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República de Angola

Ministério da Educação
Escola de Magistério “Kimamuenho”

TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA


DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Tema:
Critérios de Avaliação da Disciplina de Práticas

Especialidade: Instrução Primária


Grupo n. º: 01
Classe: 12ª
Sala: 1.7
Turma: G
Período: Manhã
O DOCENTE
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Salvador Jorge Leitão Ribeiro

Caxito 2022/2023
Tema:
Critérios de Avaliação da Disciplina de Práticas

Nº Integrantes do grupo: Classificação O.B.S


1. Adelardino Prata Gonçalves
2. Adriano João Sambumba
3. Ana da Cruz
4. Angelina Simão
5. Anita Domingos Mulo
6. António Lopes Lando
7. Biliana Francisco Diogo
8. Catarina Manuel António

Especialidade: Instrução Primária


Grupo n. º: 01
Classe: 12ª
Sala: 1.7
Turma: G
Período: Manhã

ÍNDICE
Títulos Páginas
CITAÇÃO....................................................................................................................................................2
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................2
CRITÉRIOS E AVALIAÇÃO....................................................................................................................2
PROCEDIMENTOS GERAIS A CONSIDERAR E CARATERÍSTICAS DOS CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO NA DISCIPLINA DE PRÁTICAS....................................................................................2
AVALIANDO COM CRITÉRIO...............................................................................................................2
MODALIDADES DE AVALIAÇÃO.........................................................................................................2
IMPORTÂNCIA DO CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS..................2
CONCLUSÕES............................................................................................................................................2
BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................................................2
CITAÇÃO
“ O critério depende de um conjunto de decisões que tomamos. O critério define o que
queremos como resultado de nossa atividade e, desse modo, estabelecer a direção tanto para o acto
de ensinar quanto para o de avaliar” (LUCKESI, 2011, p. 412).

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INTRODUÇÃO
Os critérios de avaliação constituem referenciais na escola, sendo operacionalizados pelos
professores da turma, ele analisa as avaliações propostas por cada disciplina que leciona e é
responsável pela classificação atribuída ao aluno no final de cada período, doravante abordaremos
sobre os critérios de avalição directamente nas práticas Pedagógicas, Procedimentos Gerais e
Caraterísticas dos Critérios de Avaliação na Disciplina de Práticas e as modalidades de avaliações.

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CRITÉRIOS E AVALIAÇÃO
A palavra critério vem do latim criterium e do grego kriterion, que quer dizer discernir.
Em sua acepção comum, é uma regra que se aplica para julgar a verdade. No sentido filosófico, é
um signo ou característica que permite avaliar uma coisa, uma noção, ou apreciar um objeto. É o
que serve de fundamento a um juízo. Uma avaliação, por sua vez, é um exame ou um processo de
qualificação (que consiste em atribuir um valor em função das qualidades).

Pode-se dizer que critério de avaliação é um princípio que se toma como referência para
julgar alguma coisa ou é uma possibilidade de avaliação pautada em objetivos claros, preocupada
em verificar o nível de apropriação dos conhecimento pelos alunos, para além da atribuição de
notas, conceitos.... “Com toda a dificuldade que temos para definir critérios, uma coisa é certa: é
imprescindível que eles sejam claros e precisos. Os critérios tornam as "regras do jogo “mais
explícitas e podem ser mais adequados, quanto maior for a integração entre professores e alunos”.

Os critérios de avaliação, por conseguinte, centram-se na teoria e na prática. Cada aluno


deve demonstrar nos testes de avaliação que compreendeu os conteúdos e que está em condições
de os aplicar. Dominar estas duas dimensões supõe a aquisição das aptidões por parte do
indivíduo.

Peguemos no caso da disciplina de Língua. Os critérios de avaliação que usam os docentes


de um determinado curso apontam para que os alunos demonstrem a sua capacidade de
compreender um texto, resumi-lo e descrevê-lo com as suas próprias palavras. Desta forma, na
hora de realizar uma prova, os professores dão um artigo jornalístico de cinquenta linhas aos
alunos e pede-lhes que a resumam em dez linhas.

Ainda lhes dá indicações no sentido de descreverem esse mesmo acontecimento narrado


pelo repórter, mas por outras palavras. Uma vez que os estudantes entregam as folhas de exames,
os docentes aplicam os critérios de avaliação para determinar, de acordo com o demonstrado, se
cada aluno preencheu os requisitos e os méritos necessários para aprovar ou não.

PROCEDIMENTOS GERAIS A CONSIDERAR E


CARATERÍSTICAS DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO NA
DISCIPLINA DE PRÁTICAS
A seguir apresentam-se alguns procedimentos considerados relevantes para se definirem
critérios de avaliação nas Práticas Pedagógica e as respetivas descrições dos níveis de
desempenho, indicadores ou descritores.

