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República de Angola

Governo da Província do Bengo


Ministério da Educação
Escola de Magistério “Kimamuenho”

EPILEPSIA

Disciplina: P.D.A.N.E.E
Especialidade: Instrução Primária
Grupo nº 01
Classe: 11ª
Sala: 2.4
Turma: N
Período: Manhã

INTEGRANTES DO GRUPO:
1. Adão Mussunda

2. Adelardino Prata

3. Adriano João Sambumba

O DOCENTE
______________________________
António Chicomba

Caxito/2021
ÍNDICE

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................
EPILEPSIA.............................................................................................................................................
PRINCIPAIS SINTOMAS.....................................................................................................................
TIPOS DE EPILEPSIA..........................................................................................................................
1. EPILEPSIA FOCAL...............................................................................................................................
2. EPILEPSIA GENERALIZADA.................................................................................................................
COMO CONFIRMAR O DIAGNÓSTICO..........................................................................................
POSSÍVEIS CAUSAS.............................................................................................................................
TRATAMENTO.....................................................................................................................................
PRIMEIROS SOCORROS DURANTE UMA CRISE EPILÉPTICA...............................................
DIFERENÇA ENTRE EPILEPSIA E CONVULSÃO.........................................................................
COMO PROCEDER DURANTE AS CRISES.....................................................................................
COMO LIDAR COM A EPILEPSIA...................................................................................................
MITOS E VERDADES...........................................................................................................................
FATORES DE RISCO...........................................................................................................................
CONCLUSÃO.........................................................................................................................................
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................

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INTRODUÇÃO
A epilepsia é uma doença causada por uma alteração dos sinais cerebrais, podendo
causar desmaios, contrações musculares e respiração ofegante, ela pode ser classificada de
acordo com a área afectada do cérebo, normalmente o tratamento é guiado por um
neurolgista, e a mesma doença pode afectar a qualquer idade e causado por vários factores.

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EPILEPSIA
A epilepsia é uma doença neurológica do sistema nervoso central em que a atividade
do cérebro, os impulsos elétricos dos neurônios e os sinais químicos cerebrais se tornam
anormais, deixando sua atividade desordenada, causando sintomas como convulsões,
movimentos descontrolados do corpo ou alterando o comportamento e as sensações,
podendo levar até a perda de consciência. 
Esta doença neurológica pode ocorrer em qualquer pessoa e em qualquer idade,
podendo ser causada por um traumatismo craniano, AVC(acidente vascular cerebral), câncer
no cérebro ou doenças como meningite ou encefalite, por exemplo, e deve ser diagnosticada
pelo neurologista através de exames como eletroencefalograma ou ressonância magnética, e
avaliação dos sintomas durante a crise convulsiva.
A epilepsia tem cura e deve ser tratada com remédios anticonvulsivantes indicados
pelo médico, como carbamazepina ou fenobarbital, para controlar a atividade cerebral e
evitar novas crises convulsivas.

PRINCIPAIS SINTOMAS
O principal sintoma da epilepsia são as convulsões, também chamadas de crises
convulsivas, ocasionadas pela atividade anormal dos impulsos elétricos cerebrais, que pode
afetar todas as funções do corpo que são coordenadas pelo cérebro. Geralmente, os sinais de
que a pessoa vai ter ou está em crise convulsiva são: 
 Olhar fixo e vago, como se estivesse desligada do mundo;
 Confusão mental;
 Sensação de formigamento nos braços ou pernas;
 Alteração na sensação de cheiros ou sabores;
 Movimentos bruscos incontroláveis dos braços e pernas;
 Tremores;
 Rigidez no corpo;
 Contrações dos músculos que pode causar mordida na língua;
 Incontinência urinária;
 Perda da consciência.

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Normalmente, as crises convulsivas duram de 30 segundos a 5 minutos, porém existem
casos em que podem permanecer por até meia hora e nessas situações pode ocorrer dano
cerebral. 
Além disso, os sintomas da crise epiléptica variam de acordo com o tipo de convulsão,
baseado em como a atividade cerebral anormal começa e, na maioria dos casos, uma pessoa
com epilepsia tende a ter o mesmo tipo de convulsão todas as vezes.

