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ESCOLA TÉCNICA DE ENFERMAGEM RAIMUNDA NONATA

CNPJ/MF: 10.684.024/0001-60 - INSCRIÇÃO MUNICIPAL: 00441335


DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM ENFERMAGEM

Cuidados prestados em situações de desmaio e


vertigem
O que é síncope?

• Síncope é o termo médico usado para designar aquilo que chamamos


comumente de desmaio.
• Um desmaio é caracterizado por uma perda temporária de consciência,
que também está aliado a uma perda na postura.
• Logo, quando um paciente sofre um desmaio, ele pode acabar caindo
no chão e perdendo o controle de seu corpo, inclusive com perda dos
reflexos.
O que é síncope?

• Geralmente, a síncope acontece de forma súbita e pode apresentar


alguns sinais de síncope como a visão que escurece, náuseas, palidez,
calor, suor e a sensação de tontura.
• O paciente com síncope muitas vezes tem tempo apenas de se sentar,
antes que o desmaio aconteça efetivamente.
O que é síncope?
• A recuperação da síncope costuma ser espontânea e o paciente volta ao
normal, depois de passar alguns segundos ou minutos desmaiado, sem
precisar de nenhum auxílio adicional.
• A principal causa da síncope é a diminuição rápida e acelerada do
fluxo de sangue que sai do coração em direção ao cérebro.
• A síncope costuma ser um sinal de que algo não vai bem ou um
sintoma de algum quadro médico mais sério.
• Ela também pode ser situacional, e apresentar-se como
consequência de algum ato do indivíduo, como a realização de um
exercício físico de alta intensidade.
O que é síncope?

• Se um paciente desmaia repetidas vezes, sem motivo aparente, é


preciso ir ao médico para fazer uma série de exames, com o objetivo
de diagnosticar por que essas síncopes acontecem com ele.
Quais são os tipos de síncope?

• Existem diferentes tipos de desmaios, que estão relacionados, por


exemplo, com a situação que desencadeou a síncope.
• Na síncope vasovagal, o paciente acaba desmaiando em decorrência de
uma forte resposta emocional de seu organismo a sensações como
medo, pânico e estresse.
• Até mesmo ver sangue é capaz de desencadear uma síncope. Nessas
situações, a pressão sanguínea cai subitamente e o indivíduo acaba por
desmaiar.
Quais são os tipos de síncope?

• Já a síncope situacional é aquela que acontece, por exemplo, depois


que uma pessoa realiza um exercício físico muito intenso.
• Até mesmo urinar, tossir e espirrar quando se tem uma pressão baixa,
por exemplo, é capaz de causar um desmaio na pessoa.
• A síncope cardíaca é aquela cujas causas estão relacionadas
diretamente com a saúde do coração.
• A síncope pode ser causada também por algum problema no corpo da
pessoa. Indivíduos com embolia pulmonar, desidratação e arritmia
cardíaca são alguns dos que podem ter o desmaio como um de seus
sintomas.
O que é Convulsão?

• A Convulsão se caracteriza pela atividade elétrica anormal do cérebro.


• O distúrbio pode acometer uma região específica – sendo
denominada parcial ou focal – ou no cérebro todo, chamada de crise
ou convulsão generalizada.
Quais são os Sintomas da Convulsão?

• Os Sintomas da Convulsão incluem movimentos involuntários do


corpo, lábios azulados, perda de consciência, saliva em abundância e
olhos virados para cima.
• O momento da crise pode ser assustador para alguns, mas é essencial
manter a calma e tentar ajudar o paciente.
• A melhor forma para isso é colocar um travesseiro embaixo da cabeça
e manter o corpo virado para o lado, evitando a aspiração da saliva.
Convulsões e Epilepsia: Entenda qual é a diferença!

• Convulsões, ou crises convulsivas, acontecem frequentemente na


prática clínica. Dados americanos estimam a ocorrência de crises
convulsivas em cerca de 5% da população.
• É uma condição muito frequente, em todas as idades, especialmente
em crianças nos primeiros anos de vida.
• A convulsão acontece por causa de uma falha na condução elétrica no
cérebro, levando à maior atividade elétrica em algum ponto suscetível
deste, o que provoca os sintomas da crise convulsiva (abalos
musculares, perda da consciência, salivação, e em alguns casos perda
esfincteriana – diurese e evacuação espontânea durante as crises).
Convulsões e Epilepsia: Entenda qual é a diferença!

