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MANUAL DE PROCEDIMENTO
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
PSIQUIATRICA
 

ÍNDICE

- 2ª CAPA - INTRODUÇÃO + AGRADECIMENTO +


MENSAGEM Pag.02

- SÍNDROME NEUROLÓGICA DE NEUROLEPTICA


Pag.03

- PACIENTE COM TENTATIVA DE SUICÍDIO


Pag.04

- CRISE CONVULSIVA Pag.05

- PACIENTE COM TENTATIVA DE FUGA Pag.07

- PACIENTE COM SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA


ALCOÓLICA Pag.08

- PACIENTE COM DISTÚRBIO DE CONDUTA


Pag.09

- PACIENTE COM INTOXICAÇÃO EXÓGENA


Pag.10

- PACIENTE COM RITUAL Pag.11


- PACIENTE EM SONOTERAPIA

- PACIENTE EM TRATAMENTO POR


COMA/INSULINOTERAPIA

- PACIENTE EM TRATAMENTO POR


ELETROCONVULSOTERAPIA

- PACIENTE COM HIV + EM HOSPITAL


PSIQUIÁTRICO

- PACIENTE COM AGITAÇÃO PSICOMOTORA

- PACIENTE COM COMPORTAMENTO BIZARRO

- PACIENTE COM INSÔNIA

- PACIENTE POLIQUEIXOSO

- PACIENTE ENCAMINHADO PARA FAZER E.E.G.

- O DEFICIENTE MENTAL

- PACIENTE EM USO DE NEUROLÉPTICO

- COMPORTAMENTO ANTI-SOCIAL

- PACIENTES TOXICÔMANOS - USUÁRIOS DE


DROGAS

- COMPORTAMENTO EPLÉTICO

- ALGUNS TIPOS DE PERSONALIDADES

- COMPORTAMENTO HISTÉRICO

- PSICOSE MANÍACO-DEPRESSIVA  
- BIBLIOGRAFIA

- GLOSSÁRIO P

Destina-se este Manual de Procedimento


Técnico de Enfermagem Psiquiátrica para todos
os Profissionais da área de Enfermagem.

Nenhum procedimento deve ser feito com


dúvida, se nós não soubermos, podemos
consultar este manual; que por sua vez também
poderá ser criticado, acrescentando ou
retirando o que não estiver de acordo com a
Técnica de Enfermagem.

AGRADECIMENTOS

A TODOS AQUELES QUE ENTREGAM O


CONHECIMENTO.

SÍNDROME NEUROLÓGICA DE NEUROLÉTICO


(S.N.N.) - IMPREGNAÇÃO

SINAIS E SINTOMAS

O paciente com S.N.N. é aquele que está em


uso de medicação neuroléptica por mais de um
dia e pode apresentar os seguintes sintomas:
Sialorréia, ecolalia, marco automática, andar
em bloco, contraturas musculares e liberação
de esfíncteres.

Os sintomas da S.N.N. são semelhantes aos da


Síndrome de PARKINSON, quando a pessoa em
idade avançada começa a apresentar tremores
incontroláveis de mãos e membros inferiores.
OBJETIVOS

O objetivo do cuidado de enfermagem é manter


o paciente em contato com a pequena
comunidade sem nenhuma restrição de sua
liberdade assegurando-lhe as condições
necessárias para sua recuperação.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Oferecer líquidos constantemente, convidá-lo


a usar o vaso sanitário, não deixar objetos
contundentes que possam ferí-lo;

2. Trocar-lhe as roupas diariamente;

3. Conversar com o paciente mesmo que ele


não responda;

4. Auxiliá-lo na alimentação;

5. Convidá-lo a deambular para relaxar a


musculatura.

Observação :

Como a medicação anti-porkinsaniana pode


causar dependência psíquica, muitos pacientes
podem simular impregnação com o intuito de
receber um comprimido de Artane ou Akineton.
Alguns usuários de drogas também podem
simular impregnação.

Para sabermos se está realmente impregnado,


podemos fazer o teste da RODA DENTADA:
Com a mão esquerda pegamos no cotovelo do
paciente apoiando-o em nossa mão. Com a mão
direita, pegamos na mão do paciente e fazemos
movimento no sentido de ABDUÇÃO: Se
apresentar como se estivesse desfazendo uma
roda de dente, o paciente está realmente
“impregnado”; se não apresentar esta
resistência não existe a impregnação.

PACIENTES COM TENTATIVA DE SUICÍDIO

O paciente que tem tentativa de suicídio pode


apresentar-se deprimido, isplado, não gosta de
estabelecer contato social. Permanece várias
horas isolado em um canto da casa ou se
estiver internado, em um canto da Enfermaria.
Fica de cabeça baixa, com olhar inexpressivo.
Não se interessa por nenhuma atividade de
recreação. Não atende às solicitações sempre
se esquivando, dizendo quaisquer palavras que
justifiquem sua atitude.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Os objetivos dos cuidados da enfermagem é


trazê-lo à realidade usando sempre os meios de
socialização, grupos operativos e, última
análise, o relacionamento terapêutico. Devemos
permanecer a seu lado quando o mesmo se
esquiva. Convidá-lo para as refeições nos
horários estabelecidos, oferecer-lhe novas
oportunidades. Estabelecer o Rapport.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Convidá-lo para sua higiene matinal;

2. Convidá-lo e insistir para as refeições. Levá-


lo à Sala de Recreações;

3. Participar de jogos com o paciente;

4. Participar e convidá-lo a participar de


reuniões da Enfermaria. Nunca deixá-lo sozinho;

5. Retirar de sua presença objetos


contundentes que ofereçam riscos de se
mutilar;

6. Nunca deixá-lo sozinho, principalmente no


período noturno, onde a sua cama deve ficar
sob a vigilância dos funcionários ;

7. Verificar se ele realmente está dormindo ou


apenas simulando. Estar atento quando ele for
ao banheiro;

8. Considerar as insinuações do paciente;

9. Manter sempre diálogo com o paciente


procurando trazer-lhe a realidade. Pedir-lhe
opinião sobre assunto que foi visto na televisão
ou nos jornais para prender sua atenção.
Responder-lhe as perguntas objetivamente;

10. Apresentá-lo à equipe multiprofissional, por


ocasião de sua admissão;
11. Durante as visitas de familiares, manter um
ambiente calmo e tranqüilo, orientando aos
familiares que não tragam problemas
particulares de família para o paciente;

12. Discutir com o paciente a sua alta


juntamente com toda a equipe multiprofissional,
orientando-o que toda equipe de saúde mental
está a sua disposição para a continuidade do
tratamento ambulatorial.

CRISE CONVULSIVA

SINAIS E SINTOMAS

O paciente epiléptico com crise convulsiva


apresenta abalos clônicos e tônicos que podem
ser generalizados, isto é, em todos os membros
do corpo, ou em um só membro. Por exemplo:
convulsão apenas em um lado do corpo, ou
apenas em um braço ou em um dos membros
inferiores.

Para a Assistência de Enfermagem Psiquiátrica


nós só vamos abordar o paciente que apresenta
crise convulsiva generalizada.

Para alguns autores a crise convulsiva tem a


ver com o Porte Psiquiátrico em si. Porém como
muitos pacientes que apresentam crise
convulsiva teem modificação de
comportamento, vamos relacionar os cuidados
que devemos ter na hora da crise.
Muitos pacientes antes de ter a crise
apresentam modificação de comportamento : -
Fazem referências de sentir coisas estranhas
dentro do seu corpo, ou começam a falar com
dificuldade, enrolando a língua, ou
apresentando dislalia, e, às vezes, apresentam
o chamado “Grito do Pavão” muito conhecido
popularmente. É um grito em tom alto e fino, e,
logo em seguida apresenta os abalos clônicos e
tônicos, caindo no chão, se estiver em pé. A
esses sintomas da modificação do
comportamento e o grito do pavão, chamamos
de AUREA que são o anúncio da “crise” em
poucos segundos.

Existem 250 causas conhecidas de crise


convulsiva. Desde intoxicação exógena por
substância química, arsênico, etc., luz
estroboscópica, trauma de crânio encefálico,
beber água em excesso, etc.

A crise convulsiva tem o seu período de


duração que geralmente varia de 30 a 60
segundos. Perdendo a consciência , haverá
liberação dos esfíncteres. Pode haver, também,
contratura mandibulares e podendo morder a
língua. Pode haver também saliva em excesso.
Esta saliva em excesso nada tem a ver com a
transmissão da doença segundo a crença
popular.

