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Hanseníase

Aula 4

RELEMBRANDO... ® Aproximadamente 90% da população possui


resistência ao bacilo.
Celular Humoral
® É causada pelo Mycobacterium leprae, parasita
intracitoplasmático do macrófago, de alta
TH1, TH17 TH2 infectividade e baixa patogenicidade.
Granulomas Não forma granulomas ® A doença pode apresentar principalmente 4
¯ Bacilos ­ Carga bacilar formas clínicas: indeterminada, borderline,
tuberculoide e virchowiana. Em termos
terapêuticos, somente 2 tipos são considerados:
A resposta celular (ou do tipo I) e humoral (ou do
tipo II) fazem parte da resposta imunológica o Paucibacilar: com poucos bacilos
adquirida. A imunidade adquirida consiste na o Multibacilar: com muitos bacilos
resposta imune gerada ao longo da vida, que foi
ativada após contato com diversos antígenos ® São pacientes paucibacilares todos os pacientes
imunogênicos, tornando o organismo cada vez que apresentarem até 5 lesões de pele e
mais capaz de se defender de invasões de multibacilares todos os pacientes com mais de 5
microrganismos patogênicos. lesões de pele.

CELULAR: Resposta mediada pelos linfócitos T, ® Na maioria dos casos, admite-se que a
ativada contra invasores intracelulares, como transmissão ocorra de pessoa para pessoa, pelo
vírus, que ficam inacessíveis aos anticorpos e contato com pacientes multibacilíferos – com
moléculas sanguíneas para serem destruídos pela muitos bacilos (MB), que eliminam o bacilo pelo
resposta humoral. Nesse tipo de resposta, os trato respiratório superior, principalmente ao falar
macrófagos apresentam antígenos e respondem e tossir.
aos linfócitos TCD4. Û Agente etiológico:) O Mycobacterium leprae
HUMORAL: Resposta mediada por moléculas cora-se em vermelho pela fucsina ácida pela
sanguíneas e secreções da mucosa, que são os técnica/coloração de Ziehl Neelsen. Esse agente é
anticorpos. É a principal resposta contra invasores um parasita intracelular obrigatório e é
extracelulares e suas toxinas. Nesse tipo de geralmente um gram +.
resposta, as células B apresentam antígenos para
® Crescimento lento: divide-se a cada 12 a 14
as células TCD4, além de serem ativadas por estes
dias. Possui um longo período de incubação, de 2
linfócitos. a 5 anos para os casos paucibacilares e 5 a 10 anos
INTRODUÇÃO para os multibacilares.

® Doença infectocontagiosa de alta infectividade. ® Resiste aproximadamente 9 dias no meio


ambiente.
® Alta virulência e baixa patogenicidade.
® Possui tropismo pela pele (macrófagos) e pelos
nervos periféricos (células de Schwann) –
inicialmente em nervos periféricos e depois pela IMUNOLOGIA
pele e outros órgãos.
Caso os bacilos não forem destruídos?
® Pode acometer outros órgãos, com exceção do
- Proliferam, e os antígenos associados a MHC
SNC (grupo contagiante – multibacilar).
classe II se apresentam aos linfócitos T CD4.
EPIDEMIOLOGIA
Em qual microambiente esses linfócitos vão se
- Meta: menos de 1 caso para cada 10.000 encontrar?
habitantes.
- IL12 e IL23 ou IL4.
- Países tropicais e subtropicais em
desenvolvimento ainda com elevadas taxas da
doença. A resposta de imunidade desenvolvida pelo
hospedeiro contra o Mycobacterium leprae é fator
- Mais de 100 países continuam a confirmar
determinante de vários desfechos:
milhares de casos.
desenvolvimento ou não da doença, forma clínica
- Homens: 1,5x mais comum que mulheres e 2x no espectro e aparecimento das reações
mais a forma multibacilar (MB). hansênicas. O M.leprae é um agente intracelular
de multiplicação lenta e baixa patogenicidade,
- Faixa etária mais comum: 15 a 29 anos (maior o
com pouca variabilidade genética, o que ressalta a
risco).
importância dos fatores de resistência do
- Em idosos: 2x mais comum a forma multibacilar hospedeiro desencadeados pela resposta imune,
(MB). na evolução e na apresentação espectral da
hanseníase.
TRANSMISSÃO