TIPOS DE EPILEPSIA
A epilepsia pode ser classificada em alguns tipos de acordo com a área do cérebro
que tem os impulsos elétricos alterados e desencadeia a convulsão, sendo os principais:

1. EPILEPSIA FOCAL

A epilepsia focal ou parcial ocorre quando as convulsões são provocadas pela


atividade anormal em apenas uma área do cérebro, sendo chamadas de convulsões focais ou
parciais, e que podem ocorrer com ou sem perda de consciência e provocar sintomas mais
leves como sensação de formigamento da perna ou dos braços, ou realizar movimentos
repetitivos, como esfregar as mãos, mastigar, engolir ou andar em círculos, por exemplo. 

2. EPILEPSIA GENERALIZADA

A epilepsia generalizada provoca convulsões que ocorrem quando todas as áreas do


cérebro apresentam atividade elétrica anormal, podendo causar crise de ausência, sendo
muito comum na epilepsia infantil, e são caracterizadas por olhar fixo e vago, ou
movimentos corporais sutis, como piscar de olhos ou morder os lábios, e podem causar uma
breve perda de consciência.
Outros tipos de epilepsia generalizada são a epilepsia mioclônica, que geralmente
causa espasmos repentinos ou contrações dos braços e das pernas, e a epilepsia tônica que
causa o enrijecimento dos músculos das costas, braços e pernas e podem fazer com que a
pessoa caia no chão.
Além disso, quando a pessoa apresenta convulsões epilépticas generalizadas que
causam perda abrupta da consciência, enrijecimento do corpo, tremores generalizados, perda
do controle da bexiga ou mordida na língua, são chamadas de epilepsia tônico-clônica e é
considerada o tipo mais grave de epilepsia.

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COMO CONFIRMAR O DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da epilepsia é feito pelo neurologista, com base nos sintomas que a
pessoa apresentou durante uma crise convulsiva, no histórico clínico e através do exame
físico em que o médico faz testes de comportamento, habilidades motoras e função mental.
Além disso, para determinar a causa das convulsões, o médico pode solicitar exames
de sangue para detectar a presença de infecções, doenças genéticas ou outras condições
como a diabetes, que podem estar associadas a convulsões, e exames como
eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou PET-CT que
avaliam a atividade cerebral ou anormalidades no cérebro. 

POSSÍVEIS CAUSAS
A epilepsia pode afetar indivíduos de qualquer idade, incluindo bebês ou idosos e
pode ser causada por vários fatores como:
 Fatores genéticos, pois pessoas com casos de epilepsia na família, têm maior
risco de desenvolver epilepsia também;
 Traumatismo craniano após bater a cabeça em um acidentes de carro, por
exemplo;
 Doenças neurológicas como Alzheimer, Síndrome de West ou Síndrome
Lennox- Gastaud;
 Doenças cerebrais como AVC, cisto ou câncer no cérebro;
 Baixos níveis de açúcar no sangue ou diminuição do cálcio ou magnésio;
 Doenças infecciosas como a meningite, encefalite viral, neurocisticercose ou
HIV;
 Lesão pré-natal, como malformação do cérebro durante a gestação ou dano
cerebral no nascimento por falta de oxigênio durante o parto;
 Febre alta, principalmente em crianças.
Por vezes, a causa da epilepsia não é identificada e, neste caso, é chamada de
epilepsia idiopática e pode ser desencadeada por fatores como sons fortes, flashes luminosos
ou ficar muitas horas sem dormir, por exemplo.
Geralmente, a primeira crise convulsiva ocorre entre os 2 e os 14 anos de idade e, no
caso de crises convulsivas que ocorrem antes dos 2 anos estão relacionadas com defeitos

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cerebrais, desequilíbrios químicos ou febres muito altas. Já as crises convulsivas que
começam após os 25 anos de idade são provavelmente decorrentes de um traumatismo
craniano, de um AVC ou tumor.

