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FOI-SE O TEMPO EM QUE UMA CANETA BIC VERDE E OUTRA VERMELHA ERAM BOAS

FERRAMENTAS PARA CORRIGIR TRABALHOS.


Hoje existem outros métodos de avaliação mais eficazes e que possibilitam aos professores
inovarem nas atividades realizadas em sala de aula.
Um deles é a avaliação por rubricas, que você vai conhecer logo mais. Confira:
1. O que é uma rubrica de avaliação
2. Tipos de rubrica
3. Os 4 itens da avaliação por rubricas
4. Características que suas rubricas de avaliação devem ter
5. Como fazer a avaliação por rubricas

O QUE É UMA RUBRICA DE AVALIAÇÃO


Uma rubrica é uma ferramenta avaliativa que tem como função definir e explicitar as expectativas
de aprendizagem em relação a uma determinada tarefa, por meio de uma tabela a que todos os
estudantes têm acesso.
Ela serve para dar objetividade a critérios de avaliação, que sempre devem ser explicados para a
turma antes do início da atividade. Não é possível reutilizar a mesma rubrica para tarefas
diferentes, pois ela é construída de acordo com os objetivos de aprendizagem e etapas de cada
atividade.
Uma rubrica é um método complementar às diferentes formas de avaliação usadas em escolas,
como as tradicionais provas escritas e as listas de exercícios.
Essa definição é das professoras e pesquisadoras da Portland State University Dannelle Stevens e
Antonia Levi, que são referências internacionais nesse método de avaliação. Em 2005 elas
publicaram o livro “Introduction to Rubrics”, um guia para educadores que querem saber mais
sobre a ferramenta.
Geralmente, as rubricas de avaliação descrevem as expectativas de aprendizagem de uma atividade
a partir de 3 a 5 níveis de performance. Esses níveis não são binários, ou seja, não determinam o
que é certo ou errado. É preciso incluir etapas intermediárias, em que devem ser descritas as ações
esperadas, como uma espécie de escala.
A atividade deve ser dividida em dimensões ou critérios avaliativos, que contemplem as habilidades
necessárias para realizá-la. Por isso, a avaliação por rubricas é indicada para trabalhos mais
complexos, como seminários, projetos, debates, redações e entregas multimídia.

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❗IMPORTANTE: a avaliação por rubricas só será eficaz se você tiver clareza sobre os objetivos de

aprendizagem e as habilidades que devem ser desenvolvidas com a atividade proposta. Antes de
criar sua rubrica, capriche no plano de aula.
A principal vantagem da avaliação por rubricas é a agilidade de feedback. O estudante entende
rapidamente por que recebeu determinada nota, o que poderia ter feito para melhorá-la e quais
são suas dificuldades em relação ao conteúdo.
Outra vantagem é a agilidade de correção dos trabalhos. Montar uma rubrica para cada atividade
proposta em sala leva tempo, sim. Mas o esforço é compensado na hora de fechar as notas, pois
cada dimensão e nível de desempenho já foi previamente associado a uma pontuação ou peso.
>>> Qual o papel do professor na reinvenção da educação? Estes 4 educadores respondem
TIPOS DE RUBRICA
Existem dois tipos de rubricas de avaliação, classificadas de acordo com a quantidade de critérios e
níveis de desempenho.
RUBRICAS HOLÍSTICAS
A atividade é avaliada como um todo. O desempenho do estudante é descrito em uma frase, que
contempla diferentes atributos.
Confira um exemplo:
 “A redação demonstra o bom uso da norma culta da Língua Portuguesa,
aprofunda as informações apresentadas em sala de aula, é objetiva e bem
organizada”.
Reparou que ela abrange dimensões como respeito à norma culta, profundidade de pesquisa e
estrutura do conteúdo de um texto?
RUBRICAS ANALÍTICAS
As rubricas analíticas servem para avaliar essas dimensões separadamente, descrevendo cada item
de acordo com o nível de desempenho.
Também é possível atribuir pesos para cada critério e incluir uma coluna com o desempenho geral.
>>> Como escolher a melhor pós-graduação em educação
OS 4 ITENS DA AVALIAÇÃO POR RUBRICAS
Cada rubrica é única, construída a partir dos objetivos de aprendizagem da atividade pedagógica.
Mas ela deve conter 4 componentes, pelo menos:

