Você está na página 1de 7

Luana Zago – Turma XV BETA 4º Período / 1º Ciclo

Agressão e Defesa II
Imunidade contra microrganismos
O sistema imunológico também pode causar danos ao
tecido → morte celular (ocorre a destruição de células
infectadas por ação de linfócitos T citotóxicos e por
células NK).

- Medicações antagônicas: para controlar a resposta


inflamatória.

Reposta Imune contra fungos

Resposta Imunológica: é a maneira que o corpo tem


de eliminar diversos tipos de patógenos.

- Portadores ou assintomáticos: patógeno entra em


contato com o corpo do indivíduo, porém não ocorre
danos.

→ Presença do antígeno no corpo, o qual não


manifesta a doença, podendo transmiti-la.
→ No assintomático, pode ocorrer dos
microrganismos possuírem mecanismos de
escape (fica invisível para a resposta
imunológica), fazendo com que se proliferem
sem gerar poder patogênico (sem gerar doença)
ou o microrganismo possui mecanismos de
latência, em que não se replica.

Dificilmente uma pessoa saudável contrai infecções


fúngicas, porque o sistema imune é extremamente
eficiente para combater fungos. Porém, podem ser
infecções oportunistas, nas quais o sistema imune está
suprimido.
BARREIRA EPITELIAL: o fungo não consegue
atravessar a pele, o que impede infecção fúngica, não
causando infecção sistêmica. Uma barreira íntegra
impede a penetração fúngica.

• Axila, virilha, pés: locais de abrasão, de pele fina


e hábitos higiênicos excessivos – vulneráveis a
micoses superficiais.
Luana Zago – Turma XV BETA 4º Período / 1º Ciclo
- O fungo tem crescimento lento e, assim, o indivíduo fungo encontra-se. Além disso, induz a
pode demorar a perceber a instalação da micose. Só produção de citocinas pró-inflamatórias.
percebe quando começa a ter prurido e, ao coçar, a
Supressão do sistema imunológico: principalmente
micose é disseminada.
pela baixa produção de neutrófilos na medula óssea →
- Abandono do tratamento: infecções fúngicas indivíduo suscetível a infecções fúngicas.
recorrentes.
• Candidíase: comum em gravidez pela
- A barreira epitelial é influenciada por IL-17 e IL-22, supressão do sistema imunológico que ocorre
produzidos por Th17 e ILC3: para impedir a rejeição do feto, já que este
possui antígenos paternos.
→ IL-22: estimula a proliferação de células
• Diabetes: impede a ida de neutrófilos nas
epiteliais a fim de impedir a penetração do fungo
infecções. Muitas mulheres acometidas por
(causa descamação no local da infecção).
diabetes têm candidíase de repetição pela baixa
→ IL-17: estimula o recrutamento e ativação de
chegada de neutrófilos decorrente da diabetes.
macrófagos e neutrófilos.
• Criança: baixa maturidade de higiene e
→ IL-22 e IL-22 juntos: induzem o epitélio a
imunodeficiência congênita.
produzir peptídeos antimicrobianos (atrapalham
a adesão e o crescimento de microrganismos na Pacientes com HIV possui muitas infecções respiratórias
barreira). causadas por fungos.

Reposta Imune contra parasitas


Possui diversas formas e ciclos de vida. Além disso, há
formas resistentes e podem até não entrar no corpo
(exoparasitas – piolho, carrapato, pulga) → gera uma
resposta imunológica variada.

MACRÓFAGOS E NEUTRÓFILOS: principais células


que conseguem controlar fungos – por serem pequenos,
os fungos são fagocitados e destruídos NO, ERO e
enzimas lisossômicas.

• Infecção fúngica nem sempre causa neutrofilia


no paciente → infecções fúngicas são - Fagocitose é importante em protozoários, seres
localizadas e os neutrófilos são abundantes na unicelulares, por conta do tamanho. Essa resposta de
corrente sanguínea, assim, uma pequena fagocitose feita por macrófagos é mediada pelo INF-y.
quantidade dessas células já é necessária para → INF-y: citocina que ativa e melhora os
combater fungos. mecanismos efetores de macrófagos.
• IL-17: estimula o recrutamento e ativação de
macrófagos e neutrófilos para a região onde o
Luana Zago – Turma XV BETA 4º Período / 1º Ciclo
Produzida por linfócitos T ativados (perfil de I. Variação antigênica (trocam os antígenos de
resposta Th1) e células NK. superfície).
- Aumenta a produção de NO, enzimas II. Forma resistente de cistos: não possuem
lisossomais e ERO para aumentar a capacidade molécula de superfície e por isso não são
de destruição de antígenos fagocitados. Além reconhecidos pelo sistema imunológico – forma
disso, aumentar a produção de citocinas pró- resistente.
inflamatórias, a célula aumenta a quantidade de III. Descamação e antígenos iscas – os
receptores fagocíticos → aumenta o microrganismos lançam antígenos pelo corpo,
reconhecimento de microrganismos e a os quais são atacados pelo sistema imune, mas
capacidade de fagocitose. não são o parasita em si.
IV. Produção de moléculas inibitórias.