A doença é transmitida por vias aéreas superiores,


em contato com pacientes multibacilares com Se a genética do indivíduo predispor à um padrão
contato íntimo e prolongado. Ressalta-se que, o de TH1/TH17 – INF gama, TNF alfa, IL 17, IL6, IL2,
bacilo pode ficar aproximadamente 9 dias no meio este apresenta uma IMUNIDADE CELULAR. Nessa
ambiente. resposta, os macrófagos se diferenciam em células
epitelióides.
OBS: Não confirmado a transmissão por leite
materno ou sangue. Por sua vez, se a genética do indivíduo predispor à
um padrão TH2 – IL4, IL5, IL10 e TNF alfa, o mesmo
A maioria dos pacientes iniciam com uma lesão apresenta uma ALTA IMUNIDADE HUMORAL e
indeterminada à leva esse nome pois não BAIXA IMUNIDADE CELULAR. Nessa resposta, há
sabemos a evolução que terá, isso dependerá do ativação de células T reguladoras (IL10 e TGF beta).
sistema imunológico do paciente. Além disso, as IL4, IL10 e TGF beta tem efeito
supressor na ativação dos macrófagos, não
Neurotropismo: única bactéria capaz de invadir as
formam granulomas e favorecem a imunidade
células de Schwann.
humoral e a proliferação bacilar.
Glicolipídio fenólico 1 (PGL-1) – lípide mais
importante da cápsula, determinante de seu
neurotropismo.
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: Máculas hipocrômicas
com bordas regulares.

A queda de pelos no interior da mancha e a


alteração franca da sensibilidade dolorosa ou tátil
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS indica transformação para HANSENÍASE
TUBERCULOIDE.
HANSENÍASE INDETERMINADA

Todas as formas clínicas de hanseníase iniciam-se


com manchas hipocrômicas localizadas
geralmente no tronco e membros, onde o
indivíduo já começa a perder a sensibilidade
térmica – são denominadas INDETERMINADAS.

Na maioria dos pacientes, as lesões iniciais de


hanseníase são caracterizadas por manchas
hipocrômicas.
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: Hanseníase
Uma característica importante dessa
indeterminada, evoluindo para hanseníase
apresentação é a alteração da sensibilidade
tubercoloide. A presença de queda de pelos indica
térmica na área, quando avaliada pelo teste do
agressão importante do folículo piloso. Quase
tubo de ensaio com água quente ou fria. Por sua
sempre, a sensibilidade dolorosa está alterada.
vez, as sensibilidades dolorosa e tátil estão
normais.

® O número de lesões depende da imunidade Em geral, a baciloscopia é negativa.


celular, geneticamente determinada, específica
para M. leprae. Quanto maior a resistência ao HANSENÍASE TUBERCULOIDE
M.leprae, menor será o número de manchas e Em geral, observa-se poucas lesões; são pequenas,
nervos envolvidos. com aspecto em placa e bordas bem definidas em
à Mácula hipocrômica com ligeira diminuição da relação à pele normal. Na fase inicial da evolução
sensibilidade térmica, alteração da sudorese local, da hanseníase indeterminada para hanseníase
geralmente até 5 lesões. Sem espessamento tuberculoide, pode-se observar lesões papulosas
neural. sobre as máculas hipocrômicas. Pode haver
aumento do tamanho das lesões e regressão lesões, simetricamente distribuídas, que adquirem
central, com cicatrização. aspecto eritematoso e, progressivamente,
infiltram-se, ocupando extensas áreas do
Na maioria dos casos, verifica-se alteração da
tegumento.
sensibilidade térmica, dolorosa e tátil.
à Polimorfismo de lesões, distribuição simétrica,
à Poucas lesões eritematosas e centro
queda de pelos, ictiose (pele muito ressecada)
hipocrômico, bordas bem delimitadas, alterações
adquirida em MMII, acometimento de nervos
de sensibilidade importante, alopecia e anidrose
difusos e simétricos.
nas lesões. Alteração sensitiva do trajeto nervoso
pode ser a única manifestação. à Tubérculos e nódulos ocorrem com frequência,
na face as infiltrações produzem a chamada
A baciloscopia é negativa e o Mitsuda é positivo.
“fácies leonina”. Os pavilhões auriculares ficam
* Mitsuda: serve pra fazer prognóstico. É um teste infiltrados. É comum a polineurite simétrica.
que avalia a resposta celular.