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1. Descrição detalhada da tarefa: os estudantes devem saber o que se espera deles
e o que devem fazer para atingir os resultados esperados;
2. Dimensões da tarefa: os aspectos que serão avaliados;
3. Escala de desempenho: deve trazer os diferentes níveis de desempenho, inclusive
intermediários;
4. Descrição dos níveis de desempenho: breve explicação sobre o que a turma
precisa fazer para atingir cada um dos níveis.
>>> A importância da avaliação diagnóstica para a retomada das aulas presenciais
CARACTERÍSTICAS QUE SUAS RUBRICAS DE AVALIAÇÃO DEVEM TER
Pensando em colocar o método de avaliação por rubricas em prática?
Tenha em mente as seguintes características quando for montar sua rubrica:
 Facilidade: a rubrica deve facilitar a avaliação de problemas complexos;
 Objetividade: a avaliação deve ser feita de forma objetiva. Quando houver
critérios mais subjetivos como “criatividade”, o professor deve descrever o que
considera um trabalho criativo e quais suas características;
 Granularidade: o processo de avaliação deve ser dividido. As partes pequenas
devem ser bem definidas para ajudar a determinar o nível de compreensão do
estudante;
 Gradativa: a rubrica deve conter uma explicação gradual do desempenho que se
espera do estudante em relação a uma tarefa individual ou em grupo;
 Transparência: toda a turma deve saber quais são os critérios de avaliação, para
terem maior controle sobre o aprendizado;
 Herança: toda rubrica deve contemplar as características do método avaliativo
principal determinado pela escola ou pelos docentes;
 Associativa: a rubrica deve estar alinhada ao tipo de avaliação, como a
diagnóstica, a formativa, a somativa e a comparativa;
 Reutilização: a rubrica pode ser reutilizada, desde que seja revisada e atualizada
antes do início do novo ciclo de avaliação;
 Padronização: a rubrica deve padronizar a avaliação de cada estudante, para
assim os ajudar a desenvolver habilidades mais complexas;
 Clarificação: a rubrica deve ser usada como um meio de comunicação com a
turma para explicitar as expectativas de aprendizagem.

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para você! Em aulas 100% online, você vai aprender novas metodologias de ensino com quem já
está reinventando a educação.

COMO FAZER A AVALIAÇÃO POR RUBRICAS


O primeiro passo é ter o seu plano de aula pronto, ou seja, já ter definido o conteúdo, a
metodologia, os recursos e os objetivos de aprendizagem. Lembre-se de que a avaliação é o último
ponto a ser definido, pois deve ser coerente com a atividade que você vai propor para a turma.
Plano de aula fechado? É o momento de definir os critérios avaliativos e os níveis de desempenho:
CRITÉRIOS AVALIATIVOS
A partir dos objetivos de aprendizagem planejados, defina o que você pretende avaliar durante a
atividade. Podem ser medidos por pesos e pontuações.
Veja abaixo um modelo de planejamento dos critérios avaliativos das rubricas:

DIMENSÕES DESCRIÇÃO DE UM DESEMPENHO EXEMPLAR

Conhecimento/Compreensão O estudante demonstra um conhecimento profundo so


o conteúdo ao usar informações relevantes para defen
20% o seu ponto de vista. Pesquisou outros assuntos além
que foi visto em sala.

Pensamento crítico O estudante defende uma tese que está alinhada com
necessidades socioeconômicas da comunidade, além
30% apresentar domínio de conceitos.

Comunicação O estudante soube expressar com clareza e objetivid


suas ideias e respondeu as dúvidas dos colegas.
20%

Uso de recursos multimídia O estudante usou recursos multimídia ao longdo


apresentação para exemplificar seu ponto de vista e aju
20% os seus colegas a entenderem o assunto.

Habilidades de apresentação O estudante fala com clareza, articulando bem as palav


e com uma voz alta o suficiente para ser ouvida pela tur
10% Mantém contato visual e usa gestos para engajar a plate

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NÍVEIS DE DESEMPENHO
O número de níveis pode variar, de acordo com a complexidade da tarefa. O mais importante é que
estejam previstos níveis intermediários.
Você pode usar escalas como:
 Atendeu aos objetivos: descrever o que o estudante deve fazer para atingir a
maior pontuação em relação a um determinado critério. Qual será a evidência de
aprendizagem?
 Atendeu parcialmente aos objetivos: descrever o que o estudante fez e deixou
de fazer para atingir um nível intermediário da escala.
 Não atendeu aos objetivos: descrever o que o estudante fez (ou deixou de fazer)
para não atender ao critério avaliativo.
Confira um exemplo abaixo:

DIMENSÕES Atendeu aos objetivos Atendeu parcialmente a

Conhecimento/Compreensão O estudante demonstra um O estudante demonst


conhecimento profundo sobre o sobre o conteúdo ao
20% conteúdo ao usar informações relevantes relevantes para defende
para defender o seu ponto de vista. vista.
Pesquisou outros assuntos além do que
foi visto em sala.

Pensamento crítico O estudante defende uma tese que está O estudante defende u
alinhada com as necessidades alinhada com as
30% socioeconômicas da comunidade, além socioeconômicas da com
de apresentar domínio de conceitos.

Comunicação O estudante soube expressar com clareza O estudante soube


e objetividade suas ideias e respondeu as objetividade suas ideia
20% dúvidas dos colegas. maioria das dúvidas dos

Uso de recursos multimídia O estudante usou recursos multimídia ao O estudante usou rec
longo da apresentação para exemplificar pontualmente para
20% seu ponto de vista e ajudar os seus ponto de vista e ajudar

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colegas a entenderem o assunto. entenderem o assunto.

