorial: esfregaço.
Edema com aspecto lenhoso (duro)
Fístulas múltiplas
Tratamento:
. Antibioticoterapia sistêmica por tempo prolongado (dado pelo laboratório – base de 15 dias, pode ser mais
dependendo da evolução do tratamento): Penicilinas e similares; devido ao longo tempo não pode se
escolher antibiótico de amplo espectro, por exemplo, azitromicina, que não se terá sucesso no tratamento.
* azitromicina é usada por 3 dias ou 6 dias e no quarto dia o paciente já está tendo diarreia (antibiótico
atuando na microbiota intestinal) então, ele não é receitado para um longo período de tempo.
* receitar algum com menor espectro e que por cálculo o paciente tome de 1 a 2 gramas diárias de 10 a 15
dias.
Associado: medidas de controle de higiene bucal e limpeza local (depende de cada caso; limpeza do alvéolo,
limpeza endodôntica, bochecho, etc).
Lesões X Sistema Imunológico: A existência das lesões está intimamente ligada ao sistema imunológico.
Hoje todo paciente diagnosticado com sífilis obrigatoriamente faz o teste de HIV, pois a via de transmissão é
a mesma. * ponto importante
*outro ponto: tempo muito dilatado, ex: de 1 a 6 semanas. Quando essa variável é grande assim, quer dizer
que está associada ao sistema imune, quando SI está favorecendo o aparecimento da doença tem se um
tempo menor e quando não, um tempo maior. r
Sífilis na atualidade só tem duas fases, pois a bactéria é sensível a penicilina e penicilina é o medicamento
de eleição para tratamento de infecções das vias aéreas superiores. Então acredita se que a pessoa vai ter o
contato com o antibiótico e o controle da bactéria.
primária
secundária
Nessa fase secundária, até a doença ser
descoberta, mediante ao sistema imune
ou algum contato com antibiótico, essa
fase desparece e retorna, desparece e
retorna, até que em uma dessas a pessoa
seja diagnosticada.
SÍFILIS – Aula 9
Doença bacteriana causada pela Treponema Palium. Não possui diagnóstico somente por HE pois não
possui coloração histológica especial. Desde 2016 o Ministério da Saúde tem-se preocupado com os
crescentes números de casos dos últimos 10 anos principalmente quando acomete gestantes (o exame de
sífilis é obrigatório nos exames pré-natais) devido as grandes chances de aborto e sequelas nos bebês. Sífilis
é uma doença notificada, ou seja, todos os novos casos devem ser obrigatoriamente registrados no
Ministério da Saúde para tratamento onde o agente de saúde vai até essa pessoa para explicar a doença e
induzir o tratamento. Os parceiros sexuais do paciente com sífilis também devem fazer o diagnóstico e/ou
tratamento.
CONTÁGIO
Contato com o sangue infectado
Ato sexual desprotegido (risco de 30%)
- É preciso ter porta de entrada, ou seja, ter TC exposto ou microexposto.
- Parceiro com lesões ativas em locais de maior atrito (por exemplo no casos de sexo anal/oral) elevando
o risco para acima de 80%
Transmissão vertical: gravidez de uma mulher contaminada pois a bactéria passa pela barreira
placentária e o bebê contrai a sífilis congênita. É uma das principais causas de aborto espontâneo
principalmente no segundo trimestre (fase incomum de acontecer abortos).
- Recomendações do Ministério da Saúde: Fazer o exame para detecção de sífilis na primeira consulta do
pré-natal, durante o terceiro trimestre da gestação e no momento do parto.
FASES
- Primária: também conhecida como fase latente precoce
- Secundária: também conhecida como fase latente tardia
- Terciária: Quase não se vê mais casos que evoluam para essa fase
Contágio Se não tratar primária Se não tratar secundária Se não tratar fica em um ciclo vicioso de latência secundária e após anos evolui para Terciária
Se houver tratamento Se houver tratamento Evolui para
óbito
Evolui para a cura Evolui para a cura
SIFILÍS PRIMÁRIA
- Período de incubação: o surgimento dos sintomas variam de 3 a 90 dias, mas sempre aparecem. Esse
período representa o intervalo de tempo entre o contato e a manifestação da doença que varia de acordo com
a resposta imunológica do indivíduo (se a pessoa estiver mais imunossuprimida, os sintomas surgiram nos
primeiros dias e quanto melhor a capacidade reacional do sistema imunológico do indivíduo, maior será o
período de incubação, pois o sistema imunológico ficará combatendo o agente agressor o máximo possível).