1. Analisar o que se espera que os alunos devem saber e ser capazes de fazer tendo por
referência o currículo e todos os seus elementos ou componentes.
2. Definir critérios (caraterísticas fundamentais) a partir das aprendizagens a realizar. Deve
ficar claro o que os alunos devem ser capazes de fazer nas propostas de trabalho, ou nas
tarefas, que lhes são propostas. A definição dos critérios deve ser fruto de um trabalho

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colaborativo entre os docentes sendo certo que normalmente é um processo que exige um
esforço de consensualização.
3. Selecionar as tarefas ou propostas de trabalho e os procedimentos de recolha de
informação que permitam avaliar tão rigorosamente quanto possível o que os alunos
devem saber e ser capazes de fazer através dessas tarefas.
4. Ter em conta níveis da qualidade do desempenho dos alunos (por exemplo, muito claro,
claro, pouco claro, muito confuso; muito profundo, profundo, pouco profundo, sem
qualquer profundidade). No fundo trata-se de definir a qualidade do que os alunos sabem e
são capazes de fazer na tarefa que lhes é proposta.
5. Encontrar formas de moderação entre os docentes, de modo a ser claro para todos o
significado de cada critério e das respetivas descrições dos níveis de desempenho. Desta
forma, contribui-se para melhorar a qualidade das avaliações internas e, consequentemente,
a sua credibilidade.
6. Informar os alunos de forma muito clara, através de exemplos, como são avaliados os seus
desempenhos nas tarefas que lhes vão sendo propostas. A informação deverá ser fornecida
antes de cada tarefa.

Para além destes procedimentos gerais, deve ter-se em conta que os critérios deverão ter
algumas características que são fundamentais para que se possam utilizar numa variedade de
processos de recolha de informação. A Figura 1 mostra algumas importantes características a
considerar na definição de critérios.

Uma das características que tem de merecer a nossa melhor atenção na definição de
critérios será, com certeza, a adequação já que qualquer critério tem de traduzir fielmente o que é
que, no currículo, está definido como sendo importante aprender e/ou saber fazer.

Caraterísticas Descrição
Cada critério representa um aspeto relevante do que se espera que os
Adequação alunos aprendam em relação a um domínio ou a um tema de uma dada
disciplina, tal como definido no currículo (finalidade).
Cada critério é passível de ser claramente compreendido por
Clareza professores e alunos; o seu significado e os seus limites devem poder
descrever-se e explicar-se sem dificuldades.
Cada critério deve permitir descrever um nível (uma qualidade) de
Observável desempenho do aluno que possa ser identificável por qualquer pessoa
para além do próprio aluno.
Cada critério identifica um e um só aspeto da aprendizagem
Independência
evidenciado pelo desempenho que se pretende avaliar.
Os critérios, no seu conjunto, descrevem todas as aprendizagens
Completude
relevantes que o desempenho dos alunos deve permitir avaliar.
Descrição de níveis Para cada critério é possível considerar-se um dado número de
de desempenho descrições de níveis de desempenho que representam um continuum de
qualidade.

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Figura 1. Caraterísticas fundamentais a considerar na elaboração de critérios (Adaptada de Brookhart,
2013, p. 25).

AVALIANDO COM CRITÉRIO


A intencionalidade se estende à forma de como se trabalham os conteúdos, pois também
está ligada a uma determinada concepção de educação, de homem e de natureza. Assim, a
intencionalidade, no recorte que se faz de um conhecimento, está presente tanto na seleção de
conteúdo a serem trabalhados quanto na forma que eles são abordados.

Os critérios decorrem dos objetivos; isto é, uma vez selecionados, eles deverão ser
sistematizados. Cabe ao professor definir os critérios que serão utilizados para avaliar o
conhecimento do aluno. Para tanto, eles devem ser pensados no momento da elaboração do plano
de trabalho docente e acompanhar a prática pedagógica, sendo valorados pelo respectivo sistema
de avaliação.

Os critérios são apontados como o ponto de partida para a qualificação da valoração dos
objetivos propostos, dos conteúdos e da metodologia adotada, bem como da expectativa de
aprendizagem do aluno. Precisam indicar com clareza as ações executadas pelos alunos nos
momentos de ensino e aprendizagem e, elucidar os rankings que eles possam alcançar.

Anijovich e Gonzalez (2011) apresentam uma abordagem que contempla a avaliação por
meio de critérios em forma de listas de comparação, escalas de valoração e matrizes de valoração.
As listas de comparação consistem em uma série de aspectos, características, qualidades e ações,
ou seja, critérios observados sobre um processo de ensino e aprendizagem, que são registrados em
uma lista com dupla opção de comparação, como exemplifica o Quadro 1.