Habilidades de apresentação O estudante fala com clareza, articulando O estudante fala com cl
bem as palavras e com uma voz alta o bem as palavras e com
10% suficiente para ser ouvida pela turma. suficiente para ser ouvid
Mantém contato visual e usa gestos para
engajar a plateia

MODELOS DE RUBRICAS DE AVALIAÇÃO PARA SE INSPIRAR


Existem ferramentas online pagas e gratuitas para você fazer suas rubricas:
 Rubrick Maker
 Quick Rubric
 Rubistar
 Rubric Scorer
 Extensão OrangeSlice para Google Docs
O Microsoft Teams, o Moodle e o Google Classroom também contam com ferramentas para criação
de rubricas, caso sejam usados para as aulas online na escola em que você trabalha.
Você pode criar suas rubricas no Microsoft Word e no LibreOffice, como propuseram as
pesquisadoras Dannelle Stevens e Antonia Levi. Elas disponibilizaram modelos nesses formatos, em
inglês.

Avaliação por rubrica: como esse instrumento pode ajudar na avaliação durante o período de
Educação Remota?
 por Matheus Gobbi
 11/09/2020
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×
Na maioria das vezes, esquecemos que os alunos precisam saber como estão sendo avaliados, quais
são as habilidades, conhecimentos e/ou atitudes que você espera que eles desenvolvam a partir de
determinada situação didática.
É como se fosse um “contrato” ou um acordo. No momento em que você sabe o conteúdo que vai
abordar, escolhe a metodologia e os recursos que vai utilizar para isso e pensa em objetivos (o que

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você quer que o seu aluno aprenda?) e em avaliações (como identificar evidências de que aquele
ou aqueles objetivos foram ou não alcançados pelos estudantes?) que farão parte de um
planejamento integrado, concomitante. Não se deve escolher como avaliar depois que todo
conteúdo foi ministrado.
Além disso, a estrutura dos objetivos e a escolha da avaliação deve estar de acordo com a forma
que você abordou o conteúdo. Por exemplo, se você está enviando materiais para que os alunos
aprendam conceitos (videoaulas e textos), solicitando leituras ou que assistam a um vídeo; sem
propor pesquisas, desafios, aprofundamentos ou fóruns de discussão, faria sentido você ter como
objetivos “Trabalhar em grupo e colaborar com o colega” ou “Elaborar argumentos bem
construídos e fundamentos”?
Como a metodologia que você usou permitiu que os estudantes exercitassem essas habilidades?
Em que momento os alunos puderam desenvolver o trabalho em grupo ou a construção de
argumentos? Da mesma forma…. se você aplicar uma prova individual com questões de múltipla
escolha, como vai conseguir “medir” se os alunos trabalharam em grupo?
Para que isso fique mais claro, tente fazer o exercício abaixo. Para isso, pense em um conteúdo que
ministraria em uma aula ou em uma sequência de aulas.

Conteúdo Objetivos Metodologia Recursos Forma

O que você gostaria Como


O que você fará para
que o seu aluno O que você usará identifi
Qual o tema da sua aula? que o seu aluno alcance
aprendesse? O que como material de
Quais os objetivos? Como você
você gostaria que ele para trabalhar a Como
conceitos/habilidades ou vai conduzir a aula para
fizesse após a situação metodologia? Um objetiv
atitudes você vai que ele desenvolva o
de aprendizagem que livro? Um vídeo? não?
trabalhar? que você apontou como
você elaborou e Uma lousa? também
objetivo?
aplicou? atingid

Esse planejamento pode ser apresentado aos alunos para que, durante o processo de
aprendizagem e ao final dele, ele possa saber, de maneira muito clara, como foi avaliado, o que
conseguiu desenvolver, onde errou e definir novos caminhos de aprofundamento ou de reforço,
por exemplo.

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Partindo disso, para ajudá-lo a elaborar instrumentos de avaliação objetivos, esse material descreve
o uso da rubrica e como ela poderá ajudá-lo nesse período de educação remota.
A rubrica é um instrumento de avaliação apresentado na forma de tabela, construída e modificada
com base nos critérios específicos (relacionados a uma atividade ou qualquer outra tarefa) que se
deseja avaliar.
Para elaborar uma rubrica, é importante saber claramente quais critérios são importantes para
você avaliar o estudante e, caso haja, qual a ordem de importância de cada um desses critérios
(você poderá atribuir pesos diferentes a eles). .
Uma das principais características desse instrumento é tornar os critérios de avaliação objetivos e
explícitos. Se possível, é importante escrever uma pequena descrição para que o aluno entenda
quais são os níveis intermediários em relação ao objetivo esperado. Além disso, ela deve ser
apresentada e discutida com os alunos antes de ser aplicada a um determinado contexto para que
eles saibam quais serão os critérios de avaliação e possam direcionar sua aprendizagem para
cumpri-los.
Veja um exemplo de uma rubrica para avaliar a participação em um fórum de discussão online:

Critério de
4 pontos 3 pontos 2 pontos 0p
Pontuação

Respondeu a postagem Respondeu a postagem


Respondeu a postagem
principal do Fórum com principal do Fórum com
principal do Fórum com
conteúdos e/ou conteúdos e/ou
conteúdos e/ou argumentos Nã
argumentos coerentes e argumentos coerentes e
coerentes e articulados com ati
articulados com o tema articulados com o tema
Interação o tema proposto e interagiu
proposto e interagiu com proposto e não interagiu
(peso:35%) com mais de um colega.
1 dos colegas. com colegas.

