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CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

Aluna: Jessicleia Silva Barros Menezes


Turma: 03
Prof.ª: Enf.ª Roselene
Disciplina: Fundamentos de Enfermagem

EPILEPSIA

Laranjal do Jari – AP
2024
INTRODUÇÃO

A epilepsia é um distúrbio caracterizado pela ocorrência de crises epilépticas,


que são descontroles momentâneos na atividade elétrica dos neurônios do córtex
cerebral. Estas crises podem ser provocadas por agentes desencadeantes, sendo
chamadas de epilepsias reflexas, ou podem ocorrer de forma espontânea. Caso as
crises sejam desencadeadas por fatores agressores e não voltem a ocorrer após a
remoção destes fatores, são chamadas de crises circunstanciais e não indicam
necessariamente um caso de epilepsia. Por outro lado, se as crises prolongadas
causarem lesões cerebrais permanentes, é possível que ocorram crises
espontâneas no futuro, caracterizando um quadro de epilepsia. Diversos fatores
podem desencadear crises epilépticas, como desequilíbrios hidroeletrolíticos,
hipoglicemia, traumatismos cranianos, infecções no Sistema Nervoso Central,
intoxicações e efeitos de drogas, bem como o uso de alguns tipos de remédios.
EPILEPSIA

A Epilepsia é uma síndrome, ou seja, pode ter apresentações muito diversas,


tanto em sua etiologia, quanto na forma de manifestação, idade de aparecimento,
resposta ao tratamento e prognóstico. A incidência de Epilepsia na população geral
situa-se em torno de 0,5 e 1,5%, com as taxas mais elevadas em países
subdesenvolvidos, em vista das precárias condições de prevenção e tratamento dos
agravos aos SNC que determinam lesões epileptogênicas [maior incidência de
encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI) perinatal, acidentes automobilísticos e de
trabalho, infecções do SNC]. A prevalência da Epilepsia na população geral fica em
torno de 1%, igualmente maior nos países com piores condições sanitárias.
Em países desenvolvidos, a prevalência é de 40-70 pessoas com Epilepsia
por 100.000 habitantes; já nos países em desenvolvimento, esta taxa aumenta para
100-190 por 100.000. Entre 1,5 e 5% da população geral terão, pelo menos, uma
crise epiléptica na vida, não sendo, portanto, caracterizada Epilepsia nestes casos.
A Epilepsia pode se iniciar em qualquer idade da vida e sua incidência é
maior na primeira infância, em decorrência dos agravos perinatais (EHI,
tocotraumatismos, infecções do SNC, lesões decorrentes da prematuridade), das
malformações congênitas do SNC e da expressão de diversas síndromes epilépticas
de base genética, tanto as benignas e idiopáticas, quanto aquelas associadas a
doenças metabólicas e neuro-degenerativas da infância. Até os 20 anos, esta curva
de incidência decresce e se estabiliza, voltando a subir com leve inclinação a partir
dos 50 anos de idade, quando lesões adquiridas decorrentes de TCE, AVC, tumores
do SNC, constituem etiologias mais comuns.

4 GRANDES GRUPOS DA EPILEPSIA

Os mecanismos de descontrole espontâneo e recorrente da atividade elétrica


cortical que determinam crises epilépticas ao longo do tempo podem ser resumidos
em 4 grandes grupos:

• Gliose (cicatrizes gliais): áreas de desequilíbrio de neurotransmissores e do


influxo transmembrana de potássio, com predomínio de excitação. As células
da glia têm funções de depuração de neurotransmissores excitatórios do meio
extracelular e de controle dos níveis extracelulares de potássio. A gliose pode
gerar desequilíbrio elétrico da membrana neuronal.

• Circuitos aberrantes hiperexcitáveis: como na Epilepsia do Lobo Temporal


com Esclerose Mesial e Malformações do Desenvolvimento Cortical (displasias
corticais).

• Desbalanço de Neurotransmissores: Anomalias de funcionamento de canais


de Sódio, Cálcio, Potássio, ou de receptores de membrana, como o nicotínico
(epilepsias idiopáticas e epilepsias geneticamente determinadas)

• Alterações metabólicas complexas: Nos Erros Inatos do Metabolismo.