Devido possibilidade do paciente ficar por tempo variável e prolongado no período de incubação, fica difícil
para a pessoa que possui múltiplos parceiros sexuais saber quais são os mais prováveis de também estarem
infectados.
- Na porta de entrada para a bactéria (onde ela entrou) surge o cancro duro: cerca de 35% dos indivíduos não
lembram da presença dessa lesão porque é indolor ou pode estar localizada em local de difícil visualização.
Essa alteração crônica (granulomatosa) inflamatória persiste por 3 a 8 semanas e depois ocorre cicatrização
natural encerrando assim a sífilis primária.
- Características clínicas:
. Úlcera delimitada indolor com borda endurecida
. Geralmente única
. Localização depende de onde foi a porta de entrada para a bactéria: pênis, vagina, reto, pontas dos dedos
e boca (terço posterior de palato, ponta de língua, lábio, gengiva e amigdalas)
- Após desaparecimento do cancro duro tem-se baixa disseminação da bactéria pela corrente sanguínea
(hematogênica) e linfática e as bactérias ficam circulantes (momento passível de transmissão)
- Linfadenopatia regional bilateral: As infecções bacterianas geralmente ativam mais o sistema imunológico,
por isso essa generalização de linfadenopatia com linfonodos muito grandes (principalmente o tonsilar).
# Diagnóstico diferencial: por ser uma úlcera indolor tem-se a alerta para investigar se é uma lesão
potencialmente tumoral. Para o diagnostico diferencial avalia-se a idade do paciente (se já é sexualmente
ativo) e o mais indicado é fazer a biopsia para descartar uma neoplasia maligna.
# Se o paciente for tratado nessa fase ele fica curado.
SÍFILIS SECUNDÁRIA
- Sequência da sífilis primária não tratada
- As lesões surgem de 1 a 3 meses após a lesão primária ter desaparecido
- Sempre são múltiplas
- Em boca é muito difícil detectar visualmente a lesão e suspeitar de sífilis, pois a lesão não tem um padrão
pré-determinado. O que mais chama a atenção para a doença são as alterações sistêmicas principalmente
pela presença de erupções cutâneas.
- Alta transmissibilidade
- As lesões duram de 3 a 8 semanas e involuem espontaneamente
- características clínicas:
Sistêmicas:
Febre irregular
Mal estar
Cefaléia
Perda de apetite
Dor muscular generalizada
Linfadenopatia bilateral indolor (geralmente nos linfonodos próximos as erupções cutâneas)
Erupção cutânea: principal sinal da doença, sendo pápulas ou placas amarronzadas distribuídas
simetricamente pelo tronco, membros, pés e mãos (tem alta predileção por pele e a presença dessas erupções
simétricas em palma de mãos e sola dos pés é um sinal patognomônico de Sífilis Secundária)
Locais (em boca):
Em lábio, língua e palato
Placas mucosas com coloração alterada
Úlceras rasas com dor variável sem predileção por queratinizados ou não
Essas lesões persistem por tempo indeterminado (de 3 a 12 semanas) com retrocesso espontâneo. O tempo
também varia de acordo com a condição do sistema imunológico da pessoa, igual na sífilis primária. A dor
queixada por esses pacientes também é variável.
Caso o paciente não seja tratado ocorrerá recidivas após 3 a 8 semanas novamente.
SÍFILIS TERCIÁRIA (ela disse que não cobrará essa parte)
- Praticamente não existe mais casos
- Leva anos para se manifestar
- Características clínicas:
. Presença de gomas sifílicas: Nódulos ou úlceras com grande destruição tecidual
. Qualquer parte do corpo, inclusive no esqueleto ósseo
. Deformidade articular
. Afeta sistema nervoso e cardiovascular
. Leva a óbito
SÍFILIS CONGÊNITA
Se o bebê da mãe sífilis positiva nascer, esse terá uma síndrome denominada Tríade de Hutchinson:
. Dentes de Hutchinson (alteração em incisivos e molares permanentes- incisivos com formato de chave de
fenda e molares com formato de amora)
. Queratite ocular e cegueira (grau variado)
. Surdez (grau variado)
Hoje também são raros os casos de sífilis congênita principalmente por causa das medidas do Ministério da
saúde e do pré-natal.