O paciente epiléptico que tem crise convulsiva


pode apresentar uma modificação de
comportamento ao longo do tempo, ficando
irritado com qualquer coisa, evitando reuniões
de pessoas. Há possibilidade, com o correr do
tempo de esquecimento de fatos simples ou
modificações da personalidade. A pessoa sente
que é outra pessoa, muda de nome e em casos
raros, pode mudar até de endereço, constituir
nova família. A literatura especializada
apresenta bastante exemplos nestes casos.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Assim que notar modificação do


comportamento em um paciente epiléptico,
colocá-lo em posição tal que o proteja de
quedas;

2. Na hora da crise colocar um pano entre os


seus dentes para que não morda a língua;

3. Se o paciente cair no chão, ou mesmo estiver


deitado no leito, colocá-lo em decúbito lateral
afim de que não sufoque com a saliva;

4. Se estiver na hora da refeição abrir a boca do


paciente retirar com os dedos, protegidos com
um pano, os restos de alimentos para não
sufocá-lo;

5. Durante a crise manter a cabeça do paciente


protegida de fatores contundentes;

6. Após a crise o paciente pode ter um estado


de agitação PSICOMOTORA, apresentar os
olhos exaftálmicos;
7. Após passada a crise e o paciente recobrar
novamente a consciência, manter seguro pelas
mãos para evitar quedas;

8. Tratá-lo com naturalidade;

9. Dirigir-lhe a palavra sempre na mesma


TONALIDADE;

10. Após a crise não fazer nenhum comentário


sobre o que ocorreu, evitando assim
constrangimento;

11. Manter o paciente em observação durante


mais ou menos 2 horas devido a
OBNUBILIDADE;

12. Lembrar ao paciente das suas obrigações


assumidas em reunião de grupo.

13. Tratá-lo com naturalidade.

PACIENTES COM TENTATIVA DE FUGA

Geralmente o paciente psiquiátrico recém


internado em um hospital psiquiátrico pode
apresentar vontade de sair do mesmo tentando
fugir pelas portas, pelos muros ou janelas. Tudo
pela simples razão que o seu estado mórbido
está exacerbado. O paciente psiquiátrico tem o
seu mundo próprio e ele reage a qualquer
tentativa de tratamento porque ele não se sente
doente : os seus familiares e o mundo é que não
lhe entende, segundo ele. Portanto a atitude
normal do mesmo é evadir-se do local onde ele
se encontra procurando outro local, ou
simplesmente tornar-se andarilho sem destino.

Todo paciente com tentativa de fuga não gosta


de ficar na sala de lazer ou de jogos. Fica
sempre olhando o lugar por onde ele poderá
sair,

Às vezes fica observando as atividades dos


funcionários da Enfermagem ou mesmo de
outros serviços da manutenção, ou
simplesmente, este tipo de paciente vai
andando desordenadamente não sabendo
retornar ao ponto de origem.

OBJETIVOS

1. Evitar que o paciente fuja.

2. Evitar que o paciente se acidente na evasão.

3. Assegurar aos seus familiares que o paciente


está protegido dentro da INSTITUIÇÃO.

4. Evitar problemas de ordens sociais com a


evasão do paciente.

5. Assegurar-lhe continuidade de tratamento


especializado.

6. Propiciar ao paciente e comunidade o seu


retorno ao lar em condições de continuar o
tratamento ambulatorial.

7. Propiciar-lhe um ambiente terapêutico.


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Manter o paciente ocupado em atividades;

2. Alertar toda equipe quando surgir pacientes


com tentativa de fuga;

3. Dar ênfase ao tratamento em grupo-


operativo, diminuindo assim a ansiedade do
paciente;

4. Manter sempre um ambiente calmo e


tranqüilo dentro da comunidade terapêutica;

5. Manter bom relacionamento de toda equipe


com os pacientes;

6. Convidar os pacientes a participarem mais


atentamente das Reuniões de Enfermaria e
Grupo-Operativo;

7. Solicitar aos familiares visitas mais


freqüentes, diminuindo assim a ansiedade do
paciente;

8. Considerar as insinuações do paciente


quando diz que vai fugir.

Observação :

Se houver fuga do paciente, não devemos sair


correndo atrás do mesmo, pois esta atitude
pode provocar um acidente mais grave ainda
devido a ansiedade do paciente
PACIENTES COM SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
ALCOÓLICA

O paciente com Síndrome de Abstinência


Alcoólica pode apresentar uma pré-síndrome
que é a modificação de comportamento estando
internado em uma enfermaria por problemas
clínico, cirúrgico, ortopédico, etc. começa a
dizer coisas incoerentes e sem nexo com a
realidade. Fica muito alegre com risos
imotivados, deambulando de um lado para o
outro, claudicando ora para a direita ora para a
esquerda, enfia os dedos nas grades, nos
buracos das fechaduras, fica gritando nomes de
pessoas que estão ausentes. Recusa-se a
alimentar prevaricando de todas as
recomendações. A esta situação podemos
chamar de Pré-síndrome de Abstinência
Alcoólica.

Em uma segunda fase ele começa a sentir-se


perseguido por animais. Esta situação é
chamada de ZOOPSIAS, ou têm alucinações
auditivas e delírio de perseguição. Neste
período pode sentir-se perseguido por pessoas
agride as pessoas para se defender. Ou começa
a fazer movimentos com as mãos como se
estivesse puxando linha. O pensamento é
confuso e desagregado. Às vezes quer sair pela
janela ou por qualquer outra saída existente.

Todos estes sinais e sintomas são devido a


falta de álcool etílico, que é a Síndrome de
Abstinência Alcoólica. Nesta fase é prescrito
Poção de TODD para o paciente. A Poção de
TODD é composta de 75% de água + 24% de
álcool + 1% de tintura de canela. Ferve-se
durante 5 minutos e deixa esfriar + açúcar. Este
tipo de medicação é feito por prescrição médica
e, assim que o paciente começa a tornar
melhorar daquele quadro de abstinência.

O paciente alcoólatra alcoolista apresenta


logarréia viscosidade, tem humor jocoso,
fazendo piadas e trocadilho com quase tudo que
se fala com ele. Podendo também apresentar
numa fase já de melhora:

- Stress

- Isolamento

- Vergonha de seus atos

- Falta de crítica

- Desestruturação familiar

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E SEUS


OBJETIVOS

1. Proteger o paciente das reações físicas e


psíquicas;

2. Ajudar os familiares no tratamento do


paciente;

3. Mostrar a comunidade que o alcoolismo é


uma doença, que deve ser tratada como
qualquer outra;
4. Orientar pacientes e família sobre a
importância da continuidade do tratamento;

5. Tratá-lo com naturalidade, ajudando a


conscientizar das suas responsabilidade e
deveres;

6. Nunca criticar as suas atitudes por meio de


palavras chulas ou depreciativas;

7. Não expor aos familiares as suas atitudes de


enfermaria;

8. Manter restrições de movimentos adequada


na fase aguda;

9. Manter o paciente sempre higienizado;

10. Estimular o paciente e os familiares a


participarem de reuniões na A.A.A., por ocasião
da alta;

11. Manter comunicação terapêutica;

12. Estimular que o paciente participe de


Reuniões de Enfermaria ou Grupos-Operativos;

13. Propiciar-lhe um ambiente terapêutico.

PACIENTES COM DISTÚRBIO DE CONDUTA

O paciente com distúrbio de conduta que é


internado em hospital psiquiátrico, é bastante
cooperador com o Pessoal de Enfermagem. E,
sua internação se deve a outras patologias, e
não somente o distúrbio de conduta, que é
apenas uma faceta de patologia.

Sendo jovem, o que é mais freqüente, procura


conversar com pessoas do mesmo sexo e gosta
de manter-se mais atraente perante os outros
pacientes. Normalmente este tipo de paciente
procura fora seus amigos, as pessoas mais
jovem que ele. Geralmente se é do sexo
feminino gosta de manter relacionamento
amoroso com mocinhas, jovens, adolescentes.
Se é do sexo masculino gosta de manter como
amigo os rapazes mais jovens do que ele.

O que é preciso entender é que as pessoas com


distúrbio de conduta são doentes. ou seja, “Elas
são de polaridade genética invertida”. E, como
doentes mentais, devem ser tratadas. Estas
pessoas não tem consciência dos seus atos e
por esta razão não se acham doente, e a
Assistência de Enfermagem pode ser tão eficaz
no tratamento dessas pessoas, que podemos
até mudar os seus hábitos. Todavia, não
podemos isolar a patologia pela qual ela foi
internada.

Este tipo de paciente gosta de ajudar a todos na


enfermaria em detrimento de algumas regalias,
e assim, ele vai ganhando a confiança dos
Profissionais de Enfermagem até conseguir o
seu intento que é ter conduta inadequada com
outros pacientes, principalmente em horário
onde a vigilância é mais tênue.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Sempre tratar o paciente de acordo com o


seu sexo definido no prontuário. por exemplo : “-
Sim Senhor ! - Sim Senhora !” , falando seu
nome;

2. Impor-lhe limites controlados;

3. Convidá-lo a participar do Grupo-Operativo;

4. Distribuir as tarefas de acordo com as


decisões das Reuniões do Grupo-Operativo;

5. Propiciar-lhe uma comunicação terapêutica


no sentido da pessoa tomar consciência das
suas atitudes de acordo como o seu sexo;

6. Se o paciente manifestar desejo de readaptar


a um novo conceito de vida, fazer de tudo para
ajudá-lo incentivando as novas mudanças;

7. Orientar ao paciente em forma de diálogo que


a mudança precisa ser radical e depende
exclusivamente da pessoa. Porque o trabalho é
interno em cada um, e só depende dele;

8. Durante as visitas de familiares orientar a


família no sentido de ajuda o paciente a
resolver os seus problemas;

9. Estimular o paciente a fazer tratamento


ambulatorial como egresso, por ocasião da alta;

10. Se o paciente realmente quiser fazer uma


mudança radical em sua vida em relação a sua
vida sexual, propor-lhe um relacionamento
terapêutico.