A resposta é completa, tem A resposta é completa, A resposta é completa e Nã


relação com a temática e tem relação com a tem relação com a ati
indica diversos (mais de um) temática e indica um temática. Porém, não indica
Conteúdo da materiais complementares material complementar outros materiais
Postagem decorrentes de pesquisas: decorrente de pesquisas: complementares correlatos
(peso:35%) sites, artigos, blogs, sites, artigos, blogs, à temática.

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podcasts. podcasts.


Registrou a postagem Registrou a postagem de 2 po
Registrou a postagem dentro
após 1 dia do prazo à 7 dias após o prazo é
do prazo estabelecido no
Cronograma estabelecido no estabelecido no ap
cronograma.
(peso: 30%) cronograma. cronograma. es
cro

As rubricas podem ser utilizadas para classificar qualquer atividade e/ou comportamento: redações,
trabalhos de pesquisa, apresentações, projetos. Seguem algumas considerações importantes sobre
esse instrumento de avaliação:
 As rubricas devem ser feitas especificamente para uma tarefa. Não há como usar a mesma
rubrica em tarefas diferentes.
 As rubricas precisam descrever níveis de desempenho ou competências, deixando claro o
“nível” intermediário e não apenas os dois extremos. Além disso, se você usar palavras
subjetivas na rubrica, ela perderá a sua especificidade. Por exemplo: criatividade. É preciso
deixar explícito quais os critérios para avaliar criatividade.
 A rubrica prepara o caminho para um feedback ágil e de fácil compreensão, especialmente
se foi discutida com os estudantes antes da realização da tarefa. A agilidade e a clareza
do feedback são um dos fatores que permite aos estudantes a superação de suas dificuldades.
Pense no seguinte exemplo:
João recebe a nota da apresentação do projeto que elaborou como avaliação final da disciplina de
Ciências. A nota foi sete. Embora não considerasse uma nota muito baixa, ficou pensando no que
poderia ter sido feito de diferente para que o projeto alcançasse uma nota maior e ele tivesse mais
chances de ganhar o prêmio da feira de Ciências. Decide ir até o seu professor e pergunta:
“Professor, você poderia me explicar por que o meu projeto não atingiu a nota máxima? O
professor responde: “João, você fez uma ótima apresentação, mas o projeto poderia ser mais
criativo e exequível”.
João continuou sem resposta pois não sabia como o “criativo” e o “exequível” foram avaliados,
quais foram os critérios e como isso poderia ser modificado em seu projeto.
Como uma rubrica resolveria essa situação?
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Criatividade e exequibilidade seriam dois dos critérios de avaliação estabelecidos para avaliar os
projetos finais da disciplina de Ciências e, dessa forma, todos os estudantes teriam parâmetros para
se basear no momento de construir o projeto. Essa seria uma rubrica acordada para ficar disponível
e visível a todos os estudantes. Veja, esse exemplo:
Rubrica para construção de projetos:

Critério de
4 pontos 3 pontos 2 pontos
Pontuação

A proposta une A proposta une


conhecimentos de conhecimentos de A proposta envolve
diferentes disciplinas, não diferentes disciplinas. apenas um tópico da
foi apresentada por outros Porém, é baseada em disciplina de Ciências e
alunos em anos anteriores e experiências já reproduz projetos já
envolveu pesquisas que apresentadas por outros realizados em anos
Criatividade (peso: estão além dos materiais alunos em anos anteriores.
30%) indicados pelo professor. anteriores.

O projeto não envolve


O projeto envolve
materiais de difícil
O projeto não envolve materiais de difícil
aquisição, não precisa de
materiais de difícil aquisição e precisa ser
um profissional específico
aquisição, mas precisa do realizado em
para realizar alguma etapa,
Exequibilidade (peso: acompanhamento de um laboratórios com alguns
pode ser feito em casa ou
30%) profissional específico. instrumentos
na escola e não apresenta
específicos.
riscos para os envolvidos.

O projeto está O projeto está O projeto está ligado à


Aderência à temática especificamente parcialmente ligado à área de Ciências mas
– sustentabilidade e relacionado à temática. temática uma vez que não não especifica a relação
Educação Ambiental faz menção à com a Educação
(peso: 20%) sustentabilidade mas está Ambiental ou
na área de Educação sustentabilidade.

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Ambiental.