DIAGNÓSTICO GERAL DE SÍFILIS
- Exames complementares
. Esfregaço do exsudato da lesão ativa (exame em campo escuro ou Imunofluorescência direta)
. Teste sorológico:
VDRL - é o teste mais utilizado em triagem pelo SUS mas não é específico
FTA – Teste específico usando anticorpos treponêmicos fluorescentes
. Biopsia: Pouco expressiva pois se trata de um processo inflamatório crônico inespecífico
TRATAMENTO
Encaminhamento médico
Antibioticoterapia sistêmica que tem como primeira opção a indicação de Penicilina G, mas também é
muito utilizada 1 a 3 aplicações de Benzetacil durante a fase de manifestação da doença.
PARACOCIDIOIDOMICOSE – Aula 10
Doença fúngica/pulmonar.
A forma disseminada dessa doença é a alta predileção pelos tecidos bucais e especificamente, pelo
ligamento periodontal.
o Micose sistêmica de maior prevalência na américa latina
o 12,8 milhões de pessoas infectadas – 2% risco de desenvolver a doença (dados de 2016)
o Endêmica no Brasil, Venezuela, Colômbia e Argentina
o Brasil tem o maior número de casos da doença, já que é o maior país da América Latina
o Alta predileção por homens 15:1, já que o beta-estradiol da mulher inibe a transformação das hifas
em leveduras
o Beta estradiol inibe a transformação de hifas em leveduras. Mas podem existir casos em mulheres, na
pré-puberdade e na menopausa. Caso se encontre alguma mulher na faixa etária entre pré-puberdade
e menopausa, com a doença, com certeza ela possui um descontrole hormonal.
*Forma não patogênica=hifa ou filamentosa / Forma patogênica = levedura
Fatores de risco:
O fungo é encontrado normalmente na natureza, relacionado em áreas principalmente de mata e também
diretamente na terra. Para haver contagio por esse fungo deve haver alguma forma de manejo do solo.
Portanto, é o principal fator de risco à doença.
o Atividades relacionadas ao manejo do solo: atividades agrícolas, terraplanagem, preparo do solo
o Contato com o fungo nas primeiras 2 décadas de vida, porque vai demorar no mínimo de 10 a 20
anos para o fungo desenvolver e então, manifestar a doença.
o Etilismo facilita a instalação da doença em 3,6 (risco de 3,6 vezes maior de desenvolver a
doença)
o Brasil (HLA-B40, HLA-A2): varias formas do fungo
Microscopia:
Infiltrado crônico mononuclear
Granulomas: células gigantes (formado pela fusão de células epitelioides) ou célula de Langherans
(macrófagos e caracterizada pela presença de vários núcleos)
Micro-abscessos: pus com liquido
Hiperplasia pseudoepiteliomatosa
HE: classificar a lesão como granulomatosa/ PAS/ Gomori-Grocott
Tratamento:
*Encaminhar ao médico.
*lembrar: é um fungo muito resistente
Sulfametoxazol: 12 meses nas formas leves e 18 a 24 meses nas formas moderadas
Antifúngicos:
-Fluconazol (400mg/dia, VO, por 45 dias, depois 200mg/dia até completar 12 meses)
-Itraconazol (100mg/dia, por 12 meses)
-Casos graves – 18 a 24 meses, acabam indo ao óbito
Anfotericina B: formas graves
*São medicamentos caros, o que dificulta a continuidade do tratamento por grande parte dos pacientes, já
que não é disponibilizado pelo sistema público. Além disso, os pacientes não entendem a necessidade do
tratamento.
INFECÇÕES FÚNGICAS – Aula 11
Candidíase X Candidose
Infecção superficial em um tecido.
Os processos agudos e crônicos em clínica têm uma ténue diferença (as vezes é difícil distingui-los), e
aí a infecção por Candida seria chamada candidíase (não importando se é aguda ou crônica). Mas tem
um grupo de pesquisadores na Inglaterra que defendem o termo Candidose, porém é a mesma coisa.
Etiologia
*Candida (Monilia) albicans
-Dimórfico – levedura (forma não patogênica) e hifa (forma patogênica)
-Infecção em boca, genitália e oportunamente em pele (é encontrado na microbiota em diversas partes
do nosso corpo)
-Pode ser encontrada em 80% da população humana.