PACIENTE COM INTOXICAÇÃO EXOGENA

CONSIDERAÇÕES

O paciente com Intoxicação Exógena quando é


trazido pelos familiares os mesmos informam
qual foi a substância que o mesmo ingeriu,
facilitando o trabalho da equipe de saúde.
Sabendo o nome da substância ingerida e o
tempo de ingestão até a chegada ao hospital.
Ligar para o telefone (011) 275.5311 (CCI) -
Centro de Controle de Intoxicação, que dão
toda orientação para o caso. Quando não
sabemos o nome da substância que foi ingerida,
colher o sangue e/ou urina de acordo com a
orientação do CCI e encaminhar o material e
aguardar os resultados dos exames.

SINAIS E SINTOMAS

O paciente com intoxicação exógena quando da


entrada no pronto-socorro, pode apresentar os
seguintes sintomas: - Palidez, sudorese,
bradicardia, hipotensão arterial, olhar
inexpressivo, prostrado, respondendo pouco aos
estímulos dolorosos, hálito com cheiro da
substância ingerida, nível de consciência baixo,
podendo também apresentar um quadro de
confusão mental. O Capítulo das intoxicações
exógenas é muito extenso e não podemos
esquecer aqui do Diagnóstico diferencial onde o
paciente pode apresentar os mesmos sintomas
acima e não estando em intoxicação exógena.
Podemos citar os casos mais complicados da
intoxicação endógena e as infecções gerais.
Como por exemplo a “Loucura Cardíaca” e a
loucura urêmica de DIEULAFOY, as lesões
infecciosas do cérebro provocam os mesmos
sintomas. Em outros casos, a evolução da
doença mental pode ser via de acesso ou
episódio evolutivo de delírios crônicos,
esquizofrenia, epilepsia, demência senil.

Lesões infecciosas do encéfalo muitas vezes


provocam confusão mental, após traumatismo
craniano, hemorragia cerebral, amolecimento
cerebral e tumores cerebrais. Outro diagnóstico
diferencial que não podemos esquecer é a
neurose conversiva onde as emoções são
transferidas para o músculo estriado, deixando
a pessoa em torpor, palidez, olhar inexpressivo,
porém não apresentando bradicardia, o pulso
está firme e forte. Enfim, o estado confusional
pode suceder a uma emoção violenta, assim
como a s psicoses de guerra e depois de
acidentes automobilísticos, em que a confusão
não supõe necessariamente comoção cerebral.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Levantar a cabeça para evitar aspiração


endo-traquial;

2. Aquecer o paciente com cobertores e jornal;


3. Não fazer comentário jocoso, mesmo com o
paciente semi-consciente;

4. Ligar soro fisiológico, se pressão arterial


baixa, após prescrição;

5. Se for prescrito lavagem gástrica, passar


sonda naso-gástrica e fazer a sanfonagem, ou
seja : Introduzir 100ml de Soro Fisiológico;
deixar mais ou menos 2 minutos o líquido no
estômago, deixar refluir o líquido do estômago
até completar a quantidade de 100ml,
observando o aspecto do líquido de retorno.
Continuar colocando o líquido e fazer o retorno
até sair completamente limpo. Não devemos
colocar mais do que 100ml de soro fisiológico
de uma vez, pois grande quantidade de líquido
no estômago pode emigrar para o intestino onde
a substância pode ser absorvida mais
rapidamente;

6. Terminado a lavagem gástrica manter o


paciente em observação mantendo apoio psico-
espiritual.

PACIENTE COM RITUAL

CONSIDERAÇÕES

Alguns tipos de pacientes internado em


enfermaria podem apresentar uma certa
ritualistica antes de proceder qualquer
atividade. Exemplo : antes de deitar tem que
bater 3 vezes na porta ou antes de começar a
tomar café ou almoçar tem que executar um ato
ou uma ação. estes rituais podem estar ligados
a outro estado mórbido que causou a internação
do paciente em Instituição Psiquiátrica.
Geralmente pacientes que apresentam uma
ritualística nos seus atos são neuróticos, ou
paranóicos sem muitos problemas de
comportamento.

OBJETIVOS

1. Fazer com que o paciente retorne o mais


rápido ao convívio familiar;

2. Propiciar aos familiares e à comunidade


conhecimento do estado de saúde desse
membro

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Respeitar o horário e o tempo necessário


para fazer o ritual;

2. Não impor a sua opinião no momento do


ritual;

3. Ouvir as queixas do paciente;

4. Oferecer-lhe outras oportunidades


convidando-o a participar de reuniões de grupo-
operativo, decisões de distribuição de tarefa;

5. Considerá-lo uma pessoa normal;

6. Propiciar-lhe um ambiente terapêutico;


7. Mantê-lo sempre ocupado em atividade
programática;

8. Não deixá-lo junto com pacientes


oligofrênicos ou mais jovens;

9. Manter o seu leito o mais próximo do Posto


de Enfermagem, para facilitar a vigilância em
período noturno: paciente que tem esta
patologia pode ter tentativa de suicídio;

10. Tratar-lhe como se não houvesse problema


de nenhuma natureza;

11. Esperar do mesmo um comportamento de


acordo com o ético-normativo.;

12. Estabelecer com o paciente Regras de


Valores;

13. Impor-lhe limites moderados;

14. Nunca comentar, em hipótese alguma, as


suas atitudes de praticar o ritual;

15. Manter com o paciente uma comunicação


terapêutica, orientando aos seus colegas de
enfermaria a necessidade de uma boa
camaradagem entre todos.

PACIENTES EM SONOTERAPIA

CONSIDERAÇÕES

O tratamento por Sonoterapia já está em


desuso atualmente nas instituições
psiquiátricas. No entanto, pode aparecer
paciente em uso de diazepinicos e dormir mais
do que o normal durante o uso do medicamento.
E assim podemos considerar uma Sonoterapia.

OBJETIVOS

Os objetivos da Sonoterapia era , ou é, desfazer


os traumas que uma pessoa podia ser
acometido, e assim, através do sono ela
esquecia completamente o que aconteceu ou ia
acostumando com uma nova situação. Como
não está mais em uso a Sonoterapia, apenas
vamos considerar os pacientes em uso de
Diazepan em quantidades maiores. Um dos
objetivos é fazer com que o paciente durma e
cesse a agitação, ou angústia que o mesmo
encontrava.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Receber o paciente na enfermaria, mantendo


a comunicação terapêutica;

2. Manter o quarto em boas condições de


higiene e arejado;

3. Verificar condições do colchão, lençol e


cobertores;

4 Verificar pressão arterial e pulso antes da


administração da medicação;

5. De manhã, acordar o paciente no horário


habitual;
6. Aconselhá-lo a fazer a higiene matinal;

7. Providenciar-lhe vestes limpas e folgadas;

8. Solicitar dieta leve ou líquido;

9. Acordar o paciente para as necessidades


fisiológicas se estiver dormindo há mais de 06
horas;

10. Anotar quantas vezes o paciente levanta


espontaneamente para ir ao banheiro.

PACIENTES EM TRATAMENTO POR COMA DE


INSULINOTERAPIA

O tratamento por Insulinoterapia no hospitais


psiquiátricos foi largamente usado até os 80.
Usava-se o coma insulínico para tratar uma das
fases da esquizofrenia. O paciente era
submetido a aplicação de insulina simples até
entrar em coma, onde então era prescrito o
tempo que ficaria em coma. Por exemplo:

Até 15 minutos: ou então prescrevia-se coma


com BABINSKI presente. Depois que passasse o
tempo estipulado, aplicava-se Glicose
Hipertônica 50% e o paciente recobrava a
consciência.

O esquema de tratamento era feito da seguinte


maneira:
1º dia : Prescrevia-se, por exemplo, 5 u.i. de
Insulina simples intramuscular. O paciente
permanecia deitado no leito durante duas horas,
e se não entrasse em coma, interrompia-se o
tratamento com 20 ml de glicose hipertônica e
o paciente deixava a sala de tratamento.

2º dia : Era aumentada a dose de insulina e


repetia-se os mesmos procedimentos citados no
primeiro dia e assim sucessivamente até o
paciente começar a entrar em coma. Desde que
entrasse em coma a primeira, o médico
prescrevia quantos coma era preciso e a
duração do mesmo, e quantidade de insulina era
mantida até o final do tratamento.

