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Fibromialgia

Epidemiologia

• Mais comum em mulheres com 20 a 55 anos de idade.

• Acomete 2% da população.

• Há estudos que mostram sua associação com alma feminina → mulheres transexuais e homens
homossexuais também apresentam mais fibromialgia que a população geral.

o Provavelmente se dá por questões de gênero, da psique, e não questões hormonais.

Fisiopatologia da dor

• A dor da fibromialgia tem origem no aumento da sensibilização central.

o Isso pode ser exacerbado por alterações do sono, distúrbios psiquiátricos. Fatores genéticos
podem ser importantes.

Manifestações clínicas → dor + espectro disfuncional (sono + fadiga) + transtornos mentais

• Dor: musculoesquelética no corpo todo e crônica (> 3 meses)

o A dor tende a ser atípica, com diversas características. As características da dor não são
importantes para o diagnóstico.

o A dor não é decorrente de lesão tecidual, mas de limiar baixo para nocicepção → dor
nociplástica.

o A dor pode ser pode ser evocada pelo tato, por pressão, por lesões teciduais (pelo limiar da
dor – a dor não se deve inteiramente à lesão), ou ser contínua.

• Alodinia → dor evocada pela palpação, principalmente no tronco e na base do pescoço.

• Outras queixas

o Distúrbios do sono (>80%): insônia inicial, terminal, sono fragmentado ou não reparador.

o Fadiga (>80%): crônica e persistente.

o Cefaleia tensional

o Bexiga hiperativa

o Fenômeno de Reynaud

o Síndrome do intestino irritável

o Dismenorreia

o Síndrome uretral feminina.

o Bexiga hiperativa.

o Gastroparesia.

o Dispepsia funcional.
• Transtornos mentais e de personalidade → mais de 80% dos pacientes.

o Ansiedade (> 80%)

o Depressão

o Transtornos de personalidade

▪ Cuidar e exigir ser cuidado;


▪ Vitimização;
▪ Dramatização;
▪ Incapacidade de perdoar;
▪ Se sentem incompreendidos e culpados.

• Relação entre dor crônica e gatilhos de fibromialgia

o Ex.: pacientes com artrite reumatoide tem mais chance de desenvolver fibromialgia que a
população geral.

Diagnóstico

• Dor difusa a três meses + espectro disfuncionais (distúrbio de sono e fadiga) + comorbidades
psiquiátricas (ansiedade e depressão).

o Investigar causas associadas e afastar outras causas.

▪ Hipotireoidismo
▪ Artrite reumatoide

Tratamento

• Moduladores de dor

o Amitriptilina → antidepressivo tricíclico


o Duloxetina → antidepressivo dual
o Pregabalina → anticonvulsivante

• Ansiolíticos, antidepressivos → para tratar o humor

• Fármacos para tratar distúrbio do sono

• Exercício físico

• Educação sobre a doença

o Terapia cognitiva comportamental, outras modalidades de psicoterapia

• 30% tem resposta insatisfatória ao tratamento.

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