O projeto não envolve custo O projeto não envolve um O projeto envolve um


alto (há menção à aquisição custo alto mas não há custo alto e não há
de patrocinadores e planejamento sobre ações planejamento sobre
Custo/Orçamento
arrecadação com vendas de para aquisição do custo ações para aquisição do
(peso: 20%)
doces e/ou rifas). necessário. custo necessário

Se João já soubesse desses critérios antes de começar a construir o seu projeto, poderia ter
considerado cada um deles e ainda entender, de forma objetiva, o porquê da sua nota.
Rubrica para autoavaliação:
As rubricas podem ser utilizadas para que você, professor, avalie os estudantes e pode, também,
ser utilizada para autoavaliação. Os exemplos acima sobre participação em fórum e construção de
projetos poderiam ser base para construir uma rubrica de autoavaliação: Como os alunos avaliam a
sua própria participação em um fórum? Como os alunos avaliam o projeto que desenvolveram?
Claro que os critérios de avaliação seriam outros e é preciso explicar aos estudantes a importância
desse tipo de avaliação.
Por meio da autoavaliação, o aluno pode indicar o grau em que ele domina ou expressa tais
competências (especificadas nos critérios de avaliação que constituem a rubrica).
Essa avaliação prioriza a participação ativa do aluno sobre a sua performance e desenvolvimento, já
que cabe a ele mesmo fazer um julgamento sobre o seu desempenho, o que requer autocrítica para
identificar seus pontos fortes e “gaps”, analisando e respondendo à ferramenta de avaliação. Dessa
forma, como autoavaliar-se já é uma ação subjetiva, as rubricas são bons instrumentos para
aumentar a objetividade do processo avaliativo.
O importante é criar critérios objetivos e que sejam previamente apresentados aos estudantes de
modo que eles tenham ciência de que precisam exercitar o desenvolvimento de tais competências
e que a avaliação não seja uma surpresa (nossa, não faço ideia do que se trata esse critério de
avaliação. Nem sei como eu posso me avaliar).
Por meio da autoavaliação, é possível que o estudante possa refletir sobre suas habilidades e como
isso tem influenciado o seu desempenho e as suas notas em uma disciplina. Quando ele mesmo
reconhece os seus pontos de melhoria, fica mais fácil encontrar caminhos para o desenvolvimento,
além de exercitar a autocrítica.

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Outra contribuição muito importante do uso das rubricas para a educação remota é usá-la para que
o aluno avalie a forma como você, professor, tem estruturado e conduzido as aulas. Isso é muito
importante para que você tenha um feedback do seu trabalho pela perspectiva do aluno e, então,
possa pensar em reestruturações e/ou manutenções da metodologia que tem escolhido, da forma
de avaliar, interagir, dos formatos que tem escolhido para a disponibilização de materiais e até
mesmo de como o aluno se sente em relação a sua disciplina.
E aí? Preparado para elaborar uma rubrica? O quadro abaixo pode te ajudar a construir uma!

Critérios/pesos/pontuações Pontuação máxima Pontuação intermediária Pontuaçã

Os critérios deverão estar de acordo Aqui você deve descrever Aqui você pode ter mais Aqui você
com os objetivos que você planejou. O o que o aluno deverá de um nível. Dependendo extremo
que você pretende avaliar durante o cumprir para atingir o do número de variáveis e, pontuação
processo de aprendizagem dos alunos? maior desempenho em da especificidade da não fez o
Esses critérios podem ter pesos relação a um avaliação e da situação ou identificou
diferentes (por exemplo, se o total de determinado critério. processo de que não
pontos é 10, cada critério poderá ter Quais são as variáveis aprendizagem, você pode objetivos
uma pontuação específica dentro desse que você irá considerar ter mais ou menos níveis, critério de
total de pontos). para avaliar? O que o com base no quanto o
aluno deverá demonstrar aluno poderá cumprir ou
– como uma evidência de não o objetivo de
aprendizagem para que aprendizagem. O que ele
você possa avaliá-lo de deverá fazer (ou não fazer)
forma objetiva? que não atingirá a
pontuação máxima nesse
critério específico? Pense
nos diferentes caminhos
que um aluno pode seguir
durante um processo de
aprendizagem. Pense
esses diferentes percursos
para elaborar os diferentes

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níveis que cada aluno
poderá ou não atingir.