• O tipo mais comum e conhecido de convulsões é a crise convulsiva


generalizada, onde o indivíduo desmaia, e começa a ter abalos
generalizados, sem nenhuma consciência, geralmente revirando os
olhos e com hipersalivação acompanhando o quadro.
• Este tipo de crise, tecnicamente chamado de crise convulsiva
generalizada-tônico-clônica, é o caso mais urgente e grave que pode
acontecer no manejo das convulsões, uma vez que deve ser
prontamente atendido, para evitar lesões cerebrais futuras.
Convulsões e Epilepsia: Entenda qual é a diferença!

• Existem entretanto, outros tipos de crises convulsivas, como as crises


de ausência – onde o indivíduo apenas perde a consciência e fica com
o olhar parado por segundos, voltando ao normal em seguida; as crises
parciais complexas, como explica o próprio nome, são mais
heterogêneas, e podem dar sintomas mais diferentes, como
movimentos da boca, virada da cabeça, mistura de vários movimentos
estranhos, sempre com alguma perda da consciência, mas sem
desmaio completo, como ocorre nas crises generalizadas.
Convulsões e Epilepsia: Entenda qual é a diferença!

• Por fim existem ainda as crises parciais simples, onde o indivíduo


acometido apresenta apenas sintomas focais sem nenhuma perda da
consciência, como estar num momento conversando e de repente ter
um abalo involuntário no braço e perna, incontrolável, ritmado,
sabendo descrever tudo o que aconteceu depois disso.
Convulsões e Epilepsia: Entenda qual é a diferença!

• Ao levar o parente ou familiar que teve convulsão para ser avaliado


pelo médico / neurologista, é muito importante a presença de alguém
que testemunhou a crise convulsiva, uma vez que a maioria destas
convulsões são generalizadas ou parciais complexas, e o próprio
paciente não saberá, portanto, descrever com detalhes tudo o que
aconteceu durante o evento.
Convulsões e Epilepsia: Entenda qual é a diferença!

• Este detalhamento é importante para o neurologista tentar descobrir a


origem ou localização provável da crise, além de tentar classificar esta
crise para decidir corretamente a medicação mais apropriada.
• A classificação das convulsões, além de importante para determinar o
melhor medicamento, serve também para tentar estabelecer alguma
relação com possíveis causas do problema.
Convulsões e Epilepsia: Entenda qual é a diferença!

• A epilepsia ocorre principalmente em crianças, mas pode afetar todas


as idades.
• As causas mais frequentes no adulto são: traumatismo craniano,
acidentes vasculares cerebrais (AVC), tumores, malformações
vasculares, doenças metabólicas, doenças infecciosas cerebrais ou
doenças cardíacas.
Convulsões e Epilepsia: Entenda qual é a diferença!

• Na criança, as causas mais comuns são fatores ou doenças genéticas,


problemas de oxigenação cerebral ocorridos durante a gestação ou
parto, malformações cerebrais, infecções / meningites, e por último as
tão conhecidas convulsões febris (decorrentes de febre alta em
crianças menores).
Convulsão ou Epilepsia?
• Nós neurologistas ouvimos muito este questionamento; e sua
explicação é relativamente simples: uma pessoa pode ter uma ou duas
convulsões pontuais durante sua vida toda; neste caso, dizemos que o
paciente teve crises, convulsão, mas não tem epilepsia.
• Por outro lado, o diagnóstico de epilepsia é dado geralmente quando um
mesmo indivíduo apresenta duas ou mais convulsões.
• Nestes casos, caracterizando corretamente a repetição das crises, o seu
tipo, e possível causa destas crises convulsivas, denomina-se que o
indivíduo tem o diagnóstico de Epilepsia.
O que fazer para ajudar alguém durante uma
convulsão?

• Primeiro: não se desesperar. Depois, seguir o passo a passo:


• A testemunha, amigo ou familiar deve colocar a pessoa deitada, de
preferência no chão, com algum apoio na cabeça (roupa ou almofada) e
com a cabeça virada de lado (para evitar engasgos com saliva ou
vômitos);
• Outra pessoa deve imediatamente chamar ajuda por telefone (SAMU,
ambulância ou transporte);
O que fazer para ajudar alguém durante uma
convulsão?

