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• Hipócrates → era conhecida como “’doença sagrada”, mas Hipócrates dizia que poderiam haver
fatores externos causadores da doença.
o Hipótese que poderia ser desencadeada por uma descarga elétrica em alguma área cerebral,
e que isso poderia determinar o tipo de crise.
Definições importantes
o Pode ser decorrente, além da epilepsia, de injúrias agudas ao cérebro, como injúrias
metabólicas, tóxicas ou febris.
• Epilepsia: doença que consiste em uma predisposição aumentada e permanente para ocorrência
de crise epiléptica.
• Pacientes que têm anormalidade no EEG e/ou alteração estrutural que propicie
o desencadeamento de uma nova crise.
o Epilepsia resolvida: Indivíduo que está sem crise há 10 anos, sem uso de fármacos há 5 anos.
Epidemiologia
• Faixa etária
• Prognóstico
o Entre 40% que são refratários, 20% dos pacientes têm indicação de terapias alternativas →
em especial o tratamento cirúrgico.
Etiopatogenia e fisiopatologia
• Epileptogênese → transformação de uma rede cerebral normal, em uma rede neural hiperexcitável.
Resulta em uma predisposição a formação de uma crise epiléptica.
o Um insulto cerebral inicial (alteração genética, trauma, hipóxia, tumor) → leva a uma
reorganização neuronal (que leva um tempo), a qual resulta na formação da rede neural
hiperexcitável.
o Nas crises focais (um hemisfério cerebral), há diminuição da inibição de vias inibitórias
gabaérgicas e/ou aumento da ativação por vias ativadoras glutamatérgicas.
o Sintomas não motores, em especiais sensoriais, cognitivos e psíquicos podem ser o começo
da crise.
• Alteração de consciência
• Sinais pós-crise
o Confusão mental
o Amnésia
o Fenômenos de hipóxia.
• Antecedentes obstétricos e perinatais → grande parte das causas de insulto cerebral ocorre nesse
período. Esses insultos podem se manifestar como crises epilépticas anos depois.
o Infecções congênitas;
• Doenças prévias
• Desenvolvimento neuropsicomotor
• Início focal → podem ser perceptivas (manutenção da consciência) ou disperceptivas e ter início
motor ou início não motor (precedida por sintomas sensoriais, cognitivos ou psíquicos).
• Não classificadas
Diagnósticos diferenciais
• Síncopes;
• Enxaquecas com aura → alucinações visuais são mais brilhantes, seguidas dos sintomas de
enxaqueca (cefaleia, náuseas, vômitos, fotofobia, fonofobia).
o Na crise epiléptica de início focal com alucinações visuais → são coloridas e geométricas.
Exames Complementares
• Eletroencefalograma
o RNM de encéfalo → principalmente nas crises focais, devemos prestar atenção especial a
área que suspeitamos desencadear a crise.
o Algumas etiologias:
▪ Malformação cortical → alterações muito sutis podem não ser vistas na RNM.
o Dismorfismo associado;
▪ Alterações cromossômicas
Síndromes epilépticas (nível 3) → para o diagnóstico de uma síndrome epiléptica, devemos levar em
consideração:
• Idade de início → neonatal, primeira infância, segunda infância, adolescência ou idade adulta;
• Semiologia das crises;
• Padrão eletroencefalográfico;
• Achados neurológicos;
• Exame de neuroimagem
• Genética;
• Estrutural;
o Neurocisticercose;
o Causas vasculares;
• Infecciosa;
• Imunológica;
• Metabólica;
• Desconhecida.
Comorbidades psiquiátricas
• São mais comuns nas epilepsias de lobo temporal (relação com o sistema límbico).
Tratamento
• Princípios gerais
o O tratamento é direcionado ao tipo de crise e não à etiologia da crise → não há fármacos que
ajam diretamente nas etiologias.
o Iniciar o fármaco para o tipo de crise em monoterapia → titular até a dose mínima efetiva.
o Proibir direção de veículos → somente se fizer uso regular do fármaco e sem crise há 1 ano.
o Tratamento em segunda linha (2ª monoterapia) → usar outra droga da primeira linha.
• Em situações especiais
• Monitorização do tratamento
o Exames laboratoriais
▪ Hemograma;
▪ TGO, TGP, GGT, FA;
▪ Glicemia de jejum;
▪ Ureia e creatinina;
▪ Sódio, potássio e cálcio;
▪ Triglicerídeos, colesterol total e frações;
▪ Ácido úrico;
▪ TSH, T4 livre;
▪ 25-OH Vitamina D;
▪ Ácido fólico.
o Vídeo-EEG → pode ser não invasivo ou invasivo (se o não invasivo for inconclusivo).
▪ Estimulação vagal.
o Ocorrem em 3/1000 casos por ano, mas em 1/100 casos refratários por ano.
o Fatores de risco
▪ Apneia de sono.