Existe um grupo de pacientes VV caracterizados


DESCRIÇÃO DA IMAGEM: Mácula com borda por lesões nodulares, com as bordas bem
elevada eritematosa com bordas bem definidas definidas e superfície lisa, brilhante. Esses casos
com centro hipocrômico, perda dos fâneros. são denominados HANSENÍASE HISTOIDE à
lesões nodulares múltiplas semelhante a
queloides.
Em todas as formas clínicas da hanseníase, exceto - Baciloscopia (+) e índice bacilar alto
na indeterminada, existe a possibilidade de
espessamento dos nervos periféricos, tais como: As lesões lembram gotículas de gordura,
ulnar, mediano, radial, fibular e tibial posterior. geralmente se encontra bacilos.

Resposta inflamatória de contenção de


propagação do agente – formando granuloma,
tendendo a destruir os bacilos.

HANSENÍASE VIRCHOWIANA

Os pacientes de hanseníase virchowiana são


anérgicos (não tem resposta imoral), não
desenvolvem imunidade celular para o M.leprae. É
comum surgir a partir da forma indeterminada,
nos pacientes que apresentam grande número de
Outro subtipo da hanseníase VV é a de LÚCIO HANSENÍASE BORDERLINE-BORDERLINE
ALVARADO à “lepra bonita”, espessamento
O aspecto clássico dessa variedade clínica é a
difuso sem nódulos, com aspecto brilhante de
presença de placas apresentando aparentemente
todo o tegumento cutâneo, ausência de nódulos,
poupado (geralmente hipocrômico) e bordas
alopecia mais precoce.
internas relativamente bem definidas; as bordas
- Bacilos numerosos e em todos os tecidos. são extremamente mal definidas, difusas,
invadindo a pele normal. A baciloscopia é, quase
sempre, fortemente positiva.

HANSENÍASE BORDERLINE

As lesões são infiltradas e a cor varia do eritema à


coloração ferrugínea, lesões anulares com borda
apagada, denominada “esburacadas” ou “queijo HANSENÍASE BORDERLINE VIRCHOWIANA
suíço”.
Idêntico ao que se observa nas outras formas
clínicas, a hanseníase borderline virchowiana
inicia-se com múltiplas manchas hipocrômicas,
apresentando distribuição simétrica. Com o
tempo, as máculas aumentam de tamanho,
tornam-se eritematosas e infiltram-se. As margens
são irregulares e invadem a pele normal. A
baciloscopia é fortemente positiva.
HANSENÍASE BORDERLINE TUBERCULOIDE

As lesões cutâneas (10-20, ou mais) são


caracterizadas por placas, de tamanhos, cores e
formas variáveis, muitas vezes similares às
observadas na hanseníase tuberculoide. Também
são classificados como hanseníase borderline
tuberculoide, pacientes com grandes placas e
digitações a partir das bordas ou pequenas lesões
periféricas. A baciloscopia é variável: negativa ou
positiva.