• Cicatrizes gliais epileptogênicas são vistas, por exemplo, em lesões pós TCE,
AVC, infecções do SNC e insultos perinatais. Circuitos aberrantes podem ser
adquiridos a partir de áreas de morte neuronal e regeneração anômala, como na
esclerose mesial temporal. Muitas lesões (como os tumores, ou malformações
vasculares que comprimem o cérebro) podem gerar crises por mecanismos
complexos, incluindo gliose, isquemia por compressão, perda neuronal com
regeneração anômala, desbalanço entre sinapses inibitórias e excitatórias, etc...
Muitas doenças cromossômicas ou gênicas podem gerar circuitos epileptogênicos
devido a vários mecanismos, ainda não elucidados.
A manifestação de uma síndrome epiléptica é determinada pela combinação de
fatores genéticos e adquiridos. Algumas formas de epilepsia são principalmente
influenciadas pela herança genética, enquanto outras são desencadeadas por
lesões cerebrais. Pacientes podem ter uma combinação de predisposição genética e
lesões adquiridas. Algumas lesões graves podem levar à epilepsia em indivíduos
com predisposição genética, enquanto lesões menos graves podem causar epilepsia
em pessoas sem predisposição genética.

CLASSIFICAÇÃO DAS CRISES EPILÉTICAS

As crises epilépticas são inicialmente classificadas em 2 grandes grupos:

-Crises de Início Focal: decorrem de despolarização em grupamentos neuronais


restritos a uma área limitada do córtex cerebral, podendo progredir para áreas
adjacentes e até se generalizar secundariamente. As manifestações clínicas
observadas nas crises focais relacionam-se com hiper-ativação das regiões
envolvidas pela descarga crítica. Tal ativação pode gerar hiper-expressão de uma
modalidade de função (contrações musculares, sensações parestésicas,
alucinações visuais, auditivas, e mais), ou uma ativação de circuitos inibitórios
(parada comportamental, atonia focal, anestesia em parte do corpo, amaurose em
um hemicampo visual, afasia).
As crises focais podem comprometer a consciência de forma qualitativa, levando o
indivíduo à perda da noção de si e do meio durante a crise. Existem dois tipos de
crises focais: aquelas que comprometem a consciência, chamadas de "crises
disperceptivas", e aquelas que não comprometem a consciência, conhecidas como
"crises perceptivas". As crises disperceptivas são causadas pela ativação de
circuitos límbicos no lobo temporal, levando a uma perda qualitativa da consciência
e possíveis comportamentos inadequados durante a crise. Já as crises perceptivas
mantêm a percepção do eu e do ambiente ao redor.
Em alguns casos, a perda de vigilância pode ocorrer após a crise, mas isso não
significa necessariamente que a descarga tenha se generalizado. É importante estar
atento aos sinais de evolução da crise, que podem progredir para convulsões
bilaterais. Quando ocorre no hemisfério dominante, a crise pode comprometer
intensamente a relação com o meio, enquanto no hemisfério não-dominante, a
consciência é mais sutilmente afetada.
O foco epiléptico (paroxismo epileptiforme focal) é uma descarga elétrica anormal
em área limitada do cérebro, provocando um potencial anômalo, diferente da
atividade elétrica de base, que se espalha para o escalpo sendo registrado em um
número limitado de eletrodos, em oposição às descargas generalizadas (ou
paroxismos epileptiformes generalizados). Focos epilépticos costumam ocorrer no
EEG de pessoas com epilepsia focal, sem sintomas clínicos associados, ou seja,
como fenômeno interictal, ou intercrítico, o que é mais comum na prática de
eletrencefalografia. Neste caso, ocorrem de forma isolada, sem maior ritmicidade,
em incidência variável no traçado. No momento da crise focal, tornam-se rítmicos,
modificam sua frequência em várias faixas, rápidas e lentas, aumentam seu campo
elétrico (número de eletrodos envolvidos pela descarga), podendo até se espalhar
para todos os eletrodos do escalpo, generalizando-se, com o correlato clínico de
uma crise focal com generalização secundária.
-Crises de Início Generalizado: As crises de início generalizado são caracterizadas
por descargas hiper-sincrônicas que afetam todo o córtex cerebral, resultando em
manifestações motoras bilaterais e simétricas. Essas manifestações podem ser
positivas, como contratura muscular, ou negativas, como atonia ou inibição motora.
Existem diferentes tipos de crises motoras positivas, como as tônicas, mioclônicas,
clônicas e tônico-clônicas. Por outro lado, as crises atônicas são caracterizadas pela
perda súbita do tono muscular, levando à queda. Além disso, existem crises que
combinam fenômenos de ativação e inibição motora, como as mioclono-atônicas,
que também podem resultar em quedas e ferimentos.
Um tipo especial de crise generalizada, mas não convulsiva, é a Ausência, que
causa uma intensa alteração qualitativa da consciência, com envolvimento motor
ausente ou sutil. Nestas crises, o indivíduo perde o contato com o ambiente e
consigo mesmo, apesar de manter os olhos abertos, com um olhar vago. As crises
de Ausência são breves e apresentam um padrão típico de EEG, com descargas
elétricas anormais e clonias palpebrais rítmicas. Descargas de ondas complexas
podem ocorrer sem associação com crise clínica, como um sinal da epilepsia do
paciente. Geralmente duram apenas alguns segundos e ocorrem em diferentes
formas de epilepsia generalizada idiopática, como crises de ausência, mioclônicas
ou tônico-clônicas generalizadas. Em alguns casos, os pacientes podem ter os três
tipos de crises, com predominância de uma delas que define a síndrome.

