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e epilepsia
Relevância: Moderada
Todos as aulas da Mentoria possuem relevância moderada, alta ou muito alta,
baseado na incidência nas provas de residência médica dos últimos 5 anos.
Convulsão febril e epilepsia
Tema com presença relevante nas últimas provas de pediatria. Portanto, estude com calma e afinco
todos os detalhes que explicitaremos aqui, principalmente na parte que trata de crise febril!
Não esqueça de complementar o conhecimento com os flashcards e com as questões, hein!
Vamos nessa?
Quadro clínico
A faixa etária típica, de maior prevalência é entre 6 meses a 5 anos, com pico aos 18 meses, de
modo que as crises são mais frequentes em crianças com histórico familiar de epilepsia presente em
parentes de primeiro grau. Ocorre da seguinte forma: a criança apresenta uma febre de surgimento
abrupto (pode ser qualquer etiologia) que ultrapassa os 39ºC. Na forma simples/clássica, na vigência
do quadro febril, ela apresenta um episódio de crise convulsiva tônico-clônica generalizada que dura
pouco tempo (< 15 MINUTOS) e apresenta estado pós-ictal com sonolência ou torpor. A crise não se
repete nas 24 horas seguintes. É UM QUADRO BENIGNO NA MAIORIA DAS VEZES.
Crise tônico-clônica.
Algumas crianças podem crises atípicas, ou seja, que durem mais que 15 minutos, de tipo focal,
repetidas ou com persistência de déficits neurológicos após estado pós-ictal.
Alguns fatores de risco para recorrência do quadro são: crianças com menos de um ano, que tenham
apresentado a convulsão em febre baixa (38 a 39ºC) e que tenham apresentado mais de uma crise
em 24 horas.
Para configurarmos uma crise como crise febril, devemos excluir alguns diagnósticos diferenciais,
como: infecção intracraniana ou outra desordem neurológica, distúrbios metabólicos definidos e
antecedentes de convulsões afebris.
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Convulsão febril e epilepsia
Meningite.
1. Anormalidades no desenvolvimento;
2. Presença de crise focal complexa;
3. História familiar de epilepsia;
4. Febre com duração menor que 1 hora antes da crise;
5. Qualquer uma das crises atípicas listadas acima;
6. Convulsões febris recorrentes.
Exames complementares
Solicitaremos apenas se suspeitarmos de um quadro além da crise febril, como meningite
(principalmente se, na questão, falar de rigidez de nuca ou sinais de irritação meníngea) ou sepse.
O diagnóstico da crise febril é clínico, sendo realizado por meio de anamnese e exame físico.
A punção lombar é fortemente recomendada em menores de um ano com convulsão febril, sendo
apenas recomendada entre 12-18 meses de acordo com a clínica do paciente.
Punção lombar.
Tomografia/ressonância magnética: apenas se quadro clínico sugerir (como presença de sinal focal,
alteração do nível de consciência persistente, entre outros).
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Convulsão febril e epilepsia
Tratamento
Acalmar os pais, orientar quanto à benignidade das crises e antitérmicos são as principais respostas
às suas questões sobre o assunto. Importante lembrar que antitérmicos não auxiliam na profilaxia
da recorrência de crises febris.
Se o tempo de crise superar 5 minutos, podemos fazer diazepam (segundo o Nelson) ou midazolam
via retal, o que muito dificilmente é cobrado em provas. O uso oral ou nasal do midazolam também
pode ser empregado.
(UFF - 2019) Você está de plantão na emergência pediátrica quando chega uma criança de três
anos no pós-ictal de uma crise convulsiva generalizada com duração de cerca de 3 minutos.
Ao exame: bom estado geral, tosse, febre 38,5°C, exame neurológico normal e sem sinais de irritação
meníngea. A mãe refere que o filho já apresentou quadro semelhante com 18 meses de idade.
Assinale a alternativa correta.
(A) Trata-se de uma criança epiléptica que requer tratamento contínuo com drogas antiepilépticas.
(B) Trata-se de convulsão febril benigna e o principal diagnóstico diferencial é a meningite.
(C) Nas convulsões febris, os exames de neuroimagem devem sempre ser realizados, pois fornecem
informações que interferem no estabelecimento do prognóstico e na decisão terapêutica.
(D) As convulsões febris benignas ocorrem somente em crianças com febre acima de 39°C.
(E) Deve ser administrado diazepam imediatamente.
Epilepsia
A epilepsia é uma condição médica comum que afeta entre 1 a 2% da população mundial, sendo uma
subespecialidade da neurologia. É caracterizada pela alteração do funcionamento do cérebro de
maneira temporária e reversível.
As crises epilépticas sofreram uma atualização na sua classificação em 2017. Entretanto, esta
classificação ainda não se apresentou nos concursos de residência médica, de maneira que
abordaremos a classificação antiga (ainda presente nos concursos de residência médica).
Desta forma, as crises podem ser classificadas como:
A crise focal pode se apresentar com manutenção da consciência (parcial simples) ou com
comprometimento da consciência (parcial complexa).
As crises focais tendem a apresentar uma clínica condizente com a região do cérebro que
acomete, exemplo, alterações motoras nas frontais; alterações sensitivas nas parietais; alterações
comportamentais nas temporais e visuais na região occipital.
Crises generalizadas:
5. Crises mioclônicas: sabe aquele pulinho que dá quando está pegando no sono
ou quando sonha que está caindo? Aquilo é uma mini crise mioclônica. Pode não
apresentar perda da consciência.
6. Crise de ausência: essa é muito importante para sua prova. Preste atenção!!
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Convulsão febril e epilepsia
Eletroencefalograma.
Crise de ausência.
Síndrome de West
Apresentará a seguinte tríade na sua questão: criança com espasmos + retardo do desenvolvimento
neuropsicomotor + hipsarritimia ao eletroencefalograma. A média do surgimento da síndrome é entre
os 4 e 6 meses de idade.
Vamos ver uma questão para ilustrar e expandir seu conhecimento nesse assunto?
Sabendo que a hipsarritmia é o demarcador eletroencefalográfico, agora você sabe que o tratamento
é composto pelo uso de ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) e/ou vigabatrina.
2. Lamotrigina: pode ser utilizada em adultos e crianças a partir de dois anos. É utilizada
como tratamento adjunto em crises focais e crises tônico-clônicas generalizadas.
Pode causar rash, náuseas, cefaleia, diplopia, astenia e ansiedade. Raramente,
1:1000 pacientes podem apresentar Stevens-Johnson ou DRESS (Drug reaction
with eosinophilia and systemic symptoms. Pode ser utilizada em tratamento do
distúrbio bipolar.
Status epilepticus
Crise convulsiva com:
Etiologia (abordaremos de maneira simplificada para que seja atingido o objetivo do nosso material).
A melhor forma de raciocinar em cima disso na sua prova é pela faixa etária.
#JJTop3
Crise febril.
Crise de ausência.
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