- Muitos parasitos (helmintos) causam diarreia por


mecanismos próprios, mas também pela resposta
imunológica → ocorre para eliminar o antígeno –
mecanismo de proteção (mecanismo de tobogã).

• Lubrificação: aumento da produção de muco


pelas células caliciformes → IL-13 e IL-4,
produzidas por Th2, induzem a produção do
muco.
• Aumento do peristaltismo (motilidade
gastrointestinal) → induzido por leucotrienos
(produzidos por mastócitos), IL-13 e IL-4.

Nem todo parasita fica dentro do tubo digestório


(Schistosoma mansoni). Portanto, parasitas no sangue
são combatidos por eosinófilos.
- Os eosinófilos degranulam → produz enzimas que
causam danos no tecido e nos helmintos. Reposta Imune contra vírus
- Doenças parasitárias helmínticas causam eosinofilia. Podem ser extracelulares no início do curso da infecção,
antes de entrarem nas células do hospedeiro, ou quando
→ Mecanismos de escape imunológico de são liberados de células infectadas por brotamento do
parasitos: vírus ou se as células forem mortas.
Luana Zago – Turma XV BETA 4º Período / 1º Ciclo

Mecanismos de defesa
Imunidade inata: 1. Células que não estão infectadas ainda são
barradas de infecção viral – proteção contra a
→ INF tipo 1 – induz o estado antiviral nas células infecção.
não infectadas. 2. Destruir células já infectadas.
→ Células NK.
Os vírus necessitam da maquinaria da célula para sua
Imunidade adaptativa: replicação – durante esse processo, ele exerce a
patogenia sobre o indivíduo.
→ Linfócitos TCD8 ou citotóxicos.
→ Produção de anticorpos - importante pela IMUNIDADE INATA
possibilidade da realização de sorologia.
PRODUÇÃO DE IFNs DO TIPO I:
- Infecções virais são restritas a uma região (não
são sistêmicas). Geralmente, a imunidade inata
consegue destruir o vírus de forma rápida, por
isso, raramente são formados anticorpos.

O vírus é um antígeno intracelular, portanto, a


ação do anticorpo sobre ele é restrita – não
passa pela membrana plasmática.

• A atividade que anticorpo exerce sobre


o vírus é neutralização – se liga às
moléculas de adsorção do vírus,
portanto, impedem que o vírus entre nas
células e as infecte.
• Além disso, os anticorpos ligados aos
vírus conseguem sinalizar para a
resposta imunológica que há uma
partícula estranha, a qual precisa ser
fagocitada. Os vírus são reconhecidos por receptores intracelulares
(Toll) endossômicos, os quais induzem a célula a
produzir INFs do tipo I → todas as células têm
receptores para o IFN tipo I – até células não infectadas.
Assim, estas desencadeiam uma série de cascatas
Infecção viral causa danos ao organismo – a resposta bioquímicas que dificulta a instalação do vírus:
inflamatória mata células do corpo.
1. Inibição da síntese de proteína viral – produção
O vírus expõe antígenos intracelulares quando destrói
de bloqueadores de síntese proteica ou
as células – pode desencadear a autoimunidade →
enzimas capazes de degradar proteínas virais.
perigoso ter infecções virais recorrentes.
Luana Zago – Turma XV BETA 4º Período / 1º Ciclo
2. Ativação de nucleases – tanto RNA quanto passiveis de destruição – promovem apoptose (morte
DNA. O material genético viral não tem proteção programada).
contra as nucleases.
Quando se tem alguma alteração na célula, como a
3. Impede a montagem do vírus – o vírus manipula
presença de uma proteína viral, esta é exposta no MHC
a célula para a organização da sua estrutura e
de classe I. Dessa forma, os receptores da célula de
replicação, portanto, o INFs do tipo I promove
defesa conseguem identificar a diferença – realizam
inibição da produção do ácido nucleico do vírus
mecanismos efetores em relação a essas células.
e da sua montagem.
Mecanismo de morte: granzimas-perforinas.
CÉLULAS NATURAL KILLER (NK):
- São duas substâncias liberadas pela célula NK.
- Perforina: produz poros de membrana.
- Granzimas: entram pelos poros de membrana
ganhando o citoplasma da célula – ativa as caspases,
ativando o processo de apoptose.