- Crises de Início Desconhecido: Crises epilépticas podem também ter início


desconhecido, quando as manifestações clínicas não estão bem especificadas, por
exemplo, porque a crise pode ter um sintoma focal inicial seguido por
comprometimento qualitativo da percepção, com amnésia posterior, sem que o
paciente possa narrar os sintomas iniciais. Ou uma crise focal pode ter evolução
tônico-clônica bilateral rápida sem que a fase inicial seja percebida. A descoberta de
um foco epiléptico no EEG, nestes casos, irá sugerir início focal das manifestações.
Crises Epilépticas Não Classificadas são manifestações paroxísticas de natureza
diversa, cuja possibilidade de ter origem epiléptica é presumida, não havendo dados
suficientes para se classificar no momento da anamnese, ou da avaliação clínica do
paciente. Situam-se neste ponto da classificação até que dados mais claros sejam
obtidos com o seguimento do paciente.
DIAGNÓSTICO DA EPILEPSIA

O diagnóstico da síndrome epiléptica envolve uma anamnese detalhada, com foco


nas manifestações para diferenciá-la de fenômenos não epilépticos. O exame físico
deve incluir a observação da pele e do sistema nervoso, buscando possíveis pistas
de distúrbios neurológicos. Um exame neurológico normal não descarta a
possibilidade de lesões cerebrais subjacentes, como malformações corticais ou
tumores. O EEG é o exame complementar mais específico para diagnosticar
epilepsia, mostrando focos epileptiformes intercríticos que podem ajudar no
diagnóstico e no acompanhamento do paciente. Os focos epilépticos nas epilepsias
focais são localizados, enquanto nas generalizadas são difusos, com diferentes
padrões de ondas no EEG. O exame deve durar no mínimo 20 minutos e pode
incluir provas de estimulação, como hiperventilação e foto estimulação, para ativar
os paroxismos e auxiliar no diagnóstico. A ressonância magnética cerebral é o
exame de neuroimagem mais sensível para detectar lesões associadas à epilepsia,
como displasias corticais, tumores e esclerose mesial temporal. É essencial um
diagnóstico preciso para estabelecer o tratamento adequado e melhorar a qualidade
de vida do paciente com epilepsia.

EPILEPSIA MIOCLÔNICA JUVENIL

A Epilepsia Mioclônica Juvenil (EMJ) é a forma mais comum de Epilepsia


Generalizada Idiopática, ocorrendo geralmente na adolescência. Os pacientes não
possuem lesões cerebrais e têm um intelecto normal, com uma base genética para a
doença. As crises mais comuns são abalos mioclônicos nos membros e tronco,
muitas vezes ocorrendo de manhã ou quando o paciente está cansado. Esses
abalos podem ser sutis ou intensos, e costumam ocorrer em grupos. Eventualmente,
pode ocorrer uma primeira crise generalizada tônico-clônica mais pronunciada,
geralmente desencadeada por falta de sono ou consumo de álcool. O diagnóstico é
feito com base na história clínica e no EEG, que mostra padrões característicos.
Diferentemente de outras síndromes epilépticas, a EMJ tende a persistir ao longo da
vida se não for tratada, embora a maioria dos pacientes seja controlada com
medicação adequada. O Valproato de Sódio é uma das drogas de escolha para o
tratamento, embora deva ser evitado durante a gravidez devido ao risco de
malformações.
HISTORIA DA EPILEPSIA

A epilepsia é um distúrbio crónico do sistema nervoso central que afeta mais de 50