TRATAMENTO
O tratamento da epilepsia deve ser indicado pelo neurologista e inclui o uso de
apenas um ou uma combinação de remédios anticonvulsivantes como fenobarbital, ácido
valpróico ou carbamazepina, por exemplo, para ajudar a controlar a atividade cerebral,
diminuir a frequência e a intensidade das convulsões ou evitar novas crises convulsivas.
Geralmente, após dois anos ou mais sem crises convulsivas, o médico pode reavaliar
o tratamento e até interromper o uso dos medicamentos, mas isto depende da condição da
epilepsia de cada pessoa.
No entanto, quando o uso de remédios não é capaz de controlar as crises epilépticas,
o que caracteriza a epilepsia refratária, o médico pode indicar cirurgia cerebral para remover
a área do cérebro que está causando convulsões.

PRIMEIROS SOCORROS DURANTE UMA CRISE EPILÉPTICA


Durante uma crise epiléptica, deve-se colocar a pessoa deitada de lado para facilitar a
respiração e não se deve mexer nela durante as convulsões, removendo objetos que possam
cair ou machucar a pessoa. A crise deverá passar em até 5 minutos, caso demore mais tempo
é recomendado levar a pessoa ao pronto socorro mais próximo ou chamar uma ambulância.

DIFERENÇA ENTRE EPILEPSIA E CONVULSÃO


A convulsão acontece após alterações na atividade elétrica cerebral que se espalham
por todo cérebro, podendo fazer com que a pessoa morda a língua, apresente sensação de
formigamento ou urine durante a crise. A crise convulsiva pode acontecer em que tem
epilepsia ou por outros fatores que causaram uma mudança no funcionamento cerebral,
como lesões cerebrais, como sangramento, AVC e infecção.

COMO PROCEDER DURANTE AS CRISES


 Coloque a pessoa deitada de costas, em lugar confortável, retirando de perto
objetos com que ela possa se machucar, como pulseiras, relógios, óculos.
 Introduza um pedaço de pano ou um lenço entre os dentes para evitar mordidas
na língua.
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 Não tente, você, segurar a língua da pessoa
 Levante o queixo para facilitar a passagem de ar.
 Afrouxe as roupas.
 Caso a pessoa esteja babando, mantenha-a deitada com a cabeça voltada para o
lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva.
 Quando a crise passar, deixe a pessoa descansar.
 Verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de
emergência que possa sugerir a causa da convulsão.
 Nunca segure a pessoa (deixe-a debater-se)
 Não dê tapas
 Não jogue água sobre ela.

COMO LIDAR COM A EPILEPSIA


 Tomar os medicamentos
 Não ingerir bebidas alcoólicas
 Não passar noites em claro
 Ter uma dieta balanceada
 Evitar uma vida estressada demais.

MITOS E VERDADES
 Mito: epilepsia não é uma doença mental
 Mito: pacientes com epilepsia podem dirigir, desde que estejam sob uso de
medicação antiepiléptica e se estiver há um ano sem crise epiléptica
 Verdade: estresse é desencadeador de crise epiléptica
 Verdade: a epilepsia atinge pessoas de todas as idades
 Verdade: pessoas com epilepsia podem ter uma vida normal.

FATORES DE RISCO
Dormir mal, estresse e não tomar as medicações são os principais fatores que
levam a crises em quem já tem epilepsia, além de luzes fortes e intermitentes. Entretanto, é
importante ressaltar que esse fatores não causam crises em quem não tiver a predisposição.

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CONCLUSÃO
Portanto, a eplepsia tem cura através remédios anticonvulsivantes indicados pelo
médico especializado os mesmos remédios servem para diminuir as constantes convulsões
ou evitar novas crises convulsivas, durante uma crise epiléptica que pode durar até 5
minutos, deve-se seguir com as regras recomendadas como colocar a pessoa deitada de lado
e não se deve mexer nela durante as convulsões, removendo objetos que possam cair ou
machucar a pessoa durante a crise.

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BIBLIOGRAFIA
Ministério da Saúde
Ciro Martinhago, médico graduado, com residência em Genética Médica pelo HCRP-USP e
título de especialista em genética clínica pela SBGC - CRM 102030/SP
Lécio Figueira, neurologista e vice-presidente da Assossiação Brasileira de Epilepsia
Liga Brasileira de Epilepsia (LBE)
↑Newton CR, Garcia HH (setembro de 2012). «Epilepsy in poor regions of the
world». Lancet. 380 (9848): 1193–201. PMID 23021288. doi:10.1016/S0140-
6736(12)61381-6

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