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Aula 3: Haemophilus influenzae


Haemophilus influenzae: Bactéria cocobacilar gram-negativa.

Características:
É um bacilo gram-negativo que coloniza o trato respiratório superior humano.

Pode ser capsuladas ou não-capsuladas:


Capsuladas: 6 sorotipos capsulares Não capsuladas: São não tipáveis
(a-f)

📌 O B é o mais importante,
sendo que a vacina é feita
para o tipo B, pois é mais
perigoso e pode gerar
celulite orbital e peri-orbital,
pneumonia e meningite.

Epidemiologia:

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É uma bactéria encontrada na região oral, faringe, conjuntiva (mucosa ocular) e
trato genital.

Tipo B: TRS 2 a 4% das pessoas.

Não tipáveis: 50 a 80%

Transmissão:

Por meio de gotículas transportadas pelo ar ou contato direto entre as


secreções.

Pode ser transmitida pelo doente e pelo portador assintomático.

Fatores de virulência:

📌 A Haemophilus influenzae é uma bactéria que costuma está presente depois


de uma infecção por vírus influeza.

Cápsula:

É o principal fator de virulência,


sendo o sorotipo B o mais
virulento.

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Conjugada com a proteína para
fabricação de vacina.

Protege o microrganismo da
fagocitose.

Sorotipo B: Polirribose ribitol fosfato.

LOS:

O LOS tem o lipídeo A que vai gerar


toxidade da mesma forma que o
LPS, podendo gerar uma sepse, a
diferença é que o cerne do LOS é
menor que o do LPS.

Possui atividade biológica de


endotoxina.

Promove adesão às células do


hospedeiro.

Fímbrias:

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Hif: É uma adesina para a mucosa respiratória que auxilia na fixação das
células do trato respiratório superior, que é onde tem o ínicio da infecção.

IgA1 proteases:

Inativa a IgA1.

Proteínas sideróforas:

São proteínas que capturam o ferro ligado no hospedeiro.

Patogênese:

O início da infecção pode ser por meio da transmissão da bactéria por outras pessoas, ou uma baixa
na imunidade que faz com que a bactéria que já está presente naturalmente no trato respiratório
superior aumente de quantidade.

1. Colonização das mucosas das vias aéreas superiores.

2. Interação das adesinas com as células do hospedeiro.

3. Multiplicação e disseminação local ou sistêmica.

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Pode gerar disseminação:

Local Sistêmica
Ouvido médio, seios nasais e trato Invasão da corrente sanguínea com
respiratório inferior. infecções à distância.

Pode gerar celulite, meningite, artrite,


sepse.

Clínica:
Capsulados Não capsulados

O sorotipo B é o capsulado mais Gera otite média, sinusite, pneumonia


importante, pois está relacionado com as (comunitária), sepse e conjuntivite.
infecções invasivas, principalmente em
crianças de 3 meses a 5 anos.
Gera meningite, epiglotite, pneumonia,
celulite (bochecha e região periorbital),
artrite séptica e sepse.

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Epiglotite:

É uma infecção invasiva e grave que se manifesta em crianças. Tem um


edema intenso que gera dificuldade para respirar e deglutir alimentos.

Gera celulite e inchaço dos tecidos supraglóticos, além de faringite, febre,


rouquidão, dificuldade respiração e deglutição.

Pode progredir rapidamente para obstrução das vias aéreas e morte.

Evitar manipulação do paciente para não piorar.

Pico de incidência é de 2 a 4 anos de idade, não sendo muito comum em


adultos ou adolescentes.

Meningite:

Existem 3 doses da vacina.

Crianças com mais de 1 ano: febre, cefaleia intensa, vômito em jato, rigidez de
nuca, sinais de irritação meníngea, convulsões e/ou manchas vermelhas no
corpo.

📌 As manchas vermelhas são um prognóstico ruim, significa que a


bactéria está se espalhando no corpo.

Menores de 1 ano: irritabilidade, rigidez do corpo, choro persistente e


abaulamento de fontanela.

Período de incubação: 2 a 4 dias.

Período de transmissibilidade: Enquanto houver microrganismo na nasofaringe,


geralmente até 24/48 horas após o início da terapêutica com antibiótico.

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📌 Pode acabar gerando uma amputação nos membros.

Celulite periorbital e orbital:

Celulite periorbital: Apenas pálpebra; Orbital: Pálpebra e globo ocular (as


bactérias passam pelo canal lacrimal e chegam até próximo a órbita ocular e
pálpebras.

📌 A celulite orbital é mais grave, pois pode levar a uma meningite devido à
proximidade com a área das meninges.

Podem ocorrer após sinusite.

Pode levar a ocorrência de meningite.

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Gera dor, edema, hiperemia, febre, menor mobilidade do globo ocular e
cegueira.

Exames complementares: cultura secreção seios nasais (é mais rara, sendo


feita somente quando não tem certeza da bactéria, ou quando o paciente não
está respondendo ao tratamento), hemocultura, TC (a tomografia é feita para
saber a extensão da infecção), RNM.

Tratamento: hospitalar, antibiótico e drenagem de abscesso.

Celulite orbital
Celulite periorbital

📌 Essa celulite é gerada também por outros microrganismos, ai você pega uma
cultura do sangue para saber, caso não dê é feito um tratamento empírico,
que seria um tratamento que serve para as principais agentes causadores.

Diagnóstico laboratorial:
Meningite → Líquor (1 a 2 mL)

Epiglotite, artrite, celulite →


Hemocultura do sangue, mas nem
sempre esse sangue é recuperado.

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Sinusite e otite → Aspiração direta
das secreções.

Etapas:

1. Isolamento e identificação:

a. Ágar chocolate enriquecido com fator X (hemina ) e fator V (NAD).

b. Testes bioquímicos.

2. Teste de aglutinação em látex:

a. Líquor

📌 Ele tem uma dificuldade de crescimento, não crescendo em ágar sangue.

Exceto na prova do satelitismo:


Cresce ao redor da zona de hemólise de S. aureus → Serve para crescer e
fazer diagnóstico.

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Tratamento:
Meningite e outras infecções graves:

Uso de ceftriaxona e cefotaxima (7 a 10 dias).

Começar o tratamento imediatamente para diminuir as sequelas neurológicas.

Meningite não tratada é letal em 90% dos casos.

Otite média e sinusite:

Cefalosporinas, amoxicilina clavulanato, azitromicina e levofloxacina


(administradas principalmente em adultos).

Prevenção:
Existe uma vacina conjugada:

Polissacarídeo capsular tipo b.

Ministrada aos 2, 4 e 6 meses idade.

Reduz a incidência da doença em 90% das crianças


imunizadas

Uso da rifampicina (VO) em contatos dos pacientes (4 dias)

Crianças com esquema vacinal completo não necessitam quimioprofilaxia.

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