Às vezes acontecia que o paciente não entrava


em coma, assim sendo era usado uma aplicação
de insulina, um termo chamado ZIGUE-ZAGUE
que consistia em aplicar uma determinada dose
de insulina em um dia e, se não entrasse em
coma, no dia aplicava uma quantidade menor, e
assim sucessivamente até entrar em coma.

Alguns pacientes mais sensíveis começavam a


apresentar os primeiros sinais e sintomas da
Hipoglicemia, logo após o segundo dia: que era
sudorese intensa, palidez, tremores de
extremidades, nível de consciência em
rebaixamento. A este tipo de paciente dizíamos
que ele era sensível ao tratamento e poderia
entrar em coma mais rápido que os outros
pacientes menos sensíveis e, para estes
devíamos ter atenção voltada com mais
intensidade.

A Insulinoterapia era um tipo de tratamento


para os pacientes portadores de esquizofrenia
na fase hebefrênica, onde o paciente jovem
tinha um surto de agitação súbita e
incontrolável com delírio persecutório e, às
vezes, agressividade e, a idéia do tratamento
daquela época era desmanchar os traumas
através do coma controlado. Hoje este
tratamento está totalmente abandonado.
Também as doenças mentais sofreram outras
classificações e a esquizofrenia Hebefrênica
hoje é tratada de outra maneira.

Os objetivos do tratamento eram :

- Desmanchar os traumas psíquicos, trazendo o


paciente à realidade;

- Interromper uma agitação psicomotora;

- Devolver o paciente à comunidade em melhor


estado de saúde mental;

 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Conversar com o paciente, explicando como


era o tratamento;

2. Vestí-lo com roupas leves e folgadas;

3. Aplicar-lhe a insulina prescrita e observar


possíveis reações de imediato;

4. Mantê-lo em repouso no leito;

5. Manter comunicação terapêutica com o


paciente durante todo o tempo do tratamento,
mesmo que se ele estiver em coma;

6. Verificar a pressão arterial de quinze em


quinze minutos;

7. Verificar batimentos cardíacos de quinze em


quinze minutos;

8. Observar sinais e sintomas da Hipoglicemia,


anotando em prontuário próprio quanto tempo
gastou entre a aplicação da insulina e o
aparecimento dos primeiros sintomas;

9. Retirar do coma no horário estabelecido,


aplicando a glicose hipertônica endovenosa;

10. Encaminhá-lo ao chuveiro para higienização;

11. Mantê-lo em observação durante o restante


do dia, pois pode aparecer o “coma tardio”;

12. Manter comunicação terapêutica com o


paciente.
CONSIDERAÇÕES

Como foi dito este tratamento já está em


desuso nos Hospitais Psiquiátricos. Também
podemos lembrar aqui que os pacientes em
tratamento por insulinoterapia depois de três
meses que haviam feito o tratamento
começavam a apresentar uma erupção cutânea
Por todo o corpo, e qualquer solução de
continuidade demorava para cicatrizar e a
pessoa tornava-se susceptível a qualquer
estado infeccioso ou mesmo gripe.

O tratamento de insulinoterapia foi


desenvolvido durante muitos anos no Hospital
Psiquiátrico da Vila Mariana, desde a sua
fundação até os anos 70.

PACIENTES EM TRATAMENTO POR


ELETROCONVULSOTERAPIA (E.C.T.)

CONSIDERAÇÕES

O tratamento do E.C.T. foi idealizado pelos


irmãos Celerte e Bini na Itália no início do
século. Todavia a história registra que na Roma
Antiga, os médicos faziam o tratamento de
eletrochoque em enguias elétricas. Há registro
também nos papiros que Ramsés II, rei do Egito
Antigo, foi tratado com eletrochoque por
médico daquela época. De 1985 para cá
ofereceu no mundo psiquiátrico uma verdadeira
guerra contra os tratamentos de Eletrochoques.
Existem muitos congressos de Psiquiatria que
condenaram o tratamento em si, e outros que o
defenderam. De uma maneira geral ele está fora
de uso. Mas alguns psiquiatras de renome são
de opinião que, quando bem indicado o E.C.T.
resolve alguns problemas psiquiátricos.
Geralmente as causas mais indicadas para o
E.C.T. são depressões muito acentuadas,
psicose inespecífica com grande agitação
psicomotora e psicose pos portum em
pacientes jovens sem problemas físicos.

De acordo com a lei da natureza o equilíbrio tem


de ser mantido. Se um tratamento por E.C.T.
pode desaparecer um sintoma grave citado
anteriormente, por outro lado, o tratamento por
E.C.T., pode deixar seqüelas que não devem ser
esquecidas.

Outra consideração é o preparo psicológico da


equipe multiprofissional que vai tratar o
paciente. Algumas pessoas acham que o
tratamento é um castigo para o paciente. Se
houver algum membro da equipe que pense
dessa maneira, precisa ser rediscutido o
assunto.

OBJETIVOS

O tratamento por E.C.T. deve ser discutido pela


equipe multiprofissional, devido as opiniões
diversas a respeito do tratamento e bem
indicado tem o seguinte objetivo:
1. diminuir as depressões com tentativa de
suicídio;

2. diminuir as angústias;

3. em grandes agitações psicomotoras em que


os Neuropléticos não deram resultados;

4. em agitações de pacientes com Psicose Pos-


Portum.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Conversar com o paciente sobre a decisão da


equipe multidisciplinar sobre o tratamento
proposto;

2. Manter comunicação terapêutica com o


paciente 24 horas antes do tratamento;

3. Informá-lo do jejum de 12 horas antes;

4. Uma hora antes do tratamento permanecer


ao lado do paciente, conversando;

5. Levá-lo para o quarto de tratamento e deitá-lo


no divã;

6. Colocá-lo de decúbito dorsal, retirando


prótese;

7. Molhar a região temporal com água e sal;

8. Segurar a região mandibular com a mão


direita aberta e outra pessoa segurar os
membros inferiores e superiores nas
articulações, durante a aplicação dos eletrodos
na região temporal e manter seguro enquanto
permanecer em “crise”;

9. Após o tratamento manter o paciente em


decúbito lateral afim de evitar aspirar secreção;

10. Quando o paciente acordar, ainda


abnubilado, levá-lo a enfermaria, acompanhá-lo
ao chuveiro e após oferecer-lhe o desjejum;

11. Não tecer comentários a respeito do


tratamento, só o fazendo se a equipe
multidisciplinar assim o desejar;

12. Mantê-lo em observação durante todo o dia


e anotar as queixas e medicar com prescrição
caso queixa de cefaléia.

PACIENTES COM H.I.V.(+) POSITIVO EM


HOSPITAL PSIQUIÁTRICO

CONSIDERAÇÕES

O paciente com H.I.V. (+) grau 1 ou grau 2


quando procura assistência médica em hospital
psiquiátrico, na maioria das vezes, apresenta-se
deprimido e angustiado em razão da grande
propaganda nos meios de comunicação,
incutindo na população a evitar a doença
porque a cura é impossível.

Assim, alguns pacientes sabem que sendo


positivo o H.I.V. ele poderá entrar em um quadro
de deficiência imunológica, o que lhe causará a
morte em um determinado tempo. E como todos
nós gostamos de “negar a morte” e,
inevitavelmente um dia partiremos, ele pode
apresentar os seguintes sintomas:

- Negação

- Tristeza

- Isolamento

Quando ele procura o serviço de assistência


especializada é porque ainda existe uma
margem grande de esperança para a vida e é aí
que nós devemos atuar com a nossa posição
terapêutica.

Podemos lembrar ao paciente que pelo simples


fato de estar com H.I.V. (+) não é razão para
dizer que estamos com a doença e vamos
morrer em breve. Pode ter acontecido várias
hipóteses:

1. O sangue pode ter sido trocado no


laboratório;

2. Muitas pessoas com H.I.V. (+) não


desenvolveram a doença;

3. Consolá-lo de tal maneira que, sendo todos


nós mortais, muitas pessoas podem morrer, até
mesmo sendo mais jovem por outros fatores.
Isto seria uma racionalização e que devemos
ter bastante cuidado e tática para expor ao
paciente.
CUIDADOS

1. Apresentar-se ao paciente como membro da


equipe multiprofissional;

2. Mantê-lo orientado à respeito dos exames


realizados;

3. Seguir rigorosamente os procedimentos


técnicos;

4. Nunca mentir para o paciente;

5. Todos da equipe devem ter uma única atitude


perante o paciente, por quaisquer que sejam as
razões que ele contraiu a enfermidade.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Manter o paciente psiquicamente saudável;

2. Prolongar a vida do paciente;

3. Manter toda a equipe de saúde e toda


comunidade alerta para a prevenção desta
doença;

4. Prevenir, pervenir, prevenir;

5. Proporcionar-lhe um ambiente terapêutico;

6. Aconselhá-lo a participar da reunião de


grupo-operativo;

7. Lembrar aos familiares visitantes os cuidados


para prevenção;
8. Usar a máscara e avental quando o paciente
está acometido de Tuberculose;