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Avaliação por rubrica: conheça mais sobre a “avaliação sem notas” e entenda como ela é
fundamental no Ensino Híbrido
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Sumário
1. O que é a avaliação por rubrica?
2. Exemplo de avaliação por rubrica
3. O que deve compor uma rubrica?
4. Quais são os benefícios da rubrica de avaliação?
5. Como obter bons resultados na avaliação por rubrica?
6. Qual é a relação da avaliação por rubrica com o Ensino Híbrido?
A rubrica de avaliação é uma solução muito interessante, especialmente em tempos em que o
Ensino Híbrido está em ascensão.
Você conhece a avaliação por rubrica? Também chamada de rubrica de avaliação ou rubrica
avaliativa, ela propõe uma nova forma de avaliar os alunos, diferente do que acontece com as
notas tradicionalmente distribuídas de acordo com o desempenho de cada um nas atividades.
Porém, ao mesmo tempo em que ela se coloca como uma solução diferente, a rubrica avaliativa
não entra para substituir os diferentes tipos de avaliação, mas sim para complementá-los, e
conhecer novas alternativas é sempre bem-vindo em uma área tão aberta à evolução quanto a
Educação.
Inclusive, a diversificação das avaliações é super importante, não apenas nos modelos avaliativos
propriamente ditos como também nas ferramentas utilizadas. Afinal, ao invés de focar apenas nas
notas, é muito mais valioso acompanhar o processo de aprendizagem e a evolução das habilidades
dos alunos.
Nos acompanhe na leitura para aprender mais sobre a rubrica de avaliação, seus benefícios, um
exemplo prático para facilitar sua compreensão e muito mais.
O que é a avaliação por rubrica?

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“Uma rubrica é uma ferramenta de avaliação que define as expectativas das tarefas em uma
grade.”
Essa é a definição que consta em um artigo da Portland State University, de Danielle D. Stevens e
Antonia Levi, traduzido livremente. Ele explica, de maneira concisa e direta, o que são as rubricas
avaliativas.
Em outras palavras, a avaliação por rubrica consiste em um modelo de avaliação de parâmetros, o
qual visa identificar se as expectativas de aprendizagem foram atingidas, além de demonstrar essas
informações com fácil visualização, o que é positivo tanto para o professor quanto para os alunos.
As rubricas de avaliação devem ser desenvolvidas especialmente de acordo com cada atividade, já
que os campos da tabela serão preenchidos pelos critérios avaliativos e pelos níveis de
desempenho dentro de cada critério.
Então, depois de pronta, o professor pode avaliar os alunos de acordo com os padrões que foram
estabelecidos na rubrica, o que agiliza significativamente o processo de correção e ainda permite
que os feedbacks sejam mais claros.
Exemplo de avaliação por rubrica
Mesmo com uma explicação sobre sua definição, a melhor forma de entender seu funcionamento é
recorrer a exemplos de rubricas de avaliação.
Nosso exemplo foi baseado em um projeto em grupo, com elaboração de trabalho e apresentação.
As linhas trazem as diferentes categorias de avaliação da atividade – da compreensão da proposta
até a apresentação –, enquanto as colunas indicam os níveis de desempenho a serem atingidos
para cada critério: iniciante, aprendiz, avançado e mestre.

Categoria Iniciante Aprendiz Avançado

Entendimento Mostrou que Mostrou entender a proposta, mas Entendeu clarament


compreendeu pouco da recorreu constantemente ao auxílio de propôs nenhuma no
proposta terceiros ou do material de apoio até colocou seu entend
nas fases mais avançadas com autonomia.

Conteúdo Mostrou pouca Contribuiu para a construção do Contribuiu significa


proatividade na conteúdo, mas ainda deixou a desejar, conteúdo.
construção do conteúdo. deixando lacunas no resultado final.

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Trabalho Mostrou não interagir Participou do trabalho colaborativo com Trabalhou bem em e
Colaborativo bem ou não se mover dificuldade.
para o trabalho
colaborativo.

Apresentação Teve muita dificuldade Apresentou o projeto com muita ajuda, Mostrou entendime
ou má vontade na mostrando não dominar totalmente a preparação para a ap
apresentação do projeto. atividade.

O que deve compor uma rubrica?


Mesmo que tenhamos trazido um exemplo acima, ainda é importante mencionar sobre os
componentes que devem estar presentes em qualquer rubrica avaliativa, o que te ajudará com sua
elaboração, independentemente de qual seja o tipo de avaliação. Confira:
 Descrição detalhada da tarefa: é fundamental explicar bem o que se espera dos alunos
naquela atividade, de modo que eles saibam o que fazer para atingir os resultados de ensino-
aprendizagem esperados.
 Dimensões da tarefa: aqui, devem constar os aspectos que serão avaliados na atividade,
como Entendimento, Conteúdo, Trabalho Colaborativo e Apresentação no exemplo anterior.
 Escala de desempenho: a rubrica também deve trazer uma escala com diferentes níveis de
desempenho, como Iniciante, Aprendiz, Avançado e Mestre no exemplo anterior.
 Descrição dos níveis de desempenho: por fim, a rubrica avaliativa precisa trazer uma
descrição do que os alunos precisarão atingir para conquistar cada nível de desempenho da
atividade solicitada, como consta nos quadrinhos que se encontram entre a parte de dimensões e
desempenho da rubrica que usamos como exemplo anteriormente.
Ao seguir esse modelo, torna-se possível criar uma rubrica avaliativa para diferentes tipos de
avaliação.
Quais são os benefícios da rubrica de avaliação?
Algumas das principais vantagens de adotar as rubricas avaliativas são as seguintes:
 Agilizar a correção das avaliações. Com uma escala avaliativa, os professores ganham
tempo na correção, já que seu trabalho será reduzido, tendo em vista que precisarão ver qual nível
de desempenho previamente determinado mais se aproxima ao que o aluno apresentou.