Quadro 1 – Lista de comparação ou observância de critérios

CRITÉRIOS Não cumpriu Cumpriu

Explica o procedimento que usou


Utiliza gráficos e tabelas na
explicação
Acompanha as etapas da ação
Usa procedimentos alternativos
Atinge os objetivos
Responde aos questionamentos do
professor
Dialoga com os colegas sobre o
tema
Demonstra interesse em aprofundar
o tema

De acordo com o Quadro 1, a lista de comparação ou os critérios analisados são


instrumentos de verificação e monitoramento, pois revela, de uma maneira simples, a presença ou
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ausência de desempenho do aluno, seus avanços ou não, mediante uma prática pedagógica. O uso
da lista de comparação ou observância dos critérios pelos alunos e professores oportuniza a
avaliação criterial dos envolvidos, no sentido de viabilizar o ajuste do processo de ensino e
aprendizagem.

MODALIDADES DE AVALIAÇÃO
A avaliação no final de cada período letivo deverá traduzir o trabalho e desempenho do
aluno desde o início do ano letivo até esse momento específico de avaliação, tendo em conta que o
1º diagnóstico é uma análise inicial, feita geralmente no início do período letivo, com o objetivo
de verificar o que o aluno já sabe e o que ele precisa aprender e 2º períodos de avaliação têm
carácter formativo, o acompanhamento do aluno e deve ser realizada durante todo o período letivo,
formalizando-se o processo de avaliação sumativa no 3º período para classificar os alunos
mediante os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos. Ao longo do ano letivo, devem
ser promovidos com os alunos momentos de autoavaliação e heteroavaliação e ainda de reflexão
sobre o seu desempenho escolar.

A avaliação incide sobre as aprendizagens desenvolvidas pelos alunos, tendo por referência
as Aprendizagens Essenciais, que constituem orientação curricular de base, com especial enfoque
nas áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Em Práticas Pedagógicas como em outras áreas a avaliação sumativa :

 Formaliza-se no final de cada período letivo


 Acontece sempre que o professor sinta necessidade de fazer um balanço das aprendizagens
do grupo turma.
 Pode ser realizada por meio de um teste, um texto, um mapa de conceitos, ou outra forma.

As Práticas Pedagógicas sendo disciplina constantes dos planos curriculares são objeto de
classificação na escala de 0 a 20 valores.

Sempre que se considere relevante, a classificação é acompanhada de uma apreciação


descritiva sobre a evolução da aprendizagem do aluno, incluindo as áreas a melhorar ou a
consolidar a inscrever na ficha de registo de avaliação.

Correspondência entre as menções quantitativa e qualitativa

Menção quantitativa Menção qualitativa

17,5 – 20 Valores Muito bom

13,5 – 17,4 Valores Bom

9,5 – 13,4 Valores Suficiente

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0 – 9,4 Valores Insuficiente

IMPORTÂNCIA DO CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO NAS


PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
A avaliação escolar é tida como uma maneira de diagnosticar a aprendizagem tanto
individual quanto coletiva dos alunos. E ela pode trazer benefícios para estudantes e educadores.

Em relação aos alunos, existe a possibilidade dele verificar o andamento de seu


aprendizado e buscar métodos para impulsionar seu desenvolvimento. Já na questão dos
educadores, eles conseguem verificar se os estudantes atingiram as metas definidas. Em caso
negativo, é possível trazer novo rumo à metodologia de ensino para que os objetivos sejam
alcançados, uma das vias para se acompanhar o processo de aprendizagem. O critério define o que
queremos como resultado de nossa atividade e, desse modo, estabelecer a direção tanto para o ato
de ensinar quanto para o de avaliar. Serve de base para o julgamento do nível de aprendizagem
dos alunos e, consequentemente, do ensino do professor. Portanto, o estabelecimento de critérios
tem por finalidade auxiliar a prática pedagógica do professor, posto que é necessário uma
constante apreciação do processo de ensino/aprendizagem.

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CONCLUSÕES
Portanto, concluímos que avaliação define, em muitos sentidos, o percurso escolar dos
alunos, pela avaliação, cada vez mais uma exigência social, que o aluno progredi nos ciclos da
escolaridade obrigatória, colocando-se marcos escolares que traduzem, em termos qualitativos ou
quantitativos.

Como tudo se traduz numa caminhada com regras, professores, alunos e encarregados de
educação necessitam de esclarecer não só o que se exige em cada etapa, bem como o que se torna
necessário estabelecer como critério. Uma escola orientada para o sucesso só pode ser uma escola
com critérios de avaliação estabelecidos e compreendidos por todos os intervenientes em função
do que é oficializado no currículo nacional e no projecto curricular de escola.

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BIBLIOGRAFIA
Equipe editorial de Conceito.de. (3 de Fevereiro de 2017). Conceito de critério.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico. Cortez: São Paulo,
2011.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. COORDENAÇÃO DE GESTÃO
ESCOLAR. O que são critérios de avaliação?
Disponível em: http://mariocz.files.wordpress.com/2009/05/criterios_avaliacao .pdf . Acesso em
29/09/11.
Fernandes, D. (2011). Articulação da aprendizagem, da avaliação e do ensino: questões teóricas,
práticas e metodológicas. In J.-M. De Ketele & M. P. Alves (Orgs.), Do currículo à avaliação, da
avaliação ao currículo (pp. 131-142). Porto Editora.

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