9. Colocar as agulhas e seringas descartáveis


usadas em um recipiente fechado;

10. Usar luvas descartáveis quando for fazer


curativos ou manusear o paciente;

11. Usar luvas quando for fazer a limpeza


concorrente e terminal;

12. Colocar a roupa de cama usada em um saco


plástico;

13. Colocar em solução de hipoclorito a 0,5%


nas louças e talheres por 30 minutos antes de
serem lavados;

14. Colocar o lixo do quarto do paciente em


saco plástico e rotular contaminado;

15. Lavar a mão antes e depois de entrar em


contato com o paciente;

16. Usar luvas, avental e óculos quando for


colher material para exame;

PRECAUÇÕES UNIVERSAIS DE PREVENÇÃO

- Dar privilégios de ir a sala de TV ou recreação


quando deambular;

- Em caso de exposição acidental de sangue


contaminado, ou ferimento contuso, comprimir
o local do ferimento durante cinco minutos e
lavar com água e sabão durante cinco minutos;

- Se for respingo nos olhos ou na boca, lavar


com água ou soro fisiológico;

- Fazer a comunicação de Acidente de Trabalho


através do serviço especializado de Medicina e
Segurança do Trabalho;

- O funcionário acidentado deverá fazer exames


periódicos de 06 em 06 meses de H.I.V., durante
05 anos. Seu estado de saúde será
documentado pela Segurança e Medicina do
Trabalho.

PACIENTES COM AGITAÇÃO PSICOMOTORA

SINTOMAS

Geralmente os pacientes com agitação


psicomotora são pessoas jovens, fortes, com
surto agudo de psicose que apareceu em
Pronto-Socorro. Alguns deles deixaram de tomar
a medicação ambulatorial por descuido da
família e quando mesmo é trazido ao PS de
Psiquiatria torna-se agitado.

OBJETIVOS

1. Proteger os pacientes das agressões


contundentes;

2. Estabelecer os vínculos familiares;


3. Devolvê-lo à sociedade em condições de
tratamento ambulatorial;

4. Ou interná-lo em instituição para tratamento


mais ou menos prolongado.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Deixar o paciente falar à vontade antes do


atendimento médico;

2. Na aplicação de injeções solicitar ajuda de


mais funcionários;

3. Se o paciente começar a atirar objetos em


cima das pessoas, pegar um colchão para
proteção e ir em direção do mesmo;

4. Conter o paciente com faixs;

5. Verificar a contenção de hora em hora;

6. Solicitar ajuda de mais funcionários para


conter o paciente;

7. Não permitir que familiares fiquem junto no


momento da assistência, pois às vezes o
paciente está criticando a família e a presença
da mesma só atrapalha;

8. Quando o paciente acalmar, manter


comunicação terapêutica.
 

PACIENTES COM COMPORTAMENTO BIZARRO

CONSIDERAÇÕES

Paciente com comportamento bizarro é aquele


que gosta de estar colocando uma apêndice a
sua vestimenta ou incrementando-a com uma
dobrinha à mais em qualquer parte do corpo
roupas coloridas, sem nenhum objetivo.

Pode apresentar também comportamento na


maneira de agir e falar, além de falar radiando o
assunto, isto é, falando em círculos, falando a
mesma frase ele fica balançando o corpo.
Embora não tenha sido o comportamento
Bizarro que motivou a internação, neste período
este comportamento é exacerbado e para isto é
preciso um certo procedimento técnico
adequado.

OBJETIVOS

1. Adequar o comportamento do paciente dentro


da sociedade;

2. Preparar a família e a comunidade para


compreendê-lo;

3. Orientação apra acompanhamento


ambulatorial após a alta;

4. Diminuir ao máximo o número de internações.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
1. Manter o paciente sempre ocupado em
atividades;

2. Impor limites adequado;

3. Exigir-lhe o cumprimento das regras


estabelecidas pelo grupo de enfermagem;

4. Exigir-lhe um comportamento normal de


acordo com a ocasião. Ex. Na hora de reunião
de enfermaria, horário de visita, refeição etc.;

5. Mostrar-lhe que somente ele está tendo esse


tipo de comportamento;

6. Propiciar-lhe um ambiente terapêutico;

7. Estabelecer o RAPPORT;

8. Nunca criticar seu comportamento;

9. Ouvir as queixas do paciente sem criticá-lo.

PACIENTES COM INSÔNIA

CONSIDERAÇÕES

O paciente que apresenta insônia quando está


internado em hospital psiquiátrico pode ter
diversas causas: a mudança de rotina diária, os
seus familiares que estão ausentes, o uso de
medicação neuroplética (ex. Haldal, Anatensol,
etc) ou mesmo mudança de hábito, pacinete
dorme de dia e de noite não tem sono. Levando
em consideração os motivos acima, podemos
ter as seguintes atitudes que são os objetivos.
OBJETIVOS

Propiciar ao paciente um ambiente terapêutico


onde os problemas de insônia não intervenha no
tratamento.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Manter o paciente em atividade a maior parte


do tempo durante o dia;

2. Oferecer-lhe líquidos com freqüência para


maior diurese e consequente eliminação
residual medicamentosa;

3. À noite, antes de deitar, conversar com o


paciente assuntos de interesse do mesmo;

4. Ter uma atitude terapêutica;

5. Ouvir as queixas do paciente;

6. Dividir o número de comprimidos


neurolépticos por dia de tal maneira, que à
noite seja o mínimo. Ex. prescrição médica 5
comprimidos Hadol por dia, ministrar 2 de
manhã, 2 à tarde e 1 à noite;

7. Se tiver prescrição de Diazepino e outra


medicação que tenha como efeito colateral, o
sono, só ministrá-lo uma hora antes de deitar;

8. Durante a noite, verificar se o paciente está


dormindo;
9. De manhã conversar com o paciente
indagando se omesmo dormiu bem à noite;

10. Não permitir que se fale alto ou tenha


aparelhos de som após o horário estabelecido
para dormir;

11. Não esquecer que o paciente com insônia é


um paciente com problemas mentais e portanto
devemos vê-lo como um todo e não somente a
insônia.

PACIENTES POLIQUEIXOSO

CONSIDERAÇÕES

A presença de um paciente poliqueixoso dentro


da enfermaria deve ser de atenção especial do
corpo de enfermagem, pois a queixa de uma
pessoa pode gerar em cadeia de queixas em
outras pessoas. Geralmente as pessoas
poliqueixosas são hipocondríacas, isto é,
queixa de tudo e é muito importante a
assistência da enfermagem nesses casos, pois
o paciente foi internado por outra patologia e
não as suas queixas.

CUIDADOS

Na admissão, fazer uma avaliação do estado


geral do paciente elaborando o planejamento
assistencial, após identificação das
necessidades humanas básicas afetadas.
Antes do exame, levar em consideração todas
as queixas do paciente.

Após ter afastado todas as causas possíveis da


queixa, levar o problema para reunião de
enfermaria e para equipe multiprofissional.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Afastar todas as causas objetivas das


queixas;

2. Abreviar o tratamento que motivou a


internação;

3. Ouvir as queixas;

4. Manter atitude terapêutica;

5. Exigir do paciente respeito às normas e


regras estabelecidas pelo grupo em reunião de
enfermaria.

PACIENTE ENCAMINHADO PARA FAZER E.E.G


(ELETROENCÉFALOGRAMA)

CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS

O E.E.G. apareceu por volta de 1939 e é um


aparelho que mede as ondas elétricas do
cérebro. Foi usado muito nos anos 50 e 60,
porém existem muitas escalas organisistas que
usam o E.E.G. para diagnósticos.

Durante os anos 70 e 80, do século XX, algumas


escolas de medicina só davam alta ao paciente
após a realização do E.E.G., e muitos dos
exames ou quase todos eram normais. Outro
exemplo de nulidade deste exame é quando se
faz em pacinete com comportamento anti-social
e o resultado é o E.E.G. sem nenhuma
alteração, aliás é uma condição sine qua non,
para o indivíduo ter diagnóstico de (P.A.S.)
personalidade anti social. Porém se algum
médico solicitar o E.E.G., devemos ter os
seguintes cuidados.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Conversar com o paciente explicando toda a


rotina do exame;

2. Procurar acalmá-lo dizendo que o exame é


apenas um diagnóstico;

3. Informá-lo de que será colocado uns


eletrodos em sua cabeça e que esses não lhe
farão nenhum mal;

4. Lavar a cabeça na noite anterior com sabão


neutro, não usar óleos ou brilhantina;

5. Retirar toda medicação 48 horas antes do


E.E.G., a critério médico;

6. Conversar com o paciente na noite anterior,


acalmando-o sobre o exame;

7. No dia do exame fazer a refeição matinal,


acompanhar o paciente até o local do exame
ficando ao seu lado até o término do exame;
8. Terminado o exame, lavar a cabeça do
paciente com sabão neutro e secá-la.