Tubo digestivo (só não tem em local de extremo pH: estômago e duodeno)
Genitália (tanto masculina, quanto feminina)
Fatores predisponentes
(para que o fungo que está na microbiota se torne patogênico)
*Baixa de imunidade
-Criança (nasce com sistema imune = 0, e tem uma curva ascendente) (crianças que nascem de parto
normal, a primeira microbiota bucal dela vai ser a de genitália da mãe; caso a mãe esteja no processo
de candidíase vaginal a criança já vai nascer com essa microbiota desfavorecida (mesmo com leite
materno); e essa microbiota cai num organismo imunologicamente desprotegido e aí esse bebê logo ao
nascimento pode manifestar a candidíase bucal) e idoso (declínio do sistema imune).
-Paciente de UTI ou acamado por muito tempo (quanto à microbiota bucal, primeiro saber o motivo da
hospitalização dele) (pacientes acamados por muito tempo que não está fazendo alimentação via oral,
ele deixa a boca desprotegida, porque ela precisa de um estímulo pra produção de saliva, etc.)
-Corticoterapia (acima de 15 dias ou uso contínuo)
Inalatório – asma e DPCO (o contato do gás vai impregnar na mucosa do palato ou da língua,
diminuindo especificamente naquele local o sistema imunológico)
Sistêmica (dependendo da frequência que tem candidíase é válido relatar para o médico que fez a
prescrição para tentar alteração)
-Uso de imunossupressores
-HIV (paciente AIDS) (tem candidíase em todos os sítios anatômicos -> quem trata é o médico, a
gente não)
*Uso abusivo de antibióticos (tem que ver qual o problema sistêmico que o paciente está tendo para
ele estar fazendo uso tão prolongado de antibiótico) (no caso da Odontologia tem aparecido candidíase
devido uso abusivo da Clorexidina)
*Falta de higiene bucal (favorece porque dentro do controle da microbiota a higiene bucal promove
desequilíbrio e quando não ocorre higiene não tem esse desequilíbrio)
*Doenças sistêmicas
-Diabetes (diabético descompensado)
-Anemia (comum os pacientes com anemia por carência nutricional)
-Leucopenia
Geralmente o paciente já relata essas doenças sistêmicas. A gente não descobre com o quadro da
candidíase.
*Perda de dimensão vertical (quando o paciente perde os dentes posteriores, que leva á perda da
altura do terço inferior, favorecendo o acúmulo de saliva em região de comissura e ocasionando a
instalação da candidíase
*Uso de prótese total (vemos a parte, que é estomatite protética. Na maioria dos casos está
relacionada à falta de higienização bucal, e o paciente vai ter desenvolvimento tanto de fungo como de
bactéria)
*Alterações relacionadas à saliva (diminuição na produção ou alteração na composição)
*Atrofia papilar central (ou glossite romboidal mediana) (pode ser aguda ou crônica)
-Área atrófica vermelha na porção central posterior de dorso de língua (é específica).
Geralmente acompanha língua saburrosa
-Assintomática ou discreta ardência
-Idiopática (aquilo que não se conhece o motivo, o que originou)
Alguns casos de atrofia papilar central podem desenvolver o que a literatura chama de lesão beijada,
que é quando tem a candidíase na língua e a cópia no local de repouso da língua (no palato)
*Mucocutânea
Tem comprometimento de pele e de mucosa
-Mucosa = pseudomembranosa
-Pele = manchas vermelhas com sensação de queimação
-Imunossupressão
-Idade (idoso)
CANDIDÍASE parte 2
Tratamento
Tópico
Nistatina
Controla replicação, não é fungicida. Suspensão 100.000UI; 1 colher de sopa em ¼ de copo d’água, 4
x ao dia. Tempo: no mínimo o dobro do tempo que levou para a lesão desaparecer.
Em bebês 2 a 3 gotas, 4x ao dia; de 7 a 10 dias.
Sistêmico
Os antifúngicos sistêmicos tem efeitos colaterais hepáticos, logo paciente com problema hepático, tem
restrição de uso. Quando escolher tratamento sistêmico a tópico: quando tem mais sítios anatômicos
acometidos, dificuldade de aplicação no sítio, resposta mais ágil Cetoconazol
200mg – 1 comp. ao dia. Tempo: no mínimo o dobro do tempo que levou para a lesão desaparecer. 7 a
10 dias.