DIAGNÓSTICO

BACILOSCOPIA

Deve ser feito em pelo menos 4 locais à lóbulos


de orelha e/ou cotovelos e lesões cutâneas, se
houver). O índice baciloscópico é calculado pela
soma dos índices encontrados em cada local da 2) Eritema reflexo – pseudopódico (20 a 40
coleta, dividida pelo número de locais da coleta. segundos) decorrente da vasodilatação arteriolar;

- Avaliação qualitativa: índice morfológico, ou seja, 3) Pápula urticariforme depois de 1 a 3 minutos.


se são bacilos viáveis (íntegros) ou fragmentados Na hanseníase não ocorre a reação pseudopódico.
ou granulosos (não viáveis).
TESTE DA PILOCARPINA
- Avaliação quantitativa: índice baciloscópico,
Injeção intradérmica de 0,1 de pilocarpina a 1%,
varia de 0 a 6.
normalmente ocorre sudorese 2 minutos após no
- A baciloscopia negativa não exclui o diagnóstico. local da área picada. Na hanseníase é negativo
Nas formas de hanseníase indeterminada, (iodo com amido favorecem a verificação da
hanseníase tuberculoide e hanseníase borderline sudorese).
tuberculoide, a baciloscopia é, geralmente,
HISTOPATOLOGIA
negativa. Na hanseníase indeterminada, a
baciloscopia positiva indica evolução para formar INDETERMINADA
multibacilares. A pesquisa de bacilos nas formas
de hanseníase virchowiana é sempre positiva. Infiltrado linfo histiocitário perivascular superficial
e profundo inespecífico ou infiltrado mononuclear
MITSUDA em torno de anexos e a musculatura piloeretora,
com raros bacilos.
Não tem valor diagnóstico, pois é positivo em
pessoas normais. Portanto, serve de valor
prognóstico, pois avalia a integridade de defesa
celular.

- Após injeção intradérmica de 0,1 ml do antígeno


(bacilos mortos por autoclavagem) em face
anterior de antebraço direito, formando-se uma TUBERCULOIDE
pápula com cerca de 1 cm de diâmetro. Granulomas tuberculoides em torno dos vasos,
- Dentro de 48 ou 72h forma-se um discreto anexos cutâneos e filetes nervosos, constituídos
eritema e após 28 a 30 dias ocorre a reação com de células epitelioides bem diferenciadas, células
formação da pápula. gigantes tipo Langhans e linfócitos. Os
granulomas, quando superficiais, entram em
- Reações de 3 a 5 mm (+), lesões de 5 a 10 mm contato íntimo com a epiderme. Pesquisa de
(++) e quando ulcerado ou maior de 10 mm (+++). bacilos quase sempre é negativa.

TESTE DA HISTAMINA

Eritema diminuído ou não, depende da


intensidade dos filetes nervosos.

- Coloca-se uma gota de solução de histamina,


com uma agulha punciona-se a pele
discretamente, normalmente ocorre a tríplice VIRCHOWIANA
reação de Lewis:
Zona de grenz (entre a derme e a epiderme),
1) Eritema inicial da picada 20 segundos após epiderme retificada, infiltrado denso e extenso
decorrência do trauma; (histócitos xantomatosos, linfócitos), destruição
de anexos cutâneos, infiltrado composto por dolorosos e tensos ao toque. Aparecem
macrófagos, linfócitos e plasmócitos. Os geralmente durante o tratamento por volta do 6°
macrófagos não são ativados, não formam mês, mais comum em pacientes multibacilares
granulomas e nem células gigantes. com índice bacilar maior que 4 e que tem a
sorologia anti PGL 1 altamente positivo.

à Ocorre mais em pacientes virchowianos e


borderline virchowiana.

ESTADOS REACIONAIS

Caracterizam-se por manifestações clínicas,


principalmente cutâneas e neurais, decorrentes
de alterações inflamatórias agudas, consequentes
a mecanismos imunológicos. Ocorrem antes, GELL E COOMBS:
durante, ou após o tratamento da hanseníase.
TIPO I: antígenos (alérgenos) se combinam
São classificadas em reação tipo 1 (ou reação com anticorpos IgE específicos que estão ligados
reversa) e reação tipo 2, cuja manifestação clínica aos receptores de membrana sobre mastócitos
mais frequente é o eritema nodoso hansênico. teciduais e basófilos sanguíneos.