O DEFICIENTE MENTAL

CONSIDERAÇÕES

O paciente deficiente mental, geralemente é


internado em hospitalpsiquiátrico por outra
patologia psiquiátrica que não seja sua doença
de origem. Um paciente aligofrênico, qualquer
que seja o seu grau de aligofrenia ele pode
apresentar os seguintes sintomas:

- Surto Psicótico

- Psicose Epiléptica

- Ou mesmo crises convulsivas por epilepsia

Observação:

Não fazer confusão com demência. A demência


se dá em paciente psicótico em estado precário
de tratamento. Então costuma-se dizer : Ele
ficou “demenciado”enquanto que aligofrênico já
nasceu desta forma.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Colocar o paciente em enfermaria mais


calma;
2. Mantê-lo vestido adequadamente;

3. Alimentá-lo na hora de costume;

4. Solicitar exames clínicos periódicamente,


pois o paciente não reclama;

5. Ministrar a medicação em horário normal, não


esquecendo sua origem aligofrênica;

6. Deixar que o paciente expresse suas idéias;

7. Nunca deixá-lo junto com paciente anti-social


ou paciente agitado e agressivo;

8. Orientar familiares por ocasião da alta quanto


aos cuidados que o mesmo necessita;

9. Em grupo de família e/ou funcionários,


orientar como ter uuma vida saudável para si e
para os seus filhos;

10. Dar ênfase que :

1. O uso abusivo de drogas psico-ativas durante


a gestação (Iatrogenia);

2. Tentativa de aborto por droas vendidas em


farmácias;

3. Idade materna alta;

4. Traumatismo de crânio ao nascimento;

5. Hipoxia cerebral no momento do nascimento,


pode causar nascimento de crianças com
deficiência mental, assim como a Síndrome de
Down e outros;

6. Orientar aos jovens que no exame pré-


nupcial, fazer pesquisas da árvore genética,
onde esta pesquisa pode mostrar a
percentagem da probabilidade de ter um filho
deficiente mental.

PACIENTES EM USO DE NEUROLÉPTICO

CONSIDERAÇÕES

Todo neuroléptico usado na psiquiatria tem algo


em comum, que é o efeito colateral. Podemos
citar:

- Excitação do Sistema extra-piramidal;

- Modificação do metabolismo;

- Aumento da Prolactina no sangue. A


hiperprolactinemia dá ao paciente em uso de
medicação neuroléptica por muito tempo,
aquele olhar característico, lambroso, cara de
lua cheia, ou um cheiro de suor característico
que desaparece com a diminução da
medicação;

- Insônia;

- Contraturas;

- Marcha Automática;

- Andar em bloco;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Verificar a pressão arterial e pulso antes e


depois da medicação;

2. Manter o paciente higienizado durante todo o


dia;

3. Trocar a roupa de cama diariamente;

4. Manter observação rigorosa em relação a


marchas sialorréia;

5. Ministrar a medicação neuroléptica e


dosagem no horário estabelecido;

6. Distribuir a medicação de tal maneira que o


menornúmero de comprimidos seja dado à
noite;

7. Não apresentar neuroléptico se o paciente


apresentar crise convulsiva;

8. Anotar diariamente hábito intestinal do


paciente;

9. Orientar aos funcionários que o paciente em


uso de neuroleptico pode ter uma impotência
sexual transitória ou pode haver um aumento
exacerbado da potência sexual, devendo
manter maior vigilância neste período, ou haver
inversão de comportamento sexual;

10. Ministrar o Gardenal via oral, de meia a uma


hora antes de deitar;
11. Quando o paciente estiver recebendo o
carbolítio não deve receber lasix, pois há uma
interação com o sódio duodenal e o litio;

12. O triptanol deve ser dado antes de deitar e


pode causar bloqueio cardíaco e constipação
intestinal;

13. O Anatensal Depat pode causar contraturas


musculares, inclusive contratura na glote e
pode causar no fim processo intestinal crônico;

14. Verificar diurese de 24 horas.

PACIENTES COM COMPORTAMENTO ANTI-


SOCIAL

O paciente com comportamento anti-social é o


mais difícil de se controlar em enfermaria
psiquiátrica. E existe o mais agressivo e o
menos agressivo. Não mantém vínculo social
duradouro.

A pessoa com comportamento anti-social a


princípio é um indivíduo muito atraente, cordial
e está sempre pronto a cooperar com os
membros da enfermagem, porém quando as
suas vontades não são correspondidas, ele
começa a fazer agitação na enfermaria,
induzindo os menos agressivos a fazer a
agitação e ele pode passar como uma pessoa
“boazinha”.
Geralmente este tipo de paciente é internado
por outra razão que não seja o seu
comportamento.

Os usuários de drogas, álcool também pode


apresentar um comportamento desta natureza,
associados a outras Patologias Psiquicas.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Tratá-lo como uma pessoa normal;

2. Estabelecer o RAPPORT;

3. Não dar privilégios;

4. Mantê-lo sempre em observação;

5. Só aceitar colaboração se assim for decidido


pelos membros da enfermaria e que o porte da
cooperação destinada, é na mesma proporção
para outro paciente;

6. Mantê-lo sempre ocupado com algum


exercício ou atividade;

7. Impor limites rígidos;

8. Abreviar-lhe a alto

9. Orientar a família e comunidade como tratar


este paciente e aceitação do mesmo.

PACIENTES TOXICÔMANO - “USUÁRIOS DE


DROGAS”

CONSIDERAÇÕES
Geralmente os pacientes toxicômanos são
jovens e apresentam outra patologia ao ser
internado que não seja toxicomania.
Apresentam-se nas emergências psiquiátricas
agitados, às vezes agressivos, reclamando de
todo contexto familiar ou da sociedade. Podem
apresentar, também, dependência psíquica da
droga que está usando e ficar ansioso,
procurando por todo meio usar qualquer tipo de
droga novamente para diminuir os “Fissura”.

O Consumo de drogas aumentam em uma


sociedade durante a época de contestação de
valores, por exemplo durante a Guerra do
Vietnã, o consumo de drogas nos EE.UU.
aumentou muito, porque os jovens não
encontravam respostas para uma guerra tão
complicada como foi aquela. Todos querem ser
diferentes na sua época. Quando chegam aos
40 anos, passam a ser ocasional ou trocam pelo
álcool.

A alteração de comportamento resulta da


decadência psíquica, demência precoce,
marginalização social e familiar. Havendo
modificação da personalidade, passando a
racionalista, mentirosos e com atitudes
jocosas. E inventam aspecto cultural:

- “Saber beber é machismo”; “O vinho é bom e


dá vida longa” ; “O uso de drogas leva à viagens
maravilhosas”.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
1. Ter muito cuidado ao abordar o problema de
tóxico;

2. Deixar primeiro que o paciente fale de seus


problemas;

3. Nunca contestar o uso de drogas;

4. Estabelecer o RAPPORT;

5. Orientar familiares e comunidade, que o uso


de drogas é irreversível como mal para a saúde
e só aparece no futuro;

6. Enviar mensagens ao adolescente utilizando


os ídolos da juventude;

7. Utilizar mensagens de acordo com os


padrões culturais;

8. Organizar grupo de estudo com atitudes


situacionais de que as drogas prejudicam a
sociedade inteira;

9. Convidar o paciente a participar das reuniões


de enfermaria e de grupos operativos;

10. Durante todo o período de internação,


devemos ganhar a confiança do paciente
fazendo- lhe entender que, para deixar o uso da
droga, depende exclusivamente dele e que nós
podemos apenas ajudar se assim ele quiser.

COMPORTAMENTO EPLÉTICO

CONSIDERAÇÕES
O paciente com comportamento eplético é
aquele que se interna com grande agitação
psicomotora, falante,deambula de um lado para
outro sem causa aparente. Provoca brigas com
outros pacientes. Este paciente não apresenta
crise convulsiva completa como foi explicado
em páginas anteriores. Porém podem
apresentar ausências “que são verdadeiras”.
Hiatos no tempo onde eles não tem noção do
que acontece no período de ausência, ganham
outra personalidade, adquirem outros
costumes:, mudam de cidade, adquirem outra
personalidade, podem entrar em furor eplético
com grande agitação psicomotora quase que
incontrolável e esse furor eplético pode ser
provocado por alguns estímulos externos :
agitação de outro paciente, atitudes não
terapêuticas da equipe, abstinência da
medicação ou outros fatores intrínsecos com o
comportamento da enfermaria, como ruídos
excessivos ou brigas de outros pacientes.

Geralmente estes comportamentos epléticos


podem ser gerados por muitas causas.

CAUSAS

Desde traumatismo cranioencefálico durante o


parto, transmissão genética, trauma psicológico
durante os primeiros meses de vida, até
traumatismo crânio encefálico na fase adulta.
Não esquecer que todos os problemas podem
agravar com a problemática social e cultural.
Ex.; qualquer doença desenvolve de maneira
diferente em família de nível sócio-cultural
abastado em relação à família que veio da
região pobre do país e vem morar em favelas
nas grandes cidades.