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 Maior transparência. Como os estudantes também terão acesso às rubricas, eles
conseguirão entender melhor porque atingiram o desempenho apresentado pelos professores.
 Mapeamento mais preciso do desempenho dos estudantes. Os professores terão uma
visão mais personalizada do desempenho de cada aluno. Afinal, se ele atingiu o nível de
desempenho “5” em uma escala de 1 a 5, o professor conclui que ele apresentou o melhor
resultado esperado para aquela atividade.
 Conceitos ao invés de notas. As notas nem sempre levam em consideração o real
desempenho dos alunos. Com a avaliação por rubrica, o professor consegue trabalhar com
conceitos, que são menos “frios” que as notas propriamente ditas.
 Versatilidade para aplicação em diferentes tipos de avaliação. Como a rubrica é, na
verdade, uma ferramenta, ela pode ser utilizada com diferentes tipos de avaliação da
aprendizagem, de acordo com o que o professor julgar mais adequado em cada caso.
Leia também: 7 modelos de provas diferentes para ter uma avaliação inovadora em sua escola
Como obter bons resultados na avaliação por rubrica?
Algumas sugestões são valiosas para conseguir otimizar os resultados por meio da aplicação das
rubricas avaliativas, como as seguintes:
 Explique aos alunos sobre as rubricas de aprendizagem. Como essa é uma ferramenta que
nem sempre é utilizada, vale explicar bem como ela funciona para os alunos antes da aplicação da
atividade.
 Compartilhe a rubrica com os alunos. É importante que eles tenham acesso à rubrica para
saber quais são os níveis de desempenho esperados para a atividade.
 Mantenha a clareza e a transparência. Indique quais critérios são importantes para se
atingir naquela atividade, além de uma eventual ordem de importância (caso haja). Assim, os
alunos saberão exatamente o que se espera deles.
Qual é a relação da avaliação por rubrica com o Ensino Híbrido?
Em nosso artigo com as dúvidas sobre o Ensino Híbrido, nós mostramos que ele é uma ótima
alternativa para a volta às aulas em um cenário de pandemia. Além disso, também comentamos
sobre os diferentes tipos de avaliação que podem ser aplicados neste contexto.
Quando pensamos na implementação do Novo Ensino Médio, nós vemos que há uma série de
mudanças em relação ao que era praticado antes, como os itinerários formativos e as diferentes
habilidades que precisarão ser avaliadas, como as competências socioemocionais, por exemplo.

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Porém, as mudanças também devem se estender para estágios anteriores da Educação, de modo
que os alunos cheguem ao Ensino Médio mais preparados para lidar com essa nova realidade. Logo,
as mudanças podem vir desde os primeiros contatos com a Educação Básica.
As rubricas avaliativas são ferramentas valiosas para medir as competências socioemocionais e
comportamentais, além de também poderem ser aplicadas às competências técnicas, o que a
transforma em uma solução bastante versátil – e, portanto, preparada para as novas demandas do
Ensino Híbrido.
Ainda comentando sobre a diversificação e aliando a isso o uso da tecnologia, tão importante no
cenário do Ensino Híbrido e Remoto, novas soluções avaliativas são determinantes para otimizar o
desempenho de todos os envolvidos, de alunos a todo o corpo docente e gestor das instituições de
ensino.
Além da avaliação por rubrica, se você deseja dar mais um passo rumo à evolução em sua
instituição de ensino, conheça as soluções da Prova Fácil e veja como a tecnologia te colocará em
outro patamar em relação à inteligência de dados, o que, por sua vez, é um diferencial competitivo
e tanto em uma área tão concorrida!
Rubrica de avaliação é uma ferramenta construída por uma pessoa que quer avaliar uma tarefa, um
processo ou um produto final, de forma a estabelecer critérios e níveis para prover feedbacks
formativos ou emitir notas. É uma “quantificação de observações qualitativas” (BIAGIOTTI, 2005,
p.8). Justamente por isso, vale frisar que o método elegido na avaliação não vem da rubrica
estabelecida: ela apenas se associa ao método avaliativo já escolhid2o (BIAGIOTTI, 2005).
Por exemplo, suponhamos que um professor deseja avaliar os mapas mentais (tarefa) propostos
por ele e construídos pelos seus alunos. Ao invés de adotar um sistema binário de avaliação de
certo ou errado, o professor adota uma rubrica de avaliação e traz novas possibilidades ao processo
de avaliar. Vejamos o exemplo construído:

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Este exemplo tem objetivos claros em relação ao que é preciso avaliar. Os critérios estabelecidos
dizem respeito ao conteúdo em que se baseia o mapa mental, à sua composição e à criatividade
nele empregada. Para cada um dos critérios eleitos, existe um nível avaliativo associado. Vale
ressaltar que a rubrica de avaliação é uma ferramenta pessoal, construída para um objetivo
específico. Para Ludke (2003), “as rubricas partem de critérios estabelecidos especificamente para
cada curso, programa ou tarefa a ser executada pelos alunos e estes eram avaliados em relação a
esses critérios” (p.74).
Para se construir rubricas de avaliação eficazes é preciso tempo e planejamento por parte de quem
avalia. Se os objetivos, as habilidades, as capacidades e outros elementos que se quer avaliar não
estão bem traçados, as rubricas de avaliação podem ser improdutivas e ineficazes. O tempo gasto
no planejamento sistemático das rubricas, que são únicas para cada processo que se deseja avaliar,
pode ser recompensado no feedback. Porto (2005) vê um problema neste feedback, por não ser um
conteúdo avaliativo totalmente pessoal. Porém, a rubrica de avaliação pode ser altamente eficaz
diante de um volume muito grande de devolutivas que se precisa emitir. Feitas de maneira correta,
com objetivos evidentes, as rubricas de avaliação podem abreviar o tempo de trabalho, sobretudo
quando há clareza no que é preciso avaliar.
Além disso, a rubrica de avaliação evidencia os pontos fracos aos próprios estudantes. Desta forma,
tendo conhecimento sobre as rubricas de avaliação adotadas pelos seus professores, um
determinado aluno é capaz de fazer uma autoavaliação e observar onde é preciso melhorar. As
rubricas de avaliação são ferramentas para mostrar as expectativas do professor em relação à/ao
aluno/a e dar-lhe notas de forma clara, honesta e com detalhes de informações. (Porto, 2005).
Para construir rubricas de avaliação potentes, é preciso considerar alguns pontos:
As rubricas de avaliação são personificadas, ou seja, são construídas especificamente para cada
tarefa que se quer avaliar.
As rubricas de avaliação devem descrever níveis detalhados de desenvolvimento de quem está
sendo avaliado/a. esses níveis podem estar associados a notas ou conceitos.
Os critérios construídos para compor uma rubrica de avaliação descrevem quaisquer resultados
esperados pelos/as estudantes.
Biagiotti (2005) estabelece que as rubricas de avaliação devem conter certas características para
que de fato se efetivem como uma boa ferramenta de avaliação de desempenho. Veja o quadro
abaixo, proposto pelo pesquisador e adaptado aqui apenas para fins didáticos:

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Por ter essas características, as rubricas de avaliação foram adotadas como alternativa durante o
Ensino Remoto Emergencial (COVID-19) (BRASIL, 2020), como uma oportunidade de fornecer
devolutivas para os/as alunos/as. A ideia é que, desse modo, cada estudante se capacitasse para
fazer uma autoavaliação até mesmo antes de entregar uma determinada tarefa ao professor. Nessa
lógica, o estudante já sabe com objetividade o que o avaliador esperava do seu trabalho. Por isso,
quanto mais objetivas e detalhadas forem as rubricas de avaliação, menos espaços haverá para
dúvidas e subjetividades.
Visto o que são rubricas de avaliação, quais são as suas características e como utilizá-las, é hora de
fazer uma reflexão sobre elas. Podemos ressaltar que as rubricas podem contribuir para que o
processo de atribuir conceitos ou notas se torne mais eficiente, claro, objetivo, justo e confiável.
Caso seja da vontade do professor ou da professora, as rubricas podem estabelecer uma
padronização do processo de avaliação mesmo que os/as avaliadores/as sejam diferentes. E ainda
uma outra vantagem importantíssima nos dias atuais é a de fornecer feedbacks, cujas mensagens
devem servir também como estratégia de autoavaliação dos avaliados.
Porém, como todos os métodos avaliativos, as rubricas trazem alguns problemas, como por
exemplo a falta de tempo da maioria do professorado brasileiro em planejar esse processo. Para
construir uma rubrica de avaliação eficaz, é preciso tempo! Afinal, esse é um processo complexo,
que estabelece os critérios e níveis de aprendizagem. Nesse trabalho, é preciso levar em conta os
objetivos do/a professor/a em avaliar, a linguagem acessível a todos e a todas e a necessidade
constante de revisitar a rubrica e fazer adequações necessárias.
Tendo em conta o que aqui comentamos, somente a pessoa que avalia algo é capaz de mensurar a
viabilidade da utilização de rubricas de avaliação. Caso o/a docente opte por trabalhar com rubricas
de avaliação, é preciso deixar claro quais critérios são importantes para a avaliação e os níveis
estabelecidos, inclusive níveis intermediários. Quanto mais objetiva e clara uma descrição
avaliativa, mais fácil de entender a nota ou o conceito e, desta forma, alcançar o resultado
esperado. Quando um educador ou educadora utilizar a rubrica de avaliação por si próprio/a
construída, é importante que esse documento de trabalho seja sempre avaliado e revisado.

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