Fluconazol
150mg – 1 comp. ao dia. o efeito no fígado é pior. Por isso é preciso conhecer o paciente; um paciente
idoso por exemplo, provavelmente já tem algum problema hepático, ou pela quantidade de
medicamento que ele já toma.
Não precisa associar o tratamento sistêmico ao tópico pois a candidíase é um desequilíbrio na relação
microbiota e hospedeiro. E para retornar ao equilíbrio é preciso erradicar o fator predisponente, e o
antifúngico vem só para controlar a replicação do fungo que está descontrolado na microbiota.
A escolha entre sistêmico e tópico vai por conveniência de tempo, sitio afetado, adesão do paciente ao
tratamento. O retorno do fungo é pior que a primeira lesão. Os tratamentos tópicos são mais difíceis de
serem cumpridos devido ao número de vezes ao dia, e ao tempo de duração de tratamento que varia de
12 a 21 dias, ou até mais.
A escolha do medicamento depende de cada caso (adesão do paciente, problema hepático, jovem,
idoso, etc.)
Pode haver necessidade de repetir a posologia depois de determinado tempo. Isso em caso de pacientes
que tem histórico de candidíase muito frequente.
HIV
Histórico
Na década de 80 começaram a surgir alguns casos de pacientes jovens que mediante a doenças
infecciosas iam a óbito rapidamente, não respondiam a tratamento proposto. O centro de
epidemiologia dos EUA age para descobrir o problema. Ocorreu um surto de pneumonia, e em seguida
de infecções oportunistas graves em homossexuais jovens, usuários de drogas, hemofílicos,
heterossexuais africanos e caribenhos do turismo sexual, filhos de mães+, parceiros de bissexuais. Foi
visto que estava acontecendo algum problema imunológico com esses grupos e que era uma condição
adquirida; daí o nome síndrome da imunodeficiência adquirida. Rapidamente ficavam doentes e iam a
óbito.
Sarcoma de Kaposi é uma neoplasia maligna vascular que até 1982 só era descrita em 2 situações:
endêmica, na África; em indivíduos idosos com comprometimento do sistema imune. Surge então
casos de sarcoma de Kaposi em jovens, que levou alerta a condição infecciosa com tumor associado.
Com estudos verificaram que o agente infeccioso tinha predileção pelo CD4 e fazia com que o CD4
perdesse a função de apresentar Ag, promovendo uma depleção (deficiência) de sua função; ele está
no organismo, mas não desempenhando sua função.
Em 1982 são diagnosticados os primeiros casos no Brasil, de indivíduos que viajam para os EUA para
o turismo sexual, e indivíduos que passaram por transfusão de sangue. Até essa época não havia
nenhuma forma de análise de sangue para doação.
Foi visto que o vírus tinha semelhança com vírus já descoberto em 1930 em macacos na África.
Existem 2 teorias: que foi fabricado em laboratório; e a outra é que o vírus dos macacos tenha passado
para os humanos, numa área na África em que a pratica de zoofilia é normal.
É difícil desenvolver vacina, pois, é um vírus humano-específico.
Em 1987 foi liberado a primeira droga antiviral, e desde então já tem mais de 20 tipos de drogas
voltadas para os nucleotídeos específicos dos vírus inibidores da protease.
Tem-se 2 tipos de vírus:
HIV 1: alta virulência, alta infectividade, distribuição global
HIV 2: típico da Africa ocidental
Características gerais:
É um retrovírus;
Não é oncogênico;
Infecta os linfócitos t auxiliares CD4, macrófagos, células dendríticas;
Depleção do CD4 – apoptose, morte através do CD8, o CD8 passa a ver o CD4 como celula infectada
e o destroi; e quando abaixa o limiar de CD4 no organismo o sistema imune fica frágil, e se torna
O vírus precisa estar associado a células; ele fora da célula morre.
A replicação do vírus é espécie-especifica: só replica na CD4 humana.
Ele é desativados com desinfetante domestico, alcool, isopropanol, agua oxigenada 10 vol., por 10
minutos a temperatura ambiente.
Ulceração aftosa recorrente (úlcera menor) possuindo três aftas e com longa duração (padrão de 1 a 2
aftas). Herpes recorrente durando mais do que 10 ou 15 dias, ou do lado esquerdo e direito (padrão 2 a 3
dias de vesícula e apenas 1 dermato).