A literatura especializada conta casos de


pessoas que entraram em ausência no meio da
rua sem nenhum motivo, ganharam outra
personalidade, viajaram para outros lugares,
adquiriram família e só voltaram da ausência
por estímulo externo acontecendo
ocasionalmente.

O indivíduo não tem noção do tempo que ficou


em ausência.

Aquele fato que provocou a ausência, apesar de


já ter passado anos, para ele tem se a
impressão de que aconteceu há poucos
segundos. E nós, membros da equipe devemos
compreender perfeitamente essa situação.

Este tipo de paciente se entrar em crise


convulsiva aplicar os mesmos procedimentos
em criss convulsivas.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Propiciar-lhe um ambiente terapêutico;

2. Mantê-lo o maior tempo em recreação;


3. Usar luzes indireta nos quarto;

4. Aconselhá-lo ouvir música suave (as músicas


de Beethoven, Vivaldi, são aconselháveis);

5. Orientar grupo de família que o controle


ambulatorial é muito importante;

6. Se entrar em crise convulsiva usar os


procedimentos já descrito.

ALGUNS TIPOS DE PERSONALIDADE

1. PERSONALIDADE EVASIVA

São aquelas pessoas que geralmente são


hipersensíveis à rejeição e tem medo de iniciar
um novo relacionamento sem estarem bem
certo da aceitação sem crítica.

2. PERSONALIDADE OBCESSIVA-COMPULSIVA

São pessoas que tem alto nível de aspiração,


mas também tem tendência a ser perfeccionista
e, freqüentemente incapazes de obter
satisfação adequada em suas conquistas. São
confiáveis, ordeiras e metódicas; são
cautelosas e pesam todos os aspectos de um
problema, prestando atenção a cada detalhe.
Por qualquer assunto banal pode entrar em
agitação psicomotora.

3. PERSONALIDADE PASSIVA E/OU OPRESSIVA

É caracterizada por impotência dependência


pegajosa e protelação. A aparente passividade
é para chamar atenção e ganhar afeto. Elas
podem ser provocativas e argumentativas,
especialmente com aqueles que tem
autoridade. Tal comportamento, geralmente
serve para negar ou esconder necessidades
altamente dependentes. Geralmente
apresentam atitudes hipocondríacas e
predisposição contra si mesmo, que são
mecanismos de defesa comum.

4. PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL

São pessoas que apresentam dificuldade para


estabelecer relações co outras pessoas.
Sempre querem prevalecer o seu ponto de vista.
No início quando recém chegado a um
determinado local mantém toda atenção sobre
si, principalmente se é jovem. Mas logo depois
desfaz toda aquela aparência, pois ele não
consegue manter um vínculo de amizade
permanente com as pessoas, caindo na
incompatibilidade das pessoas. Geralmente
este tipo de pessoa não sabe esperar e quer
sempre prate a sua opinião. Fazem tudo
perturbar a ordem constuituída; não aceitam
regras de valores, precisam de imposição rígida
de limites.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Imposição de limites;

2. Exigir cumprimento de regras de valores


5. PERSONALIDADE INVASIVA

São pessoas que não respeitam regras de


valores tentam a todo momento invadir a vida
alheia, com perguntas ou intromissão
desnecessária. Este tipo de pessoa praticam
toda esta ação involuntariamente, sem
perceber a sua crítica destrutiva. Geralmente
quando lhes é imposto limie, o mesmo não
reconhece e fica prevaricando com suas
atitudes incompatíveis.

Este tipo de personalidade é difícil de ser


tratada ou orientada, pois as pessoas não
aceitam que são inconvenientes. Quando se
apresentam com outra patologia psiquiátrica,
tornam-se mais difícil ainda a abordagem
terapêutica.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Impor limites rígidos;

2. Exigir cumprimento das regras de valores;

3. Dar atividades contínuas.

COMPORTAMENTO HISTÉRICO

O paciente com comportamento histérico é


aquele que dentro do hospital psiquiátrico gosta
de chamar atenção sobre si em todas as suas
atitudes. São manipuladores, apresentando
comportaento teatral em quase todas as
situações que podem incluir tentativa de
suicídio, como por exemplo : tomar cândida
meio copo ou ingerir quantidades mínimas de
comprimidos ansialítico. Ao chegarem no
Pronto Socorro para serem atendidos, para uma
lavagem gástrica, apresentam atitudes de
injustiçados, se adaptam perfeitamente ao
tratamento. E, após o tratamento, permanecem
em atitudes passivas até adquirir novamente o
comportamento histérico.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1. Manter estreito relacionamento social com o


paciente, ganhar-lhe a confiança;

2. Solicitar do paciente um comportamento


adequado de acordo com a situação. Por
exemplo, se ele está na sala de lazer, não
deixar que ele manipule a mesa de jogos;

Se perder o jogo, não deixar que o mesmo


brigue com outros pacientes ou abandonar o
jogo, e sim, ele deve acatar a decisão de ser
vencido. Pois ele terá de jogar novamente para
tentar a sorte. Antes, porém, de iniciar um jogo,
explicar-lhe todas as regras do mesmo;

3. Propiciar-lhe um ambiente terapêutico;

4. Durante as horas noturnas, solicitar ao


paciente, respeitar o sono das outras pessoas,
colocando o seu leito às vistas do pessoal da
enfermagem;
5. Quando o paciente for participar do (G.O.)
Grupo Operativo, explicar, para todos, que as
responsabilidades são iguais e que o tempo de
fala de cada membro do grupo é igual;

6. Durante a visita de familiares conversar com


os mesmos orientando quanto à necessidade da
imposição de limites afim de que o paciente
aprenda que os seus atos impulsivos podem ter
uma conseqüência desastrosa para ele;

7. Propiciar-lhe um ambiente terapêutico e


saudável.

PSICOSE MANÍACO- DEPRESSIVA

FASE MANÍACA

DEFINIÇÃO

É um episódio psicótico recorrente de natureza


afetiva, que pode apresentar os dois cojuntos
de clínicos: depressão ou mania.

O paciente com psicose maníaco depressiva


(P.M.P.) caracteriza-se por episódios de tristeza
e euforia com uma perda apreciável do juízo de
realidade, acompanhado de retardo motor ou
hiperatividade. No retardo motor temos as
depressões profundas, onde o paciente
permanece em distanciamento, dificuldade de
estabelecer relações inter-pessoais e tendência
ao isolamento.
Na hiperatividade o paciente pode apresentar
exaltação extrema, aniquilamento do amor
próprio, delírio de grandeza, etc.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

FASE MANÍACA

1. Quando temos na enfermaria um paciente


P.M.D. na fase maníaca, precisamos controlar
as suas atividades, colocando horários para
suas atividades;

2. Durante a noite manter a ordem e o silêncio


após as 22:00 horas;

3. Ouvir o paciente com atenção às suas


reclamações e depois explicar-lhe os motivos
pelos quais o seu pedido não pode ser atendido;

4. Durante a visita manter vigilância quanto aos


objetos trazidos pela família;

5. Manter estreita relação entre família e equipe


multidisciplinar, explicando a importância do
tratamento e o retorno ao ambiente familiar o
mais breve possível.

FASE DEPRESSIVA

1. Conversar com o paciente,mesmo que ele


não responda;

2. Manter estreita vigilância durante a hora de


maior movimento na enfermaria, ou seja,
horário de almoço, de café na hora de passar o
plantão, pois nestas horas de vigilância mais
fraca, o paciente pode aproveitar para tentar o
suicídio;

3. Na hora do lazer convidar o paciente para


participar dos jogos em grupo, podendo ser
tômbola, baralho, bingo etc. Tem de ser um tipo
de jogo onde ele seja obrigado a falar e
participar;

4. Na fase aguda da depressão, insistir na


alimentação assistida;

5. Propiciar-lhe um ambiente terapêutico.

BIBLIOGRAFIA

1. REVIERE, ENRIQUE PICHON

PROCESSO GRUPAL, Tradução de Marco Aurélio

Editora Martins Fontes , São Paulo, 1994

2. DANIEL, HILIANE FELCHER

ATITUDES INTERPESSOAIS EM ENFERMAGEM

Editora E.P.E. , São Paulo, 1993

3. BRUNNER, LILIAN SHOLTIS

PRÁTICA DE ENFERMAGEM, 3ª Edição - Vol 2

Editora Guanabara

4. TRAVELBEE, JOYCE
INTERNENCIAIS ENFERMERIA PSIQUIATRICA :
EL PROCESSO DE LA RELACION

Editora Organizacion Panamericana de la Salud,


1979

GLOSSÁRIO

A.A.A. - Associação dos Alcoólatras Anônimos,


onde os alcoólatras se reunem para se tratar.

AUREA - Aviso que vai acontecer alguma coisa;


ventos anunciadores; estado crepuscular da
crise convulsiva.

ANGÚSTIA - Estado de tristeza, desesperador,


sem consolo emocional.