milhões de pessoas em todo o mundo (UGO e PERASSOLO, 2000; ESTEVES e
GARRETT, 2001). A palavra epilepsia deriva etimologicamente do verbo grego
επιλαμβανειν (epilamvanein), que significa “ser atacado”, “ser tomado por” (ENGEL e
PEDLEY, 1997).
Desde tempos remotos que a epilepsia tem a si associada uma conotação negativa,
pois já na Grécia Antiga havia a noção de que todas as doenças eram castigos
exercidos pelos deuses ou espíritos malignos contra a pessoa. Assim, a epilepsia
era considerada uma “doença sagrada” (ENGEL e PEDLEY, 1997), dado apresentar
características que se assemelham bastante às das possessões demoníacas ou
insanidade (ENGEL e PEDLEY, 1997). Na Roma Antiga, a epilepsia era conhecida
por morbus comicialis e o termo “comicialidade” vem dessa época: por lei, qualquer
comício era suspenso se algum dos circunstantes fosse acometido de epilepsia
(ESTEVES e GARRETT, 2001).
Para que a palavra epilepsia tenha adquirido o significado particular e específico a
que é hoje associada muito contribuiu Hipócrates que, no séc. V a.C., reconheceu,
pela primeira vez, que a epilepsia não tinha qualquer relação com os poderes
sobrenaturais, mas era antes uma doença do cérebro, que deveria ser tratada por
dietas e medicamentos, em detrimento de “mezinhas religiosas” (ENGEL e PEDLEY,
1997).
Durante a Idade Média houve um agravamento daqueles conceitos, chegando-se a
acreditar que a epilepsia era uma doença contagiosa, sendo, então, os doentes
remetidos ao isolamento hospitalar.
Durante os séculos XVI e XVII ressurgiu a ideia da possessão demoníaca, sendo os
doentes tratados com vários “remédios”, tão desagradáveis e até mesmo brutais
como ineficazes, tais como ventosas, purgas e emplastros.
A abordagem científica do fenómeno epiléptico só viria a iniciar-se em meados do
século XIX, com os trabalhos de John Hughlings Jackson (ENGEL e PEDLEY, 1997;
FILIPE, 1997). Jackson é considerado o pai de uma visão moderna da epilepsia, a
ele se devendo importantes conceitos, como o de existirem diferentes categorias de
crises convulsivas, cada uma das quais com a sua própria fisiologia e semiologia
(ENGEL e PEDLEY, 1997).
Na última parte do século XX foram muitos os desenvolvimentos observados nesta
área científica, para o que contribuíram a implementação de técnicas de
monitorização intracraniana, usadas para avaliar pacientes com crises
intratáveis/refratárias, e certos procedimentos cirúrgicos que visavam a remoção de
tecido neuronal anormal. Estes avanços científicos têm permitido aos investigadores
a possibilidade de pesquisar fenómenos fisiológicos, bioquímicos e moleculares
básicos diretamente nos doentes, estudos esses que, inicialmente, só eram
susceptíveis de ser realizados em modelos animais experimentais (ENGEL e
PEDLEY, 1997; ESTEVES e GARRETT, 2001). Para além das técnicas referidas há
ainda que mencionar os avanços científicos conseguidos com o auxílio da Biologia
Molecular e com a Imagiologia (MAUGUIÉRE e ISNARD, 1995; ENGEL e PEDLEY,
1997). O século XX assistiu também à introdução de medicamentos mais eficazes e
à intensa investigação sobre as causas e os efeitos da epilepsia. O progresso mais
importante e recente, na área da epilepsia, foi à identificação de mutações genéticas
associadas a uma variedade de síndromas epilépticos (LOWENSTEIN, 2002).
Apesar de todos os desenvolvimentos científicos a que temos assistido a epilepsia
ainda hoje tem uma conotação particularmente negativa nas comunidades de
coreanos e japoneses.
CONCLUSÃO

As crises epilépticas podem se manifestar de várias formas, como crises de início


focal, generalizado ou desconhecido, cada uma com características específicas
relacionadas à atividade neural no cérebro. O diagnóstico da síndrome epiléptica
requer uma anamnese detalhada e exame físico minucioso para diferenciá-la de
outros distúrbios neurológicos. A Epilepsia Mioclônica Juvenil é a forma mais comum
de epilepsia generalizada idiopática, ocorrendo na adolescência sem lesões
cerebrais e com base genética. Desde a antiguidade, a epilepsia foi associada a
crenças negativas, sendo considerada uma "doença sagrada" devido à sua
semelhança com possessões demoníacas. Hipócrates foi fundamental na mudança
dessa visão, ao destacar a natureza cerebral da epilepsia e seu tratamento médico.
A evolução da pesquisa na área epileptologia, incluindo técnicas de monitorização
intracraniana e procedimentos cirúrgicos, tem permitido avanços significativos no
entendimento das bases fisiológicas, bioquímicas e moleculares da doença
diretamente em pacientes, rompendo a necessidade de estudos exclusivamente em
modelos animais. É importante frisa que essa doença possui tratamentos, e mesmo
com os avanços, muitos ainda não tem as informações necessárias e acabam
agindo com preconceito.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EPILEPSIA. Disponível em<https://estudogeral.uc.pt/bitstream/10316/15908/3/I-


%20Introdu%C3%A7%C3%A3o.doc>Acesso em 02/04/2024.
EPILEPSIA. Disponível
em<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5477241/mod_resource/content/1/Epilep
sia.doc>Acesso em 02/04/2024.
História da epilepsia: um ponto de vista epistemológico Disponível
em<https://www.scielo.br/j/jecn/a/tzcyyqcCyW9Y64cC3R6hFhx/>Acesso em
02/04/2024.

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