As reações do tipo 1 ocorrem no âmbito das TIPO II: As reações do Tipo II (citotóxicas) ocorrem
diferentes formas clínicas dos pacientes quando o anticorpo (IgG e IgM) reage a
borderline (hanseníase borderline, tuberculoide, componentes antigênicos de uma célula ou
borderline-borderline e borderline virchowiana). elementos teciduais, ou a um antígeno que ficou
Estão relacionadas à hipersensibilidade celular, intimamente ligado a uma célula ou tecido.
correspondendo ao tipo IV e III da classificação de
Gell e Coombs. TIPO III: As reações do Tipo III – de
imunocomplexos (IC) resultam da deposição de
REAÇÃO TIPO I imunocomplexos Ag-Ac (antígeno-anticorpo)
circulantes, solúveis em vasos ou tecido. Os IC
Novas lesões ou piora das antigas, sensibilidade
ativam o complemento e iniciam, desta forma,
geralmente aumentada.
uma sequência de eventos que resulta na
à Mais comum em pacientes Borderline. migração de células polimorfonucleares e
liberação de enzimas proteolíticas lisossômicas e
fatores de permeabilidade em tecidos, produzindo
uma inflamação aguda.

TIPO IV: As reações do Tipo IV são de


hipersensibilidade celular, mediadas por células,
tardias ou do tipo tuberculina, causadas por
Reação tipo IV de Gell e Coombs.
linfócitos T sensibilizados após contato com um
REAÇÃO TIPO 2 antígeno específico.

A manifestação clínica mais comum é o eritema


nodoso hansênico. Na pele, aparentemente
normal, surgem pápulas, nódulos e placas,
REAÇÕES X RECIDIVA

REAÇÃO TIPO I

- Durante PQT (esquema de poliquimioterapia) ou


dentro de 6 meses
à Radial: mão caída (mão em gota)
- Início súbito

- Pode ter febre, mal estar

- Lesões antigas, se tornam mais eritematosas

- Pode ocorrer ulceração

- Regressão com descamação

- Responde bem a corticoide

- Podem acometer vários troncos nervosos de


forma súbita

RECIDIVA à Tibial posterior: garra de artelhos e anestesia


plantar
- 1 ano após PQT

- Início lento e insidioso

- Sem sintomatologia

- Lesões antigas podem apresentar bordas


eritematosas

- Ulceração é rara

- Não ocorre descamação

- Não responde aos corticoides à Auricular: sensitivo


- Podem acometer um único nervo lentamente à Facial: paralisia e lagoftalmo
ACOMETIMENTO DOS NERVOS E CLÍNICAS à Ulnar e mediano: mão simiesca
Os nervos mais acometidos são os ulnares e
medianos nos MMSS, fibular comum e tibial
posterior nos MMSS e facial e grande auricular na
face.