Células neoplásicas, em estado de lesão ou infectadas


por algum antígeno são destruídas pelas células NK –
para controlar a multiplicação do potencial maligno
presente na célula.

IMUNIDADE ADAPTATIVA
ANTICORPOS:

Proteínas produzidas pelos linfócitos B – se liga ao


antígeno e mostra para o sistema imunológico que
aquilo é um perigo ao corpo.

1. Faz com que a substância seja reconhecida mais


facilmente em mecanismos de fagocitose.
2. Impede que tenha ação – neutralização do
• MHC de classe I: molécula, presente na superfície patógeno.
de toda célula nucleada, que tem como função 3. Ativa o complemento (via clássica) – lise de células
apresentar para o sistema imunológico como está o de microrganismos.
ambiente intracelular.
*Vários vírus e neoplasias têm como mecanismo de
escape a inibição do MHC de classe I → a célula NK
entende que células sem MHC de classe I são células
Luana Zago – Turma XV BETA 4º Período / 1º Ciclo
- Em questão de memória, o IgG é mais interessante que
o IgM a longo prazo.
- O linfócito B depois de produzir anticorpos da classe
IgM, ele começa a produzir IgG e não consegue mais
produzir IgM (explica a diminuição da produção de IgM
depois de um tempo, demonstrado na sorologia).
- A produção das classes dos anticorpos depende dos
antígenos – uma sorologia para cada (é necessário
saber a janela imunológica de cada um).
Fatores que prejudicam o teste sorológico:

1. Vacinação – não dá para diferenciar se os


anticorpos foram produzidos em uma infecção
ou decorrentes da resposta à vacina.
2. Anticorpos possuem validade – podem decair
em quantidade depois de um tempo
(probabilidade de ter a doença mesmo após ter
Anticorpo da classe IgA: tem a capacidade de passar
se vacinado).
pelo endotélio ou pela mucosa – secretado sobre
3. Neoplasias, retirada de baço e medula óssea –
superfícies corpóreas.
o indivíduo pode ter decaimento de linfócitos B
- É um anticorpo presente em secreções corporais (leite específicos, o que impede que a sorologia seja
materno, saliva). diagnosticável.
4. Antígenos múltiplos – ex.: hepatite B.
- Secretado sobre a superfície de mucosas, onde se liga
em patógenos, evitando que ele consiga penetrar sobre LINFÓCITOS TCD8 OU CITOTÓXICOS:
a superfície epitelial → impede infecção.
MHC de classe I é reconhecido pelo linfócito TCD8 (por
→ Vacina contra a poliomielite: estimula uma meio de receptores).
produção maciça de anticorpos da classe IgA
1. Granzimas-perforina.
(por isso ela é aplicada via oral – impede a
2. Ativação dos receptores de morte – apoptose
instalação do antígeno).
celular (via extrínseca).
- Não impede a entrada do vírus no organismo,
- Capaz de expressar receptores que ativam
mas impede a instalação da doença.
receptores de morte já presentes na célula.
Anticorpos da classe IgM: é pentamérico (5 anticorpos
juntos – 10 sítios que o permite se ligar em antígenos Mecanismos de escape imunológico
diferentes).
• Variação antigênica – deriva genética: mutação com
→ Produzido em massa em infecções de fase facilidade devido à ineficácia de suas proteínas,
aguda – pela sua alta capacidade de se ligar principalmente a transcriptase reversa (erros
aos antígenos. constantes na produção proteica).
• Exaustão do linfócito TCD8 – infecção viral
Anticorpos da classe IgG: ele é produzido em massa.
duradoura.
Além disso, ele pode ser modificado (edição de
- O linfócito TCD8 começa a expressar moléculas
anticorpo), obtendo uma maior especificidade e
inibitórias na sua superfície, além disso, células
capacidade de destruição.
infectadas também expressão moléculas inibitórias
- Quanto maior a quantidade de contato com o antígeno, – a célula de defesa não combate.
mais forte a atividade efetora de destruição → grau de • Bloqueio do MHC-I;
avidez: quando alto, indica que o indivíduo entrou em - Há a possibilidade da realização de um MHC isca
contato com o antígeno muitas vezes. – não ativa linfócito TCD8 nem célula NK.
Luana Zago – Turma XV BETA 4º Período / 1º Ciclo

• Inibição de células NK;


• Bloqueadores de citocinas – produção de
receptores solúveis de citocinas, os quais se ligam
às citocinas pró-inflamatórias.
• Produção de citocinas antinflamatórias – atrapalha
a montagem das respostas imunológicas.
• Destruição de células da resposta imune –
desestabiliza o sistema imunológico (ex.: HIV).

Você também pode gostar