• Nada de tentar puxar a língua do paciente ou enfiar dedos na boca: no


momento da crise, a força e rigidez do paciente pode machucar os
dedos de quem tenta fazer isso!
• Esperar e tentar arejar o ambiente, pois em geral as crises duram poucos
minutos. Se a crise demorar mais do que o habitual, transportar o
paciente em ambulância e levar imediatamente ao hospital.
Dicas valiosas…

• Independentemente se você ou algum parente seu toma ou não


medicamentos contra convulsões, estas pessoas devem ter em mente
que são mais sensíveis, mais suscetíveis às alterações elétricas
cerebrais, por isso, a seguir, situações que devem ser evitadas:
Dicas valiosas…
1 – evitar situações de infecções prolongadas ou febre; sempre que tiver alguma
infecção ou febre, já iniciar seu tratamento;

2 – evitar períodos de jejum prolongado ou pular refeições (procurar sempre fazer


refeições intervaladas com pelo menos 3-4 horas);

3 – evitar privação de sono (passar uma noite acordado, trabalho ou lazer por horas e
horas sem períodos de descanso);

4 – evitar o uso excessivo de álcool;

5 – evitar ambientes com estímulos luminosos extremos e repetitivos (por exemplo,


entrar numa balada, boate ou casa noturna, e ficar na pista de dança olhando diretamente
para aquelas luzes piscantes, o tempo todo!!!)
Diante de uma vítima de desmaio, você deverá ter a seguinte
conduta:

1. O primeiro procedimento a ser tomado é evitar aglomeração de pessoas


em torno da vítima.
2. Afrouxe as roupas da vítima, como gravata, colarinho, cinto etc.
3. Mantenha a vítima deitada de costas, com a cabeça mais baixa do que o
nível do corpo, elevando suas pernas.
4. Conserve as pernas elevadas a um nível acima do tórax da vítima (isso
ajudará a fazer com que o sangue chegue mais rápido à cabeça).
Diante de uma vítima de desmaio, você deverá ter a seguinte
conduta:

5. Procure arejar o ambiente onde a vítima está, ou seja, não a


deixe em um ambiente sem ventilação.
Diante de uma vítima de desmaio, você deverá ter a seguinte
conduta:
REFERÊNCIAS:


VERTIGENS, DESMAIOS E CRISES CONVULSIVAS. Disponível em:
http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/588/Aula_09COLOR.pdf?sequence=9&isAllowed=y#:~:text=O%20desmaio%20consiste%20na%20perda,as%20principais%
20causas%20do%20desmaio.&text=A%20vertigem%20%C3%A9%20um%20dist%C3%BArbio,tudo%20girando%20%C3%A0%20sua%20volta.
• MANUAL INSTRUTIVO DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_instrutivo_rede_atencao_urgencias.pdf
• URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/urgencia_emergencia.pdf
• ACIDENTE COM ANIMAIS PEÇONHENTOS. http://portalsinan.saude.gov.br/acidente-por-animais-peçonhentos.
• CAPÍTULO 04 - FISIOPATOLOGIA DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA. Disponível em: https://www.bibliomed.com.br/bibliomed/books/livro7/cap/cap04.htm.
REFERÊNCIAS:

• Manual de Socorrismo S.R.P.C.B.A. - Divisão de Prevenção, Formação e Sensibilização. Disponível em: https://www.prociv.azores.gov.pt/fotos/documentos/1490290633.pdf.
Acesso em: 15/07/2021.
• KAREN, Keith J. et al. Primeiros socorros para estudantes. 10. ed. São Paulo: Manole, 2014.
• American Heart Association. Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. [versão em Português]. Disponível em: https://www.heart.org/idc/groups/heart-
public/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.pdf. Acesso em: 11/01/2022
• American Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. [versão em Português]. Disponível em:
http://www.heart.org/idc/groups/heartpublic/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.pdf. Acesso em: 11/01/2022
• Fonte: Instituto Brasileiro de Ensino Profissionalizante – INBRAEP
• Manual de Primeiros Socorros (Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz)
Transporte de vítimas – Portal São Francisco

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