à Ulnar: garra de 4° e 5° dedos

à Mediano: garras de 2° e 3° dedos à Nervo fibular comum (pé caído) – disfunção dos
músculos dorsiflexores do pé.
TRATAMENTO – ATÉ 2020 Síndrome Pseudo-Gripal: formação de anticorpos
após a segunda tomada levando a sintomas flu-like
PAUCIBACILAR: ADULTO PQT (6 DOSES EM ATÉ 9
(gripe com febre, náusea e falta de apetite) horas
MESES)
depois, podendo evoluir para necrose tubular
- Rifampicina 600 mg 1x ao mês dose aguda e insuficiência renal aguda.
supervisionada.
DAPSONA
- Dapsona 100 mg 1x ao mês supervisionada.
- Orientar ingestão da droga após refeição
- Dapsona 100 mg 1x ao dia auto administrada.
- Ação bacteriostática
MULTIBACILAR: ADULTO PQT (12 DOSES EM ATÉ
- Resistência do Mycobacterium leprae vem
18 MESES EXCEPCIONALMENTE ATÉ24)
aumentando
- Rifampicina 600 mg 1x ao mês dose
- Efeito colateral: anemia hemolítica
supervisionada.
- Na deficiência de G6PD: anemia hemolítica grave
- Dapsona 100 mg 1x ao mês dose supervisionada.
- Síndrome sulfona: febre, hepatite, dermatite
- Dapsona 100 mg 1x ao dia auto administrada.
esfoliativa, linfadenomegalia, anemia hemolítica e
- Clofazimina 300 mg 1x ao mês dose atipia linfocitária
supervisionada.
- Pode ser usado na gravidez
- Clofazimina 50mg ao dia auto administrada.
CLOFAZIMINA
TRATAMENTO – APÓS 2020
- Bacteriostático
CRIANÇA
- Excretado suor, glândulas sebáceas e fezes
- Rifampicina: dose mensal supervisionada de 450
- Importante ação anti-inflamatória, pode ser
mg (1 cápsula de 150 mg e 1 cápsula de 300 mg).
usado na reação tipo II
- Clofazimina: dose mensal supervisionada de 150
- Xerose cutânea e coloração azulada na pele que
mg (1 cápsula de 150 mg) e uma dose de 50 mg
pode levar 1 ano para regredir
auto administrada em dias alternados.
- Pode ocorrer depósito de cristais na parede
- Dapsona: dose mensal supervisionada de 50 mg
intestinal
(1 cápsula de 50 mg) e uma dose diária de 50 mg
auto administrada. TRATAMENTO DAS REAÇÕES

Reação tipo I – Reação reversa:

REAÇÕES MEDICAMENTOSAS - Corticoide 1 a 2 mg/kg/dia

RIFAMPICINA Reação tipo II – Eritema nodoso:

Ação altamente bactericida, em poucos dias o - Talidomida


paciente da forma multibacilar deixa de ser
VACINAÇÃO EM COMUNICANTES
transmissor.
à BCG protege contra as formas multibacilares.
à Pode inibir anticoncepcionais orais.
- Se tem uma cicatriz: 1 dose de BCG 3) Assinale a alternativa correta:

- Se não tem cicatriz: 1 dose de BCG


a) A doença é transmitida por contato íntimo
- Se tem duas cicatrizes: não toma e prolongado com todos os pacientes de
hanseníase
QUESTÕES b) As principais fontes de infecção são as
mucosas das vias aéreas superiores.
1) Sobre a hanseníase, caracteriza-se por ser
c) Insetos, alimentos e fômites representam
uma doença com:
papel importante na transmissão da
doença.
a) Alta infectividade, baixa virulência e baixa
d) O leite materno é fonte rica de bacilos e as
patogenicidade
mães não devem ser orientadas a
b) Alta infectividade, alta virulência e baixa
amamentar
patogenicidade
c) Baixa infectividade, alta virulência e baixa RESP: B
patogenicidade
d) Baixa infectividade, alta virulência e alta 4) Com relação as reações hansênicas é correto:
patogenicidade
a) A reação tipo | também é chamada de
RESP: B Eritema nodoso hansênico
b) As reações predominam no sexo
2) Com relação ao diagnóstico da doença é
masculino, mas as recidivas no sexo
verdadeiro:
feminino.
c) A maioria das reações ocorrem em uso de
a) Sequência de alteração de sensibilidade é
PQT
térmica, tátil e dolorosa
d) Todas as formas da doença apresentam o
b) A prova da histamina lê-se como completo
mesmo risco de incapacidades e reações.
e incompleto
c) A presença de granuloma tuberculoide faz RESP: C
diagnóstico conclusivo de MHT
d) A histopatologia é o principal exame para 5) Qual o tipo de hanseníase mais provável
definir o esquema de tratamento abaixo:

RESP: B

*A: sequência sérica: térmica, dolorosa e depois


tátil

*C: granulomas não são exclusivos da hanseníase,


pode ser encontrado em outras doenças como
sarcoidose

*D: para diagnóstico da hanseníase não necessita RESP: Indeterminada.


obrigatoriamente da histopatologia, o diagnóstico
pode ser clínico

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