AGITAÇÃO PSICOMOTORA - Estado confusional


da mente provocando brigas e falando coisas
que não tem relação coma realidade.

AKINETON - Medicação Anti Porkinsaniana


também usada em paciente impregnado.

AMBIENTE TERAPÊUTICO - Todas as condições


física, psíquica, administrativa, ornamental de
um local para tratamento e desenvolvimento da
saúde mental.
ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA - Sinal e sintomas da
pessoa que parou momentâneamente de tomar
álcool.

APOIO PSICO-ESPIRITUAL - Dialogar procurando


elevar o estado emocional das pessoas.

ANATENSOL - Medicação usada em paciente


psicótico.

ABALO CLÔNICO

ABALO TÔNICO - Movimentos dos músculos na


hora da crise convulsiva.

ANDARILHO - Andando sem destino.

ANDAR EM BLOCO - Andar com as mãos


paradas levantadas e sem movimento normais
de pernas e braços, como se fosse um robô.

BRADICÁRDIO - Movimento lento do coração.

BIZARRO - Atitudes das pessoas, colocando


roupas extravagates, colorida, colocando um
apêndice na roupa.

CONTUNDENTE - Que contunde, que machuca.

CRISE CONVULSIVA - Doença epilética.


COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA - Exposição de
assuntos, palavras que melhoram as condições
física e psíquicas das pessoas.

CONSCIÊNCIA - A parte mental das pessoas.

CONTUSÃO - Aquilo que contundiu. Machucou-


se.

DISLALIA - Falar com dificuldade, gaguejar.

DEFENESTRAÇÃO-Sair pela janela (fenetre).

DESAGREGADO - Pensamento confuso, sem


noção da realidade.

DISTÚRBIO DE CONDUTA - Pessoas que não


sabe se comportar no meio de outras pessoas.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - Mesmos sintomas


e sinais de outra doença.

DEMÊNCIA SENIL- Empobrecimento mental em


pessoas idosas por calcificação das artérias do
cérebro.

DEPRESSÃO - Doença psiquiátrica onde a


pessoa não tem ânimo para viver.

DEPRIMIDO - Pessoas que se encontram triste,


sem ânimo, sem consolo, apática.

DEFICIÊNCIA IMUNOLÓGICA - Ausência de


defesa do organismo contra as doenças e
infecções.
DEPENDÊNCIA PSÍQUICA DE DROGAS - A
necessidade de voltar a usar ou qualquer
substância psico-ativa.

DEFICIT MENTAL- Baixo nível intelectual e


mental.

EFEITO COLATERAL - O efeito não desejado de


uma medicação.

ECOLALIA - Atitude da pessoa que repete tudo o


que se fala com ela; ato de repetir as coisas.

ESFÍNCTERES - Pertuitos naturais do corpo


humano. Abertura por onde saem as secreções.

ÊNFASE - Colocar em nível superior o assunto


que está se falando.

EVASÃO - Fugir do lugar de onde está.

EXACERBADO - Elevado em mais alto grau um


determinado assunto ou atitude.

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR - Médico,


enfermeiro, assistente social, psicólogo,
terapêuta ocupacional, dentista, enfim todos
que trabalham em conjunto.

ESTÍMULOS DOLOROSOS - Aplicação de objetos


contundentes no corpo humano, aguardando
uma resposta.

EMIGRAR - Sair de um lugar para outro.


ENGUIA ELÉTRICA - Peixe elétrico de alta
voltagem.

E.C.T. - Eletroconvulsoterapia.

ÉTICO NORMATIVO - Conjunto de regras de


Valores em uma sociedade.

E.E.G. - Exame de eletroencéfalograma.

EVASIVA - Atitudes fugitivas de pessoas que


não gostam de contato com as pessoas.

ESQUIVAR-SE - Sair de perto das pessoas, não


contatuar.

FALTA DE CRÍTICA - Ausência de educação,


prática de atos contrária a boa educação.

FACETA - Apenas um lado do problema, da


situação.

FISSURA - Atitude do Usuário de drogas que


está na dependência. Fica ansioso para usar a
droga.

GRUPOS OPERATIVOS - Reunião de pessoas


com objetivo de resolver problemas do grupo.

GRITO DO PAVÃO- Grito em tom alto na hora da


crise do eplético.

H
HALDOL - Medicação neuroléptica.

HIV + - Doença física que provoca deficiência


imunológica.

HIPÓTESE - Teoria relativa a alguma situação.

HIPOCÔNDRIO - Lado direito ou esquerdo do


estômago, também chamado flanco.

HIPÓXIA CEREBRAL - Ausência de oxigênio no


cérebro.

HIPER PROLACTINA - Aumento da proteina do


leite.

HIATO - Ausência de alguma coisa.

IMPREGNAÇÃO - Aumento da medicação com


efeito colateral.

INEXPRESSIVO - Aquilo que não expressa algo.

INSTITUIÇÃO - Local, casa, abrigo, onde cuida


de pessoas.

INSINUAÇÃO - Ameaçando praticar um ato com


objetivos sujos.

INTOXICAÇÃO EXÓGENA - Ingestão de


substâncias nocivas ao organismo.

IMPOR LIMITES - Não deixar que a pessoa faça


tudo aquilo que quer para prejudicar os outros.
ISOLAMENTO SOCIAL - Manter-se longe do
grupo, ficar sozinho.

IMPREGNADO -

INTRÍNSECO - Relativo a alguma coisa.

LUZ ESTROBOSCÓPICA - luz de boite, piscando,


fluorescente.

LOGORREICO - Falando muito e coisas sem


nexo.

LOUCURA URÊMICA - Estado confusional das


pessoas quando a uréia encontra em taxa alta
no organismo.

MEIOS DE SOCIALIZAÇÃO - O relacionamento


social, a comunicação, jogos, etc.

MODIFICAÇÃO DE COMPORTAMENTO - Tendo


um comportamento diferente daquele que tinha.

METABOLISMO - Toda a transformação química


do organismo humano.

N
NEUROLÉPTICO - Medicação psiquiátrica que
modifica o comportamento. Ex. Haldal,
Diazepan, Tofranil, etc.

NECESSIDADE FISIOLÓGICA - Ato de comer,


beber água, urinar, etc.

OLIGOFRENIA - Doença mental grave; baixo


nível mental.

OBNUBILIDADE - Nível de consciência


rebaixado, sonolento.

PROLACTINA - Hormônio do leite no organismo


humano.

PSICO-ATIVA/DROGAS - Substância que causa


dependência psíquica.

PSICOSE EPLETICA - Doença mental do


eplético.

POLIQUEIXOSO - Aquele que se queixa de tudo.

PARKINSON - Doença caracterizada por


temores na pessoa idosa.

POÇÃO DE TODD - Bebida feita com álcool +


água + canela + açúcar, para o alcoólatra que
está em síndrome/abstinência.

POLARIDADE INVERTIDA - Termo usado em


Psicologia para definir homosexuais.
PUXANDO LINHAS - Estado confusacional do
alcoólatra que fica fazendo movimento com as
mãos.

PAPIRO - Antigo papel usado no Egito Antigo.

PREVARICANDO - Mudando de assunto, posição,


etc.

PROPICIAR - Dar oportunidade.

RODA DENTADA - Movimentos interrompidos


dos músculos em adução quando o indivíduo
está impregnado por medicação neuroléptica.

RAPPORT - Estabelecer vínculo, dar confiança,


ser amigo.

RISOS IMOTIVADOS - Rir sem motivos.

RITUAL - Atos repetitivos com uma simbologia


interna.

REGRAS DE VALORES - Conceitos unânimes de


uma determinada lei.

RAMSÉS II - Faraó do antigo Egito.

RACIONALIZAÇÃO - Mecanismo de defesa do


superego para o indivíduo não sofrer. Exemplo o
jovem que não passou no vestibular diz assim : -
“Ainda bem que não passei no vestibular porque
aquela escola é muito ruim”.
S

SIALORRÉIA - Grande quantidade de saliva na


boca, sem deglutir.

STRESS - Cansaço mental e físico por


problemas emocionais e físico.

SUDORESE - Vem de suor, grande suor pelo


corpo.

SONOTERAPIA - Tratamento de traumas


psíquico através do sono.

SURTO-PSICÓTICO - Doença mental grave


surgida de repente.

TÊNUE - Leve, fraco, sensível.

TÁTICA - Meio artificial para conseguir um


intento.

USUÁRIO DE DROGAS - O toxicômaco que usa


drogas psico-ativas.

Z
ZOOPSIAS - Termo usado quando o alcoólatra
está em síndrome de abstinência, e refere estar
sendo perseguido por animais.

                                 
MENSAGEM

  NÃO SÃO AS CAÍDAS E NE AS DERROTAS QUE


PODEM FRACASSARA ANOSSA VIDA, SENÃO A
FALTA DE CORAGEM DE LEVANTAR E SEGUIR
ADIANTE.

S.A.W

São Paulo 20 de novembro de 1997


Luciano Delmo de Alencar
Enfermeiro Coren 4576

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